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Tucano no Cajueiro. Aquarela de José Joaquim Freire e José Codina. Durante todos os anos de sua entrada pelo sertão, havia ordenado o envio do material coletado para a Corte. Ao descobrir que todas as despesas haviam sido custeadas pelo capitão, gastando o dote de sua filha, disse-lhe Isso não servirá de embaraço ao seu casamento eu serei quem receba essa sua filha por mulher. E assim o fez casou-se dia 16 de Setembro de 1792 com Germana Pereira de Queiroz. Tamanduá. Aquarela de José Joaquim Freire e José Codina. Já em Lisboa, tendo regressado em Janeiro de 1793, dedicou sua vida à administração metropolitana foi nomeado Oficial da Secretaria do Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos. Em 1794 foi condecorado com a Ordem de Cristo e tomou posse como Diretor interino do Real Gabinete de História Natural e do Jardim Botânico. No ano seguinte foi nomeado, seguidamente, Vice Diretor da instituição, Administrador das Reais Quintas e Deputado da Real Junta do Comércio. O farto material proveniente da Viagem Filosófica permaneceu por mais de um século desconhecido e não foi estudado pelos sábios portugueses, nem mesmo por Ferreira. Este jamais retomaria os trabalhos com as espécies e amostras recolhidas no Brasil, não aperfeiçoou as memórias e estudos e boa parte desse material seria mais tarde levada para Paris como butim de guerra. Ainda há, entretanto, rico acervo, diários, mapas geográficos, populacionais e agrícolas, correspondência, mais de mil pranchas e memórias - que se encontram sobretudo na Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Museu Bocage integrado no Museu Nacional de História Natural e da Ciência em Lisboa e no Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.
AREIA, M. L. Rodrigues MIRANDA, M. A. HARTMANN, T. Memória da Amazónia. Alexandre Rodrigues Ferreira e a Viagem Philosophica pelas Capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá. 1783-1792. Coimbra Museu e Laboratório Antropológico da Universidade, 1991. BATES, Henry Walter. O naturalista no rio Amazonas 2 v. . São Paulo Editora Nacional, 1944. BDLB - Biblioteca Digital Luso Brasileira. Manuscritos de Alexandre Rodrigues Ferreira 1756-1815 . link BN - Biblioteca Nacional. Biblioteca Nacional Digital Manuscritos de Alexandre Rodrigues Ferreira. link. CARVALHO, J. C. M. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá 1783-1793 uma síntese no seu bicentenário. Belém Museu Paraense Emílio Goeldi, 1983. CIFEFIL - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos. Documentos manuscritos e impressos de Alexandre Rodrigues Ferreira da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. s.d. . CORREIA FILHO, V. Alexandre Rodrigues Ferreira. Vida e obra do grande naturalista brasileiro. São Paulo Companhia Editora Nacional, 1939. CUNHA, O. R. O naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira. Uma análise comparativa de sua viagem filosófica 1783-1793 . Belém Museu Paraense Emílio Goeldi, 1991. DOMINGUES, A. Formas de intervenção no espaço amazónico em finais do século XVIII política e aventura. Dissertação de mestrado. Lisboa FCSH da UNL, 1988. DOMINGUES, A. Viagens científicas de exploração à Amazónia de finais do século XVIII . Ler História. 19 1990 105-125. DOMINGUES, A. Viagens de exploração geográfica na Amazónia em finais do século XVIII Política, Ciência e Aventura. Lisboa Secretaria Regional do Turismo, Cultura e Emigração Madeira Centro de Estudos de História do Atlântico, 1991. DOMINGUES, A. Os índios da Amazónia para um Naturalista do século XVIII . Ler História. 23 1992 3-10. FALC O, Edgard de Cerqueira. Breve notícia sobre a Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. Revista de História, São Paulo, v. 40, n. 81, p. 185-195, 1970. link. FERREIRA, A. R. Desenhos de Gentios, Animaes quadrupedes, Aves, Amphibios, Peixes e Insectos ... da Expedição Philosophica do Pará, Rio Negro, Matto-Grosso e Cuyabá. Copiados no R. Jardim Botanico. Manuscrito do Museu Nacional, Rio de Janeiro, s.d. Vol. I, Desenhos de gentios, animaes quadrupedes, aves, amphibios, peixes e insectos, link. Vol. II, Prospectos de cidades, villas, povoações, edifícios, rios e cachoeiras, link. Vol. III, Plantas, pt. 1, link pt. 2, link pt. 3, link FERREIRA, A. R. Diário da viagem filosófica pela capitania de São José do Rio Negro com a informação do estado presente. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 48 70 1-234, 1885, link 49 72 123-288, 1886 link 50 75 11-141, 1887, link 51 76 5-166, 1888, link. FERREIRA, A. R. Viagem filosófica às Capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. Desenhos originais coligidos pelo Prof. Dr. Edgard de Cerqueira Falcão. São Paulo Gráfica Brunner, 1970. FERREIRA, A. R. Viagem Filosófica pelas Capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá 1783-1792 Iconografia v.1 Geografia e antropologia v.2 Zoologia. Rio de Janeiro Conselho Federal de Cultura, 1971. FERREIRA, A. R. Viagem Filosófica... Memórias v.1. Zoologia e botânica, 1972 v. 2. Antropologia, 1974. Rio de Janeiro Conselho Federal de Cultura, 1972-1974. il. FERREIRA, A. R. Viagem Filosófica... Memórias I. Antropologia. 2a. ed. Manaus Valer, 2008. GOELDI, Emílio. Ensaio sobre o Dr. Alexandre R. Ferreira. Pará Alfredo Silva, 1895. link. 2a. ed. Brasília UNB, 1982. MACEDO, Joaquim Manuel de, Anno biographico brazileiro v.1 , Typographia e litographia do imperial instituto artístico, Rio de Janeiro, 1876. PEREIRA, Paulo Roberto, org. Brasiliana da Biblioteca Nacional guia de fontes sobre o Brasil. Rio de Janeiro Biblioteca Nacional, Nova Fronteira, 2001.
A ilustração em Portugal e no Brasil Cientistas Viajantes Alexandre Rodrigues Ferreira Categoria Correspondentes da Academia Brasileira de Letras Categoria Naturalistas do Brasil Categoria Naturalistas de Portugal Categoria Naturalistas do século XVIII Categoria Naturais de Salvador Categoria Mortos em Lisboa Categoria Pessoas do Brasil Colonial Categoria Brasileiros do século XVIII Categoria Pintura do Brasil do século XVIIIAldous Leonard Huxley Godalming, 26 de julho de 1894 Los Angeles, 22 de novembro de 1963 foi um escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley. Mais conhecido pelos seus romances, como Admirável Mundo Novo e diversos ensaios, Huxley também editou a revista Oxford Poetry e publicou contos, poesias, literatura de viagem e guiões de filmes. Passou a última parte de sua vida nos Estados Unidos, vivendo em Los Angeles de 1937 até sua morte, em 1963. No final de sua vida, Huxley foi amplamente reconhecido como um dos principais intelectuais de sua época. Ele foi nomeado para o Prêmio Nobel de Literatura sete vezes e foi eleito Companheiro de Literatura pela Royal Society of Literature em 1962. Huxley era humanista e pacifista. Ele cresceu interessado no misticismo filosófico e universalismo, abordando esses temas com obras como A Filosofia Perene 1945 - que ilustra semelhanças entre misticismo ocidental e oriental - e As Portas da Percepção 1954 - que interpreta sua própria experiência psicodélica com mescalina. Em seu romance mais famoso Admirável Mundo Novo 1932 e seu último romance A Ilha 1962 , ele apresentou sua visão de distopia e utopia, respectivamente.
Faziam parte da sua família os mais distintos membros da classe dominante inglesa uma vasta elite intelectual. O seu avô era Thomas Henry Huxley, um grande biólogo defensor da teoria evolucionista de Charles Darwin, tendo desenvolvido o conceito agnóstico. A sua mãe era irmã da romancista Humphrey Ward a sobrinha de Matthew Arnold, o poeta e a neta de Thomas Arnold, um famoso professor e diretor da Rugby School que acabou por se tornar numa personagem do romance Tom Brown s Schooldays. Estudou medicina na Eton College, e foi obrigado a abandonar aos dezesseis anos, devido a uma doença nos olhos que quase o cegou impedindo-o de continuar no curso de medicina. Mais tarde, ele recuperou visão suficiente para se formar com honra pela Universidade de Oxford, mas insuficiente para servir ao exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial. Em Oxford, teve o primeiro contacto com a literatura, conhecendo Lytton Strachey e Bertrand Russell. Também se tornou amigo de D. H. Lawrence. Em 1921, lançou Crome Yellow, o primeiro de uma série de romances e novelas que combinam diálogos emocionantes e um aparente ceticismo, com profundas considerações morais. Viveu a maior parte dos anos 20 na Itália fascista de Mussolini que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras. A obra-prima de Huxley, Admirável Mundo Novo Brave New World , foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado. No ano de 1937 Aldous Huxley mudou-se para Los Angeles com sua esposa Maria, o filho Matthew Huxley e seu amigo Gerald Heard, e em 1938, no auge da sua carreira, chegou a Hollywood, como um de seus mais bem remunerados guionistas. Nessa fase, escreveu romances como Também o Cisne Morre 1939 , O Tempo Pode Parar 1944 , O Macaco e a Essência 1948 . Heard apresentou Huxley à Vedanta filosofia centrada em Upanishad , meditação e vegetarianismo através do princípio de ahimsa. Em 1938, Huxley fez amizade com Jiddu Krishnamurti, cujos ensinamentos ele admirava muito. Huxley e Krishnamurti entraram em um intercâmbio duradouro às vezes beirando no debate durante muitos anos, com Krishnamurti representando a perspectiva mais rarefeita, destacada da torre de marfim e Huxley, com suas preocupações pragmáticas, a posição mais social e historicamente informada. Huxley forneceu uma introdução à declaração quintessencial de Krishnamurti, A Primeira e ltima Liberdade 1954 . Huxley também se tornou um vedantista no círculo do hindu Swami Prabhavananda, e introduziu Christopher Isherwood nesse círculo. Pouco tempo depois, Huxley escreveu seu livro sobre valores e ideias espirituais amplamente difundidos, A Filosofia Perene, que discutia os ensinamentos de renomados místicos do mundo. O livro de Huxley afirmou uma sensibilidade que insiste que existem realidades além dos cinco sentidos geralmente aceitos e que há um significado genuíno para os seres humanos além das satisfações e sentimentalismos sensuais. Durante este período, Huxley ganhou uma renda substancial como roteirista de Hollywood Christopher Isherwood, em sua autobiografia Meu Guru e Seu Discípulo, afirma que Huxley ganhou mais de 3000 dólares por semana uma enorme quantia naqueles dias como roteirista, e que ele usou muito disso para transportar escritores e artistas judeus e de esquerda refugiados da Alemanha de Hitler para os EUA. Em março de 1938, a amiga de Huxley, Anita Loos, romancista e roteirista, colocou-o em contato com a Metro-Goldwyn-Mayer MGM , que o contratou para Madame Curie, estrelando Greta Garbo e sendo dirigido por George Cukor. Eventualmente, o filme foi completado pela MGM em 1943 com um diretor e elenco diferentes. Huxley recebeu crédito de tela por Orgulho e Preconceito 1940 e foi pago por seu trabalho em vários outros filmes, incluindo Jane Eyre 1944 . Ele foi contratado por Walt Disney em 1945 para escrever um roteiro baseado em Alice no País das Maravilhas e na biografia do autor da história, Lewis Carroll. O roteiro não foi usado, no entanto. O cinema para Huxley foi uma aventura tão fascinante quanto as suas descobertas e experiências com a mescalina, iniciadas em 1953 em correspondência com o psiquiatra Humphry Osmond e narradas em As portas da percepção The Doors of Perception , de 1954, livro que exerceu certa influência sobre a cultura hippie que florescia, dando nome por exemplo à banda The Doors, embora o título seja oriundo de um verso de Blake. Os Beatles escolheram seu rosto entre algumas dezenas de grandes personalidades que figuram na capa do mais marcante álbum do quarteto, Sgt. Pepper s Lonely Hearts Club Band, com faixas polêmicas cujas letras evidenciavam afinidade com estados alterados de percepção. Mais tarde, ele fez experimentos com LSD. Huxley, muito embora, possuía preferências culturais e hábitos muitíssimo diversos do movimento hippie como um todo, abordava o universo dos psicoativos voltado à antropologia e à filosofia. Dois anos depois, viúvo, casou-se novamente e publicou Entre o céu e o inferno.
Huxley casou-se com Maria Nys 10 de setembro de 1899 12 fevereiro de 1955 , uma belga que ele conheceu em Garsington, Oxfordshire, em 1919. Eles tiveram um filho, Matthew Huxley 19 de abril de 1920 10 de fevereiro de 2005 , que seguiu a carreira de escritor, antropólogo e epidemiologista. Em 1955, Maria morreu de câncer. Em 1956, Huxley se casou com Laura Archera 1911 2007 , escritora, violinista e psicoterapeuta. Ela escreveu This Timeless Moment, uma biografia de Huxley. Em 1960, Huxley foi diagnosticado com câncer de laringe e, nos anos seguintes, embora a doença se agravasse, escreveu o romance A Ilha e lecionou sobre as potencialidades humanas no Centro Médico São Francisco da Universidade da Califórnia e no Instituto Esalen. Huxley era amigo íntimo de Jiddu Krishnamurti e de Rosalind Rajagopal e esteve envolvido na criação do Happy Valley School agora Besant Hill School of Happy Valley em Ojai, Califórnia. Os trabalhos remanescentes de Huxley estão, em sua maior parte, na biblioteca da Universidade da Califórnia, Los Angeles. possível encontrá-los também na biblioteca da Universidade de Stanford. Em 9 de abril de 1962, Huxley foi informado de que ele havia ganho o título de Companion of Literature pela Royal Society of Literature.
Nos últimos dias, impossibilitado de falar, Huxley entregou um bilhete a Laura Huxley, sua esposa, no qual escreveu LSD, 100 g, intramuscular 100 microgramas de LSD, aplicação intramuscular . Ela injetou uma dose às 11h45 e outra algumas horas depois. Ele morreu às 17h21 do dia 22 de novembro de 1963, aos 69 anos. As cinzas de Huxley foram enterradas no jazigo da família, no cemitério de Watts, casa de Watts Mortuary Chapel em Compton, uma vila perto de Guildford, Surrey, Inglaterra.
Moksha Writings on Psychedelics and the Visionary Experience 1931-1963 , raccolta di saggi del 1977 n série Título original Título no Brasil Tradução Ano Editora 01 Limbo, contos de estreia 1920 02 Crome Yellow Férias em Crome, romance ou A feira de Crome Edison Carneiro 1921 editora Vecchi, Livros do Brasil 03 Antic Hay Ronda Grotesca, romance Moacyr Werneck de Castro 1923 Globo 04 Those barren leaves Folhas inúteis, romance ou As despedidas estéreis Marina Guaspari 1925 Casa editora Vecchi 05 Two or Three Graces Duas ou Três Graças quatro histórias, contos 1926 Ibrasa, Globo 06 Proper Studies 1927 07 Point Counter Point Contraponto, romance rico Veríssimo 1928 Globo, Abril Cultural, Nova Cultural 08 Do What you will Satânicos e visionários, ensaios J. L. Dantas 1929 Americana 09 Brave New World Admirável Mundo Novo, romance Lino Vallandro e Vidal Serrano 1932 Folha de São Paulo, Globo, Abril Cultural, Círculo do livro, 10 Eyeless in Gaza Sem Olhos em Gaza, romance V. de Miranda Reis 1936 Civilização brasileira 1970 , Globo 1980 , Abril Cultural 1985 , Círculo do livro 1981 11 Ends and Means O despertar do mundo novo, ensaios M JUdith Martins 1937 Itatiaia, Hemus, 12 After Many Summers Também o Cisne Morre, romance Paulo Moreira da Silva 1939 Livraria do Globo 1942 , Biblioteca azul 2014 13 Grey Eminence Eminência parda, a história de Pòre Joseph, o conselheiro de Richelieu ou Eminência Parda estudo sobre religião e política, biografia romanceada Maria Judith Martins 1941 Livraria do Globo 1943 , Itatiaia 2000 , 14 The Art of Seeing A arte de ver, ensaios Lumir Nahodil 1943 Paz Portugal, 1998 15 Time Must Have a Stop O Tempo Deve Parar, romance Maria Luisa Alba 1945 Libraria do Globo 1945 Globo 1987 16 The Perennial Philosophy A Filosofia Perene, ensaios Geraldo Galvão Ferraz, Octavio Mendes Cajado 1946 Globo, Civilização brasileira, Cultrix, Círculo do livro 17 Ape and Essence O Macaco e a Essência, romance João Guilherme Linke Fábio Bonillo 1949 Civilização brasileira, Globo, Biblioteca azul 18 The Devils of Loudun Demônios da loucura ou Os Demônios de Loudun Marcos de Vicenzi Sylvia Taborda 1952 Americana, Globo, Círculo do livro 19 The Doors of Perception As Portas da Percepção, ensaios Osvaldo de Araújo Souza 1954 Globo, Civilização brasileira 20 Heaven and Hell Céu e Inferno, ensaios Osvaldo de Araújo Souza 1956 Globo, Civilização brasileira 21 Adonis and the alphabet Adônis e o alfabeto, ensaios Edith de Carvalho Negraes e Daniel Martins Júnior 1956 Hemus 1956 , Itatiaia 2000 , 22 Collect shor stories Contos escolhidos Eliana Sabino 1957 Globo 23 Brave New World Revisited Regresso ao Admirável Mundo Novo, ensaios Eduardo Nunes Fonseca 1959 Hemus 1974 , Itatiaia 2000 , Círculo do livro 1985 24 Island A Ilha, romance Gisela Brigitte Laub 1962 Globo, Civilização brasileira, Rio Gráfica 25 The Human Situation A Situação Humana, ensaios Lya Luft 1978 Globo, Círculo do livro
1939 James Tait Black Memorial Prize por Também o Cisne Morre 1959 American Academy of Arts and Letters Award of Merit por Admirável Mundo Novo . 1962 Companion of Literature
1968 Point Counter Point BBC minisséries adaptado por Simon Raven 1971 The Devils Os demônios de Loudun adaptado por Ken Russell 1980 Admirável Mundo Novo adaptação na TV americana 1998 Admirável Mundo Novo adaptação na TV americana
Aldous Huxley Categoria Romancistas da Inglaterra Categoria Roteiristas da Inglaterra Categoria Ensaístas da Inglaterra Categoria Poetas da Inglaterra Categoria Escritores de ficção científica Categoria Naturais de Godalming Categoria Alunos da Universidade de Oxford Categoria Polímatas Categoria Filosofia perene Categoria Mortes por câncer nos Estados Unidos Categoria Mortes por câncer de laringe Categoria Ativistas pela reforma da política antidrogas Categoria Mais Teoria da História na Wiki Wikiconcurso de edição De humani corporis fabrica, um influente manual ilustrado de anatomia do da autoria de Andreas Vesalius. Anatomia do grego anatemn cortar em partes é um ramo da biologia que estuda a organização estrutural dos seres vivos, incluindo os sistemas, órgãos e tecidos que os constituem, a aparência e posição das várias partes, as substâncias de que são feitos, a sua localização e a sua relação com outras partes do corpo. O termo anatomia é geralmente usado como sinónimo de anatomia humana. No entanto, as mesmas estruturas e tecidos podem ser observadas em praticamente todo o reino animal, pelo que o termo também se refere à anatomia dos outros animais, sendo neste caso por vezes usado o termo zootomia. Por outro lado, a estrutura e tecidos das plantas são de natureza diferente e são estudados pela anatomia vegetal. A anatomia distingue-se da fisiologia e da bioquímica, que estudam respetivamente as funções dessas partes e os processos químicos envolvidos. Está ligada à embriologia, à anatomia comparada, à biologia evolutiva e à filogenia, uma vez que são estes os processos que geram a anatomia. A disciplina da anatomia pode ser dividida em vários ramos, incluindo anatomia macroscópica e microscópica. A anatomia macroscópica é o estudo de estruturas anatómicas suficientemente grandes para poderem ser observadas a olho nu e engloba a anatomia de superfície. A anatomia microscópica é o estudo das estruturas a uma escala microscópica e engloba a histologia o estudo dos tecidos e a embriologia o estudo de um organismo ainda imaturo . A história da anatomia caracteriza-se pela progressiva compreensão das funções dos órgãos e estruturas do corpo humano. Nos últimos séculos, os métodos de observação evoluíram de forma significativa, desde a dissecação de carcaças e cadáveres até às técnicas modernas de imagiologia médica, entre as quais radiografia, ecografia e ressonância magnética.
Estrutura de uma célula animal. O reino Animalia, ou metazoários, é constituído por organismos multicelulares que são heterotróficos e móveis embora alguns tenham evoluído para um estilo de vida estático . O corpo da maior parte dos animais apresenta tecidos diferenciados, sendo por isso denominados eumetazoários. Os animais deste grupo apresentam câmara digestiva interna com uma ou duas aberturas, os gâmetas são produzidos em órgãos sexuais multicelulares e os zigotos apresentam estágio de blástula durante o desenvolvimento embrional. Os eumetazoários não incluem as esponjas, uma vez que não têm células diferenciadas. Ao contrário das células vegetais, as células animais não têm parede celular nem cloroplastos. Quando estão presentes, os vacúolos nas células animais são em maior número e muito mais pequenos do que nas plantas. Os tecidos do corpo, incluindo os dos músculos, nervos e pele, são constituídos por células de vários tipos diferentes. Geralmente, cada célula é formada por um núcleo, citoplasma e uma membrana celular constituída por fosfolípidos. Todas as diferentes células de um animal têm origem na camada germinativa embrionária. Os animais invertebrados mais simples são formados a partir de duas camadas germinativas ectoderme e endoderme e são denominados diblásticos. Nos animais mais complexos, as estruturas e os órgãos são formados a partir de três camadas germinativas ectoderme, endoderme e mesoderme sendo por isso denominados triblásticos. Os tecidos animais podem ser agrupados em quatro tipos básicos conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso
Tecido conjuntivo a azul a sustentar o epitélio a violeta . O tecido conjuntivo é fibrosos e constituído por células dispersas ao longo de uma substância inorgânica denominada matriz extracelular. o tecido conjuntivo que forma os órgãos e que os mantém no lugar. Os principais tipos de tecido conjuntivo são o tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo, tecido conjuntivo fibroso, cartilagem e osso. A matriz extracelular contém proteínas, das quais a principal e mais abundante é o colagénio. A função do colagénio é organizar e manter os tecidos. A matriz pode formar um esqueleto, que suporta e protege o organismo. Em alguns animais este esqueleto é externo, denominado exosqueleto, Nos animais mais desenvolvidos e em alguns dos menos desenvolvidos, este esqueleto é interno e denominado endosqueleto. Nos animais mais simples, o esqueleto é geralmente externo e denominado exosqueleto. O exosqueleto é uma cutícula rígida e espessa, endurecida através de mineralização, como no caso dos crustáceos, ou de ligação cruzada entre proteínas, como no caso dos insetos.
Mucosa gástrica a baixa ampliação. O tecido epitelial é constituído por células compactas, com pouco espaço intercelular, e ligadas entre si por moléculas de adesão celular. As células epiteliais podem ser escamosas, cubóides ou colunares e assentam sobre uma lâmina basal. Esta lâmina é a camada superior da membana basal, sendo a inferior a lâmina reticular que se encontra na proximidade do tecido conjuntivo na matriz extracelular segregada pelas células epiteliais. Existem vários tipos diferentes de tecido epitelial, o qual se encontra modificado de modo a corresponder a uma função em particular. No trato respiratório encontra-se um tipo de revestimento epitelial ciliado. No revestimento epitelial do intestino delgado existem microvilos, enquanto no do intestino grosso existem vilosidades intestinais. A pele que reveste o corpo dos vertebrados é constituída por uma camada exterior de epitélio escamoso estratificado e queratinizado, enquanto 95 das células da epiderme são queratinócitos. As células epiteliais na superfície exterior do corpo geralmente segregam matriz extracelular na forma de uma cutícula. Em animais mais simples isto pode ser apenas um revestimento de glicoproteínas. Em animais mais avançados, formam-se glândulas nas células epiteliais.
Corte transversal de um músculo esquelético e um pequeno nervo com elevada ampliação. O tecido ativo e contráctil do corpo é formado por miócitos, ou células musculares. A função do tecido muscular é produzir força e movimento, tanto o movimento de locomoção como movimentos dos órgãos internos. O músculo é formado por miofibrilhas contractéis e divide-se em três tipos principais músculo liso, músculo esquelético e músculo cardíaco. O músculo liso não apresenta estrias quando observado ao microscópio. Contrai-se lentamente, mas é capaz de manter a contração ao longo de uma grande extensão. Pode ser observado em órgãos como os tentáculos das anémonas e na parede do corpo dos pepinos-do-mar. O músculo esquelético contrai-se rapidamente, mas tem pouca amplitude de extensão. o responsável pelo movimento dos membros e das mandíbulas. O músculo de estrias oblíquas, em que os filamentos se encontram alternados, é um intermédio entre os outros dois. Pode ser observado, por exemplo, em minhocas, que são capazes tanto de se alongar lentamente como de se contrair rapidamente.
Tecido nervoso de um nervo periférico. O tecido nervoso é constituído por várias células nervosas que transmitem informação denominadas neurónios. Em alguns animais marinhos de locomoção lenta e radialmente simétricos, como os ctenóforos e os cnidários, os nervos formam uma rede nervosa. No entanto, na maior parte dos animais estão organizados em grupos longitudinais. Em animais mais simples, são os neurónios recetores na parede do corpo que reagem diretamente aos estímulos. Em animais mais complexos existem células recetoras especializadas, como os quimiorrecetores ou os fotorreceptores, que formam grupos e enviam mensagens ao longo de redes neurais para outras partes do organismo. Os neurónios podem estar ligados entre si em gânglios nervosos. Nos animais mais evoluídos, os recetores especializados constituem a base dos órgãos dos sentidos. Estes animais possuem um sistema nervoso central cérebro e espinal medula e um sistema nervoso periférico. Este último consiste em nervos sensoriais que transmitem informação a partir dos órgãos dos sentidos e nervos motores que influenciam os órgãos de destino. O sistema nervoso periférico divide-se no sistema nervoso somático, que transmite as sensações e controla os músculos voluntários, e o sistema nervoso autónomo ,que controla de forma involuntária o músculo liso, algumas glândulas e os órgãos internos.
Ficheiro Anatomia humana.png thumb Anatomia externa dos seres humanos. Embora semelhantes aos restantes mamíferos, apresentando pele revestida por pelos, glândulas mamárias e sistema sensorial desenvolvido, são os únicos mamíferos com postura bípede e têm de longe o cérebro mais desenvolvido entre o reino animal. Os seres humanos são animais membros da ordem dos mamíferos, subfilo dos vertebrados e do filo dos cordados. semelhança de todos os cordados, o corpo humano apresenta em determinado momento do desenvolvimento simetria bilateral, corda dorsal, fendas branquiais e e um tubo neural. Nos seres humanos, as duas primeiras características estão presentes apenas durante a fase embrionária. medida que o embrião se desenvolve, a corda dorsal dá lugar à coluna vertebral característica dos vertebrados, as fendas branquiais desaparecem completamente e o tubo neural dá lugar à espinal medula. semelhança dos restantes mamíferos, o corpo humano apresenta como características proeminentes a presença de pelos, glândulas mamárias e sistema sensorial bastante desenvolvido. No entanto, apresenta também algumas diferenças significativas. o único mamífero com postura bípede, o que modificou o plano corporal, e o cérebro é de longe o mais desenvolvido em todo o reino animal. O corpo humano adulto possui mais de 75 biliões de células. Cada célula é capaz de crescer, de metabolizar, de responder a estímulos e de se reproduzir, embora haja algumas exceções. Existem mais de 200 tipos diferentes de células no corpo humano que, em conjunto com a matriz extracelular, formam os quatro principais tipos de tecido epitelial, muscular, nervoso e conjuntivo. Por sua vez, os tecidos formam órgãos individuais e cada órgão pode apresentar vários tipos de tecido. O tecido epitelial reveste a superfície do corpo, os órgãos internos, cavidades e passagens. Os tecidos musculares são contrácteis e constituem os músculos, enquanto que os tecidos nervosos constituem o sistema nervoso. O tecido conjuntivo liga as várias estruturas anatómicas entre si e é constituído por células bastante espaçadas. O corpo humano é constituído por nove sistemas orgânicos principais. O sistema tegumentar é constituído pela pele que reveste o corpo e as diversas estruturas a ela associadas, como os pelos, as unhas ou as glândulas sebáceas, e tem a função de proteger os outros órgãos. O sistema locomotor compreende os músculos esqueléticos e os ossos do esqueleto e tem função locomotora e de proteção dos órgãos internos. O sistema respiratório é constituído pelos pulmões, músculos da respiração e respetivas passagens e tem a função de extrair oxigénio do ar, fundamental para o metabolismo, devolvendo dióxido de carbono. O sistema circulatório ou cardiovascular é constituído pelo coração, vasos sanguíneos e sangue. O coração impulsiona a circulação do sangue, o qual tem a função de transportar oxigénio, nutrientes, células imunitárias, hormonas e resíduos entre as células das diversas partes do corpo. O sistema digestivo é constituído pela boca, esófago, estômago e intestinos e tem a função de processar os alimentos em nutrientes aproveitáveis pelo corpo, que são depois absorvidos pelo sangue ou pela linfa e os resíduos expulsos na forma de matéria fecal. O sistema excretor é constituído pelos rins, bexiga e respetivos canais e tem a função de remover os compostos de nitrogénio tóxicos da corrente sanguínea. O sistema endócrino é constituído pelos tecidos e glândulas que produzem hormonas, as quais atuam como uma rede de comunicações entre os vários sistemas. O sistema reprodutor, feminino ou masculino dependendo do sexo, é constituído pelos órgãos sexuais e permite a reprodução e a continuidade da espécie.
A característica que define um vertebrado é a presença de coluna vertebral. Todos os animais vertebrados apresentam um plano corporal muito semelhante e em determinado momento na vida, geralmente durante o período embrionário, apresentam as principais características dos cordados uma corda dorsal, um tubo neural, arcos faríngeos e uma cauda posterior ao ânus. A espinal medula, que é protegida pela coluna vertebral, encontra-se acima da corda dorsal, enquanto o trato gastrointestinal se encontra por baixo. A coluna vertebral é formada pelo desenvolvimento do conjunto de vértebras segmentadas. Na maior parte dos vertebrados a corda dorsal embrionária transforma-se no núcleo pulposo dos discos intervertebrais. No entanto, alguns vertebrados mantêm a corda dorsal em adultos, como é o caso do esturjão. Os vertebrados com mandíbulas apresentam pares de apêndices, barbatanas ou pernas que podem ser vestigiais. O tecido nervoso dos vertebrados tem origem na ectoderme, o tecido conjuntivo na mesoderme e o tubo digestivo na endoderme. Na extremidade posterior encontra-se uma cauda que prolonga a medula espinal e as vértebras, mas não o tubo digestivo. A boca encontra-se na extremidade anterior do animal e o ânus na base da cauda.
Os anfíbios, que incluem os sapos, salamandras e cecílias, são capazes de respirar pela pele, que se encontra revestida por glândulas mucosas e necessita de estar constantemente humedecida. Os anfíbios são uma classe de animais que engloba os sapos, salamandras e cecílias. Embora sejam tetrápodes, as cecílias e algumas espécies de salamandras não possuem membros ou os seus membros são de tamanho muito reduzido. Os principais ossos dos anfíbios são ocos, leves e totalmente ossificados. As vértebras são articuladas entre si e apresentam processos articulares. As costelas são geralmente curtas e podem-se apresentar fundidas com as vértebras. O crânio é geralmente largo e curto e apresenta frequentemente ossificação incompleta. A pele contém pouca queratina e não é revestida por escamas, sendo revestida por várias glândulas mucosas e, em algumas espécies, glândulas venenosas. O coração dos anfíbios apresenta três câmaras duas aurículas e dois ventrículos. Possuem uma bexiga e os detritos nitrogenados são expelidos principalmente na forma de ureia. Os anfíbios respiram principalmente pela boca, bombeando ar para a região bucofaríngea pelas narinas, que depois é forçado a circular para os pulmões contraindo a garganta. Esta respiração é complementada com trocas gasosas através da pele, que necessita de estar constantemente humedecida. Nos sapos, a bacia é robusta e as pernas posteriores são muito mais fortes e compridas em relação às anteriores. Os pés possuem quatro ou cinco dígitos e os dedos e muitas vezes apresentam membranas interdigitais para nadar ou ventosas para trepar. Os sapos possuem olhos grandes e não têm cauda. A aparência das salamandras assemelha-se à dos lagartos as pernas curtas projetam-se para os lados, o ventre está em contacto ou muito próximo do solo e têm uma cauda longa. A aparência das cecílias assemelha-se à das minhocas e não possuem membros. Escavam através de zonas de contração muscular que se movem ao longo do corpo e nadam fazendo ondular lateralmente o corpo.
A característica anatómica mais proeminente das aves são as penas que, em conjunto com os sacos aéreos, lhes permitem voar. Embora as aves sejam tetrápodes e os membros posteriores sejam usados para caminhar ou saltar, os membros anteriores são asas cobertas por penas e adaptadas ao voo. As aves são animais endotérmicos, têm um elevado metabolismo, um esqueleto pneumático e músculos fortes. Os ossos são delgados, ocos e muito leves, sendo o interior de alguns preenchidos por sacos aéreos ligados aos pulmões. O esterno é bastante largo e geralmente tem uma quilha adjacente. As vértebras caudais encontram-se fundidas. As aves não possuem dentes e as mandíbulas, estreitas, evoluíram para um bico. Os olhos são relativamente grandes, sobretudo em espécies noturnas como as corujas. Em espécies predadoras os olhos estão orientados para a frente, enquanto outras espécies possuem visão lateral. As penas são desenvolvimentos epidérmicos e situam-se em regiões específicas da pele. As grandes penas de voo encontram-se nas asas e na cauda. A única glândula cutânea é a glândula uropigial perto da base da cauda, que produz uma secreção oleosa as aves usam para impermeabilizar as penas. As pernas, patas, dedos e garras são cobertos por escamas.
As principais características anatómicas dos mamíferos são a presença de glândulas mamárias, pele coberta por pelos e sistema sensorial bastante desenvolvido. Os mamíferos são uma classe diversificada de animais. A maioria são terrestres, embora alguns sejam aquáticos e outros sejam capazes de voar ou planar. A maior parte das espécies apresenta quatro membros. Alguns mamíferos aquáticos podem não possuir membros ou os membros podem ter evoluído para barbatanas, enquanto que nos morcegos os membros evoluíram para asas. As pernas de maior parte dos mamíferos situam-se na parte inferior do tronco, que se ergue bastante acima do chão. Os ossos dos mamíferos são plenamente ossificados. Os dentes, que são geralmente diferenciados, são revestidos por uma camada de esmalte e geralmente são substituídos uma vez na vida, ou não, como no caso dos cetáceos. Os mamíferos apresentam três ossos no ouvido médio e uma cóclea no ouvido interno. A pele é revestida por pelos e a pele contém glândulas sudoríparas. Algumas destas glândulas são glândulas mamárias que produzem leite para alimentar as crias. Os mamíferos respiram através de pulmões e apresentam um diafragma que separa o tórax do abdómen e ajuda os pulmões a inspirar o ar. O coração apresenta quatro câmaras e as correntes sanguíneas oxigenada e desoxigenada são mantidas completamente separadas. Os resíduos nitrogenados são expelidos principalmente na forma de ureia. Os mamíferos são amniotas e a maior parte são vivíparos, dando à luz crias vivas. As únicas exceções que põem ovos, são os monotremados, os ornitorrincos e as equidnas da Austrália. Os restantes animais desenvolvem fetos no interior de uma placenta que os alimenta. Nos marsupiais, em que a fase fetal é relativamente curta, a cria nasce ainda imatura e desloca-se para o marsúpio da progenitora, onde se alimenta de um mamilo e conclui o desenvolvimento.
As características anatómicas mais evidentes dos peixes são a presença de barbatanas e escamas. O esqueleto pode ser ósseo ou cartilaginoso, como nos tubarões ou raias. O corpo dos peixes divide-se em cabeça, tronco e cauda, embora as divisões entre estes segmentos nem sempre sejam percetíveis a partir do exterior. O esqueleto, que é a estrutura de suporte no interior dos peixes, pode ser constituído por cartilagem, nos peixes cartilagíneos, ou por osso nos peixes ósseos. O principal elemento do esqueleto é a coluna vertebral, composta por vértebras articuladas e bastante leves, embora muito resistentes. As costelas estão ligadas à coluna e não existem membros. As principais características externas dos peixes, as barbatanas, são constituídas por espinhos ósseos ou moles, por vezes denominados raios. exceção da barbatana dorsal, as barbatanas não estão diretamente ligadas à coluna vertebral, sendo suportadas apenas pelos músculos do tronco. O coração dos peixes possuiu duas câmaras e bombeia o sangue ao longo da superfície respiratória das guelras e de todo o corpo num único ciclo. Os olhos estão adaptados à visão submarina e têm pouco alcance. Possuem um ouvido interno, mas sem pavilhão auditivo externo. Os peixes são capazes de detetar vibrações de baixa frequência através de um sistema de órgãos sensoriais ao longo de todo o comprimento da linha lateral, que lhes permitem aperceber-se de movimentos e alterações na pressão da água nas imediações. Os peixes ósseos apresentam maior número de traços anatómicos derivados, muitas vezes com significativas alterações evolucionárias em relação aos peixes antigos. Possuem esqueleto ósseo, são geralmente achatados lateralmente, apresentam cinco pares de guelras protegidas por um opérculo e uma boca na ponta ou perto do focinho. A derme encontra-se coberta por escamas sobrepostas. Os peixes ósseos possuem uma bexiga natatória que os ajuda a manter uma profundidade constante, mas não uma cloaca. Geralmente desovam na água uma grande quantidade de pequenos ovos pouco vitelinos. Os tubarões e as raias são peixes cartilaginosos basais com várias características anatómicas primitivas semelhantes às dos peixes antigos, incluindo esqueletos constituídos por cartilagem. O seu corpo tende a ser achatado ao longo do dorso e do ventre, e geralmente apresentam cinco pares de guelras e uma boca de grande dimensão no lado inferior da cabeça. A derme encontra-se revestida por escamas placoides separadas. Apresentam uma cloaca com função urinária e genital, embora não possuam bexiga natatória. Os peixes cartilaginosos produzem ovos vitelinos de grande dimensão, embora em pouco número. Algumas espécies são ovovivíparas e a cria desenvolve-se internamente, enquanto outras são ovíparas e a as larvas desenvolvem-se externamente dentro do ovo.
Os répteis englobam os lagartos imagem , tartarugas, serpentes e crocodilos. As características anatómicas mais evidentes são pele é revestida por escamas impermeáveis e a posição de locomoção junto ao solo. Os répteis são uma classe de classe de animais que engloba as tartarugas, tuataras, lagartos, serpentes e crocodilos. Embora sejam tetrápodes, as serpentes e algumas espécies de lagartos não possuem membros ou os membros são de tamanho muito reduzido. Os ossos dos répteis são mais ossificados e o esqueleto é mais resistente em relação ao dos anfíbios. Os dentes são cónicos e de tamanho uniforme. As células superficiais da epiderme encontram-se modificadas em pequenas escamas que criam uma camada impermeável. Os répteis não são capazes de usar a pele para respirar, como os anfíbios, mas têm um sistema respiratório mais eficiente que aspira ar para os pulmões expandindo as paredes do peito. O coração assemelha-se ao dos anfíbios, mas possui também um septo interventricular que separa de forma mais eficiente as correntes sanguíneas oxigenada e desoxigenada. O sistema reprodutor está preparado para fecundação interna e a maior parte das espécies possui um órgão copulatório. Os ovos são envolvidos por uma membrana amniótica que impede que sequem e são postos em terra, embora em algumas espécies se desenvolvam internamente. A bexiga é pequena, uma vez que os resíduos nitrogenados são expelidos na forma de ácido úrico. As tartarugas apresentam uma característica carapaça rígida que protege o tronco, inflexível, formada por placas ósseas embutidas na derme, por sua vez revestidas por placas córneas e parcialmente fundidas com as costelas e a coluna. O pescoço é longo e flexível e a cabeça e as pernas podem ser recolhidas para o interior da carapaça. As tartarugas são herbívoras, pelo que os dentes característicos dos outros répteis foram substituídos por placas córneas afiadas. Nas espécies aquáticas, as pernas da frente evoluíram para barbatanas. Os lagartos apresentam crânios com apenas uma fenestra de cada lado, tendo perdido o osso por baixo da segunda fenestra. Isto faz com que a ligação entre as mandíbulas seja menos rígida, o que lhes permite abrir mais a boca. Os lagartos são essencialmente quadrúpedes. O tronco levanta-se ligeiramente do chão, apoiado em quatro pernas projetadas para os lados, embora algumas espécies não possuam membros e se assemelhem a serpentes. Os lagartos possuem pálpebras móveis, tímpanos e algumas espécies possuem olho parietal central. As serpentes são parentes próximas dos lagartos, tendo derivado de uma linhagem ancestral em comum durante o período Cretácico, e partilham muitas características. O esqueleto é constituído pelo crânio, osso hioide, coluna vertebral e costelas, embora algumas espécies apresentem vestígios de uma bacia e membros posteriores. Também perderam o osso por baixo da segunda fenetra do crânio e as mandíbulas têm uma flexibilidade extrema, o que permite às serpentes engolir as presas inteiras. Embora as pálpebras sejam imóveis, os olhos são cobertos por escamas transparentes. As serpentes não possuem tímpanos, mas conseguem detetar vibrações na terra através dos ossos do crânio. A língua bifurcada é usada como órgão paladar e olfativo. Algumas espécies apresentam orifícios sensoriais na cabeça, o que lhes permite localizar presas de sangue quente. Os crocodilianos são répteis aquáticos de baixa estatura e grande dimensão, de focinho comprido e grande número de dentes. A cabeça e o tronco são achatados ao longo do ventre. A cauda é comprimida lateralmente e ao nadar ondula para impulsionar o animal. As escamas duras e queratinizadas, algumas inclusivamente fundidas no crânio, proporcionam aos crocodilos uma armadura corporal. As narinas, olhos e ouvidos são salientes em relação à cabeça achatada, o que permite que se mantenham à superfície quando o animal flutua. Quando submerge, as narinas e ouvidos são selados por válvulas. Ao contrário de outros répteis, os crocodilianos possuem um coração de quatro câmaras, o que lhes permite separar completamente a circulação de sangue oxigenado e desoxigenado. Pelo exterior, as tuataras assemelham-se aos lagartos, embora a linhagem se tenha dividido durante o período Triássico. Existe apenas uma espécie viva, Sphenodon punctatus. O crânio tem duas fenestras em cada lado. A ligação da mandíbula ao crânio é rígida. Apresentam uma fileira de dentes na mandíbula inferior, que encaixa entre as duas fileiras da mandíbula superior. Os dentes são apenas projeções de material ósseo da mandíbula que se vai desgastando. O cérebro e o coração são mais primitivos do que em outros répteis. Os pulmões apresentam uma única câmara e não possuem brônquios e a cabeça possui um olho parietal bem desenvolvido.
Por definição, invertebrados são os animais sem coluna vertebral. São um grupo vasto e diversificado de seres vivos que corresponde a cerca de 95 de todas as espécies animais, desde eucariontes simples e unicelulares, como o Paramecium, até animais complexos e multicelulares como o polvo, a lagosta ou as libélulas. A superfície exterior da epiderme dos invertebrados é geralmente formada por células epiteliais e segrega a matriz extracelular que suporta o organismo. Os equinodermes, esponjas, e cefalópodes possuem um endosqueleto derivado da mesoderme. Os artrópodes insetos, aracnídeos, carrapatos, camarões, caranguejos e lagostas possuem exosqueletos derivados da epiderme e constituídos por quitina. Nos moluscos, braquiópodes e alguns poliquetas as carapaças são constituídas por carbonato de cálcio. O exosqueleto dos microscópicos radiolários e diatomáceas são constituídos por sílica. Os restantes invertebrados podem não apresentar estruturas rígidas, embora a epiderme possa segregar diversos revestimentos superficiais, como é o caso da pinacoderme das esponjas, da cutícula gelatinosa dos cnidários pólipos, anémonas, alforrecas ou da cutícula colaginosa dos anelídeos. Esta camada externa pode incluir células de diversos tipos, incluindo células sensoriais, glândulas e células venenosas. Podem ainda existir saliências como microvilos, cílios, espinhos ou tubérculos. Os protozoários são organismos unicelulares. Embora as suas células apresentem a mesma estrutura básica dos animais multicelulares, algumas partes da célula especializaram-se e têm função equivalente aos tecidos e órgãos. A locomoção é muitas vezes feita por cílios, flagelos ou pseudópodes. Os nutrientes podem ser obtidos por fagocitose, as necessidades energéticas podem ser satisfeitas por fotossíntese e a célula pode ser suportada por um endosqueleto ou exoesqueleto. Alguns protozoários podem formar colónias multicelulares.
Os artrópodes incluem os insetos, aracnídeos e crustáceos e são o maior filo do reino animal. A característica anatómica mais evidente é a presença de um exosqueleto rígido e segmentado, como este escaravelho. Os artrópodes são o maior filo no reino animal. A este grupo pertencem um milhão de espécies, o que corresponde a 84 de todas as espécies de animais conhecidas, incluindo insetos, aracnídeos, carrapatos, camarões, caranguejos e lagostas. Os insetos possuem corpos segmentados suportados por um exosqueleto rígido, constituído principalmente por quitina. Os segmentos do corpo dividem-se em três partes distintas uma cabeça, um tórax e um abdómen. A cabeça geralmente contém um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, um a três ocelos e três conjuntos de apêndices modificados que formam as peças bucais. O tórax apresenta três pares de pernas, uma para cada um dos três segmentos do tórax, e dois pares de asas. O abdómen é constituído por onze segmentos, alguns dos quais podem ser unidos, e protege os sistemas digestivo, respiratório, excretório e reprodutor. As diferentes espécies apresentam variações significativas entre si e inúmeras adaptações das diferentes partes do corpo, especialmente das asas, pernas, antenas e partes bucais. As aranhas, uma classe dos aracnídeos, apresentam quatro pares de pernas e um corpo com dois segmentos cefalotórax e abdómen , não possuindo asas ou antenas. As partes bucais, denominadas quelíceras, estão muitas vezes ligadas a glândulas venenosas, uma vez que a maior parte das aranhas são venenosas. Possuem ainda um segundo par de apêndices ligados ao cefalotórax, denominados pedipalpos, com segmentação semelhante às pernas e que atuam como órgãos do paladar e do olfato. Na extremidade de cada pedipalpo dos machos encontra-se o órgão copulatório. O corpo dos crustáceos é composto por segmentos agrupados em três regiões cabeça, tórax e abdómen. Em algumas espécies, a cabeça e o tórax encontram-se unidas formando um cefalotórax, que pode ser coberto por uma carapaça única. O corpo dos crustáceos é protegido por um exosqueleto rígido, que necessita de ser mudado para que o animal possa crescer. Cada segmento, ou somito, pode apresentar um par de apêndices. Nos segmentos da cabeça, estes apêndices incluem dois pares de antenas, mandíbulas e maxilas. Os segmentos torácicos apresentam pernas, que podem ser especializadas na locomoção ou na alimentação. O abdómen apresenta pleópodes e termina num Télson. A principal cavidade corporal é um sistema circulatório aberto, em que o sangue é bombeado para o hemocélio por um coração situado no dorso.
Os moluscos são um filo de grande diversidade anatómica que inclui os cefalópodes, como o polvo, lulas e chocos os gastrópodes, como as lesmas, lesmas-do-mar e caracóis imagem e os bivalves como as amêijoas. Os moluscos são um filo de invertebrados extremamente diversificado que inclui os cefalópodes, como os polvos, lulas e chocos e os gastrópodes, como os caracóis e lesmas. As três características universais que definem os moluscos modernos são um manto com uma cavidade significativa, a presença de uma rádula e a estrutura do sistema nervoso. Fora destas características comuns, os moluscos apresentam uma grande diversidade anatómica, pelo que vários manuais descrevem a anatomia dos moluscos através de um molusco genérico hipotético que representa as características mais comuns do filo. Este molusco generalizado reproduz-se por fissão binária, de forma semelhante às estrelas-do-mar, apresenta simetria bilateral e uma concha no topo. O lado inferior consiste num único pé muscular. A região mole e não muscular do molusco que contém os órgãos denomina-se massa visceral. na cavidade do manto que se situam os nefrídeos órgãos excretores , gónadas órgãos reprodutores, as guelras, o ânus e um par de osfrádios órgãos sensoriais . O manto segrega uma concha, embora ausente em alguns grupos taxonómicos, como os nudibrânquios. A concha é constituída principalmente por quitina e conchiolina e endurecida com carbonato de cálcio exceto na camada superficial . A parte inferior dos moluscos é constituída por um pé muscular, que tem diferentes finalidades conforme a classe. Nos gastrópodes, o pé segrega muco que atua como lubrificante na locomoção. Em espécies cuja concha é cónica, como as lapas, o pé atua como ventosa, agarrando o animal a uma superfície sólida. Nas espécies de conchas em espiral, os músculos puxam o pé e outras partes salientes para o interior da concha. Nos bivalves o pé está adaptado a escavar os sedimentos e nos cefalópodes é usado para locomoção, podendo apresentar tentáculos. Os moluscos possuem sistema circulatório aberto. As aurículas do coração fazem também parte do sistema excretório, filtrando resíduos do sangue. A maior parte do sistema respiratório dos moluscos apresenta apenas um par de guelras. Os moluscos usam digestão intracelular e as partes bucais apresentam uma rádula, uma língua com dentes que aspira bactérias e algas das rochas. Na boca existem glândulas que segregam muco ao qual a comida adere e possuem um complexo sistema digestivo em que cílios microscópicos desempenham vários papéis. Os moluscos cefálicos apresentam dois pares de cordas nevosas ventrais e os bivalves três. Em espécies que o possuem, o cérebro envolve o esófago. A maior parte dos moluscos apresenta olhos e todas as espécies têm sensores sensíveis a químicos, a vibrações e ao toque. Os sistemas reprodutores mais simples baseiam-se na fertilização externa, embora alguns moluscos usem fertilização interna ou sejam hermafroditas. Os moluscos co fertilização externa põem ovos, dos quais emergem larvas trocóforas, larvas velígeras ou adultos em miniatura.
Lição de Anatomia do Dr. Willem van der Meer, Michiel Jansz van Mierevelt, 1617 A anatomia humana é uma das ciências fundamentais da medicina. A anatomia humana, a fisiologia e a bioquímica são ciências médicas básicas complementares, que são geralmente ensinadas aos estudantes no primeiro ano das faculdades de medicina. As profissões médicas exigem conhecimentos aprofundados de anatomia, sobretudo no caso dos cirurgiões e em especialidades de diagnóstico, como na histopatologia e na radiologia. A anatomia humana pode ser estudada de forma regional ou sistémica. A anatomia regional estuda as regiões do corpo, como a cabeça ou o tórax, enquanto que a anatomia sistémica estuda sistemas específicos, como os sistemas nervoso ou respiratório. O mais notável manual de anatomia, Gray s Anatomy, foi reorganizado de um formato sistémico para um formato regional, de acordo com os métodos de ensino contemporâneos. Um anatomista estuda a forma, tamanho, posição, estrutura, irrigação sanguínea e nervosa de um órgão como o fígado, enquanto um fisiologista estuda a produção de bílis, o papel do fígado na nutrição e na regulação das funções corporais. A anatomia pode ser estudada usando métodos tanto invasivos como não invasivos, que permitem obter dados sobre a estrutura e organização dos órgãos e dos sistemas. Entre os métodos usados estão a dissecação, em que o organismo é aberto para serem estudados os órgãos, e a endoscopia, em que se insere um instrumento equipado com uma câmara de vídeo por uma pequena incisão na parede do corpo. A angiografia por raio-x ou ressonância magnética permitem visualizar os vasos sanguíneos.
Os termos anatómicos são compostos por uma raiz à qual acrescem prefixos e sufixos. A raiz geralmente indica determinado órgão, tecido ou condição.
Posição anatómica de referência com os termos de localização relativa. Os termos anatómicos usados para descrever a localização de determinada estrutura têm por base a posição anatómica de referência. Nos seres humanos, esta posição corresponde a uma pessoa de pé, com os pés ligeiramente afastados, braços esticados e as palmas das mãos abertas e viradas para a frente. Quando os anatomistas mencionam o lado esquerdo ou o lado direito do corpo, referem-se à esquerda e direita do indivíduo, e não do observador. Ao observar um corpo na posição anatómica de referência, o lado esquerdo do corpo é o lado direito do observador e vice-versa. Os termos padronizados evitam confusão. Entre os termos mais usados estão Anterior e posterior descrevem a parte da frente anterior e de trás posterior de um corpo. Por exemplo, os dedos dos pés encontram-se anteriormente em relação ao tornozelo e a coluna vertebral encontra-se posteriormente em relação ao coração Superior ou cranial e inferior ou caudal descrevem uma posição em cima superior, em direção ao crânio ou em baixo inferior, em direção à cauda relativamente a outra parte do corpo. Por exemplo, o tórax situa-se superiormente ao abdómen, enquanto a pélvis situa-se inferiormente ao abdómen Medial e lateral descrevem uma posição que é mais próxima medial ou mais afastada lateral do plano sagital. Por exemplo, no caso do joelho o ligamento colateral medial está situado medialmente, ou mais próximo do plano sagital, enquanto que o ligamento colateral lateral está localizado lateralmente, ou mais afastado do plano sagital Ventral e dorsal descrevem estruturas derivadas da parte da frente ventral ou de trás dorsal do embrião antes da rotação dos membros Proximal e distal descrevem uma posição mais próxima proximal ou mais afastada distal em relação à raiz do membro. Por exemplo, o braço é considerado proximal quando comparado com o antebraço distal , uma vez que está mais próximo da raiz Superficial e profundo descrevem as estruturas que estão mais próximas superficiais ou mais afastadas profundas em relação à superfície do corpo. Por exemplo, a pele é mais superficial do que os ossos e o cérebro é mais profundo que o crânio.
Os três planos anatómicos do corpo sagital, transversal e frontal. Os elementos anatómicos são muitas vezes descritos em relação a planos geométricos de referência Plano sagital é o plano que divide verticalmente um corpo ou um órgão nos lados direito e esquerdo. Quando este plano vertical passa pelo meio do corpo denomina-se plano sagital mediano. Quando divide o corpo em lados desiguais denomina-se plano parasagital Plano frontal ou plano coronal é o plano que divide um corpo ou órgão numa parte anterior frontal e posterior dorsal Plano transversal é o plano que divide horizontalmente um corpo ou um órgão nas partes inferior e superior.
Corpo humano na posição anatómica de referência com as regiões anatómicas a negrito. Os anatomistas dividem o corpo em regiões anatómicas. Na parte anterior do tronco situa-se o tórax, na região superior, e o abdómen na região inferior. Na parte posterior do tronco, ou costas, situa-se o a região dorsal, na parte superior, e a região lombar na parte inferior. A região das omoplatas é denominada região escapular e a região do esterno é denominada região esternal. A região entre o peito e a pelve denomina-se região abdominal. O peito pode é também denominado região mamária, a axila como região axilar e o umbigo como região umbilical. A pelve entre o abdómen e as coxas corresponde à região hipogástrica. As virilhas, em que a coxa se une ao tronco, são a região inguinal. Os glúteos correspondem à região glútea e a púbis à região púbica. O braço completo é denominado região braquial. A parte anterior do cotovelo é denominada região cubital e a parte posterior região olecraniana. O antebraço corresponde à região antebraquial. O punho e o carpo são denominados região carpal. A palma da mão é denominada região palmar. O dedo polegar é denominado pólex e os restantes dedos divididos em falanges proximais, médias e distais, nas extremidades. Os anatomistas dividem os membros inferiores em coxa secção entre a anca e o joelho e perna secção entre o joelho e o tornozelo . A coxa e o fémur correspondem à região femoral. A parte anterior do joelho, a rótula, corresponde à região rotuliana e a parte posterior, o poplíteo, à região poplítea. A generalidade da perna é a região crural a referência apenas à parte lateral denomina-se região peroneal e à parte posterior, os gémeos, a região sural. O tornozelo e o tarso denominam-se região tarsal e o calcanhar a região calcânea. O dedo grande do pé é referido como hálux.
Principais movimentos anatómicos do corpo. Flexão e extensão descrevem os movimentos que modificam o ângulo entre duas partes do corpo. Flexão é o movimento de dobra que diminui o ângulo entre um segmento e o seu segmento proximal. Por exemplo, dobrar o cotovelo ou a apertar a mão são movimentos de flexão e quando uma pessoa está sentada, os joelhos estão flectidos. Quando uma articulação pode rodar para a frente e para trás, como no caso do pescoço ou do tronco, a flexão refere-se ao movimento em direção à parte anterior do corpo. A extensão é o oposto de flexão, descrevendo o movimento que aumenta o ângulo entre duas partes do corpo. Por exemplo, uma pessoa de pé tem os joelhos estendidos. Em articulações que podem rodar para a frente e para trás, a extensão refere-se ao movimento em direção à parte posterior do corpo. Abdução e adução descrevem os movimentos que afastam ou aproximam uma estrutura do centro do corpo plano sagital . Abdução é o movimento que afasta a estrutura do plano sagital. Por exemplo, levantar os braços é uma abdução do ombro. No caso dos dedos, refere-se ao afastamento em relação às palmas das mãos ou dos pés. Adução é o movimento que puxa uma estrutura em direção ao plano sagital ou em direção à linha mediana de um membro. Por exemplo, juntar os joelhos ou fechar os dedos da mão. Elevação e depressão referem-se aos movimentos para cima e para baixo do plano horizontal. Por exemplo, encolher os ombros é uma elevação da omoplata. Rotação medial ou interna e rotação lateral ou externa referem-se, respetivamente, à rotação que aproxima ou afasta a estrutura do centro do corpo. Retroversão e anteroversão referem-se ao movimento do sangue ou de outros fluidos numa direção normal anteroversão ou anormal retroversão . Dorsiflexão e flexão plantar descrevem a extensão ou flexão do pé a partir do tornozelo. Dorsiflexão é o movimento em que os dedos do pé se aproximam da tíbia, diminuindo o ângulo entre o dorso do pé e o dorso frente da perna. Por exemplo, ao caminhar apenas com os calcanhares apoiados, o tornozelo está em dorsiflexão. A flexão plantar é o movimento que diminui o ângulo entre a planta do pé e as costas da perna. Por exemplo, o movimento de carregar num pedal automóvel. No caso da mão, usa-se os termos dorsiflexão e flexão palmar. Eversão e inversão descrevem os movimentos que inclinam a planta do pé para fora eversão ou para dentro inversão em relação ao plano sagital, como no caso de uma torção do tornozelo. Pronação e supinação descrevem a rotação do antebraço ou do pé de forma a que na posição anatómica de referência a palma da mão ou planta do pé fique voltada para a parte anterior supinação o posterior pronação .
O Papiro de Edwin Smith, um manual de medicina do Antigo Egito datado de 1600 a.C., descrevia o fígado, o baço, os rins, o hipotálamo, a bexiga, o coração e os vasos sanguíneos que dele divergem. O Papiro Ebers, datado de 1550 a.C., contém um tratado do coração, demonstrando os vasos que transportam todos os fluidos corporais para ou a partir de todos os membros do corpo. O Corpus Hippocraticum, um compêndio de textos de medicina da Antiga Grécia de autores anónimos, descrevia a anatomia dos músculos e do esqueleto. Aristóteles descreveu a anatomia dos vertebrados com base em dissecações de animais. Praxágoras identificou a diferença entre artérias e veias. No a.C., Herófilo e Erasístrato foram autores de descrições anatómicas mais precisas, obtidas através da vivissecção de criminosos em Alexandria durante a Dinastia Ptolemaica. No d.C., o médico, cirurgião e filósofo romano Cláudio Galeno, escreveu o mais influente tratado de anatomia da antiguidade e dos séculos seguintes. Influente também na Idade de Ouro Islâmica, seria redescoberto durante o Renascimento a partir de traduções do grego feitas durante o . Entre 1275 e 1326, os anatomistas bolonheses Mondino de Luzzi, Alessandro Achillini e Antonio Benivieni realizaram as primeiras dissecações humanas sistemáticas desde a Antiguidade. A obra de Mondino Anatomia, publicada em 1316, foi o primeiro manual publicado durante a redescoberta medieval da anatomia humana. Descreve o corpo conforme a ordem seguida por Mondino durante as dissecações, começando pelo abdómen, depois o tórax, a cabeça e por fim os membros. A publicação tornou-se o manual de anatomia padrão ao longo do século seguinte.
Andreas Vesalius, professor de anatomia na Universidade de Pádua, é considerado o fundador da anatomia moderna. Proveniente do Ducado de Brabante, Vesalius foi o autor do influente livro De humani corporis fabrica A Estrutura do Corpo Humano , um livro de grande formato publicado em sete volumes em 1543. Pensa-se que as ilustrações, muito precisas e detalhadas e muitas vezes em poses alegóricas com fundos de paisagens italianas, tenham sido da autoria do artista Jan van Calcar, discípulo de Ticiano. Raio X em cima , ressonância magnética a meio , e tomografia computorizada tridimensional em baixo do abdómen. O artista italiano Leonardo da Vinci foi aprendiz de anatomia de Andrea del Verrocchio, conhecimento que se manifestou ao longo da sua obra em inúmeros desenhos de estruturas ósseas, músculos e órgãos de seres humanos e outros animais que dissecava. Em Inglaterra a anatomia foi o tópico das primeiras conferências públicas sobre ciência, organizadas no pela Companhia de Barbeiros-Cirurgiões e pelo Royal College of Physicians. No começaram a ser fundadas as primeiras escolas de medicina contemporânea. Como as aulas de anatomia necessitavam de um fornecimento constante de cadáveres para dissecação e estes eram difíceis de obter, o tráfico de cadáveres aumentou significativamente, uma atividade criminosa que consistia em dessecar sepulturas para furtar os cadáveres recém-sepultados. A prática obrigou à proteção dos cemitérios e à criação de leis que permitiram a doação de cadáveres para fins científicos.
Antes da época dos procedimentos médicos modernos, os principais meios para o estudo da estrutura do corpo eram a palpação e a dissecação. Foi o aparecimento da microscopia que permitiu compreender os constituintes básicos dos tecidos vivos. A introdução das lentes acromáticas aumentou o poder de resolução do microscópio, o que permitiu a Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann descobrir, em 1839, que as células são a unidade fundamental de organização de todos os organismos vivos. Dado que a investigação microscópica envolve a passagem de luz pelos objetos a ser estudados, a invenção do micrótomo veio permitir a realização de cortes extremamente finos. Foram também desenvolvidas técnicas de coloração com corantes artificiais que vieram permitir distinguir com maior facilidade os vários tipos de células e que, no fim do , deram origem aos campos da citologia e histologia. A invenção do microscópio eletrónico em 1931 permitiu aumentar drasticamente o poder de resolução, o que veio permitir observar a ultraestrutura das células e das organelas e outras estruturas no seu interior. Na década de 1950, a introdução da cristalografia de raios X para o estudo das estruturas proteicas, ácidos nucleicos e outras moléculas biológicas deu origem ao novo campo da anatomia molecular. A radiação eletromagnética de onda curta, como os raios X, é capaz de atravessar o corpo e é por isso usada em radiografia clínica para observar estruturas anatómicas com diferentes graus de opacidade. Hoje em dias, as técnicas mais modernas como a imagem por ressonância magnética, tomografia computorizada, fluoroscopia ou ecografia permitem aos investigadores e profissionais de saúde examinar as estruturas anatómicas, vivas ou mortas, com detalhe sem precedentes.
E-anatomy Um dicionário online de anatomia em inglês Atlas de Anatomia Humana, de Charles Mayo Gray em inglês Atlas de Anatomia Atlas de Anatomia Humana do Anatomy Atlases Vídeo-aulas sobre Anatomia - Universidade Federal Fluminense UFF Anatomia e arte Categoria Anatomia Categoria FisioterapiaAlfons nome prenome
D. Afonso Henriques Afonso II de Portugal Afonso III de Portugal Afonso IV de Portugal Afonso V de Portugal Afonso VI de Portugal
Afonso I das Astúrias Afonso II das Astúrias Afonso III das Astúrias Afonso IV de Leão Afonso V de Leão e Castela Afonso VI de Leão e Castela Afonso VII de Leão e Castela Afonso VIII de Castela Afonso IX de Leão Afonso X de Castela Afonso XI de Castela Afonso XII de Espanha Afonso XIII de Espanha
Afonso de Portugal, Grão-mestre do Hospital filho de D. Afonso Henriques, de Portugal Afonso, Príncipe de Portugal 1475 1491 filho de D. João II, de Portugal Afonso de Portugal 1509 1540 filho de D. Manuel I, de Portugal Afonso Sanches filho bastardo de D. Dinis, de Portugal Afonso de Albuquerque navegador português Afonso de Bragança, Duque do Porto duque do Porto Afonso Domingues arquitecto do século XIV Afonso de Paiva explorador português, que acompanhou Pêro da Covilhã ao Oriente João Afonso de Aveiro navegador do século XV
Afonso de Ligório Categoria Desambiguações de prenomes Categoria Desambiguações de história Categoria Desambiguações mal formatadasImpério Bizantino
Andrónico ngelo , general Andrónico Contostefano , general e almirante Andrônico Calisto c. 1476 , teólogo bizantino
Andrónico de Cirro c. , astrónomo grego Andrónico de Rodes c. , filósofo grego Andrônico da Panônia , um dos primeiros cristãos seguidores de Jesus Andrônico de Constantinopla , oficial romano
Categoria Desambiguações de prenomesLogo da Carta Internacional da Terra. A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. uma visão de esperança e um chamado à ação. Oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um futuro sustentável. Ela reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis. O documento é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos. A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. Esse processo é a fonte básica de sua legitimidade como um marco de guia ético. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações, incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.
Para se atingir uma visão compartilhada de valores básicos que proporcione um fundamento ético à comunidade mundial emergente, a Carta da Terra está estruturada em quatro grandes princípios. Estes princípios são interdependentes e visam a um modo de vida sustentável como padrão comum. Espera-se que através deles a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais seja dirigida e avaliada adequadamente. Respeitar e cuidar da comunidade de vida Integridade ecológica Justiça social e econômica Democracia, não violência e paz A Carta é um documento relativamente breve e conciso, escrito com linguagem inspiradora. a articulação de uma visão que reflete valores universais e uma declaração de princípios fundamentais com significado perdurável e que pode ser compartilhada amplamente pelos povos de todas as raças, culturas e religiões. uma chamada para a acção, que agrega novas dimensões significativas de valores às que já se encontram expressas em outros documentos relevantes e, ainda, uma Carta dos povos que deve servir como um código universal de conduta para pessoas, para instituições e para Estados. Uma Declaração Universal dos Deveres Humanos, uma vez que o Homem é o grande agente modificador dos ecossistemas da Terra.
Carta da terra A carta da terra - material pedagogico Contos de Oikodoro - contos pedagogicos http earthcharter.org em inglês, espanhol, francês Categoria Desenvolvimento sustentávelAleksandr Ivanovich Oparin Uglitch, 2 de março 18 de fevereiro juliano de 1894 Moscou, 21 de abril de 1980 foi um biólogo e bioquímico russo considerado um dos precursores dos estudos sobre a origem da vida.
Oparin se formou na Universidade de Moscou em 1917. Em 1924 publicou um opúsculo com a primeira versão de sua teoria para explicar o surgimento da vida na Terra, a partir da evolução química gradual de moléculas baseadas em carbono. A segunda versão, de 1938, alcançaria sucesso internacional que resultou na conhecida versão em inglês, de 1953. Em 1946, foi admitido na Academia Soviética das Ciências. Em 1970, foi eleito presidente da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida. Faleceu aos 86 anos, em 21 de abril de 1980, e foi sepultado no Cemitério Novodevichy em Moscou.
Sua teoria tem um forte embasamento darwiniano através de competição e seleção natural, determinadas formas de organização molecular tornaram-se dominantes e caracterizam as moléculas vivas de hoje. Segundo ele, não existe diferença fundamental entre os organismos vivos e matéria sem vida. Em princípio havia soluções simples de substâncias orgânicas, cujo comportamento era governado pelas propriedades de seus átomos e pelo arranjo destes átomos em uma estrutura molecular. Gradualmente, entretanto, como resultado do crescimento em complexidade, novas propriedades surgiram em consequência do arranjo espacial e relacionamento mútuo das moléculas. Portanto, a complexa combinação de propriedades que caracteriza a vida surgiu a partir do processo de evolução da matéria. Levando em conta a então recente descoberta de metano na atmosfera de Júpiter e outros planetas gigantes, Oparin postulou que a Terra primitiva também possuía uma atmosfera fortemente redutora, contendo metano, amônia, hidrogênio e água. Em sua opinião, esses foram os elementos essenciais para a evolução da vida. Nessa época a Terra estava passando por um processo de resfriamento, que permitiu o acúmulo de água nas depressões da sua crosta, formando os mares primitivos. As tempestades com raios eram freq entes e ainda não havia na atmosfera o escudo de ozônio contra radiações. As descargas elétricas e as radiações que atingiam nosso planeta teriam fornecido energia para que algumas moléculas presentes na atmosfera se unissem, dando origem a moléculas maiores e mais complexas as primeiras moléculas orgânicas. Estas eram arrastadas pelas águas das chuvas e passavam a se acumular nos mares primitivos, que eram quentes e rasos. O processo, repetindo-se ao longo de vários anos, teria transformado os mares primitivos em sopas primitivas, ricas em matéria orgânica. Baseado no trabalho de Bungenberg de Jong em coacervados, certas moléculas orgânicas especialmente as proteínas podem espontaneamente formar agregados e camadas, quando estão na água. Oparin sugeriu que diferentes tipos de coacervados podem ter se formado nas sopas primitivas dos oceanos. Esses coacervados não eram seres vivos, mas sim uma primitiva organização das substâncias orgânicas, principalmente proteínas, em um sistema isolado. Apesar de isolados os coacervados podiam trocar substâncias com o meio externo, sendo que em seu interior houve possibilidade de ocorrerem inúmeras reações químicas. Subseq entemente, sujeitos ao processo de seleção natural, esses coacervados cresceram em complexidade, adquirindo por fim características de organismos vivos.
Oparin teve sua carreira marcada pela íntima colaboração com a ideologia comunista e com o estado soviético. Suas ideias se coadunavam com o materialismo dialético e eram promovidas no país e no exterior, enquanto Oparin era mitificado como Darwin do século XX. notória sua associação com Trophim Lysenko e Olga Lepeshinsakya, pseudocientistas que dominaram o establishment científico soviético no período estalinista. Um aspecto de sua hipótese, a ideia da atmosfera redutora, interessou muito ao químico estadunidense Harold Urey. Urey, que se notabilizara pela descoberta do deutério, encarregou seu aluno Stanley Miller de investigar experimentalmente as proposições de Oparin. O experimento realizado demonstrou que as condições atmosféricas imaginadas por Oparin permitiriam a síntese abiótica de alguns aminoácidos, fato que teve ampla repercussão na imprensa internacional. Embora as concepções de Oparin sobre a atmosfera primitiva tenham perdido o apoio quase unânime de que desfrutavam, alguns pesquisadores, como Freeman Dyson e Doron Lancet, químico do Instituto Weizmann da Ciência de Israel tem investigado mais recentemente a formação de coacervados, outro aspecto original das ideias de Oparin.
Oparin, A. I. Proiskhozhdenie zhizni. Moscow Izd. Moskovskii Rabochii, 1924. Traduções em inglês Oparin, A. I. The origin of life, translation by Ann Synge. In Bernal, J. D. ed. , The origin of life, Weidenfeld Nicolson, London, 1967, p. 199 234. Google, Valencia University. Oparin, A. I. The Origin and Development of Life NASA TTF-488 . Washington D.C.L GPO, 1968. Oparin, A. I. Vozniknovenie zhizni na zemle. Moscow Izd. Akad. Nauk SSSR, 1936. English translations Oparin, A. I. The Origin of Life, 1st ed., Nova York Macmillan, 1938. Oparin, A. I. The Origin of Life, 2nd ed., Nova York Dover, 1953, reimpresso em 2003, Google. Oparin, A. I. The Origin of Life on the Earth, 3rd ed., Nova York Academic Press, 1957, BHL Oparin, A., Fesenkov, V. Life in the Universe. Moscow USSR Academy of Sciences publisher, 3a. Edição, 1956. Tradução para o inglês Oparin, A. e V. Fesenkov. Life in the Universe. New York Twayne Publishers 1961 . The External Factors in Enzyme Interactions Within a Plant Cell Life, Its Nature, Origin and Evolution The History of the Theory of Genesis and Evolution of Life
Experiência de Miller e Urey Categoria Prêmio Kalinga Categoria Membros da Academia de Ciências da Rússia Categoria Cientistas da Rússia Categoria Biólogos da Rússia Categoria Bioquímicos da Rússia Categoria Alunos da Universidade Estatal de Moscou Categoria Sepultados no Cemitério Novodevichy Categoria Comunistas da RússiaAcre Israel cidade no norte de Israel, antiga fortaleza dos cruzados Acre estado brasileiro CT Acre D-10 navio de guerra brasileiro Acre canhoneira fluvial navio de guerra brasileiro Acre unidade unidade de medida de área Boca do Acre município do estado do Amazonas, Brasil República do Acre república que existiu no fim do século XIX Rio Acre rio com nascente no Peru que cruza a capital do Acre, Rio Branco
Categoria Desambiguações de topônimosAmapá link . ouça, região inicialmente chamada de Mairi é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da Região Norte, no Platô das Guianas. O seu território é de km , o que o torna o 18 maior estado do Brasil. limitado pelo estado do Pará, a oeste e sul pela Guiana Francesa, a norte pelo Oceano Atlântico a nordeste pela foz do Rio Amazonas, a leste e pelo Suriname, a noroeste. O Amapá foi desmembrado do estado do Pará em 1943, quando foi criado o Território Federal do Amapá TFA . Permaneceu nesta condição até 1988, quando a atual Constituição Federal o elevou a estado da Federação. Na bandeira do Brasil, o Amapá é representado pela estrela de Cão Maior. Macapá, que era a capital do extinto Território Federal do Amapá desde 1944, é a atual capital e maior cidade do estado, sendo sede da Região Metropolitana de Macapá, formada por Macapá, Santana e Mazagão. Outras importantes cidades são Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE , sua população era de habitantes em 2021. Quanto aos indicadores sociais, o Amapá possui a 14 menor incidência de pobreza, a sétima menor taxa de analfabetismo e o 15 maior PIB per capita do país. No entanto, o estado apresentou em 2010, a terceira maior taxa de mortalidade infantil entre os estados brasileiros.
Os tupinambás inicialmente habitavam a região, estes consideravam-se filhos do grande ancestral e herói Maíra, assim o topônimo Mairi, utilizado para representar o território tupinambá atuais estados brasileiros do Amapá, Pará e, Maranhão , com origem no nheengatu, inicialmente significaria o território de Maíra ou terra dos filhos de Maíra. Mas esta divindade foi associada aos homens brancos e, em especial, aos navegadores franceses, passando a serem chamados de Maíras ou Mair , e assim a região de Mairi passou a representar o lugar dos franceses. A origem do nome do estado é controversa. Na língua tupi, o nome amapá significaria o lugar da chuva ama, chuva e paba, lugar, estância, morada . Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu, significando terra que acaba ou ilha. Segundo outros, a palavra amapá é de origem aruaque e se referiria ao amapazeiro Hancornia amapa , uma árvore típica da região pertencente à família das Apocináceas. O amapazeiro produz um fruto roxo, saboroso, em formato de maçã de onde é extraído o leite de amapá usado na medicina popular como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de doenças respiratórias e gastrite. A espécie encontra-se ameaçada, dada a sua exploração predatória para extração da seiva. Ainda segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, Amapá deriva de amapá, termo da língua geral setentrional que designa uma espécie de árvore apocinácea. O Dicionário Aurélio chama de amapá a espécie Parahancornia amapa, da família das apocináceas.
Os megálitos do Parque Arqueológico do Solstício, em Calçoene, são atribuídos a antigos povos indígenas da região Os primeiros habitantes do atual Amapá eram indígenas das etnias waiãpi, palikur, maracá-cunani e tucuju, incluídos nos troncos linguísticos aruaque e caribe. Vestígios da ocupação humana pré-colombiana podem ser verificados nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício, apelidada Stonehenge do Amapá, em Calçoene, que arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e .
O primeiro europeu a avistar a costa do atual Amapá foi o espanhol Vicente Yá ez Pinzón. Em 1499, com quatro caravelas, foi o primeiro navegador europeu a subir o Rio Amazonas. Maravilhado com a vastidão de seu leito, deu-lhe o nome de Santa Maria de la Mar Dulce Santa Maria do Mar Doce . Posteriormente, chegou à boca de outro grande curso d água que ficou conhecido como Rio Vicente Pinzón, hoje identificado como o Rio Oiapoque. Todo o litoral atlântico ao norte da desembocadura do Rio Amazonas fora posto sob domínio castelhano pelo Tratado de Tordesilhas, assinado por Portugal e Espanha em 1494. No entanto, ambos os países somente viriam a explorar a região do Amapá, entre 1580 a 1640, época em que os reis da Espanha governaram Portugal. Também franceses, ingleses e neerlandeses tiveram interesse pelo território, chamado na época de Costa do Cabo do Norte. Dele foram extraídos madeira, resinas, frutos corantes como o urucum , e óleos vegetais, bem como os produtos de pesca, como o peixe-boi, guarabá ou manati, que eram temperados com sal e vendidos para a Europa. O atual estado brasileiro do Amapá foi chamado de Guiana Portuguesa até meados do século XX. Entre 1580 e 1610, ingleses tentaram implantar canaviais na costa de Macapá para fabricação de açúcar e rum, com base em mão de obra de africanos escravizados. O empreendimento falhou e os ingleses deixaram a região, levando consigo os referidos escravizados. Os portugueses, que a esse tempo iniciavam a penetração na Amazônia, inquietavam-se com a competição estrangeira. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o Cabo Norte como capitania hereditária, a exemplo das que Dom João III criara cem anos antes. Seu título foi reconhecido, depois da restauração, por Dom João IV, mas nem por isso cessaram as incursões estrangeiras, sobretudo de franceses, que baseavam suas pretensões em cartas-patentes de 1605 com que o Rei Henrique IV fizera Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-tenente nas regiões da América desde o Rio das Amazonas até a ilha da Trindade. Em 1694, o Marquês de Ferrolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária Ilha Oiapoque, na própria foz do Amazonas. Em 1697, houve uma invasão armada. Tais lutas e desinteligências levaram a negociações 1698 e a um tratado provisório 1700 , que neutralizava a área contestada até a conclusão de um acordo final. Confirmado pela aliança de 1701 entre Portugal e França 1713-1715 , em que Portugal tomou o partido de Inglaterra, ustria e Países Baixos contra Luís XIV. Em 1713, acordo fundamental resolveu parcialmente a já problemática questão fronteiriça o Tratado de Utrecht, que dispôs que o limite entre as possessões francesas e portuguesas seria o Rio Oiapoque também chamado Rio Vicente Pinzón . O tratado previu ainda a desistência francesa a qualquer uso do Rio Amazonas e garantiu a Portugal a posse exclusiva das duas margens do Rio Amazonas. A partir dessa data o esforço diplomático francês foi dirigido no sentido de provar que o Rio Oiapoque não era o Rio Vicente Pinzón e a sugerir rios alternativos, mais ao sul o Rio Caciporé, o Rio Calçoene, o Rio Cunani, o Rio Carapapóris ou o Rio Araguari. A indefinição das reais fronteiras entre as colônias e a fraca ocupação do Cabo Norte fez da região rota de fuga e localização perfeita para africanos escravizados no Pará, Maranhão e Guiana Francesa constituírem mocambos quilombos , de tal forma que as coroas francesa e portuguesa assinaram tratados de devolução mútua de escravizados em 1732, 1752 e 1762.Vista frontal atual da Igreja de São José de Macapá. Construída em estilo neoclássico, é o monumento colonial mais antigo do Amapá, inaugurada em 1761.Adiante, o Tratado de Madri 1750 , que admitia como espanholas as terras da bacia do Rio da Prata e como portuguesas as terras da bacia do Rio Amazonas, foi anulado em 1761. Alguns daqueles falsos limites foram consagrados por instrumentos internacionais. Um tratado de 1797 pôs a fronteira da Guiana no Rio Calçoene, mas não foi ratificado por Portugal. O Tratado de Badajoz 1801 adotou o Rio Araguari. O Tratado de Madrid 1801 , o Rio Carapanatuba. Foram anulados pelo manifesto do príncipe regente 1808 e pelo artigo adicional n. 3 ao Tratado de Paris 1814 . O Tratado de Amiens 1802 , celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, reconheceu, igualmente, a fronteira no Rio Araguari. Não teve, contudo, a adesão de Portugal. Vista atual da Fortaleza de São José de Macapá. A ocupação portuguesa da região onde hoje é o Estado do Amapá, de fato, começou apenas na segunda metade do século XVIII. época, a Coroa Portuguesa, na figura de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, iniciou uma série de medidas modernizadoras para assegurar a posse e as fronteiras portuguesas na região amazônica, que não estavam bem definidas na ocasião. Dentre essas medidas, destacam-se a fundação de cidades e vilas e sua povoação com colonos portugueses a construção de fortificações militares em regiões estratégicas a tentativa de introdução de monoculturas de exportação a expulsão da Companhia de Jesus e a conversão das antigas missões vilas a abolição da escravidão dos indígenas e a submissão dos nativos ao trabalho compulsório assalariado, regulamentado pelo Diretório dos ndios e a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão para, em especial, estimular a entrada de escravos negros trazidos da frica. Foi nesse contexto geopolítico que houve a fundação dos primeiros núcleos de colonização europeia na região Vila de São José de Macapá 1758 , Vila Vistosa da Madre de Deus 1765 e Vila de Nova Mazagão 1770 . A Vila de São José de Macapá, fundada em 04 de fevereiro 1758 na margem esquerda do Rio Amazonas, já abrigava uma comunidade de colonos portugueses de origem açoriana, instalada na região em 1752. A vila foi escolhida também para abrigar a Fortaleza de São José de Macapá, a maior fortificação portuguesa na região. A construção da fortaleza já constava nos planos do Governador Mendonça Furtado desde a criação da povoação de Macapá, em 1751. Integrava, assim, os planos de ampliação e defesa da colônia, especialmente dos franceses instalados na Guiana. A construção do forte foi iniciada em 1764. Inicialmente, foi erguido o Baluarte de São Pedro. Seu traço e sua construção ficaram sob a responsabilidade de um engenheiro integrante da Comissão Demarcadora de Limites, Henrique Antônio Galúcio. Suas obras se estenderam por dezoito anos, marcados por períodos de forte atividade e por momentos de estagnação. A fortificação foi oficialmente inaugurada em 19 de março de 1782, no dia de São José, orago da fortaleza e padroeiro da cidade de Macapá. Naquela ocasião, a questão da demarcação das terras com a Espanha, praticamente, fora superada. O Tratado de Santo Ildefonso 1777 , que legitimou a posse do território pretendido pelos portugueses, demonstrou o acerto da política adotada. Nos dezoito anos de construção 1764-1782 , o erguimento da fortaleza consumiu a mão de obra de cerca de 2.300 negros africanos escravizados entre escravos permanentes, residentes na vila e temporários, alugados em outras vilas e então trazidos à Macapá e 2.500 índios submetidos ao trabalho compulsório assalariado previsto no Diretório dos ndios oriundos de várias antigas missões de catequese espalhadas pela região amazônica , além da mão de obra especializada portuguesa. Em 1788, Macapá contava com população fixa de 1.757 habitantes sem contar indígenas e negros trazidos de forma temporária para a construção da fortaleza 1153 livres e 604 negros escravizados. Mapa da Vila de São José de Macapá desenhado por Gaspar João de Gronfelde, em 1761 Por sua vez, a Vila Nova Mazagão foi fundada em 23 de janeiro de 1770, às margens do Rio Mutuacá ao sul de Macapá , para abrigar 350 famílias portuguesas cerca de 2 mil pessoas evadidas às pressas da Praça Forte de Mazagão atual El-Jadida , antiga possessão lusa no norte do Marrocos abandonada em 1769. A partir dessa data, todos os habitantes da povoação africana foram transferidos de navio para Lisboa e de Lisboa para Belém, onde chegaram em 1770. Enquanto realizavam a travessia atlântica, a vila de destino já estava sendo construída por cerca de cem indígenas submetidos ao trabalho compulsório assalariado. De Belém, os mazaganenses foram aos poucos enviados de canoa para Nova Mazagão, onde foram instalados entre 1770 e 1776. Junto com eles, foram levados escravos africanos fornecidos pela coroa. Os africanos deveriam ser direcionados ao cultivo da terra, enquanto os indígenas permaneceriam com os trabalhos de construção e os serviços domésticos da vila.Em 1778, Vila de Nova Mazagão atual distrito de Mazagão Velho contava com 1.775 habitantes, dos quais 1.365 eram livres cerca de 1.200 brancos mazaganenses e 100 indígenas e 410 eram pessoas negras escravizadas. Entre Macapá e Mazagão, existiu a desaparecida Vila Vistosa da Madre de Deus, fundada em 1765 às margens do Rio Anauerapucu. Foi inicialmente povoada por funchalenses portugueses oriundos da Ilha da Madeira e por uma pequena comunidade de suíços. Em 1773, Vila Vistosa da Madre de Deus contava com 566 moradores 445 livres entre brancos e indígenas e 121 negros escravizados porém, já no início do século XIX, a vila encontrava-se completamente abandonada. A fundação das três vilas coloniais e a construção da Fortaleza de São José de Macapá impulsionaram o tráfico negreiro para a região, já conhecida por abrigar mocambos. Por exemplo, em fevereiro de 1765, foram trazidos a Macapá 174 negros escravizados da Câmara de Belém alugados pela Câmara de Macapá para construção da fortaleza. Em 1770, cerca de 2.000 mazaganenses aportam em Belém com 70 pessoas escravizadas no mesmo ano chegam dois navios negreiros que trazem 419 negros da Guiné-Bissau, os quais são distribuídos entre os mazaganenses e posteriormente assentados na Vila Nova Mazagão entre 1770 e 1776. Em 1776, um navio negreiro vindo de Benguela chega em Belém com 485 negros escravizados, 91 deles são trazidos para Macapá e uma quantidade não especificada é direcionada para Nova Mazagão e Vila Vistosa. Tal situação favorecia a ocorrência de diversas fugas e revoltas bem como a formações de mocambos entre 1736 e 1816, o Amapá registra 18 mocambos de negros, 04 mocambos mistos negros e indígenas e 1 mocambo de indígenas.
No início do século XIX, as vilas de Macapá e Mazagão foram assoladas por epidemias de cólera e de malária. Em 1808, as atividades econômicas da Vila de São José de Macapá concentravam-se na lavoura do arroz, do algodão, da maniva, do milho e do feijão e na exploração de mão de obra escravizada negra. Havia também número significativo de militares soldados, sargentos, cabos, capitães, tenentes, anspeçadas, alferes , sapateiros, costureiras, negociantes, tecedeiras, carpinteiros, ferreiros, ajudantes de cirurgia, parteira, fiandeiras, ourives e feitores, além de 706 pessoas negras escravizadas em diversas ocupações 394 homens e 312 mulheres, dentre africanos, crioulos e mestiços . Em praticamente todos os 297 domicílios havia escravizados dedicados à lavoura ou dedicados a fiação de tecidos. Em 1808, como represália à ocupação de Portugal por Junot, os portugueses invadiram a Guiana Francesa, que foi governada durante oito anos pelo desembargador João Severiano Maciel da Costa, futuro Marquês de Queluz. O Tratado de Paris 1814 ordenou a restituição da Guiana à França com as fronteiras de 1792, isto é, no Rio Carapapóris. Portugal não ratificou essa decisão. O ato final do Congresso de Viena 1815 reconheceu a antiga fronteira estabelecida pelo Tratado de Utrecht. Por uma convenção celebrada em Paris 1817 , Portugal comprometeu-se a efetuar a devolução em três meses, o que foi feito. Concordou também em que se formasse uma comissão mista para demarcar a fronteira. Tal comissão, porém, jamais se reuniu e a disputa fronteiriça permaneceria durante todo o século XIX. Em decadência econômica, parte dos portugueses de origem mazaganense abandona a Vila Nova Mazagão e se instala em Macapá ou Belém. Em 1833, com a reforma administrativa do Governador Bernardo Lobo de Souza, Mazagão perde o status de vila e é anexado a Macapá, sob o novo nome de Regeneração. Mazagão somente recobrou seu nome original e sua autonomia administrativa em 1841. Durante a Cabanagem 1835-1840 na então província do Grão-Pará, as vilas de Macapá e Mazagão se aliaram às forças legalistas contra o exército cabano, sofrendo depredações e seus rebanhos dizimados. Em 1853, o senador Cândido Mendes de Almeida propôs a criação da Província de Oiapóquia. As populações locais também pleitearam a medida em sucessivos memoriais 1859, 1870 , sempre sem resultado. Em 1879, chegou em Macapá o primeiro grupo de judeus sefaraditas marroquinos a Família Zagury. No final do século XIX, muitos judeus marroquinos migraram para a Amazônia, a maioria fugindo da crise e da perseguição religiosa ocorrida no Marrocos e atraídos pela exploração da borracha na região. Nas décadas seguintes, aportaram na cidade famílias como os Bemerguy, os Alcolumbre, os Peres, os Benoliel, os Barcessat e os Amar, alguns antes mesmo da criação do Território Federal do Amapá. Na década de 1940, chegaram os Pecher judeus asquenaze de origem ucraniana e os Houat sírio-libaneses . Essa população se destacou em diversas profissões no espaço urbano, especialmente nos chamados regatões comércio ambulante de produtos por meio de pequenos barcos que transportavam bens e notícias das cidades às comunidades ribeirinhas da região . Os judeus não foram tão hostilizados quanto aconteceu ao longo de milhares de anos mesmo historicamente discriminados, devido à cor da pele eram mais aceitos na sociedade amazônica, pois na visão preconceituosa da sociedade da época estavam ligeiramente à frente da maioria da população macapaense, formada por mestiços, negros e caboclos. Em 1888, ano da abolição da escravatura, ainda havia 211 pessoas negras escravizadas em Macapá. Em Mazagão, os 2 únicos escravizados àquela data foram alforriados e foi feita uma celebração do acontecimento.
Monumento em homenagem a Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, situado no Centro Histórico de Macapá. Figura histórica controversa, desde 2017 é comemorado anualmente o Dia de Cabralzinho, em 15 de maio.A fronteira entre as colônias francesa e brasileira no Cabo Norte era incerta e alvo de disputas desde os primórdios da colonização europeia na região. No ano de 1835, com o pretexto de proteger sua colônia dos cabanos paraenses, o governo francês em Caiena resolveu estabelecer uma força militar francesa no Lago Amapá, território que, conforme o Tratado de Utrecht 1713 , pertencia ao Brasil. A partir de 1836, os franceses acrescentaram um outro motivo para a construção de um posto militar no Amapá pressionar o Brasil a renegociar a demarcação da fronteira entre a Guiana Francesa e o Império, uma pendência de séculos, que incluía acusações mútuas de tentativa de ocupação e desrespeito aos tratados internacionais. Em 1840, foi criada a Colônia Militar Pedro II na margem direita do Rio Araguari, no território da então Vila de São José de Macapá, hoje município de Ferreira Gomes. Era de conhecimento das autoridades brasileiras que a região atraía desde os tempos coloniais um grande número de indígenas, negros escravizados fugitivos, soldados desertores e de outros transgressores, além do antigo interesse francês nas terras localizadas entre o Rio Oiapoque e o Rio Araguari. Nesse sentido, a Colônia Militar Pedro II, além da função de proteger o território contestado contra invasões francesas, buscava impedir a fuga de negros escravizados do Grão-Pará tanto para o território contestado onde não poderiam ser recapturados ou para a Guiana Francesa onde, a partir de 1848, conquistariam automaticamente a sua liberdade em razão da segunda abolição da escravatura nas colônias francesas . No mesmo ano chegaram à colônia os primeiros 25 soldados-colonos acompanhados de suas famílias, perfazendo um total de 74 pessoas. No ano seguinte 1841 , boa parte do soldados já havia abandonado a região, que continuou parcamente habitada durante praticamente todo o resto do século XIX. Somente no final da década de 1890 o Brasil resolveu reorganizar a Colônia Pedro II, enviando um engenheiro militar, um médico, um fotógrafo e um destacamento de 50 soldados. A intenção era apresentar a colônia como uma prova histórica da presença brasileira no contestado.quilombola brasileiro aliado dos franceses no litígio franco-brasileiro. Publicado no jornal Província do Pará em 1895.Em 1841, França e Brasil concordaram em neutralizar o vasto território entre o Rio Oiapoque e o Rio Araguari e ficaram de nomear seus comissários para tratar da demarcação. Pelo acordo, ambos os países aceitavam a neutralidade do território, doravante designado de Contestado Franco-Brasileiro, no qual nenhum dos dois países poderia execer soberania até uma solução jurídica definitiva. No entanto, todas as conversações posteriores 1842, 1844, 1855 e 1857 fracassaram. Só vingou uma declaração de 1862 sobre a competência comum para julgar os criminosos do território. Em 1886 uma república francesa independente foi criada na região do Cunani, entre o Rio Caciporé e o Rio Calçoene. Para seu presidente, elegeu-se o aventureiro Jules Gros, que instalou o governo em seu apartamento em Paris, nomeou o ministério e criou uma ordem honorífica, a Estrela do Cunani, que lhe deu grandes lucros. O próprio governo francês encarregou-se, em 1887, de liquidar essa república, que ressurgiria por breve período em 1901-1907 com o nome de Estado Livre de Cunani, sob a chefia de outro aventureiro, Adolphe Brezet, que também se intitulava duque de Brezet e de Beaufort e Visconde de São João. Com a Proclamação da República a situação na região fronteiriça ficou caótica. Seus habitantes elegeram, então, um triunvirato governativo 1894 Francisco Xavier da Veiga Cabral Cabralzinho , Cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho. Os franceses nomearam capitão-governador do Amapá o quilombola paraense Trajano Benitez, cuja prisão provocou a intervenção militar da Guiana. A canhoneira Bengali, sob o comando do capitão Lunier, desembarcou um contingente de 300 homens e houve luta. Lunier foi morto com 33 dos seus. Em 1897, França e Brasil assinaram um tratado de arbitragem a questão seria decidida pela Suíça. Em 1898, o Barão do Rio Branco, vitorioso dois anos antes na questão de limites com a Argentina, foi encarregado de defender a posição brasileira perante o conselho federal suíço, escolhido como tribunal arbitral. Em 5 de abril de 1899, Rio Branco entregou sua Memória Apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à Confederação Suíça, e em 6 de dezembro do mesmo ano uma segunda memória, em resposta aos argumentos franceses. Como anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva, O Oiapoque e o Amazonas, de 1861, em que se louvara e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Reunidos, os documentos formavam cinco volumes e incluíam um atlas com 86 mapas. A sentença, de 1 de dezembro de 1900, redigida pelo conselheiro federal coronel Eduard M ller, deu a vitória ao Brasil, que incorporou a seu território cerca de 260 mil km .
Resolvido o Contestado Franco-Brasileiro, em 1900, a região norte do então Estado do Pará sofreu com o isolamento político e com a pobreza econômica. A economia da região ainda baseava-se no extrativismo borracha, castanha, pau-rosa e madeiras pela exploração clandestina de ouro e, principalmente, por atividades agropastoris de subsistência. Em 1940, Macapá, Mazagão e Amapá somavam apenas 30 mil pessoas. Centro de Macapá em 1913. esquerda se vê a Intendência prefeitura municipal da época , atual Museu Histórico Joaquim Caetano. Ao fundo, a Igreja de São José de Macapá. Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo federal autorizou que o exército americano construísse de uma base militar nos arredores de Amapá, próximo ao litoral atlântico, para servir de apoio à força aérea aliada. A Base Aérea do Amapá era utilizada principalmente para o atracamento de dirigíveis que eram utilizados no patrulhamento do litoral a caça de submarinos nazistas e para comboio dos navios mercantes. No litoral amapaense foram afundados dois submarinos inimigos. Após o término da guerra, a base foi devolvida aos brasileiros e caiu em desuso. Diante do subdesenvolvimento econômico, da diminuta população, da posição estratégica em área fronteiriça e da ocorrência da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas decidiu desmembrar do Pará uma área de cerca de 142 mil km para constituir uma nova unidade federativa. O Território Federal do Amapá foi criado em 13 de setembro de 1943 pelo Decreto-Lei n 5.812 43, juntamente com outros quatro territórios federais Guaporé, Rio Branco, Iguaçu, Ponta Porã. Em 27 de dezembro de 1943, Getúlio Vargas designou o capitão Janary Gentil Nunes para assumir o posto de primeiro governador do território. Imediatamente, Janary Nunes visitou os principais núcleos populacionais do Território do Amapá. Naquele momento, imaginou-se como capital do território o município de Amapá, porém, o isolamento geográfico fez com que Janary Nunes decidisse pela instalação da capital em Macapá, mais acessível por via fluvial e com estruturas urbanas mais promissoras. Desse modo, Janary Nunes instalou o primeiro governo territorial na cidade de Macapá em 25 de janeiro de 1944. Em maio de 1944, o Decreto-Lei n 6.550 1944 definiu oficialmente Macapá como capital do território federal, além de definir a existência de apenas três municípios Amapá, Macapá e Mazagão e retificar sensivelmente os limites geográficos. Em 1945, o desmembramento de parte do município de Amapá passou a constituir o município do Oiapoque. Em 1957, o município de Amapá foi novamente desmembrado para constituir o município de Calçoene. Os primeiros relatórios governamentais expressavam as condições críticas em que o recém-criado Território Federal do Amapá se encontrava insuficiente e precário estado das habitações que sequer dispunham de condições de saneamento e higiene ausência de serviços de água encanada, energia elétrica ou esgotos a necessidade de olaria ou serraria no território para realização de toda e qualquer construção a dificuldade de desembarque que ainda afetava o miserável comércio a carência de mercadorias ausência de prédios adequados à acomodação dos órgãos públicos e falta de pessoas para a realização de todos os serviços. Desse modo, os primeiros anos da administração territorial, nas décadas de 1940 e 1950, foram marcados por grandes obras e incentivos públicos de ocupação do território e desenvolvimento econômico, dentre elas a construção de escolas públicas nas sedes municipais e em algumas vilas, a urbanização da capital, a construção dos edifícios da Administração Pública Territorial e a criação de polos agrícolas. O processo de urbanização de Macapá implicou na controversa remoção da população negra do centro histórico para uma região periférica onde hoje são os bairros Laguinho e Santa Rita antigo Bairro da Favela , fato que ainda é relembrado e causa ressentimento entre aqueles que foram removidos e seus descendentes. Embora Julião Ramos 1876-1958 , um dos líderes negros da época, e seus familiares apoiassem a política de remoção, Josefa Lino da Silva Tia Zefa, centenária brincante de marabaixo relembra que a maioria dos negros não gostou, mas ninguém nada falava. Maria Felícia Cardoso Ramos, outra idosa brincante do marabaixo, diz os negros saíam das casas, mas com aquela mágoa. Nós saímos com mágoa. Paisagem urbana da Vila de Serra do Navio em 1965. A company town foi criada em uma região isolada nos anos 1950 para abrigar os trabalhadores das ricas minas de manganês da região, exploradas pela Indústria e Comércio de Minérios S A - ICOMI. A exploração de manganês foi a base da economia territorial durante décadas O desenvolvimento econômico planejado para o território seria sustentado pela exploração das ricas jazidas de manganês descobertas no alto Rio Amapari, em 1945, a cerca de 190 quilômetros de Macapá. A empresa escolhida pelo governo territorial foi a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês ICOMI , ligada à extinta Bethlehem Steel Company. O contrato de concessão foi assinado e registrado em cartório no Rio de Janeiro em dezembro de 1947 e ratificado pelo Congresso Nacional em 1950. As obras de construção da infraestrutura necessária para a exploração comercial do manganês começaram em 1954 e incluíam uma estrada de ferro de 193 quilômetros de extensão a Estrada de Ferro do Amapá, ligando as jazidas ao porto de onde o minério seria exportado , um porto de águas profundas no Rio Amazonas, 22 quilômetros ao sul de Macapá e duas company towns Vila Serra do Navio, junto às minas e Vila Amazonas, junto ao porto . Esses investimentos permitiram que, em outubro de 1956, fosse realizado o primeiro carregamento de minério feito festejado em uma cerimônia que contou com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. Em 1971, a exportação de minério chegou ao auge 1,6 milhão de toneladas. Os royalties da exploração do manganês finaciaram diversos projetos econômicos no Amapá, como implatação de culturas de eucalipto, pinho e dendê no cerrado amapaense, a construção de siderúrgicas e a construção da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes. Em 1987, a antiga Vila Amazonas, então pertencente ao Município de Macapá, foi emancipada e se tornou o Município de Santana. Em 1992, a Vila Serra do Navio foi emancipada do Município de Ferreira Gomes e se tornou o Município de Serra do Navio. Na década de 1990, o esgotamento das jazidas de manganês acarretou na interrupção permanente das atividades. Atualmente, grande parte da infraestrutura deixada pela ICOMI pereceu e está inutilizada, principalmente em Serra do Navio. Em 06 de janeiro de 1981 ocorreu o naufrágio do Novo Amapá, embarcação de passageiros que fazia a rota fluvial entre a Vila Amazonas atualmente Município de Santana, Amapá e Monte Dourado Município de Almeirim, Pará . A embarcação com capacidade para 400 passageiros e meia tonelada de carga partiu com 600 passageiros e mais de uma tonelada de carga. No início da noite, o navio não aguentou o excesso de peso e virou dentro do Rio Amazonas, em uma região isolada próxima à foz do Rio Cajari, resultando na morte por afogamento de mais de trezentos passageiros. Os sobreviventes ficaram mais de 24 horas à deriva no Rio Amazonas à espera de resgate. Já os mortos, em avançado estado de decomposição, foram enterrados como indigentes em covas coletivas no cemitério público de Santana. O fato chocou a sociedade amapaense à época e é recorrentemente lembrado pela mídia. Desde 2012, o espetáculo teatral Novo Amapá relembra o episódio e reforça os cuidados para evitar perigos no transporte fluvial na Amazônia. A peça é baseada no texto Triste Janeiro, do ator e dramaturgo Joca Monteiro. Um filme e um livro também começaram a ser produzidos sobre o episódio. A Lei Estadual n 2252 2017 estabeleceu o dia 06 de janeiro como Dia Estadual da Conscientização da Segurança da Navegação no Estado do Amapá.
Vista de Vitória do Jari, o mais novo município amapaense, emancipado em 1995. A transformação do território federal em estado foi decidida pela Assembleia Nacional Constituinte em 1988, e em 1 de janeiro de 1991 foi instalado o estado do Amapá, com a posse dos 24 membros da primeira Assembleia Legislativa. Em 1997, na esteira da crise da emissão de precatórios em vários estados, foi liquidado o Banco do Estado do Amapá. Outros municípios foram surgindo com o passar do tempo, a maioria resultante de desmembramentos de outras cidades, a exemplo, Vitória do Jari. O município foi criado em 8 de setembro de 1994 após ser emancipada de Laranjal do Jari. Já em outros casos, vilas de trabalhadores se transformaram em cidades, a exemplo de Serra do Navio, que obteve seu reconhecimento em 1 de maio de 1992, através da lei n. 007 92. Na capital do estado, os investimentos do governo federal na construção civil atraíram milhares de pessoas ao estado, aumentando a população em até 3,4 ao ano. Tais investimentos deram ao estado uma das maiores médias nacionais de urbanização do país.
Mapa topográfico do Amapá Localizado no Platô das Guianas que se estende de leste a oeste desde o Amapá até a Venezuela , o estado do Amapá apresenta basicamente três modalidades de relevo Planície Litorânea, caracterizada por ambientes propícios a inundações, pois a superfície é muito plana e dificulta a drenagem das águas Baixo Planalto Terciário, refere-se a planaltos levemente elevados e planície litorânea Planalto Cristalino, originário do período Pré-Cambriano, concentra diversas serras, colinas e morros. O relevo do estado é predominantemente plano com baixas altitudes. Se faz presente nas proximidades da foz do Rio Amazonas, no litoral e na bacia do Rio Oiapoque. Na porção centro-oeste e noroeste apresentam maiores elevações, podendo atingir 500 metros acima do nível do mar, destacando-se a Serra do Tumucumaque, a Serra do Navio e a Serra Lombarda. Aproximadamente 15 do estado são cobertos por solos B latossólicos. Outros 20 são B textual não hidromórficos comumente ácidos e de baixa fertilidade natural, um dos motivos pelo excesso de alumínio . Embora a estrutura física desses dois tipos de solo seja favorável à agricultura, a pobreza de nutrientes exige rotações de ciclos curto, ou adições constantes de adubos. Solos hidromórficos pouco desenvolvidos cobrem 8 do território do Amapá esses solos são afetados por erosões frequentes . Cerca de 3 dos solos do estado são concrecionários, adversas à agricultura. Como o clima do estado é equatorial quente e úmido , a cobertura vegetal é bastante diversificada. Apresenta ampla cobertura florestal tropical Floresta Amazônica , classificadas em floresta de várzea e floresta de terra firme. Possui ainda pântanos, campos e cerrados na sua porção central. Nas áreas próximas ao litoral, a vegetação encontrada é o mangue. Aproximadamente 73 da área estadual é coberta pela Floresta Amazônica e cerca de 72 do território do estado são destinados a unidades de conservação unidades de conservação, terras indígenas e comunidades remanescentes de quilombo .
Amapá segundo a classificação climática de K ppen-Geiger O estado do Amapá, em sua totalidade, é influenciado pelo clima equatorial Af, em K ppen e pelo clima de monção Am , isso significa que ocorre uma grande quantidade de calor e umidade que favorece a propagação da biodiversidade. As temperaturas médias que ocorrem no estado variam de 36 C a 20 C, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer. O clima local apresenta duas estações bem definidas, denominadas de verão e inverno. Os índices pluviométricos ocorrem anualmente em média superior a mm. Cerca de 39 da bacia hidrográfica do Estado faz parte da bacia do Amazonas. A rede hidrográfica do Amapá é formada por rios que desempenham um grande papel econômico na região desde a atividade pesqueira até o transporte hidroviário. A maioria dos rios do Amapá deságuam no Rio Amazonas ou diretamente no oceano Atlântico. Dessa forma, os principais rios são Rio Amapá Grande Rio Amapari Rio Amazonas Rio Apurema Rio Araguari Rio Caciporé Rio Calçoene Rio Flexal Rio Gurijuba Rio Jari Rio Matapi Rio Maracá Rio Maracapi Rio Mutuacá Rio Oiapoque Rio Pedreira Rio Tartarugal Grande Rio Tartarugalzinho e Rio Vila Nova.
Parque Nacional do Cabo Orange Dos 14,3 milhões de hectares de superfície, 72 10,5 milhões de hectares são destinados a unidades de conservação, terras indígenas e comunidades remanescentes de quilombo, tornando-o o único estado da federação a destinar um percentual tão significativo de suas terras à preservação. O Amapá abriga o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, o maior do país e um dos maiores do mundo, com cerca de 3,9 milhões de hectares. Localizado ao noroeste do território estadual, é de extrema relevância por apresentar um elevado número de espécies endêmicas e abrigar em seu entorno diferentes grupos tradicionais, como indígenas, ribeirinhos e castanheiros. O estado possui dezenove áreas protegidas por lei que visam a conservação da mata nativa, duas municipais, cinco estaduais e doze federais. As primeiras unidades de conservação criadas foram o Parque Nacional do Cabo Orange e a Reserva Biológica do Lago Piratuba, em 1980. Após estas, vieram a Estação Ecológica Maracá-Jipióca, em 1981 e a Estação Ecológica do Jari, em 1982.
De acordo com estimativas de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE , a população do estado é 782.295 habitantes, sendo o vigésimo sexto estado mais populoso do Brasil, o penúltimo da Região Norte. Macapá concentra sozinha quase 60 da população estadual. Em 2007, a taxa de urbanização do estado era de 89,7 . A densidade demográfica do estado no ano de 2010, era 4,68 habitantes por km . O estado do Amapá tem apresentado um grande crescimento populacional. Em meados de 1950 sua população somava 37 477 habitantes. Passados trinta anos 1980 , essa população chegava a 175 257. Na década de 1990, as pessoas que residiam no estado somavam 289 397. Em pesquisas realizadas no ano de 2010, constatou-se que 74,5 dos habitantes do estado nasceram nele e 25,5 são naturais de outras regiões. 8,8 dos habitantes do Amapá nasceram no estado mas não moram na sua cidade natal. Há no estado alguns imigrantes vindo da Guiana Francesa a maioria no município de Oiapoque e vários outros oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os mineiros, goianos, paraenses, paranaenses, cearenses e maranhenses. O fluxo migratório tem aumentado nos últimos anos em razão do desenvolvimento dos setores econômicos do estado. O índice de imigração do estado foi de 0,2870 no ano de 2009, de acordo com dados do IBGE.
Segundo dados referentes a cor raça obtidos pelo IBGE no Censo de 2010, 65 dos amapaenses são pardos, 24 são brancos, 8,7 são pretos e 1,1 são indígenas. Os 1,2 restantes são amarelos e não declarados. waiãpi e apalai do Parque Indígena do Tumucumaque recepcionaram a comitiva do Ministério da Cultura em visita ao Amapá em 2015. APA do Rio Curiaú, é a mais conhecida e a primeira comunidade remanescente de quilombo titulada no Amapá. Segundo dados obtidos pelo IBGE no Censo de 2010, o Estado do Amapá abriga 7.411 pessoas que se declararam como indígenas 1,1 da população estadual . O Amapá possui 49 aldeias distribuídas em 5 terras indígenas demarcadas Uaçá a mais populosa, com 4 881 habitantes , Waiãpi 874 , Galibi 124 , Juminá 122 e Parque Indígena do Tumucumaque nenhum habitante do lado amapaense . 80 dos indígenas amapaenses vivem em terras indígenas. Os municípios com as maiores populações indígenas são Oiapoque, com 5 569 pessoas 28 da população do município e Pedra Branca do Amapari 883 pessoas, 8 da população municipal . Segundo o Instituto de Colonização e Reforma Agrária e a Fundação Cultural Palmares, o Amapá possui 40 comunidades remanescentes de quilombo espalhadas por nove municípios. Do total, 4 comunidades são tituladas, ou seja, já possuem o título de propriedade do território tradicionalmente ocupado Curiaú, Conceição do Macacoari e Mel da Pedreira Macapá bem como São Raimundo do Pirativa Santana . Outras 36 comunidades são apenas certificadas, isto é, são reconhecidas oficialmente como remanescente de quilombo, mas ainda não possuem o título de propriedade das terras. 26 das 40 comunidades remanescentes de quilombo se situam em Macapá, 6 em Santana e 4 em Oiapoque. Calçoene, Mazagão, Itaubal, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho e Vitória do Jari possuem uma única comunidade certificada cada. Um estudo de 1999 realizado em duas comunidades amazônicas, das quais uma no Amapá 145 pessoas do Curiaú , comunidade de descendentes africanos, apontou ancestralidade 73 africana, 26 europeia e 0 indígena. Um estudo de 2007 realizado 5 comunidades amazônicas, das quais uma no Amapá 33 pessoas de Mazagão Velho , investigou a origem materna com base no DNA mitocondrial transmitido apenas de mãe para filha . O resultado apontou origem materna mitocondrial 57 indígena, 36 africana e 3 europeia. Outro estudo realizado no Curiaú identificou, dentre a ancestralidade africana, origem 50 bantu, 33 Senegal e 17 Benin.. Um estudo genético realizado em 2010, com base em amostras de 307 indivíduos aleatórios de Macapá, estimou a origem dos genes em 46 europeia, 35 indígena e 19 africana. Em 2011, uma pesquisa feita com base em amostras de 130 pessoas diferentes de Macapá, estimou origem 50 europeia, 29 africana e 21 indígena.. Acesso em 29 Nov. 2020. Um estudo do mesmo ano realizado em nove comunidades, das quais três no Amapá 36 pessoas de Mazagão Novo, 24 pessoas de Mazagão Velho e 48 pessoas do Curiaú , investigou a origem paterna com base no cromossomo Y presente apenas em homens . A ancestralidade masculina em Mazagão Novo foi estimada em 77 europeia, 14 africana e 8 indígena. Em Mazagão Velho, a estimativa de origem paterna é 52 europeia, 44 africana e 2 indígena. No Curiaú, comunidade afro-descendente, os resultados apontaram origem 73 africana, 17 europeia e 9 indígena.. Acesso em 29 N0v. 2020. Já uma pesquisa feita em 2013 com 46 amapaenses portadores de anemia falciforme 20 pretos, 18 pardos e 08 brancos estimou a origem do origem do gene causador da doença em 61 bantu, 26 Benin e 12 Senegal. A publicação também cita outro estudo similar realizado no Curiaú, o qual identificou, dentre a ancestralidade africana, origem 50 bantu, 33 Senegal e 17 Benin. A autora conclui que tais dados são compatíveis com os registros históricos do tráfico transatlântico de africanos escravizados para a Região Norte, os quais indicam predomínio de africanos bantu de Angola, Congo e Moçambique, além da presença bem maior de indivíduos originários do Senegâmbia Senegal, Guiné-Bissau e Cabo Verde se comparada com outras regiões do Brasil.
Segundo dados obtidos pelo IBGE no Censo brasileiro de 2010, 64 dos amapaenses são católicos romanos, 28 são evangélicos protestantes e 6 não professam nenhuma religião. Os demais credos somados totalizam 2 da população. Igreja católica no município de Amapá Em números absolutos, a Igreja Católica Apostólica Romana possui 425 459 fiéis. A Diocese de Macapá é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no estado do Amapá, pertencente à Província Eclesiástica de Belém do Pará e ao Conselho Episcopal Regional Norte II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese de Belém do Pará. A sé episcopal está na Catedral de São José, na cidade de Macapá, sendo a única diocese católica do estado do Amapá. Dentre as igrejas evangélicas, a Assembleia de Deus destaca-se por ser a mais antiga foi fundada no estado em 1917 e por ter o maior número de fiéis 100 821 membros . Em seguida, possuem o maior número de fiéis a Igreja Universal do Reino de Deus 10 101 adeptos , Igreja Adventista do Sétimo Dia 9 461 , Igreja Batista 6 679 , Igreja do Evangelho Quadrangular 6 468 , Igreja Pentecostal Deus é Amor 3 146 e Igreja Presbiteriana 1 585 . No Amapá, o Dia Estadual do Evangélico é comemorado anualmente em 30 de novembro. As comunidades religiosas minoritárias incluem 4 222 católicos apostólicos brasileiros, 4 111 testemunhas de Jeová, 2 781 espíritas, 1 110 afro-religiosos, 779 mórmons, 301 católicos ortodoxos, 217 judeus, 145 budistas e 102 muçulmanos. Macapá e Santana concentram a maioria dos praticantes de religiões de matriz africana umbanda, tambor de Mina e candomblé das nações africanas Queto, Efã e Angola , embora existam comunidades menores em Oiapoque e Mazagão. O Terreiro de Santa Bárbara onde se pratica o tambor de Mina nagô é o templo de religião de matriz africana mais antigo do estado, fundado em 1962 e dedicado ao orixá Iansã. O Dia Estadual dos Cultos Afro é comemorado anualmente em 08 de maio.
O Amapá possui aproximadamente 16,2 da sua população habitando em invasões, baixadas, ressacas, favelas ou qualquer outro tipo de aglomerado subumano. Outros estudos realizados mostram que mais de dez mil moradias no estado não possuem serviços básicos, como energia elétrica, rede de abastecimento de água, lixo coletado e rede coletora de esgoto. Numa visão geral, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2005 mostraram que existiam 126,32 mil moradias nas áreas urbanas do estado e apenas 9,04 mil nas zonas rurais, contabilizando 135,32 mil domicílios em todo o estado déficit habitacional do Amapá é de 30 mil moradias.
Palácio do Setentrião, sede do Governo do Estado do Amapá O Amapá é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Amapá, e o Judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. Atualmente, o governador do Amapá é Clécio Luís, que assumiu em 1 de janeiro de 2023, assumindo o cargo precedido por Waldez Góes. Macapá é o município com o maior número de eleitores, com 289 811 destes. Em seguida aparecem Santana, com 76 040 eleitores, Laranjal do Jari 28 621 eleitores , Oiapoque 19 013 eleitores e Mazagão, Porto Grande e Vitória do Jari, com 14,8 mil, 13,3 mil e 9,7 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Pracuuba, com 3,2 mil. Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral TSE , com base em dados de abril de 2018, o partido político com maior número de filiados no Amapá é o Partido Socialismo e Liberdade PSOL , com 10 583 membros, seguido do Partido Democrático Trabalhista PDT , com 10 204 membros e do Partido da Social Democracia Brasileira PSDB , com 7 589 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido dos Trabalhadores PT , com 7 045 membros e o Democratas, com 6 547 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo NOVO e o Partido Pátria Livre PPL são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 17 e 219 filiados, respectivamente.
O Amapá é composto por 16 municípios dentre eles destacamos a capital Macapá, juntamente com Santana, Mazagão, Pracuuba, Cutias, Tartarugalzinho, Porto Grande, Serra do Navio, Calçoene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapoque e Itaubal do Piririm.
Divisão das regiões intermediárias vermelho e imediatas cinza O Amapá é composto por 16 municípios, que estão distribuídos em quatro regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em duas regiões geográficas intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE vigente desde 2017. As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado estavam distribuídos em quatro microrregiões e duas mesorregiões, segundo o IBGE. Região geográfica intermediária Código Número de municípios Regiões geográficas imediatas Código Número de municípios Macapá 1601 6 Macapá 160001 4 Laranjal do Jari 160002 2 Oiapoque-Porto Grande 1602 10 Oiapoque 160003 6 Porto Grande 160004 4
Exportações do estado em 2012 A Balança Comercial que representa a contabilidade de entrada e saída de bens tangíveis, no período de 2003 a 2009 apresentou um desempenho com um superávit de 74,4 . As exportações apresentaram um resultado de US 774 milhões e as importações US 198 milhões. Os produtos de origem mineral foram os que mais contribuíram com o crescimento das exportações e para as importações estiveram a entradas de bens de capital, tendo em vista a compra de bens de investimentos pelas empresas. A arrecadação do ICMS, principal componente da arrecadação própria estadual cujo comportamento se relaciona com o desempenho das atividades econômicas, obteve em 2009 um crescimento nominal de R 62,2 milhões, correspondendo um incremento de 17,7 , perfazendo uma média anual de 16,9 , nos últimos sete anos. O Amapá exportou, em 2012, cerca de US 447 000 000,00 quatrocentos e quarenta e sete milhões de dólares , divididos principalmente entre minério de ferro 90,60 , lenha 4,43 , outras frutas processadas 2,87 e sucos de frutas 1,09 . esquerda Mercado Central de Macapá O setor primário é o menos relevante para a economia do estado do Amapá, representando apenas 3,2 da economia amapaense. Dentre os principais produtos produzidos no estado estão a castanha-do-pará, mandioca e o arroz. Deste último, são produzidas 2 140 toneladas anualmente em uma área correspondente a 2 638 Hectares de terra. De feijão, são produzidas 1 102 toneladas em uma área de 1 450 Hectares. Já a produção de milho, corresponde a 1 792 toneladas anualmente plantadas em uma área de 2 132 Hectares. Na criação de bovinos, o estado conta com aproximadamente 114 773 cabeças de gado 95 destes são para consumo e 5 para a produção de leite e derivados , a maior parte dos bovinos do estado se concentra na capital e na cidade de Amapá as duas cidades representam juntas 45 de todo o gado do Amapá . A criação de suínos soma 30 055 cabeças, a de bubalinos soma 214 271 cabeças, a de galos, frangas e frangos soma 47 348 cabeças, a de equinos passa dos 5 294 cabeças. A cidade de Amapá tem a maior fonte de pescado artesanal do estado, destaque para gurijuba, pirarucu, uritinga, pirapema, tucunaré, apaiari e branquinha. Não há uma verdadeira economia industrial no estado, este setor representa apenas 10 de toda a economia do Amapá. Na cidade de Santana, há um distrito industrial com um número regular de empresas. Na capital e em alguns outros municípios, há serrarias, fábricas de tijolos e a extração mineral e vegetal. Nesta última, destaca-se o município de Amapá como a exploração de cassiterita e a tantalita, o município de Serra do Navio com o manganês e o município de Calçoene com a extração de ouro das minas subterrâneas. A extração de madeira também é forte no estado, porém muitas vezes mascara a extração ilegal. Este é considerado o setor de maior importância para o estado, por representar sozinho 86,8 de toda a riqueza do mesmo. O comércio é uma das maiores fontes de renda para o Amapá, representando quase metade deste setor, mas o serviço público, é a que mais cresce durante as últimas décadas e a que mais tem contribuído para o crescimento e desenvolvimento econômico do Amapá. As empresas privadas são responsáveis por, aproximadamente, 70 dos postos de trabalho, no ano de 2006 surgiram mais de mil empresas e o emprego no segmento industrial cresceu 33 , número superior à média nacional que é de 23 . O turismo também é de grande importância para a economia local, dentre os principais destinos turísticos do estado, podemos destacar a capital, a cidade de Serra do Navio, Mazagão, Oiapoque, Amapá, Ferreira Gomes e Porto Grande.
Campus Santana da Universidade Federal do Amapá A taxa de analfabetismo dos residentes do estado do Amapá com idade de 10 a 14 anos é de 4,9 , já de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos era de 8,4 segundo o Censo demográfico de 2010 . Neste mesmo ano, 74,2 das crianças entre 4 e 6 anos estavam na escola uma média abaixo da nacional que era de 85 , entre as crianças de 7 a 14 anos, essa porcentagem era de 95,9 acima da média regional e as pessoas entre 15 e 17 anos que estavam na escola somavam 83,3 igual a média brasileira . Em relação à conclusão do ensino fundamental 57,3 dos jovens de idade igual ou inferior a 16 anos tinham terminado o 1 grau uma queda no índice que em 2008 marcava 58,7 . A conclusão do ensino médio dos jovens com idade acima de 19 anos era de 55,6 no ano de 2008 e obteve uma queda drástica para 38,4 . No ano de 2009, foram registradas 1 958 matrículas em creches, 20 488 na pré-escola, 142 552 no ensino fundamental e 35 648 no ensino médio. Já o tempo médio de permanência no sistema é de 8,4 anos no ensino fundamental e de 3,4 anos no EM, resultando numa média de 10,2, média acima da nacional que é de 9,7 anos. O IDEB amapaense é 3,1 no ensino médio, de 4,1 nos anos iniciais do ensino fundamental e de 3,7 nos anos finais do ensino fundamental em nenhum desses índices a média ficou acima da nacional. A taxa de aprovação no estado durante o EM é de 73,6 e a de reprovação é de 11,1 . O estado conta com duas instituições de ensino superior públicas, a Universidade Federal do Amapá e a Universidade Estadual do Amapá, ambas com sede em Macapá. Há também o Instituto Federal do Amapá, que foi fundado em 29 de dezembro de 2008. A UNIFAP tem campus nos municípios de Laranjal do Jari, Oiapoque, Santana e Tartarugalzinho, além da capital. Existem várias faculdades particulares, a maioria na capital, são as principais Centro de Ensino Superior do Amapá CEAP , Faculdade SEAMA, Universidade Paulista UNIP , IMMES, Universidade Estácio de Sá, IESAP e outras.
Enfermaria de nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá A situação em que a saúde no estado encontra-se é de insuficiência para atender toda a população. Alguns dos indicadores da saúde encontram-se abaixo ou na média nacional, é o caso da média da mortalidade infantil, que foi de 22,5 por 1 000 nascidos igual a média brasileira . Tal índice pode ser comparado ao de países como Tunísia e Belize. Os dados de 2009, mostram que o estado conta com 288 estabelecimentos públicos de saúde, foram contabilizados 852 leitos nos hospitais públicos. A maternidade da capital é a Maternidade Mãe Luzia, criada em 13 de setembro de 1953 e que atende aos pacientes de todo o estado e de municípios do Pará, tais como Afuá, Almerim, Anajás, Chaves, Breves e Gurupá. Na maternidade, estão disponíveis 180 leitos. Em relação a expectativa de vida do povo amapaense, ela é de 67,2 anos entre os homens e de 75,0 anos entre as mulheres.
Policiais e viaturas da Polícia Civil do Estado do Amapá No levantamento realizado pelo Ministério da Justiça no ano de 2008, foi mostrado que a região norte do Brasil representa 8,9 de todos os homicídios dolosos do país. O Amapá é o sexto estado mais violento do país, tendo 38,7 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, isso representa um assassinato a cada 27 horas. Mas, segundo especialistas, a criminalidade está sob controle no estado. A Polícia Militar do Estado do Amapá PMAP tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá CBMAP , e ambos estão subordinados ao governador do estado, sendo considerados força auxiliares e reserva do Exército Brasileiro. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá é uma Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, Buscas, Salvamentos e Socorros Públicos em todo o estado. Polícia Civil do Estado do Amapá cabe as funções de investigação criminal e de polícia judiciária, por meio da repressão ao crime, após a ocorrência de ilícitos, bem como o auxílio ao Poder Judiciário no cumprimento de mandados de prisão.
Rodovia BR-156 O estado possui duas rodovias federais a BR-156 e a BR-210. A BR-156 possui 822,9 km de extensão, passando por Santa Clara, Camaipi, Porto Grande, Tartarugalzinho, Beiradão, Igarapé e gua Branca. Esta estrada faz parte do projeto da Transguianense, isto é, uma estrada de 2.346 quilômetros que vai ligar as capitais dos Estados do Amapá e Roraima, passando pela Guiana Francesa e dois países vizinhos, Suriname e Guiana. A rodovia termina na Ponte da Amizade entre Brasil e Guiana Francesa, a cinco quilômetros de Oiapoque. Rodovia AP-010 A BR-210 é a segunda rodovia federal no estado, ela também recebe o nome de Perimetral Norte e é menor em relação a BR-156, tendo um pouco mais de 471 quilômetros de extensão. A estrada passa pelas cidades de Macapá, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, terminando na divisa do estado com o Pará. Foi projetada durante o regime militar para cortar a Amazônia desde o Amazonas até o Amapá . A obra tem inúmeros trechos que passam por dentro de terras indígenas. Já as rodovias estaduais são quatro AP-010, AP-020, AP-030 e a AP-070. As duas primeiras AP-010 e AP-020 ligam a capital do estado a Santana, a segunda cidade mais populosa. A terceira AP-030 interliga Macapá ao município de Mazagão, passando pela ponte sobre o Rio Vila Nova e a quarta AP-070 abrange Curiaú, São Francisco da Casa Grande, Abacate da Pedreira, Santo Antônio da Pedreira, Inajá, Corre gua, São Joaquim do Pacuí, Santa Luzia, Gurupora e Cutias do Araguary. Foi construída uma ponte binacional sobre o Rio Oiapoque, que liga o estado do Amapá à Guiana Francesa. Localizada a 5 km da cidade de Oiapoque 600 km de Macapá , as obras tiveram início em 13 de julho de 2009 e terminaram no final de 2011 - a um custo aproximado de 71 milhões de reais. A ponte foi finalmente inaugurada e liberada para o tráfego no dia 18 de Março 2017. Também foi construída a ponte sobre o Rio Vila Nova, com 420 metros de comprimento, ligando Macapá a capital do estado , Santana município vizinho a Mazagão, a obra começou no mês de maio de 2009 e terminou no segundo semestre de 2010. O investimento da ponte girou em torno de R 30 milhões um acidente ocorrido em março de 2010, e que deixou cinco mortos, atrasou as obras. Uma segunda ponte, sobre o Rio Matapi, começou a ser construída em dezembro de 2013 ligando por definitivo Macapá a Mazagão. Com um custo de R 90 milhões, a edificação foi projetada com 612 metros de comprimento. O estado possui uma ferrovia a Estrada de Ferro Amapá EFA , que possui 194 km de extensão e bitola standard de 1,435 m, ligando os municípios de Santana e Serra do Navio e atravessando municípios como Pedra Branca do Amapari e Porto Grande. A ferrovia foi inaugurada em 1957 pela mineradora ICOMI para o transporte de manganeses provenientes das minas de Serra do Navio e de cargas gerais para fins de exportação, bem como para o transporte de passageiros, onde foram construídas estações e paradas para atender aos mesmos nas cidades atravessadas pela linha férrea, muitas vezes carregando a pequena produção agrícola familiar. Após a paralisação das atividades da ICOMI em 1997, a ferrovia foi entregue ao Governo do Amapá, que em 2006, a concedeu para a MMX Mineração. Na primeira metade da década de 2010, o controle foi repassado à mineradora inglesa Anglo American e posteriormente à indiana Zamin, que após o desabamento do Porto de Santana em 2013 e sucessivas crises financeiras internas, teve sua licitação extinta em 2015. Desde então, o transporte ferroviário no Amapá encontra-se com suas operações paralisadas, tanto para cargas como para passageiros. Pela ferrovia, os trens de passageiros realizavam três viagens semanais entre Santana e Serra do Navio, às segundas, quartas e sextas-feiras. Segundo a média realizada em 1997, costumavam transportar cerca de 84 mil passageiros, enquanto que os cargueiros transportavam cerca de 1 milhão de toneladas de mercadorias manganês, ferro-silício, dormentes, areia, explosivos, cromo e etc. , equivalente a 194 milhões de TKU. Já em 2011, 56.624 passageiros circulavam pela EFA, sendo que 6.435 viajavam gratuitamente.
O estado tem geração de energia elétrica em quatro usinas hidrelétricas Cachoeira Caldeirão, Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, no rio Araguari e Santo Antônio do Jari, no rio Jari. A geração de energia é complementada com usinas termelétricas.
Maniçoba Os pratos típicos amapaenses compõem a culinária amazônica e possuem similaridade com a culinária de outras regiões do Brasil, em especial, do estado do Pará. O mais representativo prato típico do estado é o açaí acompanhado de farinha de mandioca e alguma proteína, como peixes, camarão regional, frango ou carne vermelha. A farinha pode ser artesanal vindas das comunidades ribeirinhas e quilombolas do interior ou processada, fina ou grossa. Outras combinações populares são o açaí com açúcar, com farinha de tapioca ou mesmo o açaí puro. Um litro de açaí custa de oito a vinte reais, a depender da época do ano e da qualidade. A bacaba, parente do açaí, é tão popular quanto e também é bastante consumida. Outro prato popular é o camarão no bafo. O camarão é cozido no vapor e temperado apenas com sal, limão, tucupi e pimenta e servido com açaí e uma porção de farofa. Além do açaí e suas diversas combinações, os amapaenses compartilham com os paraenses pratos como a maniçoba, o pato no tucupi tradicionais durante as festividades do Círio de Nazaré, em outubro , o tacacá e a pupunha com café. Talvez pela secular migração nordestina para a região amazônica, receitas como o vatapá e o caruru são comuns no estado e considerados pratos típicos. especialmente representativa da cultura amapaense, a gengibirra, bebida alcoólica feita com gengibre, cachaça, água e açúcar, consumida durante as rodas de marabaixo dança folclórica afro-amapaense , juntamente com o caldo de carne servido durante a festa.
Mazagão, 2015 A Festa de São Tiago é um evento tradicional no município de Mazagão, na área conhecida como Mazagão Velho. Realizada anualmente na segunda quinzena do mês de julho desde 1777, o festejo relembra as batalhas travadas entre mouros e cristãos na então colônia portuguesa de Mazagão Africana, hoje El Jadida, no Marrocos. Segundo a tradição, um soldado anônimo que se acredita ser São Tiago apareceu e conduziu os cristãos à vitória. A tradição chegou na região em com as 163 famílias de colonos portugueses se mudaram para esta área em 1770, fundando a Mazagão Amazônica, a atual vila de Mazagão Velho. A festa de São Tiago inclui missas, novenas, ladainhas, procissões, marabaixo e batuque, mas o ponto alto da festa são as cavalhadas e as encenações teatrais, realizadas pelos próprios moradores, dos eventos ocorridos há trezentos anos na frica. Desde 12 de Junho de 2012, o dia 25 de julho é feriado estadual. A história do Círio de Nazaré na cidade de Macapá se inicia em no ano de 1934. A então primeira dama da capital, Ester Benoniel Levy, comandou um grupo de senhoras religiosas, que faziam parte da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, na realização do evento. O número de fiéis que compareceu ao evento ultrapassou o número de fiéis que compareceu a festa do padroeiro da cidade, São José. Assim como no estado do Pará, o evento é realizado no segundo domingo do mês de Outubro e segundo os últimos levantamentos da Polícia Militar, mais de 300 mil pessoas participam todo ano da passeata. Atualmente, a saída é da Igreja Nossa Senhora de Fátima com destino à Igreja de São José de Macapá, na rua São José.
Em primeiro plano, a caixa de marabaixo, instrumento musical utilizado para sustentar o ritmo. Ao fundo, uma brincante com as roupas tradicionais da dança camisa branca rendada, saia florida, anágua, cordões e colares no pescoço, pulseiras, flor presa ao cabelo e lenço sobre os ombros.Marabaixo é manifestação cultural de origem africana típica de comunidades afrodescendentes do Amapá, que inclui dança de roda, canto e percussão ligados às festas do catolicismo popular em louvor aos santos padroeiros da comunidade. Símbolo da identidade negra local, hoje o marabaixo se apresenta como identidade e patrimônio cultural de todos os amapaenses. Ao toque das caixas de marabaixo instrumento característico do ritmo , brincantes de todas as idades dançam em roda a qual gira sempre em sentido anti-horário , jogando e respondendo os ladrões cantigas . O passo característico da dança é o arrastar dos pés, o que simularia os antigos africanos escravizados acorrentados pelos pés. Os homens fazem caqueados, giros e molejos para cortejar as mulheres, que abanam suas saias floridas e dão giros curtos em torno de si. Durante as festas, são servidos caldo de carne e a gengibirra bebida alcoólica feita de gengibre, cachaça e açúcar aos brincantes. Em 2018, o marabaixo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN como patrimônio imaterial do Brasil e inscrito no Livro Livro de Registro das Formas de Expressão - Bens Culturais Imateriais. No Dossiê de Registro, o órgão identificou que existem 5 grupos que mantêm a tradição do marabaixo na zona urbana de Macapá 2 grupos no Bairro do Laguinho e 3 na Favela além de 36 comunidades negras rurais em 3 municípios Macapá, Santana e Mazagão que praticam a dança do marabaixo no interior do estado.
Estádio Milton de Souza Corrêa O futebol é o principal esporte do Amapá. estado conta com aproximadamente 21 times de clubes da modalidade. Como as demais unidades federativas do país, possui uma federação local responsável por organizar o campeonato estadual, no caso, o Campeonato Amapaense de Futebol. Como entidade filiada à Confederação Brasileira de Futebol, a federação amapaense indica os representantes do estado para competições nacionais como a Copa do Brasil de Futebol e a série D do Campeonato Brasileiro de Futebol. A capital Macapá possui os dois principais estádios de futebol do estado, que são o Estádio Municipal Glicério Marques e Estádio Milton de Souza Corrêa, este popularmente conhecido como Zerão. Em Santana, o Estádio Municipal de Santana é o local onde são realizadas as principais partidas de futebol. Também é possível a prática de kitesurfe no Rio Amazonas, no período de agosto a dezembro, pois o verão proporciona ventos propícios aos velejadores. Existem competições de kitesurfe, dentre elas a Travessia do Rio Amazonas, uma corrida de enduro em que os competidores atravessam o Rio Amazonas num percurso de mais de 25 km.
História do Amapá Listas de municípios do Amapá Por ordem alfabética Por área territorial Por área urbana Por população Lista de governadores do Amapá Eletrobras Eletronorte Companhia de Eletricidade do Amapá
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Portal do governo do estado do Amapá em Português Assembleia Legislativa do Estado do Amapá em Português Tribunal de Justiça do Estado do Amapá em Português Procuradoria da República no Estado do Amapá em Português Ministério Público do Estado do Amapá em Português Polícia Civil do Amapá em Português em Português Categoria Fundações no Brasil em 1943Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Norte, sendo o maior estado do país em extensão territorial, com uma área de , constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas. Seria o décimo sexto maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia. maior que a região Nordeste, e maior que as regiões Sul e Sudeste juntas, e equivale a 2,25 vezes a área do estado norte-americano do Texas. A área média de seus 62 municípios é de , superior à área do estado brasileiro de Sergipe. O maior de seus municípios em extensão territorial é Barcelos, com e o menor é Iranduba, com . Localiza-se no território amazonense o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com metros de altitude. Sua capital é o município de Manaus e seu atual governador é Wilson Lima. Com mais de 4,2 milhões de habitantes ou cerca de 2 da população brasileira, é o segundo estado mais populoso da Região Norte e o décimo terceiro mais populoso do Brasil. As cidades mais populosas são Manaus, com 2,2 milhões de habitantes em 2021, Parintins, com , Itacoatiara com , Manacapuru com e Coari com habitantes. O estado é ainda, subdividido em 4 regiões geográficas intermediárias e 11 regiões geográficas imediatas. Seus limites são com o estado do Pará ao leste Mato Grosso ao sudeste Rondônia e Acre ao sul e sudoeste Roraima ao norte além da Venezuela, Colômbia e Peru ao norte, noroeste e oeste, respectivamente. A Região Metropolitana de Manaus, com população superior aos 2,7 milhões de habitantes, é sua única região metropolitana. O estado possui um dos mais baixos índices de densidade demográfica no país, superior apenas ao do estado vizinho, Roraima. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2019 a densidade demográfica equivale a 2,63 habitantes por quilômetro quadrado. O Amazonas possui o quarto maior ndice de Desenvolvimento Humano IDH e o 3. maior PIB per capita entre todos os estados da região Norte do Brasil. O descobrimento da região hoje formada pelos atuais estados do Amazonas e Pará foi de responsabilidade do espanhol Francisco de Orelhana. A viagem foi descrita apontando as belezas e possíveis riquezas do local, com os fatos e atos mais prováveis de chamar a atenção da coroa espanhola. Durante essa expedição ocorrida à época 1541-1542 , os espanhóis teriam encontrado as mulheres amazonas guerreiras, chamadas de Icamiabas, sobre as quais há muita fantasia e mitos. Em 1755 foi criada a então Capitania de São José do Rio Negro subordinada ao então Estado do Grão-Pará e Maranhão . Em 1850, no dia 5 de setembro, foi criada a Província do Amazonas, desmembrada da Província do Grão-Pará. Os motivos que levaram à criação da Província do Amazonas foram muitos, em especial, a grandíssima área territorial administrada pelo Grão-Pará, com capital em Belém, e as tentativas fracassadas do Peru em ampliar suas fronteiras com o Brasil, com o apoio dos Estados Unidos. O território do Amazonas é coberto em sua totalidade pela maior floresta tropical do mundo e conta com 98 de sua área preservada. Aliando seu potencial ecológico a uma política de negócios embasada na sustentabilidade, a capital amazonense tornou-se a sexta maior economia do Brasil em 2018. O Amazonas é o terceiro maior produtor de gás no país, por meio das operações da Petrobras no campo de Urucu, em Coari, conectado a Manaus por um gasoduto de 660 quilômetros cortando rios e floresta. A hidrografia do estado, entretanto, sofre grande influência de vários fatores como precipitação, vegetação e altitude. Em geral, os rios amazonenses são navegáveis e formam sua maior rede de transporte.
O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol, Francisco de Orellana, quando o mesmo desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, supostamente as Icamiabas com a qual teria lutado e associando-as às amazonas da mitologia grega, deu-lhes o nome, Río de las Amazonas.Gonzalo Fernández de Oviedo publicado em 1535Madrid Real Academia de la HistoriaAcesso em 20 16 2016Tirada de doscientos ejemplares. Ejemplar núm. 22.Acesso em 20 06 2016Descubrimiento del río de las Amazonas según la relación hasta ahora inédita de Fr. Gaspar de Carvajal, con otros documentos referentes á Francisco de Orellana y sus compa eros publicados á expensas del Excmo. Sr. duque de T Serclaes de TillyGoogle Livros Acesso 20 06 2016
A conquista do Amazonas, 1907 Pesquisas arqueológicas apontam ocupações pretéritas por grupos paleoindígenas de caçadores, coletores, onde foram datadas acerca de anos antes da data presente. O período de maior desenvolvimento humano nas terras baixas Amazônicas é conhecido como pré-colombiano tardio, que coincide com a invasão europeia, nos séculos XVI e XVII, e a desestruturação sociopolítica de sociedades complexas, chamados de cacicados complexos. O aumento demográfico das populações amazônicas na época da pré-história tardia, combinado a outros fatores, suscitou grandes transformações entre as sociedades indígenas da Amazônia. Segundo arqueólogos, as sociedades que habitavam regiões da bacia amazônica passaram a se organizar de forma cada vez mais elaborada entre o ano e o ano . Os arqueólogos definem estas sociedades como cacicados complexos . Essas sociedades tornaram-se cada vez mais hierarquizadas provavelmente contendo nobres, plebeus e servos cativos , constituíram chefias centralizadas na figura do cacique, e adotaram posturas belicosas e expansionistas. O cacique, além de dominar amplos territórios, organizava continuamente seus guerreiros visando conquistar novos territórios. A cerâmica dessas sociedades era altamente elaborada, demonstrando um domínio de técnicas complexas de produção. Havia urnas funerárias elaboradas associadas ao culto dos chefes mortos , comércio e os indícios arqueológicos apontam uma densidade demográfica de escala urbana nessas civilizações. Acredita-se que a monocultura era praticada, além da caça e da pesca intensivas, a produção intensiva de raízes e o armazenamento de alimentos. O Amazonas era e ainda é habitado por povos de diferentes família linguísticas, como os povos Panos, povos Aruaques, povos Tucanos, povos Caribes, povos Tupi-guaranis e outros grupos étnicos menores. A Amazônia serviu como moradia e sustentação destas sociedades por cerca de 2000 anos, tendo havido retrocesso com a chegada dos europeus. A população originária dos cacicados aos poucos foi sendo exterminada, com numerosas guerras e conflitos travados com os portugueses e espanhóis. Muitos habitantes destas sociedades internaram-se nas florestas, onde teriam formado sociedades tribais diferentes. Outros acabam morrendo, vítimas de doenças contagiosas até então desconhecidas, fazendo suas populações desaparecerem por completo das margens dos rios. Os habitantes nativos pacificados, eram escravizados. As sociedades indígenas atuais da Amazônia não possuem, entretanto, traços que lembrem as sociedades complexas oriundas do período da Pré-história Tardia, com exceção apenas de alguns vestígios materiais.
Pelo Tratado de Tordesilhas 1494 , todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola. A foz do rio Amazonas só foi descoberta por Vicente Yá ez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano. Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, nas margens do rio Mara ón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas. O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum, mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas - entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas. Ainda no , os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua, vindo do Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado 1559-1561 . Ursua foi assassinado a meio caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar a tarefa de colonizá-lo. Quase de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América aos ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e pequenos fortes, em 1596, chamadas de drogas do sertão. Ainda assim, a região não possuía uma ocupação efetiva. Até o segundo decênio do , quando os portugueses começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão e tabaco. Os próprios governos passaram a estimular abertamente a empresa. Robert Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios 1612 . Somente durante a Dinastia Filipina 1580-1640 a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará atual Belém em 1616 , sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com setenta soldados e 1 200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes 1637-1639 , e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12 000 quilômetros, entre 1648 e 1651.
Busto de Francisco de Orellana, o descobridor europeu do Rio Amazonas Na virada do século XVII, balizava-se na Amazônia o domínio português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte da região. Os franceses, instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral para alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de sacerdotes, pescadores e predadores de índios. Assim, as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades na atual região do Amazonas no rio Negro, os manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaram-se com tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias. Na zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz. Por ordens vindas de Lisboa, as forças militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam. Como efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a bacia do Napo. O imenso espaço conquistado tornou-se produtivo. A coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área. Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos que, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território. Mapa de 1562 da região do Rio Amazonas Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários, que mais aprofundaram a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do estado do Amazonas. Espalhava-se as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a oeste, pelo Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado de Roraima. Objetivando converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de especiarias, os religiosos transferiam suas missões de um ponto a outro com freq ência, seguindo sempre a margem dos rios. Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságue do Tocantins Airão hoje Velho Airão, uma cidade fantasma Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro Santarém, na foz do Tapajós Faro, no rio Nhamundã Borba, no rio Madeira Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões e em continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves. A partir do , o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio contrabando , com as províncias espanholas do Orinoco Venezuela , de Quito Equador , e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro . A assinatura do Tratado de Madrid 1750 ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do uti possidetis, apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino 1750-1777 e durante o , legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços. Barcelos, primeira sede administrativa da Capitania de São José do Rio Negro Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No início do , a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808. época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824. Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851. A partir do , o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.
Províncias imperiais do Brasil em 1822 O que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do era denominado Estado do Maranhão e a única cidade existente era a de São Luís, que concentrava todo o poder do Estado. As regiões central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de atuação de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos, o que variou ao longo do tempo, particularmente, desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do . Ao tempo em que as Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazônico, o Governo do Estado do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias. Nesse contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram fundadas As Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares. O Estado do Maranhão virou Grão-Pará e Maranhão em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará. O Tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a então Capitania de São José do Rio Negro 1755 1821 , no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Mello e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa . Fortaleza do Rio Negro, desenhado pelo engenheiro alemão João André Schwebel, em 7 de dezembro de 1754, quando Francisco Xavier de Mendonça Furtado e sua comitiva passavam pelo Lugar da Barra, rumo à Mariuá, para instalar as conferências de demarcações de limites do Tratado de Madri. Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência. Em meados do foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Borba, Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro. A capital foi situada em Mariuá entre 1755-1791 e 1799-1808 , e em São José da Barra do Rio Negro 1791-1799 e 1808-1821 . Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Na década seguinte, uma das maiores revoltas do Período Regencial abalou a região. A Cabanagem foi um movimento político e um conflito social ocorrido entre 1835 e 1840 no Pará, envolvendo homens livres e pobres, sobretudo indígenas e mestiços que se insurgiram contra a elite política local e tomaram o poder. A entrada da Comarca do Alto Amazonas hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado. Em 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial n 582. ver Gabinete Monte Alegre Em 10 de julho de 1884, o Amazonas tornou-se a segunda província no império brasileiro a abolir a escravatura, após a Província do Ceará, e quatro anos antes do país conceder liberdade aos escravos, com a assinatura da Lei urea pela Princesa Isabel do Brasil. A lei foi assinada pelo presidente da província, Teodureto Souto. Na ocasião, cerca de 1,5 mil escravos foram libertados na província.
O Teatro Amazonas representa o apogeu do ciclo da borracha, bem como a elite amazonense da época A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural Hevea brasiliensis , a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo em bondes. Tida como uma referência, Manaus tornou-se símbolo de prosperidade e civilização, sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais. Floresceu então, o comércio de produtos luxuosos e supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra do Ouro Negro, como era chamada a borracha natural, para revender com grandes lucros nas principais capitais da Europa e nos Estados Unidos. A partir de 1910, tempos difíceis iniciam-se para a cidade, devido à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense. Arquivo Nacional
A Zona Franca de Manaus foi um projeto de desenvolvimento sócio-econômico implantado através da lei n de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e estabelecia incentivos fiscais para implantação de um polo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km , tendo como sede a cidade de Manaus. Apesar da aprovação em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto-Lei N 288, de 28 de fevereiro de 1967, durante o regime militar brasileiro. A princípio, os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental, formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Em 20 de agosto de 2008, foi criada a rea de Livre Comércio de Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona Franca de Manaus Suframa e assim, o Amapá recebeu o mesmo benefício destinado aos estados. A criação da Zona Franca de Manaus visava promover a ocupação populacional dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodiversidade presente. Arquivo Nacional Em mais de cinco décadas de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é dividida em quatro fases A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava a política industrial de referência no país pelo estímulo à substituição de importações de bens finais e formação de mercado interno a segunda, de 1975 a 1990, caracterizou-se pela adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo a terceira, de 1991 e 1996, entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o restante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade PBPQ e Programa de Competitividade Industrial e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma economia globalizada e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de privatizações e desregulamentação. Vista parcial de Manaus, capital do Amazonas Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacou-se por ser um dos estados brasileiros de maior crescimento populacional e econômico. Manaus figura como uma das cinco capitais estaduais brasileiras com maior crescimento populacional, com 2,51 de crescimento anual. Em dez anos, o estado registrou 28,22 de crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010. Em relação à história recente no fator econômico, o estado integra o chamado grupo intermediário, que fica entre o grupo com maior participação e o grupo com menor participação, na economia do país, respondendo por 1,6 desta. Nos anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa com o Acre. A estiagem caracterizou-se por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos 40 anos, ultrapassando períodos como as secas de 1925-1926, 1968-1969 e 1997-1998, até então consideradas as mais intensas. Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos. Em abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE elaborou a nova delimitação da fronteira do Amazonas com o Acre. Assim, o território amazonense reduziu-se em 11 583,87 km . A área perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5 do território do Acre e pouco mais de 0,7 da área do Amazonas. Com a mudança, sete municípios amazonenses - Atalaia do Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini - perderam território e parte da população para municípios do Acre. Atualmente, o Amazonas divide-se em 62 municípios. O atual governador é Wilson Miranda Lima UNI O , que exerce o cargo desde 4 de outubro de 2017.
Mapa topográfico do Amazonas. O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de . Grande parte dele é ocupado pela Floresta Amazônica e pelos rios. O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de , tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte. Faz parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente. A maior parte de seu território está no fuso UTC-4 com quatro horas a menos que o horário de Greenwich GMT , e uma hora a menos em relação ao horário de Brasília . Treze municípios no terço oeste do estado estão no horário UTC-5. São eles Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga. Serra da Bela Adormecida no município de São Gabriel da Cachoeira. Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85 de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com metros, e o pico 31 de Março, com metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil. De modo geral, o Amazonas está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente 40 km de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado. Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto se verifica, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo. O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior a 400 mil toneladas nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.
Amazonas pela classificação climática de K ppen-Geiger No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador. Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas. A temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4 C. Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 C e 27 C e em outros pontos da porção leste essa média de 26 C. A menor temperatura já registrada foi de 7,0 C, em Boca do Acre, em 1975. A umidade relativa do ar varia de 80 a 90 anualmente, uma das maiores registradas no Brasil. O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados. Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado. Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10 C. Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2 500 mm ao ano. As temperaturas nesta região chegam a 26 C. Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.
Rio Amazonas visto da Estação Espacial Internacional. o maior rio em volume de água do planeta, com cerca de 7 mil quilômetros de extensão. O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão. O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7 025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico. A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das guas. O fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado. O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1 700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura. Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés. Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica. Negro e Solimões possuem diferentes densidades e temperaturas. Esta é a razão por não se misturarem. O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia O rio Purus possui e nasce no Peru. Está situado no sul do estado O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui de extensão e banha, além do Amazonas, o estado de Acre. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Acre, não apresenta condições de navegabilidade O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas. conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui em território brasileiro. Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.
igapó no rio Juma, município de Autazes Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo a Hileia Amazônica, que apresenta uma rica e complexa diversidade na composição da flora do estado e se faz presente em todo o seu território. Os solos de terra firme situam-se em terras altas, geralmente distantes dos grandes rios. São formadas por árvores alongadas e finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de alto valor ecônomico. Há ainda éspécies como a castanha-do-pará, as palmeiras e o cacauareiro, que também são encontradas em solos de terra firme. Os solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Até a década de 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais Iixiviados, ácidos e pobres do planeta. A cor avermelhada ou amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos de ferro, o que passou a ser referência da evidência de que os solos da Amazônia se tornariam laterita, uma substância vista como pedregosa, com o desmatamento e alteração da vegetação. As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam maior variedade de espécies. Seus solos são os mais férteis da região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil castanha-do-pará , camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá. As matas de igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios. Durante quase o ano todo, permanecem inundadas. São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às regiões alagadas.
Fotografia aérea de uma pequena parte da Amazônia brasileira próxima a Manaus No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral UCPI e Unidades de Conservação de Uso Sustentável UCUS possuíam, juntas, uma área de 369.788 km , equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul. Essa área correspondia a 23,5 do território do Amazonas. Individualmente, as Unidades de Uso de Proteção Integral representavam 7,8 da área territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8 desse total. Comparando a extensão de Unidades de Conservação UCs no Brasil, o estado possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com seus 403.155 km . A maior parte delas era administrada pelo governo estadual. A criação de Unidades de Conservação UC nos estados da Amazônia deu-se a partir da década de 2000. Até então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas dos estados. Grande parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração populacional. Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58 delas eram de uso sustentável e 33 foram criadas em regiões de grande avanço populacional. Em dezembro de 2010, apenas 24 das UCs possuíam plano de manejo aprovados por seus conselhos gestores, enquanto 50 destas não possuíam tal plano. Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo 48 delas possuíam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45 não possuíam e eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou federal. A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a maior unidade de conservação em área alagada do país, localiza-se no estado. Foi criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã e Uarini. Parques nacionais O Pico da Neblina, dentro do parque nacional homônimo, é o ponto mais alto do Brasil, em Santa Isabel do Rio Negro Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas. O principal deles é o Parque Nacional do Jaú, criado em 1980, através do decreto-lei n . Possui milhões de hectares de área e está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos. o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo. A temperatura média local é de . administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA . Também são notáveis os parques da Amazônia e do Pico da Neblina. O Parque Nacional da Amazônia foi criado pelo decreto-lei n em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará. A criação do Parque Nacional do Pico da Neblina ocorreu em 1979 pelo decreto-lei n . Sua área é de de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira. Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com metros. Parques estaduais A rea de Proteção Ambiental Nhamundá foi o primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo decreto-lei n em 1990, com uma área de mil hectares ha . Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras. Seu acesso é feito por via fluvial. Por meio da lei estadual n , de 9 de maio de 2011, foi recategorizado de parque estadual para área de proteção ambiental. Dois dos principais parques no Amazonas são Parque Estadual Serra do Aracá, criado em 1990, através do decreto-lei n , situado em Barcelos e ocupando uma área de de hectares 15 da área do município Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em Novo Airão e com área de Foi estabelecido pelo decreto-lei n de 2 de abril de 1995 e engloba 5 da área do município. Abriga as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios arqueológicos Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do mesmo decreto-lei do parque anterior. Ocupa uma área de ocupando cerca de 4 da área do município de Manaus. usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e ribeirinhos. Destacam-se ainda os parques de Sumaúma, a única unidade de conservação estadual em área urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003 Sucunduri, com criada em 2005 em Apuí Cuieiras, com Guariba, possuindo e criado em 2005 em Manicoré, no sul do estado e Matupiti, nas bacias dos rios Matupiri e Autaz Mirim, em Borba e Manicoré, também no sul do estado. Quase todos os parques estaduais são administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas IPAAM .
Conforme estimativa divulgada pelo IBGE em agosto de 2021, a população do estado atingiu habitantes. A população deste representa 22 da população da região Norte e 2 da população brasileira. Num período de dez anos 2005-2015 , diminuíram as populações de 48 dos 62 municípios do estado. No estado, habitantes não são naturais da unidade federativa. A maior parte dos migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da própria Região Norte brasileira. Além destes, migrantes vindos do Nordeste somam habitantes, migrantes vindos da Região Sudeste somam habitantes e migrantes vindos da Região Sul somam habitantes. O estado possui ainda, a maior população estrangeira na Região Norte e a oitava maior população estrangeira no Brasil. São habitantes no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira. O Pará responde pela segunda maior população estrangeira no Norte do país imigrantes , seguido de Rondônia, com imigrantes. De acordo com o censo brasileiro de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE , o Amazonas era habitado por habitantes, sendo que havia habitantes em área urbana 78,4 e habitantes em área rural 17,3 . Quanto à questão de gênero, havia homens e mulheres. Foram identificados domicílios, sendo que apenas deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas. A capital, Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 2,1 milhões de habitantes. Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam pessoas. Pelo menos habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com deficientes declarados. Destacando a questão do estado civil, havia pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras, pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, pessoas viúvas, divorciadas e pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de se destacar que pessoas declararam viver em união consensual. Ainda de acordo com o censo de 2010, habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência. A deficiência mental ou intelectual apresentou-se em habitantes, enquanto outros habitantes declararam possuir alguma deficiência motora. habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto outros habitantes possuem deficiência visual. Os habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência somam-se habitantes. O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do , devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960. O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6 ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2 . No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7 ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6 . O censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou que o estado cresceu 23,84 em população entre 2000 e 2010 e que o mesmo mantém um aumento populacional de 2,16 ao ano. Tabatinga, localizado na tríplice fronteira fronteira Brasil Colômbia Peru, o sexto município mais populoso do estado A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em maio de 2016 o estado possuía eleitores, Durante cem anos, de 1810 a 1910, um relevante número de migrantes e imigrantes espalharam-se por diversas cidades e povoados da Amazônia, principalmente entre Belém e Manaus. Eram em grande parte, atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes, destacou-se principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam-se os árabes e japoneses. Os japoneses entretanto, chegaram ao Amazonas somente a partir de 1923. Com o fim do ciclo da borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididos entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em crise. Os primeiros imigrantes dirigiram-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Manaus. Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná. Porém, em 1941, houve uma epidemia de malária que vitimou várias famílias. Outras famílias destinaram-se a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os koutakusseis, jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre. Estima-se que existam no Amazonas descendentes de imigrantes japoneses.
A população do Amazonas é composta basicamente por pardos, brancos, indígenas e negros. A forte imigração no final do e início do trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas, destacando-se os portugueses e japoneses. Os portugueses que chegaram ao estado destinaram-se sobretudo à Manaus, e passaram a dedicar-se ao comércio. Por volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em municípios como Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso medicinal, e Parintins. Há ainda, uma crescente imigração de haitianos. O município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o município com maior população indígena no país. Em 2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31 . Além deste, Boa Vista do Ramos registra o maior percentual de população parda no estado e o terceiro do país, com 92,40 autodeclarados pardos no censo de 2010. Manaquiri também destaca-se por ser o quinto município brasileiro com maior população amarela, 6,26 do total de sua população. Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido pelo IBGE, a população do estado dividi-se da seguinte forma, na questão étnica Pardos 77,2 , brancos 20,9 , pretos 1,7 e amarelos ou indígenas 0,2 . Nenhum outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas, divididos em 65 etnias. Além disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil. Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do , também miscigenou-se com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do , têm sido também mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço 27 de junho e o Dia do Caboclo 24 de junho são datas oficiais no estado. Em 29 de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade mestiça. Em 28 de agosto de 2012, outro município do estado, Careiro da Várzea, também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo Dia do Mestiço. Os dois municípios são os únicos no Brasil a homologar em forma de feriado a ênfase da população parda. São Gabriel da Cachoeira, na microrregião de Rio Negro, é um dos três únicos municípios brasileiros a possuir mais de um idioma oficial Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município, desde 2002.
Viatura da Polícia Militar do Amazonas Assim como os demais estados do Brasil, o Amazonas possui dois tipos de de corporações policiais que possuem a finalidade de realizar a segurança pública em seu território. São elas a Polícia Militar do Amazonas PMAM , que possui um efetivo de militares, e a Polícia Civil do Estado do Amazonas, exercendo a função de polícia judiciária e sendo subordinada ao governo do estado. A Polícia Militar do Estado do Amazonas é uma das mais antigas do Brasil, tendo sido criada em 4 de abril de 1837, primeiramente para combater os revoltosos da Cabanagem, com um efetivo de apenas militares. Após este feito, a PMAM também envolveu-se nas Guerra do Paraguai e de Canudos, além da Revolução do Acre. Conforme dados do Mapa da Violência 2010, publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes do estado do Amazonas é a décima-terceira maior do Brasil. O número de homicídios ocorridos no estado aumentou de 21,3 para 24,8 por 100 mil habitantes no período entre 1998 e 2008. Entre 2008 e 2010, a taxa de homicídios cresceu 5,8 e atingiu 30,6 por 100 mil habitantes. A Região Metropolitana de Manaus concentra a maior taxa 43,3 , enquanto os municípios do interior do estado apresentam apenas uma taxa de 11,1. Em 2010, os cinco municípios que registraram as maiores taxas de homicídio, por 100 mil habitantes, foram Manaus 46,7 Iranduba 39,2 , Uarini 33,6 , Tabatinga 32,5 e Presidente Figueiredo, com 29,4. Em contrapartida, os cinco municípios que registraram as menores taxas de homicídio foram São Paulo de Olivença 3,2 , Nova Olinda do Norte 3,3 , Santo Antônio do Içá 4,1 , Tapauá 5,2 e São Gabriel da Cachoeira, com 5,3. notável o fato de 12 municípios não haverem registrado taxas de homicídios ou não terem sido divulgadas. Em âmbito nacional, o estado está entre os quinze mais violentos. Em âmbito regional, é o quarto mais violento da região Norte, sendo superado pelo Pará 45,9 , Amapá 38,7 e Rondônia 34,6 .
Catedral Diocesana de Sant Ana e São Sebastião, em Coari Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos amazonenses se declara católica - é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes. O estado possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja Batista, Igreja Luterana, Igreja Adventista, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Episcopal Anglicana. Além dessas, grande parte declara-se seguidores de outras religiões, tais como os Santos dos ltimos Dias ou mórmons as Testemunhas de Jeová os messiânicos os judeus os esotéricos os muçulmanos e os espiritualistas. No estado há um templo mórmon, o Templo de Manaus, sendo o sexto operado no Brasil. De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE , a população do Amazonas está composta por católicos 61,2 , protestantes 32,1 , pessoas sem religião 6,2 , espíritas 0,4 e outras religiões 0,1 .
Em 2010 foram identificados domicílios no estado, dos quais deles eram ocupados e não eram ocupados. Em relação ao tipo de material dos domicílios particulares permanentes, domicílios eram feitos de alvenaria com revestimento, feitos de alvenaria sem revestimento, domicílios feitos de madeira aparelhada, domicílios construídos em palha, domicílios em taipa revestida e domicílios construídos com outro tipo de material. A maior parte dos domicílios possuíam cinco cômodos. Em relação ao abastecimento de água canalizada, domicílios eram atendidos pelo sistema, um percentual de 83,05 . Os bens duráveis populares geladeira, rádio, televisão e máquina de lavar estavam presentes em domicílios. Microcomputadores com acesso à internet existiam em destes domicílios e possuíam o uso de telefones fixo ou celular. Foram identificados casas, apartamentos, casas de condomínio, cortiços ou casas de vila e ocas ou malocas.
Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, órgão do poder legislativo estadual. O Amazonas é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. Manaus é o município com o maior número de eleitores, com 1,214 milhão destes. Em seguida aparecem Parintins, com 63,7 mil eleitores, Itacoatiara 61,7 mil eleitores , Manacapuru 61,1 mil eleitores e Coari, Tefé e Tabatinga, com 47,5 mil, 38,9 mil e 29,6 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Japurá, com 4,2 mil. Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral TSE , com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados no Amazonas é o Partido Comunista do Brasil PCdoB , com membros, seguido do Partido Social Cristão PSC , com membros e do Partido dos Trabalhadores PT , com filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido do Movimento Democrático Brasileiro PMDB , com membros e o Partido Progressista PP , com membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo NOVO e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado PSTU são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 4 e 134 filiados, respectivamente.
Mapa do Amazonas com a divisão das regiões intermediárias vermelho e imediatas cinza Região geográfica intermediária é, no Brasil, um agrupamento de regiões geográficas imediatas que são articuladas através da influência de uma ou mais metrópoles, capitais regionais e ou centros urbanos representativos dentro do conjunto, mediante a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE . As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE. Oficialmente, as quatro regiões geográficas intermediárias do Amazonas são a de Manaus, a de Tefé, a de Lábrea e a de Parintins. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. O Amazonas é dividido oficialmente em onze regiões imediatas Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Coari, Manacapuru, Tefé, Tabatinga, Eirunepé, Lábrea, Manicoré, Parintins e Itacoatiara. formado pela união de sessenta e dois municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.
Exportações do estado do Amazonas em 2012 O Produto Interno Bruto PIB do Amazonas é o 15. maior do país, destacando-se o setor terciário. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2019, o PIB amazonense era de , enquanto o PIB per capita era de . Pará e Amazonas respondem juntos por aproximadamente 70 da economia da Região Norte do Brasil. Em termos de infraestrutura para investimentos em novos empreendimentos, o estado alcançou o segundo melhor desempenho do país nos últimos anos, sendo superado apenas pelo Distrito Federal, e sendo um dos que mais crescem economicamente. Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia do Norte brasileiro. Em 2010, a economia do Amazonas passou a representar 1,8 da economia brasileira, um aumento de 0,1 pontos percentuais comparado a 2009.