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https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/12/06/temer-dados-reforma-previdencia/
lupa
Michel Temer usa dados corretos para defender o projeto da reforma da Previdência?
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2016-12-06
Em meio à crise política deflagrada pela Operação Lava-Jato e à disputa travada entre o Legislativo e o Judiciário, o presidente Michel Temer convocou ontem (5) uma coletiva de imprensa em Brasília para apresentar a proposta do Executivo para a reforma da Previdência. A PEC 287, que já foi protocolada na Câmara e será analisada pelos deputados, fixa em 65 anos a idade mínima para a aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Ao defender sua proposta de emenda constitucional, o presidente apresentou diversos dados. E a Lupa checou alguns deles. Veja abaixo o resultado: “As despesas com a Previdência estão em torno de 8% do PIB” De acordo com o Ministério da Fazenda, em 2015 (último ano com exercício financeiro fechado), as despesas com “benefícios da Previdência” representaram 7,4% do Produto Interno Bruto. Ao arredondar esse total para cima em 0,6 ponto percentual, Temer eleva a conta em R$ 3,5 bilhões. “A diminuição da fecundidade altera a proporção de ativos e inativos no mercado de trabalho” Série histórica disponível no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostra que, nos últimos 15 anos, a taxa de fecundidade apresenta queda constante. Tomando esse dado por base, o Congresso fez um levantamento e constatou que, em 2015, somando as crianças de zero a 14 anos e os idosos com mais de 60 anos, o país tinha 1,93 brasileiro ativo para cada inativo. Em seguida, foi além e projetou que, em 2050, se nada for alterado, o número cairá para 1,37 ativo para cada inativo, numa retração de quase 30%. “[54 anos é] Inferior a uma idade mínima [para aposentadoria] que estava em vigor em 1962” Em 1960, o então presidente, Juscelino Kubitschek, sancionou a Lei 3.807, que realmente fixava em 55 anos a idade mínima para se aposentar. Mas, dois anos mais tarde, em agosto de 1962, data citada por Temer, o presidente João Goulart, aprovou a Lei 4.130 e suprimiu esse limite. “Um dos últimos países onde ainda não há idade mínima (para se aposentar) é, precisamente, o nosso país, o Brasil” Segundo o estudo “O impacto das aposentadorias precoces na produção e na produtividade dos trabalhadores brasileiros”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em julho deste ano, 12 países, além do Brasil, não têm idade mínima para aposentadoria. São eles: Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Egito, Equador, Hungria, Iêmen, Irã, Iraque, Luxemburgo, Sérvia e Síria. O levantamento revela, no entanto, que, caso seja aprovada a proposta de fixar em 65 anos a idade mínima para aposentadoria, os brasileiros serão aqueles que demorarão mais tempo para se aposentar na América do Sul. Junto deles, estarão apenas o Paraguai, que já adota 65 anos para homens e mulheres. No G-20, grupo que reúne as principais economias do mundo e que também foi analisado pelo Ipea, a Alemanha e os Estados Unidos se destacam por possuir uma idade mínima de aposentadoria maior do que a proposta pelo governo brasileiro: entre 65 e 67, para o primeiro, e 66 para o segundo. Austrália, Canadá e França têm a mesma faixa etária proposta para o Brasil. O levantamento feito pelo instituto destaca ainda que os países pesquisados podem ter regras específicas de aposentadoria antecipada.
https://piaui.folha.uol.…aposentados.jpeg
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['RAPHAEL KAPA']
[]
['APOSENTADORIA', 'IDADE MÍNIMA', 'MICHEL TEMER', 'PREVIDÊNCIA', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/28/debate-tv-globo-crivella-freixo/
lupa
As mentiras e as verdades ditas por Crivella e Freixo na TV Globo
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2016-10-28
Na noite de sexta-feira (28), os candidatos que disputam a Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), participaram do último debate da campanha eleitoral. O encontro, sediado pela TV Globo, foi transmitido ao vivo pelo site G1 e acompanhado por um pool de mais de 20 jornalistas especializados em fact-checking. Confira abaixo o resultado do trabalho de checagem realizado – ao vivo – pelas equipe da Lupa, da Agência Pública, de Aos Fatos e do Meu Rio. Marcelo Freixo, falando sobre Crivella: “Você recentemente disse que as mulheres deveriam obedecer mais aos homens, pois afinal de conta são pedaços desse homem“ Em vídeo gravado durante um culto, Crivella realmente aparece dizendo a frase citada por Freixo no debate. Ele pode ser visto neste link. Marcelo Freixo, sobre contas públicas: “60% dos contratos da prefeitura são feitos com dispensa de licitação” No exercício de 2016, portanto “atualmente”, a modalidade de contratação por dispensa de licitação atingiu R$ 730.276.681,21, o que equivale a 46% dos contratos da prefeitura. Marcelo Crivella, sobre educação: “Faltam 20 mil vagas em creche” Segundo dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Prefeitura, faltam 25.500 vagas em creches na rede municipal do Rio de Janeiro. No entanto, de acordo com a Defensoria Pública do Estado do Rio, faltam 42 mil vagas no município. Os dados da Defensoria não desconsideram pedidos de matrícula duplicados. Marcelo Freixo, sobre saúde: “A gente vai investir nas policlínicas, já tem 9 que poderiam funcionar melhor” O candidato não apresenta nenhuma proposta específica para policlínicas da cidade nem na primeira nem na segunda versão do documento que enviou ao TSE. Marcelo Crivella, sobre sua atividade parlamentar: “Tenho 20 leis aprovadas” O candidato, que também é senador, teve 14 leis aprovadas. Quatro delas são relacionadas a assuntos trabalhistas. Marcelo Freixo, sobre saúde: “Houve uma expansão muito grande das clínicas de família” Segundo dados da Prefeitura, a cobertura era de 3,5% em 2009 e foi para 56,8% em setembro de 2016. Marcelo Freixo, sobre os habitantes do Rio: “Mais de 20% da população do Rio vive nas favelas hoje” Segundo dados do Censo, há 1.393.314 pessoas residindo nas 763 favelas cariocas, ou seja, 22,04% dos 6.320.446 moradores do Rio de Janeiro. Mas o dado foi publicado pelo IBGE em 2010. É antigo. Marcelo Crivella, sobre as disputas eleitorais que já enfrentou: “Vocês conhecem a minha campanha (para o senado, em 2010). Ela foi modesta, tanto que nem fiz alianças” Marcelo Crivella se elegeu senador pelo PRB em 2010 sem coligação. No entanto, sua campanha foi a quarta mais cara, em uma disputa que tinha 11 candidatos. Entre seu doadores, estava a campanha da então candidata a presidência pelo PT, Dilma Rousseff, que doou R$ 92,5 mil a Crivella, segundo informações da prestação de conta da campanha dele no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Marcelo Crivella, sobre turismo no Rio “Temos mais de 50 mil quartos de hotel” Por conta dos Jogos Olímpicos, em 2016, o número de quartos disponíveis para hospedagem no Rio de Janeiro deu um salto. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), existem hoje a cidade cerca de 50 mil quartos, entre hotéis, albergues, motéis e pousadas. Em 1998, eram 28 mil quartos. Marcelo Crivella, sobre transporte: “Nem todos [os ônibus do BRT] têm ar condicionado” Toda a frota do BRT faz parte dos 39,7% dos ônibus da cidade que possuem ar condicionado. O BRT Transoeste foi inaugurado em 2012, com ônibus refrigerados. As demais linhas (Transcarioca e Transolímpica) foram abertas quando já estava em vigor o decreto 38.328, de fevereiro de 2014, que obriga os consórcios a adquirirem apenas ônibus com ar-condicionado. Marcelo Freixo, sobre sua campanha: “Nós não tivemos ninguém pago na nossa campanha” No site mantido pelo TSE para divulgação de candidaturas e prestação de contas, a campanha declarou ter pago ao menos 20 pessoas físicas. Pelo menos oito delas receberam R$ 800 por “atividades de militância e mobilização de rua”. Outras seis receberam R$ 750 para exercer essas mesmas funções. Marcelo Freixo, sobre cuidado com animais: “(Quero) Que a gente possa transformar o zoológico. A proposta está no nosso programa” A segunda versão do programa de governo do candidato do PSOL traz a seguinte promessa: “Elaborar um plano para transformar o Jardim Zoológico do Rio em um centro público de reabilitação, conservação e pesquisa da fauna silvestre nativa”. Marcelo Crivella, sobre saúde: “Eu quero pegar para o município a administração das UPAs estaduais que estão jogadas” A proposta consta no programa de governo que a campanha do PRB registrou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No documento, Crivella afirma que pretende “assumir, até o final de 2018, a gestão das 16 UPAs estaduais localizadas no município do Rio de Janeiro e que hoje se encontram abandonadas” ** Parte dessas checagens foi publicada na versão impressa do jornal O Globo de 29 de outubro de 2016. *** A Lupa mantém aberto um canal para contestações: lupa@lupa.news
https://piaui.folha.uol.…/debateglobo.jpg
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['CRISTINA TARDÁGUILA', 'RAPHAEL KAPA', 'JULIANA DAL PIVA', 'EQUIPE LUPA']
[]
['DEBATE', 'EDUCACAO', 'ELEIÇÕES 2016', 'MARCELO CRIVELLA', 'MARCELO FREIXO', 'PRB', 'PSOL', 'RIO DE JANEIRO', 'SAÚDE', 'TRANSPORTE PÚBLICO', 'TV GLOBO']
2021-05-15
['VERDADEIRO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'DE OLHO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/27/marcelo-crivella-usou-tribuna-do-senado-para-defender-a-igreja-universal/
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Marcelo Crivella usou tribuna do Senado para defender a Igreja Universal
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2016-10-27
Desde o início da campanha à prefeitura do Rio, o candidato Marcelo Crivella (PRB) se esforçou para deixar de lado a imagem de bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e se firmar como um político desvinculado de questões religiosas. Em ao menos duas ocasiões, ele tratou do assunto em seu horário eleitoral: “Eu jamais misturei política com religião”, afirmou Crivella na TV (aos 8min19seg) O acervo digital do Senado guarda todos os discursos proferidos por Crivella na tribuna da Casa. Nesse conjunto, existem ao menos 29 pronunciamentos em que o senador – agora candidato – misturou política e religião. Consultando suas ações no Senado, também encontram-se ao menos 11 proposições legislativas que citam as palavras “templo”, “igreja” e “bíblia”. São projetos de lei (PL), emendas constitucionais (PEC) e requisições registradas por Crivella como senador. OS DISCURSOS No dia 20 de maio de 2011, Crivella fez um pronunciamento para comemorar a impressão da centésima milionésima (100 milhões) Bíblia do país. Nele, criticou a aprovação da união civil homossexual pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e disse o seguinte: “O Congresso é que deve fazer as leis, e, aqui, no Congresso, desde Rui Barbosa e daquele Cristo, daquela cruz que está ali, a Bíblia tem um papel muito importante. Nós podemos emendar a Constituição, mas não podemos emendar a Bíblia. Nem devemos. Ela tem sido a base deste país, da nossa história”. Em 2009, Crivella criticou o projeto de lei que criminalizaria a homofobia em mais um discurso feito da tribuna do Senado. Em sua opinião, o projeto em debate poderia ferir a fé das pessoas. “É disso que precisamos, sr. Presidente (do Senado), aperfeiçoar e fazer com que esse projeto não fira a fé das pessoas. O Brasil é um país cristão, na alma do povo brasileiro existe a fé. Nós temos essa índole, essa vocação, todos nós, católicos, evangélicos, nós cremos na Bíblia, temos uma Bíblia só”. Crivella também já usou a tribuna em pelo menos quatro ocasiões para fazer defesas públicas da Igreja Universal. Em 2009, fez um pronunciamento de “repúdio às denúncias veiculadas na imprensa sobre apropriação de dinheiro das ofertas de fiéis pela Igreja Universal”. Na ocasião, refutou o conteúdo das declarações feitas por fiéis em uma ação que corria no Tribunal de Justiça de São Paulo e que foi noticiada pelo jornal O Globo em 12 de agosto de 2009. Integrantes da Igreja acusavam o bispo Edir Macedo, tio de Crivella, de usar laranjas para ocultar patrimônio obtido com dinheiro entregue por fieis à Igreja. No mesmo dia da publicação da reportagem, Crivella subiu à tribuna do Senado para dizer que as denúncias eram antigas e não tinham fundamento. Ao final, concluiu: “Não aguardem que, dessa vez, a interpretação seja a de dar a outra face, ficando calado… Tenho a impressão de que dar a outra face, muito mais do que a interpretação literal, significa responder mentira com verdades, calúnia com assertivas da realidade, e é isso que faremos. Hoje, o noticiário da TV Record será amplo e colocará na mídia aquilo que vai contraditar todo esse dilúvio de injúrias, infâmias, calúnias e insultos de que fomos vítimas”. No seu primeiro mandato como senador, Crivella chegou a falar no Senado como representante da Universal. Em 11 de julho de 2005, saiu em defesa da igreja depois que o então deputado João Batista, do extinto PFL, foi flagrado no aeroporto de Brasília com sete malas que, segundo a Polícia Federal, continham R$ 6 milhões. Naquela ocasião, a Igreja Universal informou que o dinheiro era transportado para sua sede nacional, em São Paulo, local que centralizaria o pagamento de despesas (impostos, aluguéis, empregados e contas de consumo) de todos seus templos. De acordo com a PF, no entanto, na época, não foram apresentados comprovantes que sustentavam a informação. Crivella se apresentou na tribuna como membro da igreja. “Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho hoje à tribuna do Senado Federal prestar um esclarecimento, não como Senador do Rio de Janeiro, mas como membro da Igreja Universal, da qual participo desde a sua fundação. Tivemos um numerário apreendido pela Polícia Federal em Brasília, em malas que transportavam ofertas de membros da igreja da região da Amazônia e da região de Brasília… É um dinheiro que é necessário à igreja, que tem despesas enormes, e envolve milhões de pessoas. Esse transporte não podia ser feito de outra maneira”. Esse episódio também motivou o requerimento 798, firmado pelo senador, solicitando informações ao ministro da Fazenda “sobre a existência ou não de notas falsas ou seriadas no montante apreendido”. A solicitação foi arquivada em dezembro de 2005. ATIVIDADE LEGISLATIVA A atuação de Crivella em temas de interesse de religiosos e da igreja continuou. A proposição legislativa mais recente assinada por ele e com esse viés data de 15 de outubro do ano passado. Trata-se de uma PEC para acrescentar ao artigo 156 da Constituição “a não incidência sobre templos de qualquer culto do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ainda que as entidades abrangidas pela imunidade tributária sejam apenas locatárias do bem imóvel.” A emenda já foi votada em dois turnos no Senado e aprovada. Agora tramita na Câmara dos Deputados. Procurada, a campanha disse que “os números provam que as citações são mínimas, além do mais fazer referências não significa necessariamente “misturar” política e religião”. Confira a nota. *Parte desta reportagem foi publicada na edição de 27 de outubro de 2016 do jornal Folha de S.Paulo.
https://piaui.folha.uol.…crivellaobra.jpg
null
['JULIANA DAL PIVA']
[]
['ELEIÇÕES 2016', 'IGREJA UNIVERSAL', 'MARCELO CRIVELLA', 'PRB', 'PREFEITURA', 'RELIGIÃO', 'RIO DE JANEIRO', 'SENADOR']
2021-05-15
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/27/freixo-faz-64-alteracoes-em-seu-programa-e-retira-revisao-de-isencao-de-iss-de-onibus/
lupa
Freixo mexe 64 vezes em programa e tira dele revisão da isenção de ISS dada aos ônibus
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2016-10-27
No início da disputa eleitoral pela Prefeitura do Rio, o candidato Marcelo Freixo (PSOL) enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um programa de governo que foi classificado por seus oponentes como uma “carta de intenções”, um documento sem propostas concretas. No início deste mês, sua campanha divulgou uma segunda versão do texto. Acreditava que, com isso, sanaria as críticas. Ao falar sobre o assunto na sabatina realizada pelo jornal O Globo, o candidato do PSOL foi taxativo. Negou que tivesse feitos alterações de uma versão para a outra: “Eu não estou mudando o programa” Nos últimos dias, no entanto, a Lupa comparou o documento que estava disponível para consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral em 24 de julho e o que foi divulgado pela campanha de Freixo em outubro. Nesse levantamento, feito parágrafo a parágrafo, constatou-se que ao menos 64 alterações haviam sido feitas entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais do Rio. Desapareceram da segunda versão pelo menos cinco propostas que Freixo havia apresentado. Entre elas, a promessa de rever a isenção de ISS dada às empresas de ônibus, ponto central da carreira política do candidato como deputado estadual. PROPOSTAS RETIRADAS Na primeira versão de seu programa, Freixo afirmou que iria “rever a isenção de ISS da dada às empresas de ônibus em 2010 que alterou a tributação de 2% para 0,01%”. O candidato, que costuma se posicionar de forma crítica às empresas de ônibus do Rio de Janeiro, afirmava que esta isenção “representava aproximadamente R$ 60 milhões por ano” a menos nos cofres públicos. A versão mais atual de seu programa, no entanto, não fala mais sobre a prometida revisão da isenção de ISS ao setor. Na seção que trata sobre mobilidade, não há qualquer menção a eventuais mudanças na tributação da área. A campanha afirma que continua contrária “à forma como a isenção do ISS foi feita, sem qualquer mudança no preço da tarifa ou melhor na qualidade do serviço” e explica que retirou a proposta do programa de governo de Freixo “pois ela estava sendo mal interpretada”. Mas a segunda versão do programa de Freixo também não manteve outras propostas: de criar um conselho municipal de saneamento, de instituir um plano municipal de recursos hídricos, de descentraliza o sistema de abastecimento de água e definir critérios técnicos de acessibilidade, além “de um item mais claro nos processos de licenciamento urbanístico de novos prédios privados”. Nenhuma dessas propostas aparecem dessa forma na versão mais atual do documento. Em nota, a campanha afirma que ocorreram “novas contribuições sobre o tema” e que o “Conselho das Cidades e o Conselho Municipal do Meio Ambiente seriam os melhores espaços para ampliar a participação da sociedade”. PROPOSTAS MODIFICADAS Em junho, ao falar sobre mudanças que pretendia fazer na máquina pública, Marcelo Freixo prometia “reestruturar o organograma das secretarias para otimizar o uso dos recursos públicos”. Na proposta vigente no segundo turno, faz um adendo e diz que a reestruturação servirá para “reduzir o número de pastas e cargos”, ou seja, Freixo assumiu sua intenção de enxugar a máquina pública e aponta como o fará. A campanha diz que a modificação foi feita “para deixar mais claro o que queria dizer. “Estávamos sendo injustamente acusados de querer aumentar sem critério o tamanho da máquina pública” Na primeira versão de seu plano de governo, o candidato do PSOL afirmava ainda que realizaria concursos públicos para recompor os quadros de servidores em hospitais. Em suas palavras, isso ocorreria “em gradual substituição dos trabalhadores terceirizados”. Na segunda versão do texto, no entanto, não se fala em substituição de terceirizados por concursados. O documento promete “medidas para o reaproveitamento dos trabalhadores terceirizados”. Em nota, a campanha defende que a “foi apenas uma mudança de redação para deixar mais claro que não pretendemos demitir os terceirizados”. Freixo também readaptou suas propostas sobre transportes. Na primeira versão enviada ao TSE, a ampliação do VLT era citada, mas sem afirmar em qual sentido. Na atual, destaca-se que o modal sairá do Centro pela Avenida Dom Helder Câmara, “passando pelos bairros da Leopoldina, Cachambi e Cascadura, com possibilidade de expansão até Bangu”. Sobre esta mudança, a campanha afirma que recebeu “novas contribuições sobre o tema” e que elas aprimoraram as propostas para a mobilidade urbana. O contrário aconteceu no que diz respeito ao metrô. Na primeira edição de seu programa de governo, Freixo prometia “a finalização da Linha 2 até a Praça XV e a conclusão da Linha 1 com a ligação Gávea-Uruguai”. Na versão mais recente, a única ligação prioritária é a Estácio-Carioca. Em nota, a campanha afirma que mudou “após ouvir mais especialistas” e que “essa seria a mudança mais importante a ser realizada no primeiro momento”. Freixo ainda retirou de seu programa o uso da “energia maremotriz” como uma alternativa energética e o objetivo de universalizar o atendimento de creches e educação integral. Também deixou de dizer que vai “instituir um Plano Municipal de Saneamento”, passando a afirmar que revisaria o atual. Sobre estas mudanças, a campanha diz que essas alterações foram feitas após indicações de especialistas. PROPOSTAS ADICIONADAS Nas mudanças realizadas, o candidato também incluiu propostas novas. Ao total, são 51, e algumas delas são fruto de questionamentos que sua campanha enfrentou. Depois de ter sido criticado por seu adversário, Marcelo Crivella (PRB), que afirmou que Freixo aumentaria o IPTU, o novo programa de Freixo trouxe uma nova sugestão para reforma tributária. O candidato afirma agora que a mudança será “baseada na proporcionalidade e na progressividade da cobrança de impostos, que objetive garantir equidade na taxação, reduzir as desigualdades sociais, promover a distribuição de renda e assegurar o cumprimento da função social da propriedade”. Sobre esta adição, a campanha afirma que aconteceu “porque foi uma lacuna que reconhecemos que precisava ser preenchida”. O acirramento no debate entre taxistas e motoristas do Uber também teve desdobramentos no programa de Freixo. Pelo menos oito novas proposições foram feitas sobre o tema. Entre elas estão: a reorganização das licenças de táxis, criação de um aplicativo público para os taxistas, colocação de um chip nos táxis para evitar a pirataria, unificação das vistorias em um só lugar para táxis, garantia de linha de crédito aos taxistas para troca de veículo e regulamentação dos serviços de carona compartilhada com taxação do serviço por quilômetro rodado. A campanha diz que “o tema se tornou uma polêmica de grande repercussão ao longo do período eleitoral e achamos necessário nos posicionarmos no programa para deixar clara nossa visão”. Freixo também incluiu um plano de carreira para os garis com regime estatutário e instalação de rede de internet sem fio nas escolas. Nada disso constava no primeiro documento. *Parte desta reportagem foi publicada na edição de 27 de outubro de 2016 do jornal Folha de S.Paulo.
https://piaui.folha.uol.…16/10/freixo.jpg
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['RAPHAEL KAPA']
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['ELEIÇÕES 2016', 'MARCELO FREIXO', 'PREFEITURA', 'PROGRAMA DE GOVERNO', 'PSOL', 'RIO DE JANEIRO']
2021-05-15
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/26/freixo-sabatina-o-globo/
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Freixo erra ao falar de arrecadação, educação e manifestações
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2016-10-26
Na manhã de terça-feira (25), em sabatina realizada pelo jornal O Globo, o candidato do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, falou sobre a arrecadação municipal, os indicadores da educação, a relação que pretende ter com a Câmara de Vereadores se for eleito e sua posição pública sobre as manifestações de 2013. Confira abaixo, os erros e acertos encontrados pela Lupa no discurso dele. Durante os 90 minutos da sabatina, Freixo criticou com veemência uma das inserções de TV apresentadas recentemente pela campanha de Marcelo Crivella (PRB). Queixou-se de que seu oponente no segundo turno exibe imagens violentas gravadas durante os protestos de 2013 e, em seguida, uma fala daquele ano em que ele (Freixo) afirma que não é “juiz para dizer que movimento é correto ou não é”. “(A minha fala que Crivella exibe na TV) Tinha a ver com uma passeata de professores” A declaração dada por Freixo e recuperada por Crivella em sua propaganda eleitoral (a partir dos 15 segundos) ocorreu no dia 10 de setembro de 2013, quando o deputado do PSOL deixava o plenário da Assembleia Legislativa. Freixo tinha acabado de votar contra a aprovação do projeto de lei que proibiu o uso de máscaras em manifestações e foi interpelado por repórteres para comentar a atuação dos black blocs. A entrevista completa está disponível no Youtube (a partir de 2min09seg) e tem cerca de 3 minutos de duração. Nela, nem os entrevistadores nem o hoje candidato a prefeito do Rio citam os professores ou os protestos que a classe fez naquele ano. Procurada para comentar o assunto, a campanha de Freixo manteve sua versão. Em nota, o candidato reafirma que é “contrário a qualquer forma de violência, seja do Estado ou dos manifestantes”. Na sabatina, Freixo falou também sobre os impostos municipais: “O IPTU arrecada três vezes menos do que o ISS” Segundo a prestação de contas da Prefeitura (tabela na página 26), em 2015, a cidade arrecadou R$ 2,031 bilhões em IPTU. Em ISS, foram R$ 5,727 bilhões. Ainda no que diz respeito às contas da cidade, Freixo afirmou que: “A arrecadação do município hoje está em R$ 29 bilhões” De acordo com dados disponíveis no portal Rio Transparente, que reúne informações sobre a execução orçamentária da cidade, de 2012 a 2015, a arrecadação do Rio não chegou nenhuma vez à cifra citada por Freixo. No ano passado, que teve a maior arrecadação do segundo mandato do prefeito Eduardo Paes, foram R$ 26,3 bilhões. Até agora, em outubro de 2016, o valor parcial é de R$ 21 bilhões. A campanha informou, em nota, que o Projeto de Lei Orçamentária de 2017 prevê orçamento de R$ 29 bilhões e que, quando Freixo falou sobre arrecadação, se referia a isso. Mas o assunto contas públicas continuou: “Nos últimos 3 anos, a gente tem uma queda de receita (no município)” Os dados do portal da Transparência mostram o oposto. Em 2013, a receita total do Rio foi de R$ 21,7 bilhões. Em 2014, de R$ 23,9 bilhões. No ano passado, o valor subiu ainda mais. Chegou a R$ 26,3 bilhões. Vale destacar, no entanto, que as três cifras citadas acima ficaram abaixo das previsões feitas pela cidade para arrecadação de cada um desses anos. A campanha informou, em nota, que, ao falar desse assunto, Freixo se referia apenas às “receitas correntes”. Elas “caíram em 2014 e 2015 em termos reais, descontada a inflação, pelo IPCA-E”. Freixo foi questionado sobre seus projetos para esporte e reclamou: “A grande maioria das escolas não tem (quadra poliesportiva)” De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a cidade tem hoje 1.524 escolas. Em setembro, apenas 666 delas possuíam quadras. Isso significa que 56,3% não tinham essa instalação. Freixo prometeu ter uma “relação republicana” com a Câmara que tomará posse em 2017: “Vários partidos elegeram um ou dois vereadores. O próprio PMDB perdeu. Tem dez (vereadores). Nós temos seis. O DEM tem quatro” De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Câmara de Vereadores do Rio terá no ano que vem 51 vereadores de 19 partidos. Doze dessas siglas elegeram um ou dois nomes. A maior bancada será a do PMDB, com dez vereadores. Mas o partido perdeu oito cadeiras. O PSOL, de Freixo, realmente conseguiu eleger seis nomes, e o DEM, quatro. O candidato do PSOL criticou o ensino municipal, citando o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): “A educação piorou. A nota do Ideb do município do Rio de Janeiro voltou ao patamar de quatro anos” A avaliação do ensino fundamental, que é de responsabilidade das cidades, se divide em dois períodos: a dos anos iniciais (do 1º a 5º ano) e dos anos finais (do 6º ao 9º ano). Segundo dados do Ministério da Educação, o Ideb do Rio para os anos iniciais subiu entre 2011 e 2015. Foi de 5,4 para 5,6. Nos anos finais, a nota relativa ao ano passado é 0,1 menor do que a de 2011: 4,3 frente aos 4,4 registrados de quatro anos atrás. A campanha enviou à Lupa uma nota em que constam exatamente os dados acima. Seguindo no tema educação, Freixo falou sobre o projeto Escola sem Partido: “Eu penso o que o Janot pensa: que é inconstitucional” Em artigo publicado em junho no jornal Folha de S.Paulo, Freixo escreve que é radicalmente contra as propostas do movimento Escola Sem Partido. Diz que elas “são uma arapuca armada para pegar o senso comum”. No programa de governo que ele registrou no TSE, o candidato do PSOL mantém seu posicionamento. Promete “promover a autonomia pedagógica”. Mas, no que diz respeito à posição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre esse assunto, vale ressaltar que, na última sexta-feira, dia 21, Janot defendeu que é inconstitucional uma lei que, em Alagoas, proíbe professores de induzir opiniões político-partidárias, religiosas ou filosóficas no ensino estadual. Para Janot, a norma alagoana “afronta os princípios constitucionais de educação democrática e do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, assim como a liberdade de consciência dos estudantes”. Ainda sobre educação, Freixo apresentou dados sobre a chamada taxa de distorção, aquela que aponta a diferença entre a idade da criança e a série que ela cursa: “Do 1º ao 5º ano, é de 13%” Segundo o Ministério da Educação (MEC), a taxa de distorção nos anos iniciais do ensino municipal do Rio de Janeiro é realmente de 13,9%. E continuou: “Quando você vai do 6º ao 9º anos, a taxa de defasagem está em 33%” Ainda de acordo com dados do MEC, o índice de distorção neste segmento na cidade do Rio de Janeiro é de 27%, abaixo do total mencionado pelo candidato. (Com Marina Estarque) *A Agência Lupa mantém aberto um canal para contestações da campanha lupa@lupa.news ** Esta reportagem foi publicada pela edição impressa do jornal O Globo em 26 de outubro de 2016.
https://piaui.folha.uol.…eixo-O-Globo.png
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['CRISTINA TARDÁGUILA', 'RAPHAEL KAPA', 'JULIANA DAL PIVA', 'EQUIPE LUPA']
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['2º TURNO', 'ELEIÇÕES 2016', 'MARCELO FREIXO', 'O GLOBO', 'PREFEITURA', 'PSOL', 'RIO DE JANEIRO', 'SABATINA', 'SEGUNDO TURNO']
2021-05-15
['FALSO', 'VERDADEIRO', 'EXAGERADO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'EXAGERADO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/19/lupa-checa-ao-vivo-3o-debate-entre-trump-e-hillary/
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Verdades e mentiras de Trump e Hillary no último debate presidencial dos EUA
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2016-10-19
Seja quem for o novo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump ou a democrata Hillary Clinton, ele já terá mentido publicamente, pelo menos uma vez, para seu eleitorado e para o mundo. A Agência Lupa e outras dez plataformas de fact-checking se reuniram na noite da última quarta-feira (19) na redação do canal de televisão Unisivión em Miami para acompanhar de perto o último debate presidencial realizado entre Trump e Hillary. O confronto ocorreu na Universidade de Nevada, durante 90 minutos, e contou com graves erros de informação vindos de ambas as partes. Veja abaixo as mentiras e as verdades flagradas – ao vivo – pela equipe composta por 25 jornalistas-checadores: No primeiro bloco, Hillary Clinton falou sobre porte armas e afirmou que: “(Nos EUA) Temos 33 mil pessoas que morrem por armas a cada ano” Segundo os dados do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), ocorreram 32 mil mortes por armas nos EUA. Os dados são de 2010 e foram compilados pela Pew Research Center em 2013. É necessário ressaltar, no entanto, que a maioria dessas mortes (61%) são suicídios. Confira a checagem completa feita em espanhol no Detector de Mentiras. Ao falar sobre imigração, Donald Trump disse que: “Ela (Hillary) oferecerá anistia geral a todos os (imigrantes) ilegais e quer abrir as fronteiras” Entre as propostas de governo de Hillary Clinton sobre imigração, não há nenhuma menção à possibilidade de acabar com a segurança nas fronteiras ou com a atual legislação migratória. Em seu programa, Hillary propõe medidas para atenuar questões relativas aos imigrantes em seus primeiros cem dias de governo. Leia a checagem completa feita em espanhol no Detector de Mentiras. Donald Trump acusou sua adversária de ser a favor do aborto. Ao fazê-lo, afirmou que: “Ela (Hillary) apoia o aborto, inclusive no nono mês (de gestação)” O site de checagem americano Politifact.com, um dos mais respeitados dos EUA, já havia feito uma análise dos discursos de Hillary nos últimos 15 anos para verificar esta afirmação e acabou concluindo que é falsa. Nesse período, Hillary afirmou ser a favor de restrições ao aborto a partir da 28ª semana de gestação caso a saúde da mãe esteja em perigo. Além disso, também disse que a prática precisa ser “segura, legal e feita raramente”. Leia a checagem completa, em espanhol, no Detector de Mentiras. Hillary Clinton acusou seu adversário de tentar desmantelar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN): “Você (Trump) está disposto a (….) destruir a OTAN” Ainda que Trump tenha feito declarações polêmicas sobre esta aliança militar e que não tenha sido, em absoluto, um defensor da OTAN, não disse publicamente nenhuma vez durante esta campanha que pretende destruí-la. A aliança militar é para o republicano uma organização presa à Guerra Fria e que precisa passar por ajustes. Para Trump, os aliados devem aportar mais dinheiro ao grupo. Confira a checagem completa, em espanhol, no Detector de Mentiras. Trump criticou o trabalho da democrata enquanto ela esteve à frente do Departamento de Estado americano. “Quando você (Hillary) dirigiu o Departamento de Estado se perderam U$ 6 bilhões” Eric Trump, filho do candidato republicano, disse o mesmo durante entrevista concedida ao comentarista Sean Hannity da rede de TV Fox News. “Hillary, no Departamento de Estado perdeu US$6 bilhões. Isto é, se perderam, desapareceram no ar”. Eric se referia a um informe publicado em março de 2014 pelo Escritório do Inspetor Geral do Departamento de Estado, Steve Linick, com os resultados de uma investigação sobre contratações feitas em um período de seis anos, que coincide com a gestão de Hillary como Secretária de Estado. No relatório, consta que “ao longo dos últimos 6 anos (período em que Hillary comandava a pasta), a nossa auditoria constatou deficiências significativas na gestão de contratos e ordens de trabalho do Departamento, com um valor total superior a $ 6 bilhões”. O relatório deixa claro que não houve sumiço de verba, mas sim de documentos sobre contratos avaliados conjuntamente nesse total citado pela família Trump. Confira a checagem completa, em espanhol, no Detector de Mentiras aqui e aqui. Durante o debate, Hillary Clinton relembrou uma polêmica envolvendo seu adversário: “Donald usou trabalhadores sem documentação para construir o edifício Trump Tower. Pagou menos para os trabalhadores sem documentação e, quando eles se queixaram, basicamente disse o que dizem muitos patrões: se reclamar, será deportado” A afirmativa está baseada em uma reportagem da revista Time, publicada em agosto. Na época, Trump disse que não estava diretamente envolvido com a decisão, que “não se recordava” do ocorrido e que isso havia “acontecidos há muitos anos”. Mas, a reportagem da Time mostrou documentos indicando o contrário. Segundo os autos do processo revelados pela revista, incluindo testemunhos, Trump teve encontros com os trabalhadores envolvidos no projeto, participou da criação da empresa que faria o pagamento deles e até negociou as horas de trabalho. O advogado dos trabalhadores testemunhou que o representante legal de Trump chegou a ameaçar os funcionários em uma negociação salarial. A ameaça seria chamar a agência federal de imigração. Confira a checagem completa feita em espanhol no Detector de Mentiras. Donald Trump também atacou o governo do atual presidente dos EUA, Barack Obama: “O presidente Obama tem deportado milhões de pessoas. Nada sabe sobre isto e nada fala sobre isto. Mas, durante a administração de Obama, milhões de pessoas foram deportadas” Trump tem razão. Entre 2009 e 2014, período em que Obama esteve na presidência, foram deportadas 2,4 milhões de pessoas, segundo dados do Departamento de Segurança Nacional e um relatório do Instituto Pew, especializado na área. Confira a checagem completa feita em espanhol no Detector de Mentiras. Nota: A apuração das checagens é de responsabilidade do Detector de Mentiras, da Univisión.
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['CHECAGENS', 'DEBATE', 'DONALD TRUMP', 'ELEIÇÃO', 'ELEIÇÃO AMERICANA', 'ESTADOS UNIDOS', 'FACT-CHECKING', 'HILLARY CLINTON', 'UNIVISIÓN']
2021-05-15
['VERDADEIRO', 'FALSO', 'FALSO', 'FALSO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/18/lupa-checa-ao-vivo-o-debate-da-rede-tv-com-candidatos-a-prefeito-do-rio/
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Lupa checou ao vivo o debate da Rede TV com candidatos a prefeito do Rio
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2016-10-18
A Lupa acompanhou ao vivo na noite de terça-feira (18) o debate realizado pela Rede TV com os dois candidatos a prefeito do Rio de Janeiro no 2º turno. O encontro contou com a participação de Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL). MARCELO CRIVELLA (PRB) O candidato do PRB afirmou que : “O seu programa (de Freixo) fala em rever o valor dos imóveis” A única menção ao IPTU no programa de Marcelo Freixo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que o candidato pretende “Revisar o Plano Diretor do Rio de Janeiro para incluir as áreas agrícolas e rurais da cidade e isentá-las do pagamento de IPTU.” MARCELO FREIXO (PSOL) O candidato do PSOL disse que: “Crivella, o seu programa de governo tem 6 páginas” O programa do candidato do PRB, registrado no TSE, possui ao todo duas páginas a mais do que o mencionado. São oito páginas. Ao se defender de críticas sobre a diminuição do tempo dos professores em sala de aula, Marcelo Freixo (PSOL) falou: “Se trata de cumprir a lei. Os professores precisam do seu um terço de tempo de planejamento” De acordo com a lei 11.738, de julho de 2008, a jornada de trabalho de um professor deve ter “limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos”. No debate, o candidato Marcelo Crivella (PRB) enalteceu sua atuação como senador e afirmou: “Tenho mais de 400 proposições” De acordo com o portal do Senado Federal, Marcelo Crivella tem 469 proposições em sua trajetória na Casa. A maioria delas (242) são projetos de lei. O candidato Marcelo Crivella disse em suas considerações finais que: “Não tinha uma linha sobre a Guarda Municipal (no programa de Freixo) “ A proposta de governo de Marcelo Freixo (PSOL) possui ao menos seis propostas diferentes para a Guarda Municipal. Entre elas estão: “Promover a desmilitarização e a reestruturação da Guarda Municipal como órgão público, Organizar um controle externo efetivo da Guarda Municipal, Garantir um programa de assistência social e acompanhamento psicológico para os servidores da Guarda Municipal; Promover a reestruturação das técnicas de treinamento da Guarda Municipal, Valorizar os servidores da Guarda Municipal, garantindo um plano de cargos e salário digno, Regulamentar (mediante um ato normativo) o uso da força por agentes da Guarda Municipal, proibindo o uso de técnicas, equipamentos, armas e munições que provoquem risco injustificado.” Marcelo Freixo (PSOL) criticou as atuais concessões dos BRTs e afirmou: “Eu acho inconcebível a Transolímpica ter o pedágio mais caro do planeta” O atual pedágio da Transolímpica, como mostra o site da concessionária Via Rio, responsável pela mesma, é de R$ 5,90 para automóveis. Na BR-277/BR 376, no Sul do país, o pedágio para automóveis é de R$ 10,80. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também aponta que a tarifa média no Brasil é de R$ 5,11. Estas médias calculam também outros tipos de veículos cujas cobranças são superiores ao de automóveis. No estado do Rio a média geral é de R$ 12,93 e em São Paulo é de R$ 12,76. Ambas superiores ao valor pago na Transolímpica. Marcelo Freixo (PSOL) criticou a gestão atual da Saúde e disse que: “É um absurdo a Ilha do Governador não ter nenhuma maternidade” De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o bairro realmente não possui nenhuma maternidade. O candidato do PRB, Marcelo Crivella, comentou no debate as suas ideias para melhorar o transporte na cidade e afirmou: “A minha proposta é que o vale-transporte passe a ter validade por três horas e seja acoplado ao metrô.” A proposta 34 do programa de governo registrado por Crivella no TSE descreve: “Ampliar para 3 horas o prazo de utilização do Bilhete Único Carioca (hoje, esse prazo é de duas horas e meia) e estender seu uso para o Metrô Rio até o final de 2018.” (Com Marina Estarque)
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['RAPHAEL KAPA', 'PAULINE MENDEL', 'JULIANA DAL PIVA', 'EQUIPE LUPA']
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['2º TURNO', 'DEBATE', 'ELEIÇÕES 2016', 'MARCELO CRIVELLA', 'MARCELO FREIXO', 'PREFEITURA', 'REDE TV', 'RIO DE JANEIRO', 'SEGUNDO TURNO']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/18/checamos-o-discurso-do-presidente-michel-temer-em-sua-estreia-na-cupula-dos-brics/
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Os erros e os acertos de Michel Temer durante encontro da cúpula do Brics
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2016-10-18
No último fim de semana, o presidente da República, Michel Temer, esteve no estado indiano de Goa e participou da VIII Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No encontro, falou sobre desmatamento, inflação, financiamento estudantil e muito mais. Veja abaixo o resultado das checagens da Lupa. Na sessão plenária do encontro multilateral, o presidente Michel Temer deu destaque aos “resultados expressivos que o Brasil tem obtido na redução do desmatamento” De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde 2004 realmente houve uma queda expressiva no desmatamento da Amazônia Legal. No entanto, entre agosto de 2014 e julho de 2015 (último dado disponível), a curva voltou a subir. Desmatou-se 6.207 km², 24% a mais do que o observado no período imediatamente anterior. Ainda vale destacar que o dado mais recente consiste na maior taxa anual observada desde 2011, quando a destruição da Amazônia Legal foi de 6.418 km². Procurado, o Planalto informa que o desmatamento amazônico tem registrado queda se comparado o período entre 2004 e 2015. Em 2004, ocorreu a “instituição do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDam)“, destaca. Além disso, “em novembro de 2015, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou o relatório “OCDE – Avaliações de Desempenho Ambiental: Brasil 2015”, no qual menciona a redução do desmatamento no país. Ainda na sessão plenária, Temer afirmou que “já transcorreram dez anos desde que o Brics passou a ser mais do que sigla cunhada no mercado financeiro” Segundo informações do Itamaraty, a coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) – sem a África do Sul – iniciou de modo informal em 2006, durante uma reunião paralela à abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2007, o Brasil assumiu a organização de um novo encontro, ainda informal e à parte da Assembleia Geral, e verificou o interesse em organizar uma reunião específica dos chanceleres do então Bric. A primeira reunião formal do grupo aconteceu em 18 de maio de 2008, em Ecaterimburgo, na Rússia. Desde 2009, os chefes de estado e de governo do Bric se encontram anualmente. Nos últimos sete anos, ocorreram sete reuniões de cúpula, com a presença de todos os líderes do mecanismo. A África do Sul só passou a integrar o grupo em 2011, a partir da 3ª cúpula. Procurado, o Planalto informou que a “periodização mencionada pelo presidente da República faz referência ao início da coordenação do bloco (2006), composto na época por Brasil, Rússia, Índia e China.” Em entrevista concedida durante a cúpula, Temer disse o seguinte: “Nós (no Brasil) lançamos mais 70 ou 75 mil vagas para o financiamento universitário” Em 16 de junho, Temer e o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciaram a autorização de 75 mil novos contratos para estudantes junto ao Fies. Apesar disso, o número total de novos contratos liberados para serem firmados em 2016 é 20% menor frente à quantidade oferecida em 2015. No primeiro semestre deste ano, de acordo com o Ministério da Educação, foram criadas 147.407 “bolsas”. Com as novas 75 mil, o total do ano chega a 222.407. Em 2015, foram 278.040. Em 2014, o total foi muito maior, de 732.510. Procurado, o Palácio do Planalto informou que “a atual gestão encontrou o MEC sem recursos para novas vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre de 2016 e sem orçamento para o pagamento da taxa de administração dos agentes financeiros”. Destacou que “com o apoio do presidente Michel Temer, o MEC conseguiu aporte financeiro e anunciou, em junho, a criação de mais de 75 mil vagas para o Fies, além de melhorias no programa, como o aumento do requisito da renda familiar mensal bruta, por pessoa, que passou de 2,5 para até 3 salários mínimos”. Por fim, ressaltou que “a expansão permite que mais beneficiários de famílias que precisam do Fies possam ser atendidos dentro do programa de financiamento do governo federal”. Em encontro privado realizado ainda no estado indiano de Goa com os chefes de estado e de governo do Brics, o presidente afirmou que “a inflação (do Brasil) tem cedido e, em setembro passado, tivemos o menor índice para o mês desde 1998” O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, ficou em 0,08% em setembro, o menor valor para o mês desde 1998. Se observado o acumulado entre janeiro e setembro de 2016, a inflação chega a 5,51%, abaixo dos 7,64% observados no mesmo período em 2015. Vale ressaltar, no entanto, que o índice acumulado em 2016 é superior ao registrado de janeiro a setembro em pelo menos outros 10 anos, entre 2004 e 2014. No mesmo encontro, o presidente citou Gilberto Freyre e disse que, “em seu (livro) ‘Sobrados e Mucambos’, (o autor) descreveu o Brasil como se fôra ‘espécie de Goa’” A referência feita por Temer está correta. Na obra citada (páginas 748 e 749), Freyre escreveu que “não era só ecologicamente que o Brasil, oficialmente colonizado por europeus, se aproximara de tal modo do Oriente e, através de experiências e instrumentos de cultura do Oriente, se adaptara de tal modo ao trópico, a ponto de se haver tornado, sob vários aspectos de sua organização e de sua paisagem, área indecisa entre o Oriente e o Ocidente. Área que às vezes se diria destacada antes do Oriente que do Ocidente. Espécie de Goa portuguesa em ponto grande onde o Oriente se encontrasse com o Ocidente produzindo um tipo misto de português e de cultura como a surpreendida na Índia lusitana”. * Parte desta reportagem foi publicada na edição de 18 de outubro de 2016 do jornal Folha de S.Paulo. (Com Marina Estarque)
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['CRISTINA TARDÁGUILA', 'RAPHAEL KAPA', 'JULIANA DAL PIVA', 'EQUIPE LUPA']
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['BRICS', 'CÚPULA DO BRICS', 'DESMATAMENTO', 'EDUCACAO', 'GOA', 'INFLAÇÃO', 'MICHEL TEMER', 'PRESIDÊNCIA', 'PRESIDENTE']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/14/candidatos-de-mg-kalil/
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Ex-cartola e empresário, Kalil tenta surfar na onda antipolítica
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2016-10-14
**Por Lucas Ferraz Tentando surfar na onda antipolítica que já se mostrou bem-sucedida nas eleições municipais deste ano, o ex-dirigente do Atlético-MG Alexandre Kalil ((PHS) chega ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte imerso em pelo menos uma contradição. Se por um lado diz que não é um político tradicional, por outro sua biografia mostra diversas demonstrações de participação na política local. Seguindo a linha adotada pelo prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), Kalil faz duras críticas à classe política e se apresenta como um empresário – o que de fato é: “Não sou político, mas sou um gestor e gosto de ver meu povo alegre. Minha melhor recompensa era ver minha torcida alegre e, a partir do momento que acontecer alguma coisa, a torcida passa a ser o povo de BH”, declarou numa entrevista ao jornal “Estado de Minas” em março, quando já se apresentava como pré-candidato. Meses depois, em outra entrevista, voltou a condenar o modus operandi da política ao falar de suas intenções como aspirante a prefeito de Belo Horizonte: “Posso não ter experiência política e nem quero ter. Não sou candidato a político, sou candidato a prefeito de BH. Isso não tem nada a ver com política. (…) Não tenho que ter relação política, tenho que avisar ao governo federal que isso aqui existe, avisar ao governador que preciso de ajuda. O presidente da República tem de olhar para BH. Será que é política?”. Apesar das declarações de Kalil, seu envolvimento com a política é antigo. Ele se filiou ao PSDB em 2001 e permaneceu na legenda pelos doze anos seguintes. No período, foi um dos entusiastas e apoiadores do governo do tucano Aécio Neves em Minas Gerais (2003-10). Ao ser eleito presidente do Atlético, em 2008, Kalil também precisou fazer política para receber 67% dos votos dos conselheiros do clube. Nas eleições de 2010, Kalil fez campanha pelo sucessor de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB), que acabou eleito para comandar o estado. Num dos pontos altos da campanha, apareceu numa propaganda na TV ao lado de Zezé Perrella (PTB), então presidente do Cruzeiro e hoje senador, defendendo o nome de Anastasia para o governo mineiro. Em 2012, na disputa municipal em Belo Horizonte que reelegeu Márcio Lacerda (PSB), Alexandre Kalil, como diversos cartolas de times de futebol da capital mineira, endossou o então prefeito, destacando-o como “um dos maiores líderes políticos do país”. No evento, Kalil usava um adesivo de Lacerda no peito. No ano seguinte, com o apoio do prefeito reeleito e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Kalil trocou de partido, incorporando-se aos quadros do PSB. A entrada na sigla abriu caminho para que ele tentasse uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2014. Mas a morte de Campos em um acidente aéreo, em agosto daquele ano, levou Kalil a desistir da candidatura. Uma semana depois do desastre em Santos (SP), ele convocou uma entrevista para anunciar que desistia da disputa: “Estou livre desta merda de política. (…) Quero dizer que isso me dá um alívio grande, isso me tranquiliza. Eu não nasci para ser político. Nasci para ser presidente do Atlético”, afirmou na ocasião. Naquelas eleições, Alexandre Kalil acabou apoiando a candidatura derrotada de Aécio Neves à Presidência, assim como os candidatos do PSDB em Minas Gerais, Pimenta da Veiga, também derrotado para o governo estadual, e Antonio Anastasia, que se elegeu senador. Kalil se desfiliou do PSB ainda em 2014, entrando no PHS em março deste ano. Ao assinar sua filiação, disse que o fazia porque “não dói e é de graça”. Agora, durante a campanha em Belo Horizonte, faz questão de ressaltar que seu adversário, João Leite (PSDB), é um homem de Aécio. “Só estou avisando à população para ela saber que quem vai mandar é o Aécio. Como sempre mandou no PSDB. É um comunicado, vai que eles votam achando que estão votando no João Leite. É só um comunicado”, disse em entrevista. A Lupa procurou a campanha de Kalil para que ela comentasse o teor desta reportagem, mas não obteve retorno até o momento. * Parte desta reportagem foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na edição de 14 de outubro de 2016.
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['EQUIPE LUPA']
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['2º TURNO', 'ALEXANDRE KALIL', 'BELO HORIZONTE', 'ELEIÇÕES 2016', 'PHS', 'PREFEITURA', 'SEGUNDO TURNO']
2021-05-15
['CONTRADITÓRIO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/14/candidatos-de-mg-leite/
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João Leite: da comissão de direitos humanos à polêmica com homossexuais
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2016-10-14
**Por Lucas Ferraz Líder na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, o deputado estadual João Leite (PSDB) tenta pela terceira vez administrar sua cidade. Agora, no entanto, adota um discurso conservador que contrasta – e muito – com a atuação parlamentar e política que mostrou anos atrás. Filiado ao PSDB, o ex-goleiro do Atlético-MG notabilizou-se na década de 1990 como defensor dos direitos humanos. Entre 1996 e 2000, chegou a presidir a comissão que foi criada no Legislativo mineiro exclusivamente para debater o assunto. Depois, no entanto, assumiu um discurso mais conservador e hoje é tido como um dos mais destacados políticos da bancada evangélica de Minas Gerais. Em março de 2011, Leite foi abertamente criticado por uma fala que fez na Assembleia Legislativa. Ao fazer um aparte no discurso do deputado estadual Vanderlei Miranda (PMDB), endossou as críticas ao chamado “kit gay”, pensado para combater a homofobia em escolas: “Esse é um tema que não me agrada discutir. (…) Quero criar meu filho para se casar com uma mulher. Quero criar minhas filhas para se casarem com um homem. É meu direito. Direito fundamental. Está na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Está na nossa Constituição. Também é nosso direito ter a nossa fé, que tem um livro, a Bíblia, que combate o homossexualismo. Rasgamos a Bíblia? Rasgamos a nossa fé? É nosso direito ter a nossa fé”. Num debate realizado pela TV Globo antes do primeiro turno deste ano, Leite foi questionado sobre o discurso e, constrangido, mudou o tom: “Quero dizer que tenho as minhas convicções pessoais e não abro mão delas. A minha vida inteira eu as defendi e vivi dessa maneira. Eu, como o papa, penso que todas as pessoas têm o direito de ser o que elas quiserem. (…) As minorias, LGBT, todos eles terão amparo. Serei prefeito de toda a população, sem discriminação, sem preconceito. É muito fácil pinçar de uma declaração, ou sentença, uma frase e tentar fazer que as pessoas pensem algo contrário. Penso como o papa, amo todas as pessoas”. Há outras declarações de campanha também contrastam com a atuação de Leite no passado. Em 1999, quando presidia a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, ele pediu a exclusão do grupo de um colega, o também deputado Washington Rodrigues (PDT), conhecido como Sargento Rodrigues. Ex-PM, Rodrigues respondia a várias acusações por violências e abusos de autoridade quando comandava a Rotam da Polícia Militar entre as décadas de 1980 e 90. Segundo João Leite, por causa de seu “currículo como policial”, ele jamais poderia fazer parte de um grupo dedicado aos direitos humanos. Na campanha deste ano, no entanto, seu discurso partiu em direção diferente, buscando apoio dos PMs. “Segurança pública é presença policial nas ruas, é farda, é distintivo, é isso que dá uma sentimento de segurança na população e inibe a ocorrência criminal”, disse numa sabatina ao jornal mineiro “O Tempo” (9m18s). A relação com o PT também mudou com o passar dos anos. Fez parte da primeira administração do PT em Belo Horizonte, com Patrus Ananias. Foi secretário de Esportes até 1994, quando se elegeu deputado estadual. Desde então mantém-se na Assembleia Legislativa. Em 2000, fez sua primeira campanha à prefeitura e numa entrevista concedida na época afirmou que era mais ligado ao PT do que ao PSDB. Em 2004, João Leite lançou-se novamente à prefeitura, desta vez pelo PSB, sem sucesso. Dois anos depois, quando retornou ao PSDB e foi eleito para mais um mandato na Assembleia Legislativa, o político deu uma guinada. A partir de então, tornou-se um entusiasta das pautas conservadoras e crítico ferrenho dos governos petistas. “O PT se desdobra para atacar os governos anteriores, do PSDB, mas o que eles têm que explicar é essa roubalheira toda”, afirmou ele em junho de 2015. A Lupa procurou a campanha do PSDB para que Leite comentasse o teor desta reportagem, mas não obteve retorno até o momento. * Parte desta reportagem foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na edição de 14 de outubro de 2016.
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['EQUIPE LUPA']
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['2º TURNO', 'BELO HORIZONTE', 'ELEIÇÕES 2016', 'JOÃO LEITE', 'PREFEITURA', 'PSDB', 'SEGUNDO TURNO']
2021-05-15
['CONTRADITÓRIO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/14/doria-exagera-tempo-na-fila-por-exames-e-se-contradiz-sobre-reducao-de-velocidades/
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Doria exagera tempo na fila de exames e se contradiz sobre velocidade nas Marginais
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2016-10-14
**Por Marina Estarque Em entrevista concedida ao jornal “Valor” na última terça-feira (11), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu a realização de exames médicos no período noturno da rede pública de saúde. Ao explicar a ideia, ele disse que é melhor ter “uma experiência noturna” do que: “…Esperar 18 meses (na fila)” Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, o tempo de espera médio para realização de exames de “apoio diagnóstico”, ou seja, mamografia, endoscopia digestiva e ultrassonografia, entre outros, foi, ao longo deste ano, de 3,6 meses. Procurado, o prefeito eleito manteve seus números. Disse que a informação vem “de várias fontes”, mas não as citá. Na mesma entrevista, Doria também disse que há quase meio milhão de paulistanos na fila de espera para realizar exames: “A fila tem quase 500 mil pessoas” De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em julho havia 417 mil pessoas nessa situação. Ainda no “Valor”, o prefeito eleito foi novamente questionado sobre a proposta de retomar a antiga velocidade nas Marginais e disse o seguinte: “A decisão está tomada e será cumprida. O que vamos fazer é rever (a elevação da velocidade) nos pontos onde há acidentes” No entanto, no programa que registrou no Tribunal Superior Eleitoral, Doria foi claro. Disse que implantaria “nas marginais os limites de velocidade estabelecidos pelo Código Nacional de Trânsito”. Sem brechas. Procurado, o prefeito eleito nega mudança em seu posicionamento. Reafirma, no entanto, que “em pontos especiais, sobretudo naqueles de conversão à direita, pode haver a manutenção do limite em 50km/h”. No “Valor”, Doria disse que vai construir outros hospitais: “O de Parelheiros está na fase final; e o da Brasilândia, na inicial. Vamos iniciar outros. Não podemos fazer afirmativa de quantos hospitais. Custa caro.” De acordo com o Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo, os dois hospitais estão em fase avançada de obras. Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, em 22 de agosto, o de Brasilândia está em superestruturação e vedação, e o de Parelheiros, em fase de acabamento interno, com 65% das obras executadas. Com R$ 110.917.771,80 de um total de R$ 172.790.204,26 do orçamento executado (64%), ele tem previsão de entrega ainda neste semestre. Apesar disso, em seu programa de governo, não há menção à construção de novos hospitais. * Parte desta reportagem foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na edição de 14 de outubro de 2016.
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['EQUIPE LUPA']
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['2º TURNO', 'ELEIÇÕES 2016', 'JOAO DORIA', 'PREFEITURA', 'PSDB', 'SÃO PAULO', 'SEGUNDO TURNO']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'CONTRADITÓRIO', 'DE OLHO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/11/ministerio-do-trabalho-erra-ao-falar-de-direito-a-ferias-em-outros-paises/
lupa
Ministério do Trabalho erra ao falar de direito a férias em outros países
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2016-10-11
No domingo (9), o Ministério do Trabalho postou em sua página de Facebook um vídeo em que informava o período de férias garantido por lei aos trabalhadores de nove países e o comparava com o que é assegurado pela CLT no Brasil. A publicação indicava, respectivamente, o tamanho das férias anuais em EUA, China, Japão, México, Turquia, Arábia Saudita, Rússia, Argentina e Suécia. A Lupa checou se as informações fornecidas pelo ministério no domingo correspondiam à legislação trabalhista desses países. Veja abaixo a parcial até o momento: Argentina Tempo informado pelo Ministério do Trabalho: 10 dias A quantidade de dias de férias depende do tempo que o trabalhador está empregado. Para quem está há até cinco anos numa mesma empresa, são 14 dias corridos. Entre cinco e dez anos, são 21 dias corridos. Os funcionários que têm entre 10 e 20 anos no emprego ganham direito a 28 dias corridos. Já os que possuem mais de 20 anos de empresa recebem 35 dias corridos de férias. Atualização às 18h15 da terça-feira (11): O Ministério do Trabalho publicou um segundo vídeo. Nele fala em 10 dias úteis de férias. Ignora-se o aumento progressivo dos dias de férias em relação ao tempo em que cada trabalhador passa em uma empresa. México Tempo informado pelo Ministério do Trabalho: 6 dias Segundo a Embaixada do México, os trabalhadores do setor privado são regidos pela Lei Federal do Trabalho e têm direito a 6 dias úteis de férias depois de cumprir um ano de trabalho. Depois o tamanho das férias cresce anualmente. Quem tem dois anos de empresa tem direito a oito dias úteis de férias. Quem tem três anos, 10 dias. Quem tem 4 anos, 12 dias. Já os servidores públicos mexicanos são regidos pela Lei Federal dos Servidores Públicos que prevê, após os primeiros 6 meses de trabalho, o direito a solicitar 2 períodos de férias anuais, de até 10 dias úteis cada um. Atualização às 18h15 da terça-feira (11): O Ministério do Trabalho publicou um segundo vídeo. Nele fala em 6 dias úteis. Ignora-se o aumento progressivo dos dias de férias em relação ao tempo em que cada trabalhador passa em uma empresa. Rússia Tempo informado pelo Ministério do Trabalho: 20 dias De acordo com informações da Embaixada Russa no Brasil, um trabalhador tem direito a 28 dias de férias assegurados por lei. Atualização às 18h15 da terça-feira (11): Na tarde da terça-feira (11), o ministério publicou uma segunda versão do vídeo. Nela, diz que as férias são de 20 dias úteis. Nesse caso, dependendo do calendário semanal, haveria possibilidade de o dado estar correto. Suécia Tempo informado pelo Ministério do Trabalho: 25 dias De acordo com a Embaixada da Suécia no Brasil, a Lei das Férias de 1978 indica que todos os trabalhadores suecos têm direito a férias com 25 dias úteis por ano. Alguns trabalhadores podem ter o direito de férias mais longas por convenções coletivas ou contratos individuais de trabalho. O Buzzfeed também percebeu distorções nas informações publicadas pelo Ministério do Trabalho em função de um estudo feito pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e que levava em consideração dias úteis e não dias corridos. O vídeo estava disponível até a noite de segunda-feira (10), mas foi substituído na página do ministério no Facebook no fim da tarde desta terça-feira (11). Junto a nova postagem foi informado que ” o vídeo possuía um erro na contagem de dias, úteis para países e corridos para o Brasil…a postagem não faz parte de nenhuma campanha especifica e não foi impulsionada, o objetivo era apenas informativo e de curiosidade. Nesta terça-feira (11), substituímos o vídeo por um com a contagem corrigida, usando como critério os dias úteis.” Nota: A Lupa procurou Embaixadas e Consulados de outros países, mas não conseguiu retorno até o momento.
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['CRISTINA TARDÁGUILA', 'RAPHAEL KAPA', 'JULIANA DAL PIVA']
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['ARGENTINA', 'DIAS', 'FÉRIAS', 'MÉXICO', 'MINISTÉRIO DO TRABALHO', 'RÚSSIA', 'SUÉCIA']
2021-05-15
['FALSO', 'EXAGERADO', 'FALSO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/07/doria-semana-1/
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Doria muda discurso sobre congelamento da tarifa de ônibus e futuro do Pacaembu
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2016-10-07
Por Marina Estarque Depois de ter sido eleito prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) concedeu entrevistas e acabou anunciando mudanças em algumas propostas que apresentou ao longo de sua campanha eleitoral. Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (3), o tucano afirmou, por exemplo, que só pode garantir o congelamento das tarifas de ônibus no primeiro ano de seu mandato, em 2017. “Eu preciso estar vivo também. Vamos devagar. Eu não posso responder por quatro anos. Posso responder por esse primeiro ano. Não vamos mexer na tarifa.” No dia 20 de setembro, durante evento de campanha na Zona Leste de São Paulo, o ainda candidato João Doria foi questionado sobre a a proposta de congelar o valor das tarifas de ônibus por quatro anos e firmou um compromisso: “Nós não vamos mexer nas tarifas, as tarifas serão mantidas nas condições em que se encontram no momento”. Esta fala foi registrada por pelo menos dois veículos de comunicação: a rádio CBN e o jornal O Estado de S.Paulo. Procurado, Doria informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que se compromete com o congelamento “em 2017, apenas”. Disse que “depois, vai depender da inflação”. O prefeito eleito de São Paulo também voltou a falar de seus planos para o Estádio do Pacaembu e afirmou que fará uma concessão, que o espaço não será vendido. “Será concessão, não será privatizado. Por um prazo determinado de dez a 15 anos. Continuará sendo estádio de futebol. Não teremos nenhuma outra atividade. Vamos preservar lá o Museu do Futebol” Nos últimos meses, o candidato disse, pelo menos duas vezes, que venderia o estádio de futebol. A informação foi publicada pelo jornal El País, em entrevista concedida em dezembro de 2015, e na Rádio Jovem Pan, em entrevista feita em abril de 2016. “Vamos começar vendendo o estádio do Pacaembu, o autódromo de Interlagos e o parque de convenções do Anhembi”. Em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo na quarta-feira (5), Doria também anunciou que todos os abrigos para moradores de rua terão ao menos um canil. “Vamos revisar totalmente esse programa. Fazer com que os abrigos tenham condições adequadas e tenham canil. Todos” A proposta, no entanto, não aparece no programa de governo que ele registrou junto ao Tribunal Superior Eleitoral. No documento, há apenas uma menção genérica ao acolhimento apenas de pessoas. Doria pretende: “promover a humanização e o resgate da cidadania com o emprego de equipes multidisciplinares de Agentes de Proteção Social presentes 24 horas nas ruas, ofertando alternativas qualificadas para o perfil e necessidade de cada indivíduo (profissionalização, atendimento médico, psicológico, resgate de vínculos familiares e outros).” Em outro ponto, o candidato afirma que vai oferecer “acolhida e proteção”. Diz que vai “promover cuidado integral, na acolhida e na proteção, buscando a recuperação da autoestima e estimulando o desenvolvimento das portas de saídas (qualificação profissional, valores pessoais, fomento à escolarização), com o apoio de bases móveis com profissionais das áreas da saúde, social, trabalho e cultura”. Procurado, Doria disse que não precisa se limitar ao plano e que pode fazer mais do que prometeu inicialmente.
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['ELEIÇÕES 2016', 'JOAO DORIA', 'PREFEITO', 'PSDB', 'SÃO PAULO']
2021-05-15
['CONTRADITÓRIO', 'CONTRADITÓRIO', 'DE OLHO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/06/diagnostico-do-governo-temer-em-xeque/
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Em xeque, diagnóstico de país produzido pelo governo Michel Temer
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2016-10-06
Na última quarta-feira (5), o governo federal publicou nos principais jornais do país um anúncio em que tratava da “grave situação das contas públicas”, do cenário encontrado pelo presidente Michel Temer ao assumir o comando da nação. Na publicidade, de fundo azul e letras grandes, o governo elencou 19 pontos que, em sua opinião, merecem a atenção por parte daqueles que querem “tirar o Brasil do vermelho” – num trocadilho com a cor do partido da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT. A Lupa separou no anúncio oito frases que eram passíveis de checagem e as avaliou. Confira aqui o diagnóstico que o governo publicou na Folha de S.Paulo e, abaixo, o resultado do trabalho de avaliação desses dados. “O gasto do Ministério da Educação subiu 285% acima da inflação entre 2004 e 2014…” A pedido da Lupa, o movimento Todos pela Educação fez os cálculos e chegou à conclusão de que o crescimento das despesas do MEC acima da inflação, no período citado, foi de 215,4%. Para fazer essa conta, a entidade utilizou como fonte de dados as prestações de informação da Presidência da República e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE). “…mas as notas dos estudantes no exame do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) praticamente não cresceram…” De acordo com dados do Ministério da Educação, desde 2005, o primeiro ano da série histórica do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, as notas dos estudantes brasileiros aumentaram em todos os segmentos avaliados. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a média nacional foi de 3,8 em 2005 para 5,5 em 2015, ultrapassando a meta de 5,2 traçada pelo próprio governo para aquele ano. Nos anos finais do ensino fundamental, a nota subiu de 3,5 para 4,5, no mesmo período. A meta nessa etapa era chegar a 4,7. Por fim, no ensino médio, o Ideb saiu de 3,4, em 2005, para 3,7, em 2015. Se observado apenas os indicadores das escolas públicas, também há melhora na pontuação. Ao analisar o Ideb por estado, os números mostram que há crescimento em todos os estados nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. No ensino médio, três unidades da federação apresentaram uma piora entre 2005 e 2015: Minas Gerais caiu de 3,8 para 3,7; Rio Grande do Sul foi de 3,7 para 3,6; e Sergipe saiu de 3,3. para 3,2. Todos os outros tiveram crescimento. “…Foram extintos 4,2 mil (cargos de confiança)…” Dados obtidos pelo jornal Extra por meio da Lei de Acesso à Informação revelam que, entre 1º de junho e 31 de julho, já na gestão do presidente Michel Temer, foram exoneradas 5.524 pessoas que ocupavam cargos comissionados no governo federal. No entanto, nesse mesmo período, outras 7.236 pessoas foram nomeadas. Por nota, o governo federal informou que “não há relação entre o corte anunciado e as nomeações publicadas. As nomeações são decorrentes do novo governo e dos ministros de Estado, que estão em fase de estruturação de suas novas equipes. O que ocorre, portanto, são substituições, ou seja, cada nomeação corresponde uma exoneração”. “Prejuízos bilionários na Petrobras: R$ 21,5 bilhões em 2014 e R$ 34,9 bilhões em 2015” Em 22 de abril de 2015, a Petrobras informou, na divulgação de seu balanço, que, no ano anterior (2014), havia tido um prejuízo de R$ 21,6 bilhões. Em abril de 2016, no informe sobre os resultados de 2015, a empresa revelou que tinha registrado um prejuízo líquido de R$ 34,8 bilhões no ano anterior. “Prejuízos bilionários na Eletrobras: R$ 6,2 bilhões em 2013, R$3 bilhões em 2014 e R$ 14,4 bilhões em 2015.” Em 28 de março de 2015, a Eletrobras apresentou balanço referente ao ano de 2014 e informou um prejuízo de R$ 3 bilhões. À época, a empresa informou ainda que o prejuízo foi 51% menor do que o apresentado em 2013 – que atingira R$ 6,1 bilhões . Em 31 de março de 2016, a Eletrobras admitiu no balanço divulgado que havia tido um novo resultado negativo, no total de R$ 14,4 bilhões no ano de 2015. “Refinaria Abreu e Lima: orçada em US$ 2,4 bilhões.” A Lupa localizou no site da Petrobras ao menos três esclarecimentos feitos pela empresa entre 2014 e 2015 sobre o custo da refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco. Nessas ocasiões, a empresa informou que : “a estimativa inicial de US$ 2,4 bilhões para a Refinaria Abreu e Lima se referia a um estudo preliminar, que nunca foi validado para execução e por isso não deve ser referência para evolução de custos”. Reiterou também que “o projeto básico aprovado em 2009 para execução tinha orçamento de US$ 13,4 bilhões.” Informações semelhantes foram prestadas pela empresa aqui e aqui. “(A ferrovia Transnordestina) … teve apenas 55% de execução até 2015…” O dado consta nos dois últimos balanços do Programa de Aceleração do Crescimento, o divulgado em fevereiro, ainda no governo Dilma Rousseff, e o que saiu em agosto, já na gestão Michel Temer. “… A obra (de transposição do rio São Francisco) ainda não está pronta” O último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento, divulgado em 30 de agosto, diz que a obra não está pronta, mas está “em ritmo acelerado, com a mobilização de mais de nove mil trabalhadores e três mil equipamentos, e com lotes de obras funcionando 24 horas por dia”. Em junho, ainda de acordo com o mesmo documento, o empreendimento “atingiu 88,4% de execução física, com andamento de 89,8% no Eixo Norte e 86,5% no Eixo Leste”. *Esta reportagem foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 6 de outubro de 2016.
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['CRISTINA TARDÁGUILA', 'RAPHAEL KAPA', 'JULIANA DAL PIVA']
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['ANÚNCIO', 'EDUCACAO', 'ELETROBRAS', 'GOVERNO FEDERAL', 'IDEB', 'MICHEL TEMER', 'PETROBRAS', 'RIO SÃO FRANCISCO', 'TRANSNORDESTINA']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'FALSO', 'DE OLHO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'DE OLHO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/01/doria-o-gestor-que-quer-ser-prefeito-mas-diz-que-nao-quer-ser-politico/
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Doria: o gestor que quer ser prefeito, mas nega ser político
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2016-10-01
Por Lucas Ferraz Em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, o candidato João Doria Jr. (PSDB) disputa a primeira eleição de sua vida fazendo força para ser visto como “um gestor e um empresário”. Isso, no entanto, não o tem impedido de repetir, ao longo da campanha, as velhas e conhecidas contradições do mundo político do qual tanto quer se distanciar. Apresentador de TV, publicitário e jornalista, Doria entrou na disputa pela administração da capital paulista com o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o principal fiador de sua candidatura. Mas o movimento acabou fragmentando o PSDB paulista. De um lado, ficaram os que seguiram firme, apoiando Doria e Alckmin. Do outro, estão aqueles que chegam a pregar voto contra eles. “Não sou político, volto a afirmar isso”, tem repetido Doria. “Sou um administrador, um gestor”. No último domingo (25), no debate da TV Record, não foi diferente. O candidato Major Olímpio (SD) questionou Doria sobre a aliança de 13 partidos que o lançou na corrida pela prefeitura. Citou as acusações de que o governador de São Paulo teria cedido secretarias e cargos a outros partidos com atuação na cidade em troca de apoio político a candidatura do empresário e, por fim, perguntou se o tucano achava que a prática havia sido “ética e moral”. Visivelmente irritado, Doria alçou a voz e pediu respeito aos políticos. Incluiu-se – quase que por um deslize – no grande clube do qual não pretende fazer parte: “Você, nesse momento, é nosso adversário aqui e é tratado com todo respeito…. Seja respeitoso com a classe política e com aqueles que lhe tratam com respeito. O governo de São Paulo lhe trata de forma respeitosa. Você deve tratar de forma respeitosa o governador e aqueles que lhe acolhem, inclusive o presidente de seu partido, Paulinho da Força [que integra a base do governo Alckmin]”. Por meio de sua assessoria de imprensa, Doria diz que está na política porque quer “trabalhar pela cidade com sua experiência de gestor”. Mas, na Record, ainda em torno das alianças de campanha, o tucano foi direto. Defendeu a coligação com unhas e dentes, repetindo um discurso visto e revisto em muitas outras partes do país: “(A coligação) É uma demonstração clara de ação republicana. Não de partilha. Não fizemos partilha de nenhuma natureza. Temos muito orgulho de ter composto um arco de alianças com 12 partidos, 13 com o PSDB. Nada foi feito de irregular. Ela é boa para a cidade”. Porém tramita na Justiça Eleitoral um pedido de abertura de investigação apresentado pelo Ministério Público por suposto abuso de poder de Alckmin. Ao se esforçar para ter Doria na disputa eleitoral do ano, teria oferecido cargos no governo. O curioso é que o MP se posicionou desta forma, tomando por base uma representação apresentada pelo senador tucano José Aníbal e pelo vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, que não anda nada contente com a dupla Doria-Alckmin. Essa espécie de fogo-ex-amigo chamou a atenção e para na imprensa. Há registros do caso tanto em O Estado de S. Paulo quanto na Folha de S. Paulo. Mas Doria, o candidato que não quer ser político, nega que haja um racha em sua sigla. Na sabatina do jornal El País/TV Brasil, foi enxuto, como muitos outros antes dele em situações semelhantes: “Não tem crise, não”. Acontece que Andrea Matarazzo, nome de força do PSDB de São Paulo, deixou a legenda recentemente chamando Doria de “piada pronta”. Filiou-se ao PSD e se tornou o vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB). O ex-governador e hoje ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB) chegou a declarar que “não sabia” nem que Doria era filiado a seu partido, apontando uma espécie de irrelevância política dele. No último dia 24, um terço dos membros da cúpula do PSDB de São Paulo abdicou dos cargos na executiva municipal, num boicote a Doria. E, por fim, está Goldman, que tem usado seu site para descrever o candidato tucano como um oportunista que não tem preparo para administrar São Paulo: “Quem é esse personagem que se apresenta como ‘o novo’ como se isso, por si só, fosse uma virtude? Vou mostrar que usa métodos velhos, que tem sido a marca de atuação de grande parte dos candidatos em nosso país, e o faço através de seu histórico público e privado e de suas declarações”. Prática comum entre os políticos tradicionais, Doria também tem inflado dados de sua biografia. Em seu site, apresenta-se como secretário de Turismo da Prefeitura de São Paulo entre os anos de 1983 e 1986. Mas a informação não é de todo precisa. Segundo Lei de Acesso à Informação obtida junto à prefeitura, o cargo só foi oficialmente criado na cidade de São Paulo há três anos. O tucano, na verdade, presidiu a São Paulo Turismo, que tinha funções e atribuições semelhantes. Questionado sobre essa informação, Doria manteve-se firme. Diz que, sim, foi secretário de Turismo da cidade de São Paulo. Confira a nota completa.
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['ELEIÇÕES 2016', 'JOAO DORIA', 'PERFIL', 'PREFEITURA', 'PSDB', 'SÃO PAULO']
2021-05-15
['DE OLHO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2016/10/01/russomanno-devolve-r-40-mil-r50-mil-por-mes-de-cota-parlamentar/
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Russomanno devolve ‘R$ 40 mil, R$50 mil por mês’ de cota parlamentar?
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2016-10-01
Por Lucas Ferraz Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) se apresenta como um político que trata o dinheiro público “com carinho”. No mês passado, durante sabatina na rádio CBN, ele fez questão de ressaltar que, desde que chegou à Câmara dos Deputados, em meados da década de 1990, se esforça para economizar sua cota parlamentar, verba a que os deputados federais têm direito e que serve para ajudá-los a divulgar os feitos de seus mandatos. “Eu sempre devolvi e continuo devolvendo (a cota)”, disse Russomanno na rádio. “Devolvo (aos cofres públicos), em média, R$ 40 mil, R$ 50 mil por mês”. Mas o discurso do deputado-candidato não se sustenta quando confrontado com dados públicos obtidos pela Lupa por meio da Lei de Acesso à Informação. Segundo informações da própria Câmara dos Deputados, entre julho de 2009 – quando os deputados incluíram no benefício os gastos com telefonia, passagens aéreas e despesas com correspondências – e o mês de setembro deste ano, Russomanno deixou de gastar, por mês, bem menos do que sugeriu na entrevista à CBN. Entre julho e dezembro de 2009, segundo dados da Câmara, o saldo não utilizado por Russomanno em sua cota parlamentar foi de R$ 94.209,75. Isso dá uma média de R$ 15,7 mil por mês. Em 2010, a economia foi de R$ 178.341,37, numa média mensal de R$ 14,8 mil. No ano seguinte, em 2011, o saldo não utilizado pelo deputado foi de R$ 7.102,82. Isso fica bem longe da média mensal de R$ 40 mil ou R$ 50 mil que ele informa. Russomanno não teve mandato parlamentar em 2012, 2013 e 2014. No ano passado, voltou à Câmara e, ainda segundo dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, também não economizou mensalmente tanto quanto diz. Em 2015, o saldo não utilizado de sua cota parlamentar foi de R$ 232.210,34, o que dá uma média de R$ 19,3 mil por mês. Neste ano, até o mês de setembro, a economia foi de R$ 192.456,80, ou seja, aproximadamente R$ 21,3 mil por mês. Desde maio, quando já se apresentava como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Russomanno aborda esse tema sempre que pode. Chegou a escrever sobre o assunto em seu próprio site: “Todo deputado federal tem direito a uma verba de gabinete para sua estrutura administrativa. Geralmente, esta verba é utilizada em sua totalidade. Em meu caso, uso apenas o extremamente necessário. Desde meu primeiro mandato, já devolvi mais de um milhão de reais aos cofres públicos. Isso porque considero que dinheiro público é sagrado, pertence à população brasileira e não deve ser mal utilizado”. A cota de Russomanno, conforme tabela fixada para os deputados de São Paulo, é hoje de R$ 37.043,53 ao mês. Quando faz uso desse dinheiro, o deputado precisa levar as notas fiscais ao Congresso e solicitar reembolso. É importante frisar aqui esse ponto: o pagamento da cota parlamentar é feito por reembolso. Ou seja: Russomanno não teria como ter devolvido parte dessa verba. Na melhor das hipóteses, teria deixado de gastar o que tem direito. Ao ser questionado sobre o tema, o candidato do PRB ajustou o discurso. Embora tenha dito publicamente que, desde o início de seu mandato como deputado federal, nos idos de 1995, já devolveu “mais de R$ 1 milhão” ao cofres públicos, só apresentou à Lupa informações financeiras a partir do ano 2001. Veja a nota na íntegra. Russomano sustenta que, nesse período, economizou R$ 1.127.574,37, mas faz isso somando valores computados em períodos que tinham regras diferentes. De 2001 até junho de 2009, a verba indenizatória dos deputados não incluía gastos com passagens aéreas, telefonia e serviço postal. Esses gastos eram pagos e computados diretamente pela Câmara. Só a partir de julho de 2009, é que eles foram unificados e passaram a integrar a cota parlamentar. Misturar as duas formas de contabilidade pode gerar confusão. Por fim, a título de pura curiosidade, vale destacar que a Lupa ainda encontrou mais uma dissonância entre os cálculos apresentados por Russomanno e os dados públicos repassados à reportagem pela Câmara. O deputado-candidato diz que, na atual Legislatura, ou seja, entre fevereiro de 2015 e setembro de 2016, deixou de gastar R$ 399.881,57 de sua cota parlamentar. Os dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação mostram, entretanto, que o aperto de cinto foi maior. Russomanno teria economizado R$ 424.667,14. Nem a Câmara nem o candidato souberam explicar a diferença. Apesar de se apresentar publicamente como defensor da Ficha Limpa, há, no Congresso, registros de que Russomanno atuou para modificar a legislação. Na campanha eleitoral de 2012, quando também disputava a Prefeitura de São Paulo, um eleitor cobrou dele que se posicionasse publicamente sobre a Ficha Limpa, e o candidato não hesitou: “Eu votei para deixar a lei mais dura”. Mas os registros da Câmara mostram o contrário. Em maio de 2010, durante a tramitação da legislação no Congresso, Russomanno era filiado do PP e foi um dos 41 deputados que votaram na proposta apresentada pelo então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para retirar do projeto a parte que fixava o período em que um político se tornaria inelegível caso fosse condenado por compra de votos ou abuso de poder econômico. Se essa informação tivesse sido suprimida da lei, segundo a maioria parlamentar que votou contra a proposta de Cunha, a legislação se tornaria inconstitucional e poderia ser barrada no Supremo. Foi por isso que o movimento do qual Russomanno fez parte não prosperou. Promulgada em junho de 2010, a Lei da Ficha Limpa, barra a candidatura de pessoas que já tenham sido condenadas pela Justiça Eleitoral ou em órgãos colegiados, entre outros pontos. E Celso Russomanno já respondeu no Supremo Tribunal Federal por uma ação por peculato (desvio de dinheiro público), sendo acusado de pagar a funcionária de sua empresa privada com recursos da Câmara. Em agosto, foi absolvido, distanciando-se da Lei da Ficha Limpa. Procurado para comentar esse assunto, Russomanno não respondeu. Como diversos parlamentares, o hoje candidato pelo PRB também mudou de posição com relação ao processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República. Em setembro de 2015, antes que o caso começasse a tramitar na Câmara, o candidato do PRB assinou, ao lado de 300 deputados, uma carta de apoio a Dilma, chamada de “proba, honrada e dedicada”. Em abril, na sessão da Câmara que determinou a abertura do processo de impeachment contra ela, Russomanno votou em outra direção: “Pelo meu estado, pela família brasileira, pela minha família, meus filhos, a geração dos meus filhos e dos meus netos, eu voto sim pelo impeachment, senhor presidente”. Confrontado com essa aparente contradição, Russomanno também não quis falar. *Nota: Segundo a Câmara, o saldo não utilizado da (cota parlamentar) acumula-se ao longo do exercício financeiro, mas é vedada a acumulação de saldo de um exercício para o seguinte. Essa verba só pode ser utilizada para despesas de competência do respectivo exercício financeiro.
https://piaui.folha.uol.…/Russomanno1.jpg
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['CELSO RUSSOMANNO', 'COTA PARLAMENTAR', 'ELEIÇÕES 2016', 'PERFIL', 'PRB', 'PREFEITURA', 'SÃO PAULO']
2021-05-15
['EXAGERADO', 'CONTRADITÓRIO', 'CONTRADITÓRIO']
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A transformação da ‘dona Marta do PT’
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2016-10-01
Por Lucas Ferraz Candidata à Prefeitura de São Paulo pela quarta vez, a senadora Marta Suplicy vai estrear nas urnas pelo PMDB, seu novo partido, ostentando um discurso que contraria alguns dos pilares de sua carreira política. Prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004 pelo PT, sigla a qual esteve filiada por mais de 30 anos, Marta tenta voltar ao comando da maior cidade do Brasil mostrando uma imagem diferente da que o eleitor paulistano tinha dela. Em entrevista publicada no último dia 20 pelo jornal Folha de S.Paulo, Marta afirmou: “Eu nunca me coloquei como alguém de esquerda”. Em outubro de 2000, depois de vencer o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) no segundo turno daquela eleição municipal, Marta fez um discurso contundente e nele declarou: “Se trata de uma vitória de todas as forças políticas e sindicais, democráticas e progressistas contra o representante do conservadorismo de direita preconceituoso, autoritário e desonesto; o mesmo que, no passado, servia de sustentação para o regime militar e que continua, no presente, procurando preservar os privilégios de alguns”. Naquele pronunciamento, inegavelmente à esquerda, Marta ainda disse: “O PT sai destas eleições municipais fortalecido. Este PT mais maduro e responsável, defensor ferrenho do sistema democrático e do socialismo moderno. Sim, a dona Marta é do PT”. No primeiro dia de 2001, ao tomar posse como prefeita da capital paulista, ela voltou a fazer referências à esquerda. Em sua fala, deixou claro o direcionamento de sua administração e revelou como seria sua relação com os governos federal e estadual de São Paulo, à época sob o comando do PSDB. “Mesmo que a força que estrutura a nova administração (da cidade) esteja identificada com a oposição de centro-esquerda aos governos estadual e federal, procurarei, em todo o momento, fazer prevalecer a parceria e o diálogo”. Marta tem enfrentado críticas dos adversários por seu passado no PT. Deixou o partido em 2015, quando se filiou ao PMDB, e , desde então, caiu em contradição algumas vezes ao tentar explicar as razões de sua mudança (provocada, também, pelo fato de que o atual prefeito, Fernando Haddad, pretendia tentar a reeleição pelo PT). “Hoje, não tem um partido no Brasil que não esteja acusado de corrupção. No PMDB, vejo uma coisa diferente em relação ao PT. No PMDB, temos pessoas investigadas, não temos uma organização partidária, não é sistêmico. O PT organizou a corrupção”. Mas as investigações da Lava-Jato já mostram que paira sobre o PMDB as mesmas sombras que rondam o PT e o PP. Seu novo partido, assim como sua velha sigla, também é investigado pela suspeita de arrecadar propina de negócios da Petrobras e lavar dinheiro no exterior. Os principais caciques do partido que abrigou Marta já são alvos da investigação, bem como os caciques do PT. Estão na mira da operação o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e Edison Lobão, para citar alguns. Marta já afirmou também que optou pelo PMDB porque o partido é “estruturado, forte e que tem, no DNA, o combate à ditadura”. Ela ressaltou que, como senadora por São Paulo, precisaria estar em uma legenda grande. “Meus princípios, que continuam os mesmos, podem ser completamente exercidos no PMDB”. Em 2004, no entanto, quando se preparava para a campanha à reeleição em São Paulo (que acabou perdendo), ela mantinha uma relação bem diversa com o PMDB. Em sabatina no programa Roda Vida, da TV Cultura, explicou o motivo de não ter aceitado um vice peemeebista para disputar a corrida daquele ano em sua chapa: “Eu queria ter um vice que fosse de minha total confiança. Eu não poderia ter um vice do PMDB. Eu não teria confiança”. A hoje peemedebista também aparenta ter mudado de opinião sobre algumas políticas públicas que ganharam destaque no debate político-eleitoral deste ano. Em 2000, antes de assumir a prefeitura, Marta foi veemente ao descartar a ideia de repassar à iniciativa privada órgãos municipais como o Estádio do Pacaembu, o Anhembi e o Autódromo de Interlagos. À época, discutia-se a privatização como uma maneira de aprimorar as contas do município, sufocadas, sobretudo, pela dívida pública. “Não está em nossos planos a privatização. Isso era uma piada. Não causaria nenhum alívio na dívida de forma concreta”. Recentemente, ao falar à Folha de S.Paulo, Marta não descartou essa opção: “O Pacaembu é um monumento, não tem que ser privatizado em hipótese alguma. O Anhembi, eu acho que aí cabe uma concessão. O autódromo dá para estudar, tem rendimento”. Outra mudança de discurso relaciona-se aos programas municipais de atendimento a dependentes de crack, a chamada política de redução de danos. Durante sua gestão como prefeita de São Paulo, Marta apoiou a realização da 1ª Conferência Municipal de DST/AIDS, que teve como resultado a criação de uma comissão homônima ligada ao Conselho Municipal de Saúde. Dentre as várias políticas defendidas por sua equipe para evitar a disseminação da doença na cidade, estava a distribuição de seringas a usuários de drogas injetáveis (para que eles não terminassem compartilhando equipamento contaminado). Isso aparece em informativo elaborado pela prefeitura à época. Em 2008, em mais uma entrevista sobre o assunto, Marta afirmou ser a favor da política de redução de danos. Naquele tempo, debatia-se a existência de uma possível epidemia de AIDS na cidade. Mais tarde, em 2011, ainda senadora pelo PT, Marta saudou o lançamento do Plano de Ações contra o Crack e outras drogas (programa “Crack, É Possível Vencer!”), elaborado pelo Governo Federal e contrário à política de internação involuntária. Fixava sua posição histórica. Mas, agora, durante a campanha de 2016, Marta já anunciou que, se eleita, acabará com o “Braços Abertos”, programa que foi implementado pela prefeitura de Fernando Haddad e que é baseado no conceito da redução de danos, oferecendo reabilitação e reinserção social aos dependentes, com hospedagem, alimentação e trabalho, sem exigir deles a abstinência. Ainda na recente entrevista concedida à Folha, Marta, que é psicóloga de formação, falou sobre o assunto e seus projetos em torno dele: “O Braços Abertos tem que ser descontinuado. É um processo de convencimento para desintoxicação. Nós vamos trabalhar com a espiritualidade, com as organizações sociais, principalmente religiosas”. Na disputa deste ano, Marta também parece incomodada com a chamada “indústria das multas”. No horário eleitoral que foi ao ar no último dia 10 de setembro, tratou do assunto: “Serão 15 milhões de multas até o final do ano, um aumento de 500% em relação ao período em que fui prefeita. Mas eu vou acabar com a indústria da multa e retirar todos os radares pegadinha, ou seja, metade de todos os radares serão desativados nos primeiros seis meses de governo” Em maio de 2001, em plena gestão Marta, no entanto, as multas aplicadas por radares fotográficos chegaram a quadruplicar depois que a Companhia de Engenharia de Tráfego da época reduziu a margem de tolerância dos equipamentos. As máquinas que antes aplicavam multas aos veículos que ultrapassassem em 15 km/h a 20 km/h o limite de velocidade numa determinada via passaram a apontar a infração a partir dos 10km/h de excesso. A Folha chegou a escrever que a alteração não havia sido oficialmente divulgada pela gestão Marta e que acabou provocando uma elevação de 310% na quantidade de infrações detectadas pelos radares móveis. Vale ressaltar ainda que a proposta de redução de velocidade não consta no programa eleitoral que Marta registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O trecho que mais se aproxima do assunto sugere “fiscalização e melhora na sinalização nos polos geradores de trânsito”. A Lupa procurou a campanha de Marta Suplicy diversas vezes ao longo do último mês, pedindo que a candidata comentasse o material, mas não obteve retorno dela até a publicação desta reportagem.
https://piaui.folha.uol.…016/09/marta.jpg
null
[]
[]
['ELEIÇÕES 2016', 'MARTA SUPLICY', 'PERFIL', 'PMDB', 'PREFEITURA', 'PT', 'SÃO PAULO']
2021-05-15
['CONTRADITÓRIO', 'CONTRADITÓRIO', 'CONTRADITÓRIO', 'DE OLHO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/31/verificamos-pesquisa-shopee/
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#Verificamos: É golpe pesquisa de satisfação em nome da Shopee
null
2021-03-31
Circula por grupos de WhatsApp uma suposta pesquisa do programa de fidelidade da Shopee, plataforma de comércio eletrônico. O usuário abre um link onde se lê a mensagem de que foi “escolhido” para participar e que, como prêmio, receberá um Galaxy S21. De acordo com a descrição, a empresa escolhe 30 participantes a cada quarta-feira para participar da oferta. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Parabéns! Hoje, 31 marcha, 2021, você foi escolhido para participar de nossa pesquisa. Você levará apenas um minuto e receberá um prêmio fantástico: um Galaxy S21! Cada Quarta feira nós escolhemos aleatoriamente 30 usuários para dar a eles a chance de ganhar prêmios incríveis. O prêmio de hoje é um Galaxy S21! Haverá 30 vencedores sortudos. Esta pesquisa visa melhorar a qualidade do atendimento aos nossos usuários e sua participação será recompensada 100% (…)” Conteúdo que circula em grupos de WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A plataforma de venda e compras on-line Shopee nunca premiou consumidores com um aparelho celular em troca de respostas a uma pesquisa de satisfação. Em nota enviada por meio do canal de atendimento, a empresa informou que não realizou esse tipo de pesquisa e que todas as ofertas estão disponíveis na página oficial. Trata-se, portanto, de um golpe de phishing, termo em inglês para uma prática criminosa que tem o objetivo de roubar informações sigilosas, como dados bancários e senhas de perfis em redes sociais. O primeiro indício de fraude está no endereço da página da pesquisa enganosa. Embora o link que vem sendo compartilhado em correntes do WhatsApp direcione para um site com as cores e a marca da Shopee, o endereço é diferente do original. Em vez do nome da empresa seguido do sufixo “.com.br”, o endereço da versão falsa é formado por letras aleatórias e do sufixo “.cn”. Outro indício são os erros de português. Em vez de “31 de março”, por exemplo, a data está escrita como “31 marcha”. Ao dar sequência à pesquisa, o usuário é direcionado para outra página onde constam instruções para compartilhar o link em pelo menos cinco grupos ou 20 usuários do WhatsApp. Esses contatos podem ser usados por criminosos para roubar informações ou pedir dinheiro. Prestar atenção em detalhes como o endereço do site e conferir os canais oficiais da marca citada são algumas das recomendações da Polícia Federal para evitar que internautas sejam vítimas de crimes cibernéticos. Na dúvida, não clique em links e não preencha dados como cartão de crédito e senha. No começo de março, outros quatro golpes similares circularam por grupos de WhatsApp e foram desmentidos pela Lupa.
https://piaui.folha.uol.…e-__destaque.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FRAUDE', 'GOLPE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PHISHING', 'PROMOÇÃO', 'SHOPEE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÕES DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/30/verificamos-corpos-sacos-plasticos/
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#Verificamos: Imagens de corpos em sacos plásticos são manequins usados em videoclipe de rapper russo
null
2021-03-30
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra diversos manequins em sacos plásticos dentro de um caminhão de lixo. Quando se olha atentamente, um deles se mexe e fuma um cigarro. Segundo a publicação, as imagens dos supostos ‘corpos’, na verdade, são um retrato da ‘fraudemia’ da Covid-19 – ou seja, os óbitos causados pela doença seriam uma farsa. A postagem diz ainda que o registro é uma tática da mídia para “gerar medo no povo”. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Preparando a cena terrível de mortos para gravar, só não esperavam um dos mortos da fraudemia estar fumando ? isso para gerar medo no povo” Texto que acompanha vídeo compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que circula nas redes sociais é um registro de uma das cenas do videoclipe Ever, do rapper russo Husky, filmado em Moscou. Nas cenas, são utilizados manequins em sacos plásticos, como explica uma reportagem publicada pelo canal russo REN TV. Além disso, a publicação original é de uma conta do TikTok que traz a seguinte legenda: “Gravando o vídeo Husky – Ever # Husky # rapper husky # backstage # como filmar # atirando # nos bastidores # recomendações # hotevrek # rivers # husky”. Um post no Facebook feito pelo meio de comunicação russo Mash, em 4 de setembro de 2020, mostra diversas imagens dos bastidores do videoclipe do rapper. Entre elas, a de um caminhão cheio de corpos em sacos plásticos, com os mesmos detalhes das imagens que estão circulando nas redes sociais, a exemplo do rapaz com a jaqueta colorida e boné azul (compare aqui e aqui), as janelas dos prédios (aqui e aqui) e o próprio caminhão (aqui e aqui). A reportagem do canal russo REN TV afirma que o videoclipe foi gravado no Instituto Regional de Pesquisas Clínicas de Moscou. O produtor do vídeo Mikhail Marizov explicou à reportagem que manequins foram usados no trabalho. Mas não deu detalhes da proposta. “Acho estúpido divulgar a ideia agora. Vocês verão a ideia quando o vídeo estrear”. O videoclipe estreou em 26 de setembro de 2020. O caminhão, cheio de corpos em sacos pretos, aparece no final do registro. Uma checagem similar feita pela AFP mostra que cenas desse videoclipe deram origem a outros boatos. Entre eles, a informação de que 200 corpos de vítimas da Covid-19 foram jogados em um caminhão de lixo na Rússia.
https://piaui.folha.uol.…ção-destaque.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FRAUDEMIA', 'NO WHATSAPP. VERIFICAMOSWHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'ÓBITOS POR COVID', 'PANDEMIA', 'RAPPER HUSKY', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/30/verificamos-protesto-pm-bahia/
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#Verificamos: É de 2015 vídeo que mostraria ‘protesto’ contra morte de PM na Bahia
null
2021-03-30
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra uma multidão de pessoas em marcha. Segundo a publicação, o registro foi feito durante os protestos que ocorreram na Bahia contra a morte de Wesley Soares Góes, soldado da Polícia Militar. O PM foi baleado após atirar contra agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no domingo (28), em Salvador (BA). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “PMS DE SALVADOR REVOLTADOS COM A MORTE DO SOLDADO PATRIOTA, INDO EM DIREÇÃO AO PALÁCIO DO DITADOR COMUNISTA RUI COSTA” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 13h de 30 de março de 2021, tinha mais de 7,4 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que circula nas redes sociais foi publicado em 6 de setembro de 2015, no canal do YouTube Hospício 1910. O registro, na verdade, mostra torcedores do Corinthians em marcha rumo ao clássico contra o Palmeiras, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol 2015. O jogo naquele dia terminou empatado, em 3 a 3. Portanto, o vídeo não tem nenhuma relação com o caso do soldado da Polícia Militar Wesley Soares Góes. Segundo o Bope, o PM foi morto por agentes do batalhão após disparar contra os policiais que cercavam a área do Farol da Barra, em Salvador. O soldado chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos. A notícia da morte do PM vem sendo usada para atacar as medidas de confinamento adotadas pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT). Devido ao fato, houve uma manifestação na segunda-feira (29), pedindo justiça pela morte do policial. Entretanto, fotos mostram que o protesto reuniu um grupo pequeno de pessoas, ao contrário do vídeo que circula nas redes sociais. O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, durante coletiva de imprensa, explicou que Góes dirigiu-se ao Farol da Barra, em Salvador, aparentando um quadro de “surto psicótico” e, por volta das 14h, começou a atirar com um fuzil, primeiramente para o alto e, no final da tarde, contra a própria tropa da Polícia Militar presente no local. “A situação não permitia, inclusive pela distância, a utilização de uma pistola de condicionamento. A tropa estava sendo atacada com uma arma de guerra, um fuzil. Efetivamente, é um potencial de letalidade grande. As ações foram desencadeadas com o objetivo de retirá-lo do enfrentamento”, diz. Checagem similar foi feita por Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…-pm-destaque.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'BAHIA', 'BOPE', 'CANAL HOSPÍCIO 1910', 'CORINTHIANS', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MORTE DE PM', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PALMEIRAS', 'PM WESLEY SOARES GÓES', 'PROTESTOS NA BAHIA', 'RUI COSTA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/29/verificamos-sergipe-decreto-confiscar-bens/
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#Verificamos: É falso que governo de Sergipe publicou decreto para confiscar bens da população
null
2021-03-29
Circula por grupos de WhatsApp a informação de que em Sergipe um decreto requisitou bens móveis e imóveis privados da população, além de serviços de propriedade particular. A publicação, acompanhada do link do decreto, sugere que essa decisão implicará a perda do direito de propriedade de imóveis e que a culpa seria das pessoas que apoiam a “esquerda” e o “lockdown”. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “EM SERGIPE O DECRETO JÁ PARTIU PARA cima de bens móveis e imóveis, e serviços de propriedade privada/particular….ACORDA POVO https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=411602 – Aí ??pra quem apoia a Esquerda e o Lockdown. Vai ficar sem os Imóveis! ?” Conteúdo que circula em grupos de WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O governo de Sergipe não irá confiscar imóveis ou outros bens da população, como sugere a corrente de WhatsApp. O conteúdo faz uma interpretação equivocada de um artigo do Decreto nº 40.798, publicado em 25 de março pelo governador Belivaldo Chagas (PSD). Esse decreto apenas renova por mais seis meses o estado de calamidade pública no estado, declarado pela primeira vez em 8 de abril de 2020 em razão da pandemia da Covid-19 — e não delibera sobre novas medidas para apreender bens privados. O artigo 3º do documento prevê que o poder público pode “requisitar bens móveis e imóveis privados, serviços pessoais e utilização temporária de propriedade particular, desde que sejam estrita e efetivamente necessários a minorar o grave e iminente perigo público, observadas as demais formalidades legais”. Isso não quer dizer, no entanto, que o governo passará a tomar os bens da população. Na verdade, afirma que, em casos de perigo público ou num cenário de calamidade, a requisição desses bens é prevista. Esse direito consta na Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXV): “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.” Esse artigo também repete um trecho da Lei Federal nº 13.979, de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública em decorrência do novo coronavírus. De autoria do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aprovada pelo Congresso, essa norma estabelece, entre outros pontos, a “requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa”. Em nota publicada nas redes sociais, o governo do Sergipe classificou o conteúdo como “fake news”. Segundo o texto, a previsão de requisição administrativa, em cenários de calamidade, “é mera repetição do previsto na Constituição Federal e no Art. 3, VII da Lei 13.979/20 (combate ao coronavírus), lei essa de iniciativa do presidente Jair Bolsonaro e aprovada pelo Congresso Nacional. Nem velha, nem nova, só repetição. O Decreto de Calamidade Pública em vigor é de abril de 2020, sendo apenas renovado.” Esse conteúdo também foi verificado pelo Fato ou Fake.
https://piaui.folha.uol.…pe_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CHECAGEM', 'CONFISCO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DECRETO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'SERGIPE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/29/verificamos-obitos-covid-sp/
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#Verificamos: Redução no número de óbitos por Covid-19 em SP ocorreu por causa de represamento de dados
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2021-03-29
Circula nas redes sociais a informação de que, com a obrigatoriedade do preenchimento de mais dados no sistema de notificação de casos de internação por Covid-19, a exemplo do CPF, o número de óbitos registrados em São Paulo “despencou”. A publicação sugere que os dados de mortes pelo novo coronavírus, portanto, seriam uma “farsa”, já que não haveria a obrigatoriedade de preencher o CPF do paciente no atestado de óbito. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “CPF CURA COVID EM SÃO PAULO Terça-feira: recorde de 1.021 mortes Quarta-feira: 281 mortes” Trecho de texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é exagerada. A redução no número de óbitos registrados ocorreu porque o Ministério da Saúde exigiu a inclusão de dados que antes não eram obrigatórios no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), onde é feita a notificação de casos de internação por Covid-19. Essa alteração foi feita sem a devida comunicação, segundo governos locais, o que atrasou o registro do número de óbitos, levando ao represamento de dados. A alteração do Ministério da Saúde passou a exigir a inclusão de informações como o CPF, o número do Cartão Nacional do SUS, e se o cidadão era de nacionalidade estrangeira. Devido às reclamações, o Ministério da Saúde publicou nota na quarta-feira (24) informando a suspensão da mudança no SIVEP-Gripe. São Paulo, por exemplo, registrou 281 óbitos na quarta-feira (24), contra 1.021 no dia anterior. Mas isso não quer dizer que houve uma queda brusca no número de óbitos ou que os dados divulgados diariamente seriam falsos. Outros estados, como Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina, também criticaram a mudança. Devido à alteração, os números divulgados na sexta-feira (26), que mostraram que o país registrou um recorde 3,6 mil óbitos por Covid-19, se deram em parte por causa do represamento de dados. Em outra checagem feita pela Lupa em agosto, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou, por e-mail, que todos os estados seguem os procedimentos definidos por uma nota técnica publicada pela pasta em maio de 2020 para registrar óbitos por Covid-19 no SUS. As mortes causadas pelo novo coronavírus só são incluídas nas estatísticas quando há confirmação laboratorial. Ou seja, casos e óbitos suspeitos não fazem parte dos números oficiais, exceto quando especificamente mencionados. O pesquisador em saúde pública Marcelo Gomes, do Programa de Comunicação Científica da Fiocruz, afirmou, por meio de sua conta no Twitter, que muitas vezes os profissionais de saúde não têm essas informações ao preencher o SIVEP-Gripe. E isso pode implicar em subnotificações. “Não, não é todo mundo que tem CPF. (…) CPF ao nascer é recente. A população anterior a essa mudança é enorme, e é justamente a mais afetada pela Covid-19”, diz. “O problema é a operação na ponta. A ideia é boa, mas uma mudança dessas no meio do caos atrapalha *muito*. A realidade é bem diferente do que se imagina como ‘normal’”, complementa. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) chegaram a publicar uma nota explicando que solicitaram ao Ministério da Saúde a retirada da obrigatoriedade das informações solicitadas pela pasta. “Isso viabilizaria um período de transição para adequação do registro destas informações nos serviços de saúde”. Na nota divulgada na quarta-feira (24) pelo Ministério da Saúde, a pasta explica que suspendeu a mudança no SIVEP-Gripe para atender a um pedido do Conass e do Conasems. “A alteração não tem relação com a notificação de óbitos. A medida foi realizada após solicitação do Conass e Conasems pela ausência de comunicado aos estados e municípios em tempo oportuno”, diz o texto. A pasta foi procurada para explicar se houve falta de comunicação às secretarias municipais e estaduais de Saúde sobre a alteração no SIVEP-Gripe. Não houve retorno. Em nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo informa que repudia a informação de que alterou ‘de propósito’ o número de óbitos por Covid-19 no estado. “Mesmo diante da ampla repercussão deste impacto em diferentes locais do Brasil (…) fica evidente que esta fake news tem caráter puramente ideológico, negacionista e desrespeitoso com os cidadãos que perderam pessoas queridas”, diz o texto. Checagem similar foi feita por Estadão Verifica.
https://piaui.folha.uol.…covid-cpf-sp.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CONASEMS', 'CONASS', 'COVID-19', 'CPF', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'ÓBITO POR COVID', 'PANDEMIA', 'SÃO PAULO', 'SIVEP-GRIPE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['EXAGERADO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/29/verificamos-nebulizacao-hidroxicloroquina/
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#Verificamos: Nebulização com hidroxicloroquina não é recomendada por entidades e especialistas para tratar Covid-19
null
2021-03-29
Circula pelo WhatsApp que a nebulização de hidroxicloroquina pode ser usada para curar pacientes com Covid-19. Esse tratamento foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante uma entrevista neste mês. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Hidroxicloroquin@ sendo aspirada na nebulização. A melhora é imediata! Q remédio é fantástico! Malditos todos os q impedem as pessoas de se curarem e as deixam sofrerem. A justiça divina é infalível!” Texto de imagem que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há estudos publicados em revistas científicas que provem que a nebulização de hidroxicloroquina auxilie no tratamento de pacientes com Covid-19. Além disso, pesquisas feitas com metodologia rigorosa (randomizadas, com duplo-cego e grupo controle) mostraram que a droga não funciona quando ingerida na forma de comprimido para tratar a doença. Entidades e especialistas alertam ainda que inalar comprimidos diluídos pode ser prejudicial ao organismo. Segundo a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, a inalação deste medicamento diluído com soro fisiológico é danosa ao sistema respiratório. A entidade explica que o comprimido tem em sua composição substâncias agressoras, como talco, que podem causar broncoespasmo e provocar uma reação inflamatória nos pulmões. “Essa inflamação aguda se somando à inflamação pulmonar pela infecção viral tem o potencial de agravar o quadro”, diz o alerta emitido pelo órgão. “Em nenhuma diretriz para tratamento de nenhuma doença é recomendado o uso de comprimidos por via inalatória. O acúmulo desse material pode, inclusive, causar consequências a longo prazo, como insuficiência respiratória crônica.” O Conselho Federal de Farmácia também afirma que a nebulização de hidroxicloroquina é totalmente contraindicada. A entidade explica que a inalação pode gerar um risco ainda maior para a saúde do que a ingestão da substância, que não tem nenhum efeito na prevenção ou na cura da doença. Assim como a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, o conselho destaca que o comprimido tem outros componentes que podem agredir o pulmão quando inalados. “O comprimido contém hidroxicloroquina, mas também traz outras substâncias que são usadas para garantir que ele tenha a forma e a consistência adequadas e que, uma vez ingerido, se dissolva no trato digestivo no tempo certo para garantir o efeito desejado. Ao ser dissolvido para ser inalado, terá partículas de tamanho incompatível para absorção pelos pulmões, podendo se alojar ali e causar infecções e outros problemas”, informa, em nota. Outro problema, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia, está na concentração maior no sangue causada pela inalação da hidroxicloroquina. Isso acaba aumentando os efeitos do remédio no organismo e também potencializa os eventos adversos. “A via inalatória garante uma maior concentração do fármaco na corrente sanguínea, em um tempo mais rápido”, destaca a entidade. “Entre os efeitos adversos provocados pela hidroxicloroquina estão as dores abdominais, diarreia, náusea e vômitos, lesão hepática aguda, miopatia, vertigem, reações extrapiramidais, convulsões (principalmente em pacientes com histórico prévio), taquicardia, prolongamento do intervalo QT [distúrbio no ritmo cardíaco], entre vários outros, sendo os cardiovasculares aqueles que mais suscitam preocupações.” Especialistas também não indicam o tratamento com nebulização. Por telefone, o professor Valdes Roberto Bollela, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, disse que desconhece qualquer tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina que seja feito pela inalação até mesmo no caso de outras doenças. Para tratar pacientes com lúpus, por exemplo, o medicamento é tomado pela via oral por meio de um comprimido. “Não há indicação para uso inalatório. Somente via oral. Usar comprimido para fazer inalação é errado e não está previsto na bula. Isto é uma invenção de quem tentou usar”, diz Bollela. De fato, a bula da hidroxicloroquina disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que esse medicamento só é comercializado como comprimido. Vale lembrar ainda que diversos estudos já mostraram que a hidroxicloroquina na sua forma de comprimido também não é capaz de curar pacientes infectados com o novo coronavírus. Em julho do ano passado, cientistas brasileiros publicaram um artigo no The New England Journal of Medicine mostrando que o remédio não trouxe qualquer benefício para pacientes leves ou moderados com Covid-19 — ou seja, a doença se desenvolveu da mesma forma para os que tomaram o medicamento e para os que receberam placebo. A droga foi administrada quatro dias depois de essas pessoas serem expostas ao vírus, de modo randomizado e com duplo-cego. Um estudo mais recente, publicado em novembro pela revista The Lancet, chegou à mesma conclusão. Pesquisadores do Qatar, do Reino Unido e da Austrália analisaram os efeitos da hidroxicloroquina em 456 participantes divididos em três grupos, com randomização e duplo-cego. Não houve diferença entre os resultados obtidos para cada um deles, mostrando que os remédios não trouxeram benefícios. Após essas e outras pesquisas mostrarem que a hidroxicloroquina não é eficaz para tratar Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a defender a nebulização com o medicamento. No Rio Grande do Sul, três pacientes com Covid-19 morreram após utilizarem esse tipo de tratamento. Atualmente, o Ministério Público do Rio Grande do Sul está investigando a conduta da médica responsável pelos casos. A Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia e o Conselho Federal de Farmácia alertam ainda para os riscos de pessoas contaminadas com a Covid-19 fazerem inalação. O procedimento tem potencial de contaminar todo o ambiente, por formar aerossóis que carregam partículas do novo coronavírus. Em março, a Lupa já desmentiu outros dois boatos recomendando a nebulização de outras substâncias que supostamente poderiam tratar pacientes com Covid-19. Foram elas: água sanitária com bicarbonato de sódio e água oxigenada com bicarbonato de sódio.
https://piaui.folha.uol.…021/03/hidro.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'HIDROXICLOROQUINA', 'INALAÇÃO', 'NEBULIZAÇÃO', 'NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/26/verificamos-brasil-zero-dengue/
lupa
#Verificamos: É falso que Brasil registrou zero caso de dengue este ano
null
2021-03-26
Circula nas redes sociais a informação de que, este ano, o Brasil não registrou casos de dengue. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Verão terminando, Outono chegando e uma coisa espetacularmente boa aconteceu, é o primeiro verão em 40 anos que não teve um caso sequer de dengue” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 26 de março de 2021, tinha mais de 1,2 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, entre 3 de janeiro e 13 de março deste ano, o país registrou 103.595 casos suspeitos de dengue. O Ministério da Saúde também confirmou ao menos 19 mortes por dengue este ano. Apesar do registro de mais de cem mil casos suspeitos de dengue, esse número representa uma redução de 74,3% em relação ao mesmo período de 2020. “Desde fevereiro de 2020, o Brasil enfrenta uma pandemia do covid-19 e, desde a confirmação dos primeiros casos, observou-se uma diminuição dos registros de casos prováveis e óbitos de dengue. Esta diminuição pode ser consequência de uma subnotificação ou atraso nas notificações das arboviroses associadas a mobilização das equipes de vigilância e assistência para o enfrentamento da pandemia e ao receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde”, explica o Ministério da Saúde. O informe técnico também mostra que foram registrados 7.778 casos prováveis de chikungunya e 448 infecções pelo zika vírus. Checagem similar foi feita por Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…/03/DENGUE17.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO', 'CHIKUNGUNYA', 'DENGUE', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'MORTES POR DENGUE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'ZIKA VÍRUS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/25/verificamos-fiocruz-vacina-brasileira/
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#Verificamos: É falso que Fiocruz desenvolveu vacina brasileira para Covid-19 em ‘sigilo’
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2021-03-25
Circula nas redes sociais a informação de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu uma vacina brasileira para a Covid-19 em “sigilo”, com o apoio de cientistas de Israel. Segundo o post, esse imunizante já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a previsão do governo é de entregar seis milhões de doses por semana. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “(…) Foi assinado e injetado bilhões na fundação [Fiocruz] para a produção da vacina brasileira contra a ‘peste chinesa’!” Trecho de texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Ao contrário do que o post afirma, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não desenvolveu nem está desenvolvendo uma vacina brasileira com o apoio de cientistas de Israel. Por WhatsApp, a assessoria do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) negou o boato. Neste momento, a Fiocruz produz, em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca, o imunizante para Covid-19 da Universidade de Oxford. O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas, mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser completamente internalizada e nacional. O anúncio do acordo foi feito em junho de 2020. Também em junho do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou que aceitava a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina da Oxford. O texto previa a compra de 30,4 milhões de doses, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz. O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca foi firmado em setembro do ano passado, o que garantia o acesso a 100,4 milhões de doses do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para o processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem) e controle de qualidade, ao mesmo tempo em que garante à Fiocruz a transferência total da tecnologia. Em fevereiro, a Fiocruz recebeu as primeiras remessas do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), importadas da China, para a produção de vacinas em solo brasileiro. A previsão da fundação é de entregar cerca de 6 milhões de doses por semana, até atingir o total de 100,4 milhões previstos no contrato com a AstraZeneca. “Única vacina brasileira realmente aprovada pela ANVISA (…)” Trecho de texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Até o presente momento, não há nenhum imunizante brasileiro para Covid-19 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial ou definitivo. Segundo a Anvisa, no momento, há três vacinas brasileiras sendo desenvolvidas: a do Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), cujos estudos estão em fase pré-clínica, quando são feitos testes em animais; a vacina Versamune-CoV-2FC, desenvolvida em parceria com a PDS Biotechnology, dos Estados Unidos, Farmacore Biotecnologia Ltda e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), que ainda está em análise na Anvisa para iniciar estudos no Brasil; e, por último, o imunizante UFRJ-Vac, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que também está em processo para iniciar estudos. Entre as vacinas que já receberam o registro, definitivo ou emergencial, estão a da Astrazeneca/Oxford, desenvolvida no Brasil com o apoio da Fiocruz, que teve seu registro definitivo aprovado em 12 de março. Em 23 de fevereiro, o órgão já tinha liberado o registro do imunizante da Pfizer. Anteriormente, em 17 de janeiro, a Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial das vacinas CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford. “Agora é tarde os petistas, esquerdistas e centro esquerdistas só agora estão sabendo inclusive do Maior Parque Industrial da América Latina (…) onde só entra quem estiver autorizado pelo General Hamilton Mourão. Fotos nem pensar”. Trecho de texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs) da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) ainda está em fase de construção. Quando ficar pronto, deverá ser a maior fábrica de vacinas e fármacos da América Latina. Além de ainda estar em construção, não há nenhum tipo de autorização de acesso exclusivo por parte do vice-presidente, Hamilton Mourão. Em janeiro deste ano, reportagem da Veja Rio mostrava o terreno onde ficará a unidade. O Ministério da Saúde e a Fiocruz lançaram, em fevereiro deste ano, o edital de licitação para construção do complexo. Os investidores interessados têm prazo de 120 dias para apresentarem suas propostas. Após a conclusão da licitação, com a homologação do vencedor e a assinatura do contrato, será dado início à construção no segundo semestre de 2021. O terreno do Complexo já conta com terraplenagem, estaqueamento dos prédios, construções dos blocos e cintas e compensação ambiental realizados com investimentos do Ministério da Saúde, assim como a aquisição dos principais equipamentos de produção. Segundo o edital, o complexo irá produzir vacinas e biofármacos que tratam doenças crônicas, raras, autoimunes e oncológicas, além de viabilizar a produção de novas vacinas, como a dupla viral (sarampo e rubéola). A fábrica de vacinas já havia sido anunciada pela Fiocruz em outubro de 2019. Ou seja, a informação de que a construção do complexo foi mantida em “sigilo” não procede. Para aumentar a capacidade de produção de vacinas, a entidade está construindo o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde num terreno de 580 mil m², localizado no Distrito Industrial de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. O custo total estimado é de R$ 3,4 bilhões. Checagem similar foi feita por Aos Fatos, Boatos.org, E-Farsas e Estadão Verifica.
https://piaui.folha.uol.…manguinhos-1.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ASTRAZENECA', 'BIO-MANGUINHOS', 'BOLSONARO', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FIOCRUZ', 'HAMILTON MOURÃO', 'JAIR BOLSONARO', 'MOURÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'OXFORD', 'PANDEMIA', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINA DE OXFORD', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/25/verificamos-inalacao-agua-sanitaria/
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#Verificamos: É falso que inalação de bicarbonato de sódio com água sanitária ajuda contra Covid-19
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2021-03-25
Circula pelo WhatsApp um vídeo indicando a inalação de uma mistura de água, água sanitária e bicarbonato de sódio para auxiliar pessoas infectadas com Covid-19 a respirar. O homem responsável pela gravação afirma que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também estaria recomendando uma mistura semelhante para inalação. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “O grande tchan da inalação é ajudar na respiração, que é o grande problema do Covid. Vou dizer aqui a receita rápida pra vocês (…) Aqui ó: 250 ml de água, muito simples. 250 ml de água filtrada ou mineral, que seja, você compra água. Duas gotas de Qboa, isso mesmo, Qboa, água sanitária. Mas são duas gotas apenas. Apenas duas gotas e uma colher rasa de café de bicarbonato de sódio. A Fiocruz tá fazendo isso com bicarbonato e com soro. O soro é bom, acaba elevando a pressão para quem faz com soro, então faça com água… Se vc tem covid você precisa fazer três vezes por dia” Vídeo que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A mistura de água, água sanitária e bicarbonato de sódio sinalizada no vídeo é perigosa para o organismo e não deve ser utilizada para tratar pacientes com Covid-19. O conselheiro federal do Conselho Federal de Química e superintendente do Conselho Regional de Química – CRQ IV (SP), Wagner Contrera, afirma que a água sanitária tem como principal ingrediente ativo o hipoclorito de sódio, que libera o gás cloro e pode causar sérias irritações nas vias respiratórias. Segundo o conselheiro, a água sanitária não pode ser inalada ou ingerida em nenhuma hipótese. Em agosto do ano passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) comunicou que o uso de produtos à base de cloro como tratamentos para a Covid-19 não era recomendado. A entidade pede que “as autoridades de saúde facilitem a notificação de eventos adversos relacionados a essas substâncias e emitam os alertas e ações regulatórias necessários, incluindo possíveis sanções, a fim de evitar a recorrência de tais eventos”. A mistura mencionada na gravação leva ainda bicarbonato de sódio e afirma que a Fiocruz estaria indicando o tratamento. Atualmente, a Universidade Federal do Acre (Ufac), em parceria com a Fiocruz, está desenvolvendo um estudo para avaliar a eficácia do uso de bicarbonato de sódio para tratar pacientes com Covid-19. Procurada, a coordenadora da pesquisa, Carolina Pontes, afirmou que o tratamento estudado não utiliza água sanitária em sua solução. O tratamento experimental contou com mais de 500 pacientes em diversas fases da Covid-19 e o resultado obtido está nas etapas finais de publicação. A Fiocruz também informou que não indica a inalação da mistura citada na gravação e classificou o vídeo como “fake news”. No ano passado, o então presidente americano, Donald Trump, disse que desinfetantes acabam com o vírus em um minuto e que uma injeção poderia auxiliar pessoas infectadas. Isso acarretou uma série de boatos sobre o uso de desinfetantes e água sanitária no tratamento de pessoas com Covid-19. Na época, empresas do setor de limpeza repudiaram a fala do presidente. Em Nova York, o número de casos de intoxicação por desinfetante aumentou depois de Trump fazer a afirmação, que não tem nenhum respaldo científico. No início de março, circulou no WhatsApp um vídeo em que um médico ensina uma receita também ineficaz à base de bicarbonato de sódio para prevenir e tratar a Covid-19. O autor afirma que a inalação de uma fórmula feita com água mineral, bicarbonato de sódio e água oxigenada é capaz de prevenir a doença. Essa receita, no entanto, não auxilia no tratamento de pacientes com Covid-19. Esta‌ ‌verificação ‌foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ÁGUA SANITÁRIA', 'BICARBONATO DE SÓDIO', 'BOATO', 'FAKE NEWS', 'INALAÇÃO', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO WHATSAPP', 'VERIFICAÇÕES DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/24/verificamos-pessoas-vacinadas-morrerao-tres-meses/
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#Verificamos: É falso que 30% das pessoas vacinadas contra a Covid-19 morrerão em três meses
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2021-03-24
Circula por grupos de WhatsApp a informação de que 30% das pessoas que tomaram a vacina contra a Covid-19 poderão morrer num prazo de três meses. A publicação é acompanhada de um link para o site Tierra Pura. Na página, o dado é atribuído a Sherri Tempenny, osteopata norte-americana, que fez comentários sobre o funcionamento das vacinas de RNA. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Este artigo confirma o que disse a professora Dolores Cahill, de Dublin, que estima que pelo menos 30% dos vacinados morrerão em poucos meses de tempestade de citocinas (algo como uma alergia a amendoim), uma vez que o corpo tenha sintetizado proteína spike em grandes quantidades !” Conteúdo que circula em grupos de WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há evidências científicas de que as vacinas contra a Covid-19 possam causar morte. A “tempestade de citocinas”, citada como causa do óbito em pessoas imunizadas, pode ocorrer quando alguém tem um quadro grave da doença — e não em quem foi imunizado. Esse fenômeno ocorre quando o corpo cria uma resposta imunológica excessiva e produz muitas citocinas (proteínas feitas pelas células do sistema imune). Essa “tempestade” resulta num processo inflamatório exagerado que pode ser prejudicial. “Em pessoas vacinadas, isso não ocorre”, explicou, por WhatsApp, o professor Aguinaldo R. Pinto, chefe do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia e do Laboratório de Imunologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também não procede a informação de que a vacina provocaria o fenômeno descrito na mensagem de WhatsApp – uma vez que faz o corpo sintetizar em grandes quantidades a proteína spike, usada pelo coronavírus para entrar na célula humana. Na verdade, as vacinas de mRNA, citadas no texto, são desenvolvidas para induzir o corpo a produzir a proteína spike por um curto período de tempo, o suficiente para que essa proteína seja “apresentada” ao sistema imune e, dessa forma, faça com que o corpo produza anticorpos que irão proteger o organismo caso entre em contato com o vírus real. De acordo com o professor Aguinaldo R. Pinto, quando o RNA do vírus é injetado nas pessoas, ele vai entrar nas células e será traduzido em proteína. “Nesse tipo de abordagem, a gente ‘dá’ a informação genética do vírus para que o corpo produza a proteína. Só que esse RNA injetado não vai ficar eternamente dando origem a novas proteínas. Isso é limitado. É sabido que esse RNA mensageiro ficará por sete, dez dias. Depois ele será destruído”, explicou. Além disso, os testes em humanos da vacina da Pfizer/BioNTech, exemplo de imunizante que usa a metodologia de mRNA, começaram em maio do ano passado. A fase 3 dos testes teve início em julho do ano passado em 43,6 mil pessoas. Passados oito meses, não foi registrado nenhum óbito entre os voluntários. Segundo a empresa farmacêutica, foram observados dez casos graves de Covid-19 no estudo, sendo que nove desses ocorreram no grupo de voluntários que tomou placebo. Além da Pfizer, a fórmula desenvolvida pela Moderna também é de RNA. Cabe ainda destacar que nos países onde a campanha de imunização começou há mais de três meses, como os Estados Unidos, não foi relatado nenhum óbito comprovadamente ligado ao imunizante. Uma análise dos dados do Vaccine Adverse Event Reporting System (Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas, em tradução livre) dos Estados Unidos não detectou, até o momento, nenhuma morte que indicasse um problema de segurança com as vacinas contra a Covid-19. “Imagine que empresa poderia licenciar um produto que vai matar 30% das pessoas? Isso não tem lógica. As agências reguladoras não aprovariam algo que tivesse mortalidade dessa magnitude”, observou R. Pinto. A médica que faz os comentários acerca das vacinas de RNA é uma ativista antivacina dos Estados Unidos. Ela é autora do livro Dizendo Não às Vacinas: Um Guia para Todas as Idades. De acordo com uma verificação feita pela agência de checagem norte-americana Politifact, Sherri Tempenny teve sua conta no Facebook removida em dezembro por espalhar informações incorretas.
https://piaui.folha.uol.…es_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FAKE NEWS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PROTEÍNA SPIKE', 'RNA', 'VACINA', 'VACINA DE RNA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/24/verificamos-dinheiro-saude-para/
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#Verificamos: Imagens de dinheiro em armário não foram feitas na casa do secretário de Saúde do Pará
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2021-03-24
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra diversas gavetas de um armário cheias de dinheiro. A legenda que acompanha as filmagens explica que as notas foram encontradas durante uma operação da Polícia Federal, na casa do secretário de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho Gomes. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Polícia Federal encontra dinheiro desviado da pandemia na casa do secretário de saúde do governador do Pará, Helder Barbalho. Imagine a parte do governador!!!!! Esse é o verdadeiro motivo deles terem se unidos contra o presidente da República” Trecho de texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que circula nas redes sociais não foi registrado no Pará, mas sim durante a 2ª fase da Operação Monte Cristo, deflagrada em 1º de outubro de 2020. O dinheiro que aparece nas filmagens foi encontrado em um armário de um dos suspeitos, em Santana de Parnaíba (SP) ― mais de R$ 8 milhões. Na ocasião, o Ministério Público de São Paulo publicou diversas fotos do dinheiro apreendido. Em nota, a Secretaria de Saúde do Pará confirmou que a informação é falsa. A Operação Monte Cristo investiga um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo empresas do setor de saúde. Estima-se que as fraudes investigadas tenham causado um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 10 bilhões. As fraudes envolvem grupos empresariais responsáveis pela distribuição de medicamentos e pelo comércio varejista, como redes de farmácias, que se beneficiam dos esquemas. A operação foi feita em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Secretaria de Estado da Fazenda e do Planejamento de São Paulo, a Superintendência da Receita Federal e a Procuradoria-Geral do Estado. Em junho do ano passado, a Lupa fez uma checagem similar. Circulou nas redes sociais um vídeo de um policial civil retirando dinheiro de um forro de uma casa. A legenda da publicação dizia que a operação era realizada na casa do então secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame. O vídeo, na verdade, foi registrado na cidade de Barcarena (PA), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra seis policiais militares. Os policiais foram acusados de desviar cocaína apreendida pela corporação. O vídeo circulou após a Polícia Federal ter deflagrado a Operação Para Bellum, em 10 de junho de 2020. A investigação apura a existência de fraude na compra de respiradores pulmonares pelo governo do Pará, mediante contrato que se deu por dispensa de licitação. Segundo a PF, a compra dos respiradores custou R$ 50,4 milhões ao estado do Pará. Entre os alvos das buscas estavam a casa do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), a residência do então secretário de Saúde, Alberto Beltrame, o Palácio dos Despachos, sede do Executivo estadual, e as secretarias de Saúde, Fazenda e Casa Civil. Na ocasião, R$ 750 mil foram apreendidos em uma caixa térmica na casa do então secretário adjunto de gestão administrativa de Saúde do Pará, Peter Cassol, que foi exonerado em seguida pelo governo. Em agosto, Beltrame foi exonerado do cargo a pedido. Rômulo Rodovalho, que assumiu a secretaria de Saúde do Pará, é delegado da Polícia Federal. Em setembro do ano passado, a PF deflagrou outra operação no Pará com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos na área da saúde, destinados à contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia da Covid-19. Na ocasião, foram presos o então secretário de Desenvolvimento Econômico, Parsifal de Jesus Pontes, o então secretário de Transportes, Antonio de Padua, e mais um assessor de gabinete.
https://piaui.folha.uol.…t-09.59.09-1.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ALBERTO BELTRAME', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'DESVIOS DE VERBA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNO DO PARÁ', 'HELDER BARBALHO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'OPERAÇÃO MONTE CRISTO', 'OPERAÇÃO PARA BELLUM', 'PANDEMIA', 'PARÁ', 'POLÍCIA FEDERAL', 'SECRETARIA DE SAÚDE DO PARÁ', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/24/verificamos-falso-calendario-vacinacao-entre-18-e-71-anos/
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#Verificamos: É falso calendário que prevê vacinação de brasileiros entre 18 e 71 anos
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2021-03-24
Circula pelo WhatsApp um calendário de vacinação da Covid-19 que indica que todos os brasileiros acima de 18 anos estarão imunizados no início de agosto. O cronograma teria como fonte o Ministério da Saúde e conta com uma previsão de vacinação de pessoas com idades entre 18 e 71 anos. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Previsão de vacinação para o Covid fonte: Ministério da Saúde. 69 à 71 anos – 27/03 68 à 66 anos – 04/04 65 à 63 anos – 12/04 (…) 26 à 24 anos – 24/07 23 à 21 anos – 01/08 20 à 18 anos – 08/08 Vamos acompanhar” Texto que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O Ministério da Saúde informou, em nota, que o cronograma que circula pelo WhatsApp não corresponde à Campanha de Vacinação contra a Covid-19, coordenada pela pasta. Segundo o órgão, não existe um cronograma prévio com datas em que os estados e municípios devem realizar a imunização de determinadas faixas etárias. Na realidade, o governo federal distribui as doses da vacina e as autoridades locais precisam coordenar a aplicação. O texto compartilhado pelo WhatsApp estabelece uma data de vacinação para pessoas mais jovens que não estão contempladas nos grupos prioritários. Atualmente, brasileiros na faixa de 20 a 60 anos não integram essa categoria. O sétimo informe técnico do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 coloca no grupo prioritário os trabalhadores da saúde, brasileiros acima de 70 anos, idosos (60 anos ou mais) residentes em instituições de longa permanência, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas. Também não foi possível localizar qualquer município que esteja utilizando o cronograma compartilhado no WhatsApp. No Rio de Janeiro, por exemplo, a prefeitura estabeleceu que pessoas até 70 anos serão vacinadas até o dia 3 de abril. “Lembrando que a continuidade da campanha depende da entrega de remessas no tempo previsto. Qualquer alteração será informada”, diz o município, em post no seu perfil oficial no Instagram. Em fevereiro, a Lupa verificou um boato semelhante. Na época, um calendário, também supostamente criado pelo Ministério da Saúde, divulgou as datas de vacinação dos brasileiros entre 74 e 55 anos. Contudo, esse cronograma não foi feito pela pasta.
https://piaui.folha.uol.…nos-destaque.jpg
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CAMPANHA DE VACINAÇÃO', 'COVID-19', 'NO WHATSAPP', 'PANDEMIA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VACINA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS', 'VACINA COVID', 'VACINA COVID-19', 'VACINAÇÃO', 'VACINAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/23/pronunciamento-bolsonaro-vacinacao/
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Em pronunciamento, Bolsonaro muda tom, mas repete mentiras sobre vacinação
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2021-03-23
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um novo pronunciamento na noite desta terça-feira (23), dessa vez para falar sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Em cerca de quatro minutos de fala, Bolsonaro citou contratos fechados com farmacêuticas para fornecimento de doses dos imunizantes e citou dados ― errados e distorcidos ― sobre a vacinação no país. A Lupa checou algumas das frases ditas pelo presidente, que foi procurado para comentar, mas não respondeu até a publicação desta checagem. Veja: “Somos o quinto país que mais vacinou” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 O Brasil é o quinto país do mundo que mais aplicou doses de vacinas, em números absolutos, segundo a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford. Os Estados Unidos, a China, a Índia e a Inglaterra ocupam os quatro primeiros lugares da lista. Esse dado, contudo, não quer dizer que o Brasil tenha a quinta melhor cobertura vacinal do mundo. Se levar em consideração o número de doses aplicadas de forma proporcional à população, e não apenas o número de doses, o Brasil cai dezenas de posições no ranking de imunização. Num total de 145 países cujas informações foram coletadas pelo Our World in Data, o Brasil ocupava a 73ª posição em relação às doses para cada 100 habitantes até 23 de março. Isso significa que foram aplicadas 6,6 doses a cada 100 pessoas até o momento. Israel, por exemplo, até 22 de março aplicou 9,7 milhões de doses, o que quer dizer que o país já distribuiu 112,9 doses para cada 100 pessoas (já que várias vacinas demandam a aplicação de duas doses). Embora tenha vacinado 11,4 milhões de pessoas, o Brasil aplicou apenas 6,6 doses para cada 100 habitantes. “Temos mais de 14 milhões de vacinados” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 Dados do painel de acompanhamento da vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde mostram que o país imunizou 11,4 milhões de pessoas com a primeira dose até o dia 23 de março deste ano. O número citado pelo presidente é 22,8% maior do que o registrado pela pasta. No total, já foram aplicadas 15 milhões de doses, mas esse dado não representa a quantidade total de pessoas imunizadas. Isso ocorre porque as vacinas contra a Covid-19 disponíveis hoje no Brasil (CoronaVac e Oxford/AstraZeneca) demandam a aplicação de duas doses. Dos 11,4 milhões de brasileiros vacinados, apenas 3,6 milhões receberam a segunda dose do imunizante até esta terça-feira, de acordo com o Ministério da Saúde. “(…) mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 O site Localiza SUS indica que o Ministério da Saúde distribuiu um total de 29,9 milhões de doses de vacinas para as Secretarias Estaduais de Saúde até o dia 22 de março. O número citado por Bolsonaro é 6,5% maior do que o real ― dentro do percentual determinado pela Lupa para considerar a afirmação verdadeira. Mas a vacinação vem sofrendo recorrentes atrasos em todo o país, além de mudanças na orientação sobre a aplicação das doses pelo Ministério da Saúde. Em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Cuiabá e Salvador, as prefeituras precisaram interromper a vacinação por falta de imunizante, atrasando ainda mais o cronograma. Embora cerca de 30 milhões de doses tenham sido encaminhadas às secretarias estaduais, apenas 11,4 milhões de pessoas foram vacinadas com a primeira dose da vacina. Dessas, 3,6 milhões já receberam a segunda dose. No dia 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu uma nota orientando os municípios a reservarem doses da CoronaVac para a segunda aplicação. “Isso vai nos dar segurança para que as pessoas vacinadas possam completar seu esquema vacinal no prazo correto”, afirmou o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Contudo, no último sábado (20), a pasta mudou a recomendação e passou a indicar que as doses deveriam ser utilizadas. “Em setembro de 2020, assinamos um outro acordo com o Consórcio Covax Facility, para a produção de 42 milhões de doses” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 Em setembro de 2020, Bolsonaro editou duas medidas provisórias. A primeira, garantia a adesão ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (Covax Facility), da Aliança global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo do consórcio é fomentar a produção de imunizantes para diversos países. A segunda liberava cerca de R$ 2,5 bilhões de recursos para viabilizar a participação do Brasil no consórcio. O contrato firmado prevê a entrega de 42,5 milhões de doses até o fim de 2021. Segundo o Ministério da Saúde, o acordo foi firmado em 25 de setembro de 2020, logo após as medidas provisórias serem editadas. Porém, o presidente omitiu em seu pronunciamento que documentos previam a liberação de vacinas para ao menos 20% da população – o que corresponderia a cerca de 84 milhões de doses (duas para cada pessoa). A informação apurada pelo jornal Folha de S.Paulo explica ainda que foi uma escolha do governo federal adquirir doses para apenas 10% da população. Durante sessão no Senado Federal, em 11 de fevereiro deste ano, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o total de 42 milhões de doses era o “máximo” permitido pelo Consórcio. “Quando a gente fala em 42 milhões de doses, o pessoal abre o olho. São 10% da população, por isso é que foram 42 milhões, só 10%. É o máximo que a gente conseguiu nessa primeira negociação”. No último domingo (21), o país recebeu a primeira remessa do Consórcio Covax Facility, de 1 milhão de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. “Em julho de 2020, assinamos um acordo com a Universidade de Oxford para a produção, na Fiocruz, de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca e liberamos, em agosto, R$ 1,9 bilhão” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 No final de junho de 2020, o governo Bolsonaro aceitou a proposta de acordo de cooperação para o desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina contra a Covid-19 do laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O acordo previa ainda que, no Brasil, a vacina seria produzida pela Fiocruz. A assinatura ocorreu no fim de julho e previa a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina. Em agosto, Bolsonaro assinou uma medida provisória destinando R$ 1,99 bilhão para a produção da vacina de Oxford. A medida, no entanto, só foi aprovada no Congresso em dezembro, quando virou lei. Das 100 milhões de doses previstas da vacina de Oxford, as primeiras 4 milhões foram entregues em janeiro e fevereiro, importadas da Índia. As vacinas são as mesmas produzidas pela Fiocruz, mas resultado da parceria com o instituto indiano Serum. “Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 Em 21 de outubro do ano passado, Bolsonaro afirmou que não compraria doses de origem chinesa da CoronaVac – vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan – mesmo se fosse aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A declaração foi feita no programa Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, após pergunta sobre se o imunizante seria comprado caso tivesse o aval do órgão. “A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população”, disse. Na ocasião, ele afirmou que faltaria credibilidade à CoronaVac. “Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos”, afirmou. Ele citou que há uma grande parceria comercial entre os dois países, mas que nem todos os pontos precisam estar “alinhados”. “A China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá.” Nessa entrevista, ele disse que compraria apenas o que fosse produzido no país – destacando que estava disposto a adquirir as doses feitas pelo Butantan. Em janeiro deste ano, no entanto, o Ministério da Saúde requisitou as primeiras 6 milhões de doses da CoronaVac importadas da China pelo Butantan para iniciar a imunização contra a Covid-19 no país. Isso ocorreu semanas depois que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que começaria a vacinação da população do estado em 25 de janeiro com doses adquiridas da China e produzidas pelo instituto. Em conversa com apoiadores no dia 13 de janeiro, Bolsonaro mudou o discurso e disse que compraria qualquer vacina aprovada pela Anvisa. “É a vacina que passar pela Anvisa. Seja qual for. Passou por lá…Já assinei um crédito de 20 bilhões [para comprar]”, prometeu. Em 15 de janeiro, o governo federal solicitou a entrega imediata de todas as doses da CoronaVac importadas da China. A campanha de imunização foi antecipada pelo governo de São Paulo para o dia 17 de janeiro, logo depois da aprovação da CoronaVac pela agência. O estado acabou atendendo ao pedido do governo federal e repassou à União 4,5 milhões das 6 milhões de doses. Com isso, o Ministério da Saúde começou a distribuição do imunizante para outras unidades da Federação em 18 de janeiro. “Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que vai fabricar, a partir de abril, o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para a produção de vacinas. A previsão da pasta é que em maio o país já consiga produzir vacinas contra a Covid-19 utilizando material nacional. Atualmente, o Brasil tem apenas dois centros de pesquisa capazes de produzir vacinas: Bio-Manguinhos, da Fiocruz, e o Instituto Butantan. Contudo, mesmo esses institutos muitas vezes dependem da importação do IFA de outros países como China e Índia para a produção em larga escala. Isso tem contribuído com uma série de atrasos na fabricação de imunizantes e, por sua vez, na entrega de lotes para os estados e municípios. “Ao final do ano, teremos alcançados mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população” Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, em pronunciamento realizado no dia 23 de março de 2021 Segundo o Ministério da Saúde, está garantida até o fim do ano a entrega de mais de 562 milhões de doses das vacinas para a Covid-19. Entretanto, o governo federal vem alterando o cronograma de entrega de imunizantes no país — o que pode alterar a estimativa. Nesta terça-feira (23), por exemplo, o Ministério da Saúde reduziu em 10 milhões a previsão de doses da vacina da Covid-19 para o mês de abril. Antes, o governo previa entregar 57,1 milhões de doses. Com a alteração, passou a 47,3 milhões. Ao UOL, o Ministério da Saúde informou que a mudança se deve às informações enviadas pelos laboratórios. “Esse cronograma é montado com base no quantitativo previsto e enviado à pasta pelos laboratórios e pode sofrer alterações de acordo com o fluxo de produção das vacinas pelos fabricantes”.
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['CAROL MACÁRIO', 'ÍTALO RÔMANY', 'NATHÁLIA AFONSO']
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['BOLSONARO', 'CORONAVAC', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA DE OXFORD']
2021-05-14
['VERDADEIRO, MAS', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'DE OLHO', 'AINDA É CEDO PARA DIZER']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/23/verificamos-fumaca-preta-crematorio-porto-alegre/
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#Verificamos: É falso que fumaça preta de crematório de Porto Alegre foi causada pelo excesso de corpos
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2021-03-23
Circula pelas redes sociais uma foto que mostra uma fumaça preta saindo da chaminé de um crematório de Porto Alegre (RS). De acordo com a publicação, a cor preta da fumaça seria um fato “inédito” e teria sido causada pelo excesso de corpos cremados. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Essa imagem da fumaça preta do crematório de Porto Alegre – causada pelo inédito excesso de corpos – tem de ser juntada aos autos do processo em Haia. E, queiramos ou não, sem desrespeitar outra tragédia de proporções dantescas, faz lembrar, em vez de Haia, Nuremberg.” Texto em post publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 23 de março de 2021, tinha 1,8 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A fumaça preta que saiu da chaminé de um crematório em Porto Alegre foi causada por uma falha no gerador de energia e, como consequência, no forno, e não provocada por um “excesso de corpos”. Em 19 de março, o gerador do Angelus Memorial e Crematório não ligou imediatamente após uma queda de luz. Com isso, a câmara secundária do forno, responsável pela queima dos gases e resíduos provenientes da combustão, parou. Em vez de liberar apenas vapor, como é usual, a câmara emitiu fumaça. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) do Rio Grande do Sul, órgão responsável pela regulamentação e fiscalização das atividades de cremação, prevê que estabelecimentos como esse devem obrigatoriamente ter um gerador com partida automática para que o processo de cremação seja concluído em caso de falta de energia elétrica e, também, “para que o forno continue realizando a queima dos gases e seja mantido o monitoramento das emissões.” E foi justamente um problema no gerador que causou a parada de uma das câmaras do serviço funerário gaúcho. Por telefone, o gerente da unidade, Leandro Dias Duarte, explicou que o forno de cremação é controlado por um computador e que todo o processo é automatizado. “Temos a câmara primária, onde fica o caixão, e a câmara secundária, que é onde se queimam os gases. Na chaminé, o que sai é apenas vapor da caloria. Em razão do atraso entre a queda de luz e o acionamento do gerador, saiu aquela fumaça. O problema durou 10 minutos. Se o gerador não tivesse ligado, a fumaça seguiria saindo e isso não tem a ver com a quantidade de corpos”, explicou. Pela legislação, crematórios não podem emitir nenhum tipo de fumaça. Embora a fumaça preta não tenha sido causada especificamente pelo excesso de corpos, o número de cremações dobrou no Angelus Memorial e Crematório. De acordo com o gerente, o aumento começou a ser percebido a partir da segunda quinzena de janeiro deste ano. “No ano passado, a unidade cremava em torno de 100, 120 corpos por mês. Agora dobrou, são cerca de 240 por mês. Aqui [unidade no bairro Medianeira] não temos capacidade, então alguns dos corpos são encaminhados para serem cremados em nossa filial, localizada no município de Capão do Leão”, disse, por telefone. Uma reportagem do G1 mostrou que, somente na capital gaúcha, a demanda por cremações no mês de fevereiro deste ano aumentou 67,8% em comparação ao mesmo período de 2020. Em 12 de março, a Fepam publicou um decreto autorizando crematórios a operarem na capacidade máxima durante a pandemia do novo coronavírus. Nota:‌ ‌esta‌ ‌reportagem‌ ‌faz‌ ‌parte‌ ‌do‌ ‌‌projeto‌ ‌de‌ ‌verificação‌ ‌de‌ ‌notícias‌‌ ‌no‌ ‌Facebook.‌ ‌Dúvidas‌ sobre‌ ‌o‌ ‌projeto?‌ ‌Entre‌ ‌em‌ ‌contato‌ ‌direto‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌‌Facebook‌.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVÍRUS', 'CORPOS CREMADOS', 'COVID', 'COVID-19', 'CREMAÇÃO', 'CREMATÓRIO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FUMAÇA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PORTO ALEGRE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/23/verificamos-porchat-lei-rouanet-filmes/
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#Verificamos: É falso que Fábio Porchat recebeu R$ 5 milhões da Lei Rouanet por dois filmes sem prestar contas
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2021-03-23
Circula pelas redes sociais que o humorista Fábio Porchat seria responsável pelos dois filmes da franquia Meu Passado Me Condena e não teria feito a prestação de contas de ambos, no valor total de R$ 5 milhões. O dinheiro foi captado por meio da Lei Rouanet. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Mamar 5 milhões sem prestar conta? Até eu ia chamar o Bozo de Genocilda… (sic)” Texto de imagem que, até às 11h do dia 23 de março de 2021, tinha sido compartilhada por 100 pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. O humorista Fábio Porchat não produziu dois filmes que deixaram de prestar contas, no valor de R$ 5 milhões, obtidos por meio da Lei Rouanet. Citada na imagem em dois tuítes de Thiago Gagliasso, a comédia nacional Meu Passado me Condena conta a história de um casal em lua de mel, que é interpretado por Porchat e pela atriz Miá Mello. Nos créditos finais do filme, Porchat aparece apenas como ator. Ou seja, ele não foi responsável pelo projeto, que teve uma sequência. “Eu não sou produtor dos filmes da franquia Meu Passado Me Condena e nem teria como ser responsabilizado por qualquer tipo de irregularidade, se houvesse. E não há. A excepcional produtora Mariza Leão tem décadas de lisura no cinema e sempre fez tudo de acordo com a lei”, disse o ator, por telefone. O site de Consulta de Projetos Audiovisuais da Agência Nacional de Cinema (Ancine) também mostra que não há prestações de contas não entregues dos longas Meu Passado Me Condena ou Meu Passado Me Condena 2. Foram captados R$ 2,1 milhões no primeiro e R$ 3 milhões no segundo, por meio da Lei Rouanet. Segundo o sistema da Ancine, ambos tiveram a prestação de contas final apresentada. A produtora responsável pelas obras, Mariza Leão, afirma que todos os documentos foram entregues dentro dos prazos legais e que a Ancine nunca questionou qualquer documento. A acusação falsa contra Porchat viralizou depois de dois tuítes feitos por Thiago Gagliasso na semana passada, reproduzidos no post checado pela Lupa. Procurado, ele não retornou.
https://piaui.folha.uol.…1/03/porchat.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'LEI ROUANET', 'NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/22/verificamos-video-hospital-ficticio-ceara/
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#Verificamos: É falso vídeo que atribui gravação em hospital fictício a ‘teatro de Covid-19’ no Ceará
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2021-03-22
Circula por grupos de WhatsApp um vídeo que compila declarações do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), com cenas que sugerem ser a UTI de um hospital. A fala de Santana sobre novas medidas de enfrentamento à pandemia no estado é seguida por imagens de profissionais da saúde num ambiente hospitalar com a legenda “Teatro de Covid-19”. O narrador da gravação sugere que a situação mostrada no estado é uma farsa, uma vez que há uma encenação diante de várias câmeras. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Gravíssimo, VEJA O TEATRO DO GOVERNO DO CEARÁ, para com o VÍRUS CHINÊS. É uma SITUAÇÃO de INTERVENÇÃO CIVICO MILITAR JÁ. Que tristeza, Pessoal DIVULGUEM isso, sim é TERRORISMO GENOCIDA. ?” Vídeo que circula em grupos de WhatsApp O vídeo analisado pela Lupa é falso. Embora as imagens que aparecem na sequência da declaração do governador Camilo Santana sejam, de fato, de um cenário que imita um hospital, as cenas não foram gravadas pelo governo do estado para representar um suposto “caos” no sistema de saúde cearense e não fazem parte de um “teatro de Covid-19”, como sugere o vídeo. Trata-se de um vídeo promocional gravado pelo Centro Médico Shamir, um hospital localizado em Israel. Na gravação, é possível observar que os cinegrafistas falam hebraico — no jaleco dos personagens médicos, inclusive, aparecem palavras nesse idioma. Numa busca reversa da filmagem, foi possível descobrir que a gravação tem circulado em outros países e sua origem já foi verificada por plataformas de checagem. Um porta-voz da unidade de saúde confirmou se tratar de um vídeo promocional à agência alemã DPA e ao site bósnio Raskrikavanje. A gravação das cenas ocorreu no estacionamento do hospital, para mostrar que é possível converter o lugar em um centro de tratamento. Um outro vídeo no canal do hospital do YouTube mostra o mesmo local em ângulos diferentes. No primeiro trecho do vídeo que circula pelo WhatsApp, Santana fala sobre medidas de enfrentamento à pandemia que anunciaria em breve. Essa gravação foi feita durante vistoria da montagem de uma unidade de campanha do Hospital Geral de Fortaleza e foi publicada no perfil no Instagram do Jornal Jangadeiro em 16 de março. Além disso, o caos no sistema de saúde cearense não é fictício. Com 12.897 óbitos por Covid-19 registrados em 21 de março, o Ceará ocupa o sétimo lugar na lista dos estados com mais mortes pela doença. Em 1º de março, o estado teve recorde de casos confirmados em um só dia. Até a última sexta-feira (19), mais de 480 pessoas com Covid-19 esperavam por uma vaga de UTI na rede pública. Só na capital, Fortaleza, seis hospitais atingiram o limite máximo de ocupação das UTIs. Procurada pela Lupa, a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do Ceará informou, por WhatsApp, que as imagens não foram gravadas em qualquer unidade de saúde do Ceará, e nem pelo governo do Ceará. Sobre as ações mencionadas por Camilo Santana no começo do vídeo, a Secom afirmou que se referiam à ampliação das medidas sociais de apoio à população cearense. “Camilo Santana usa o termo ‘esforço’ para anunciar as novas medidas em referência às dificuldades encontradas pelos estados para a manutenção da capacidade de investimentos e dos empregos em meio à pandemia e falta de apoio do auxílio emergencial do governo federal”, diz a nota. A Secom também explicou os valores questionados na narração. Referem-se ao financiamento, por parte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de crédito para ações do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), no valor de R$ 290 milhões; e também à parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que destinou R$ 19 milhões ao Ceará para reforço de medidas pela redução da violência.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CAMILO SANTANA', 'CEARÁ', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FAKE NEWS', 'GOVERNO DO CEARÁ', 'GRUPOS DE WHATSAPP', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/22/verificamos-governador-pe-mascara/
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#Verificamos: É de 2017 foto que mostra governador de PE sem máscara em comemoração
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2021-03-22
Circula nas redes sociais uma foto que mostra o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao lado de outras autoridades, todos sem máscaras, em uma festividade. Segundo a publicação, a foto é recente, registrada durante um churrasco. “Cidadão de bem não pode trabalhar e nem abrir seus comércios, enquanto isso o governador faz churrasco e muita comemoração”, diz a legenda do post. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Mas olha a atitude do governador de Pernambuco, Paulo Câmara e o prefeito do Recife, João Campos dando exemplo (…). Cidadão de bem não pode trabalhar e nem abrir seus comércios, enquanto isso o governador faz churrasco e muita pinta [sic] comemoração de que eu não sei” Texto que acompanha foto, compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A foto foi registrada em março de 2017, no município de Floresta (PE); portanto, muito antes do início da pandemia da Covid-19. A informação foi confirmada em nota pela assessoria de imprensa do governo de Pernambuco. Na ocasião, o hoje prefeito do Recife, João Campos (PSB), era chefe de gabinete do governo do estado. Não é possível saber quem registrou a foto. Entretanto, outros vestígios permitem confirmar que o fato ocorreu em março de 2017. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), esteve no município de Floresta em 24 de março de 2017, para inaugurar uma quadra poliesportiva coberta. Diversos portais de notícias registraram o fato (confira aqui e aqui). É possível ver nas fotos que Paulo Câmara, de camisa social amarela, e outras autoridades presentes, como o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), de camisa preta, usavam os mesmos trajes que aparecem no registro que circula nas redes sociais. Uma outra foto, publicada em 25 de março de 2017, no Instagram do ex-prefeito de Parnamirim Tácio Pontes, também comprova que o registro foi feito em Floresta (PE). O quadro que aparece, ao fundo, na foto que circula nas redes sociais, é o mesmo que aparece no registro publicado na conta do ex-prefeito. “Hoje acompanhei parte do Pernambuco em Ação, projeto do Governo do Estado. Junto com Paulo Câmara, seus Secretários, alguns deputados e demais prefeitos da região, almoçamos em Floresta, cidade do amigo Rodrigo Novaes. Depois seguimos para solenidade de inauguração da quadra da Escola Deputado Afonso Ferraz. O dia terminou na casa do deputado federal, Caio Maniçoba”, diz o ex-gestor, em seu Instagram. A foto vem sendo compartilhada para “ironizar” as medidas adotadas pelo governo de Pernambuco para conter a pandemia da Covid-19. Até o dia 28 deste mês, apenas os serviços essenciais estão autorizados para funcionar em todo o estado. Checagem similar foi feita por Aos Fatos e Fato ou Fake.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'COVID-19', 'DECRETO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNADOR DE PE', 'ISOLAMENTO SOCIAL', 'JOÃO CAMPOS', 'MÁSCARA', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PAULO CÂMARA', 'PREFEITURA DO RECIFE', 'PSB', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/19/verificamos-cuba-vacina-sputnik/
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#Verificamos: É falso que Cuba vai vender vacina russa Sputnik V para empresários de Cuiabá
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2021-03-19
Circula nas redes sociais a informação de que um grupo de empresários de Cuiabá (MT) vai fretar um avião para viajar a Cuba e tomar a vacina russa Sputnik V, que estaria sendo produzida e comercializada pelo governo cubano. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Empresários de Cuiabá vão fretar avião para tomar Sputnik V em Cuba” Título de texto publicado pelo site O Documento que, até as 15h de 19 de março de 2021, tinha mais de 4,3 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Cuba não está produzindo nem comercializando a vacina russa Sputnik V. A informação foi negada pelo Consulado Geral de Cuba em São Paulo, por meio do Facebook. “Cuba nunca faria tal coisa com o fim de cobrar volumosas somas de dinheiro em troca de um serviço humano”, diz o texto da nota. Em seu site, o Fundo Russo de Investimentos Diretos afirma que a vacina Sputnik V já foi aprovada em ao menos 52 países, como Argentina, Bolívia, Egito, México e Venezuela. Cuba não consta na lista. Uma reportagem da CNN explica que, enquanto alguns países em desenvolvimento “competem” para comprar vacinas de outras nacionalidades, Cuba decidiu investir em imunizantes fabricados na própria ilha. A expectativa é vacinar toda a população até o fim do ano. Entretanto, os imunizantes ainda estão passando por testes e nenhum deles foi aprovado. O jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba diz que, apesar de representar um elevado custo econômico, a produção própria de vacinas é a “mais acertada”, devido à dificuldade de outros países na compra de imunizantes. Cuba tem ao menos cinco vacinas em desenvolvimento: Soberana 01, Soberana 02, Soberana Plus (do Instituto Finlay), Abdala e Mambisa (do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia). Já estão na fase 3 de testes clínicos – última etapa das análises – os imunizantes Soberana 02 e Abdala. Nesta sexta-feira (19), em coletiva de imprensa, um grupo de especialistas da biofarmacêutica estatal BioCubaFarma afirmou que, até agosto deste ano, haverá doses suficientes da Soberana 02 e Abdala para imunizar toda a população cubana. Sobre o grupo de empresários de Cuiabá, não há informações sobre sua identificação. O portal Única News explicou que a proposta surgiu em um grupo pelo WhatsApp. O site diz que “o tom é de brincadeira e a conversa não foi definitiva”. Checagem similar foi feita por Aos Fatos, Boatos.org e E-Farsas.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'ABDALA', 'CONSULADO GERAL DE CUBA', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'EMPRESÁRIOS DE CUIABÁ', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMUNIZANTE', 'MAMBISA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'PARTIDO COMUNISTA CUBANO', 'SOBERANA', 'SPUTNIK V', 'VACINA', 'VACINA CUBANA', 'VACINA RUSSA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/19/major-olimpio-doacao-covid/
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Morte de Major Olímpio levanta dúvidas sobre relação entre doação de órgãos e Covid-19
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2021-03-19
Na última quinta-feira (18), o senador Major Olímpio (PSL), de 58 anos, teve morte cerebral confirmada pelos médicos. O parlamentar foi diagnosticado com Covid-19 no dia 2 de março e, na ocasião, havia dito que estava com “sintomas leves”. Contudo, no dia seguinte, seu estado se agravou. Ele foi internado em São Paulo e teve de ser transferido para uma UTI em 5 de março. A conta oficial do parlamentar no Twitter comunicou o óbito na quinta e disse que a família iria aguardar 12 horas para confirmar a morte e verificar quais órgãos seriam doados. Depois disso, usuários de redes sociais levantaram dúvidas sobre a possibilidade da doação de órgãos de pessoas diagnosticadas com Covid-19. Nesta sexta-feira (19), o perfil do senador informou que os médicos avaliaram que a doação não seria possível. O corpo de Major Olímpio foi cremado nesta sexta em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, após homenagens. Veja o que a Lupa verificou: “[Pessoa com] Covid-19 pode fazer doação de órgão” Post no Twitter compartilhado no dia 18 de março de 2021 Segundo o Ministério da Saúde, a doação de órgãos é contraindicada em pacientes que morreram de doenças infecciosas ativas. A Covid-19 é uma infecção causada pelo novo coronavírus e, por essa razão, pessoas que morreram e ainda estavam contaminadas não podem ser doadoras. Como o vírus ainda está presente no corpo do doador, existe o risco de o receptor ser infectado e desenvolver a doença. Além desse cenário, a contraindicação absoluta ocorre também quando um doador testa positivo para o SARS-CoV-2 ou quando ele apresenta Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) sem se saber qual foi a doença causadora e sem um teste laboratorial disponível para identificá-la. Ao longo da infecção, o sistema imunológico do organismo tenta combater o vírus. Caso consiga desenvolver anticorpos e barrar a contaminação, o corpo livra-se do patógeno. Na Nota Técnica nº 34 de 22 de abril de 2020, o Ministério da Saúde estabelece que um paciente que teve Covid-19, com regressão completa dos sintomas há mais de 14 dias e novo teste laboratorial negativo, pode ser doador. O exame RT-PCR para SARS-CoV-2 deve ser realizado 24 horas antes da captação do órgão. Ainda é necessário considerar os casos suspeitos de Covid-19. As diretrizes do Ministério da Saúde apontam que doadores com suspeita clínica da doença, mas que tiveram teste laboratorial negativo, não podem ser doadores se os sintomas ocorreram há menos de 14 dias. Caso os sintomas tenham cessado há mais de 14 dias, deve ser realizado um novo RT-PCR 24 horas antes da captação para averiguar se o corpo ainda contém o vírus. “Em caso de aceite do enxerto, considerar colocar o receptor em isolamento respiratório e de contato após o transplante”, afirma a pasta. Caso o doador tenha tido contato com casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, também é necessário cautela. Se esse contato ocorreu há menos de 14 dias, é necessário descartar a doação, porém, se for há mais de 14 dias, é necessário realizar um teste para ver se o corpo foi infectado. Em nota, o Ministério da Saúde afirma que é necessário realizar uma rígida avaliação sobre a atividade, suspeição, contato ou exposição ao vírus para realização da doação. Por essa razão, pessoas sem suspeita clínica ou epidemiológica também precisam realizar um teste RT-PCR 24 horas antes da captação do órgão para ver se a doação é possível.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'DOAÇÃO DE ÓRGÃOS', 'MAJOR OLÍMPIO', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PANDEMIA DA SARS', 'SENADOR']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/19/verificamos-baixar-oxigenio-aumentar-mortes/
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#Verificamos: É falso que existe protocolo para baixar oxigênio de intubados e aumentar mortes por Covid-19
null
2021-03-19
Circula por grupos de WhatsApp que uma enfermeira denunciou uma suposta ordem para intubar pacientes com Covid-19. De acordo com o conteúdo, a orientação inclui baixar o oxigênio para aumentar o número de mortes pela doença e, dessa forma, “justificar o lockdown”. Segundo essa teoria, o objetivo é “quebrar a economia” e “desestabilizar o Governo Federal”. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “ENFERMEIRA indignada chama a imprensa e fala o que esta acontecendo nos hospitais (GRAVÍSSIMO). Ela disse que a ordem e entubar todos os pacientes e depois baixar o oxigênio, para aumentar os números de mortes e justificar o lockdown, para quebrar a economia e tentar desestabilizar o Governo Federal. É um denúncia muito GRAVE é um grande genocídio estão literalmente matando as pessoas, que Absurdo. Vamos ver se isso será noticiado na imprensa.” Texto que circula em grupos de WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Uma entrevista concedida em janeiro por uma mulher que acompanhava um paciente internado em um hospital de Manaus (AM) foi retirada de contexto. Na época, a acompanhante — e não enfermeira — declarou a jornalistas que o nível de oxigênio das pessoas hospitalizadas com Covid-19 tinha sido reduzido. Entretanto, esse protocolo foi adotado porque, naquela ocasião, o estado do Amazonas tinha registrado recordes de internações pela doença e enfrentava uma crise de abastecimento de oxigênio. O racionamento, portanto, teve o objetivo de economizar o insumo — e não aumentar o número de mortes e, por consequência, desestabilizar o governo federal, como sugere a teoria disseminada em correntes de WhatsApp. Em meados de janeiro, a falta de oxigênio na rede pública e privada de saúde contribuiu para o colapso do sistema do Amazonas e provocou mortes por asfixia. A crise do abastecimento do gás medicinal provocou revolta e fez com que familiares de pessoas hospitalizadas denunciassem o problema. Uma dessas denúncias é justamente a de uma mulher que acompanhava um homem internado no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus. Na denúncia, veiculada no portal G1, a mulher afirmou que uma enfermeira teria diminuído o nível de oxigênio de um idoso de 81 anos que ela acompanhava. Isso fez com que a saturação (nível de oxigênio no sangue) do homem caísse de 90 para 7. Ao reclamar, ela e outros visitantes teriam sido retirados do local. Essa mesma declaração, porém gravada de outro ângulo, também vem sendo compartilhada em correntes de WhatsApp com a legenda falsa de que existe um suposto “modus operandi” de “intubar e baixar o oxigênio” em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo Brasil. Como explicado, a declaração da mulher refere-se ao colapso do sistema de saúde do Amazonas e à escassez de oxigênio registrados no estado em janeiro deste ano — e não a um protocolo adotado em todas as unidades hospitalares do país. Procurada pela Lupa, a Secretaria de Saúde do Amazonas informou, por e-mail, que a pessoa que aparece nas imagens não é profissional do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. Também afirmou que, atualmente, o fornecimento de oxigênio no estado está estabilizado. “A unidade ressalta que apesar da dificuldade enfrentada pela rede pública e privada com relação ao abastecimento do gás medicinal no pico da pandemia, o hospital nunca ficou desabastecido.” A nota também explica que “a rede hospitalar segue as orientações da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) sobre o uso racional do gás oxigênio em pacientes graves com suspeita de infecção por SARS-CoV-2.” Esse conteúdo também foi verificado pelo Estadão Verifica. Esta‌ ‌verificação ‌foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.
https://piaui.folha.uol.…us_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'AMAZONAS', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'CRISE OXIGÊNIO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LOCKDOWN', 'MANAUS', 'MORTE POR ASFIXIA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'OXIGÊNIO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/18/verificamos-protesto-paulista-bolsonaro/
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#Verificamos: Foto de protesto contra Dilma na avenida Paulista é usada no lugar de atos pró-Bolsonaro
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2021-03-18
Circula nas redes sociais um post que mostra duas fotos de manifestações que ocorreram supostamente na avenida Paulista, em São Paulo, em dois períodos distintos. A primeira, em 1964, durante a ditadura militar; a segunda, de acordo com a publicação, ocorreu no último domingo (14), durante os protestos pró-Bolsonaro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “AVENIDA PAULISTA EM 1964 AVENIDA PAULISTA EM 2021” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 18 de março de 2021, tinha mais de 1,2 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. As duas fotos, que circulam no post, foram tiradas de contexto. A foto em preto e branco, de fato, é de 1964, mas não foi registrada em São Paulo, e sim no Rio de Janeiro. A foto colorida, por outro lado, é de 2015, durante os protestos contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) na avenida Paulista. Portanto, não tem nenhuma relação com manifestações que ocorreram em 14 de março deste ano, favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A foto à esquerda, em preto e branco, foi publicada pela revista Manchete, em edição de abril de 1964. Ao contrário do que o post afirma, o registro foi feito na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, durante a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A passeata, que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas, foi chamada de “Marcha da Vitória” em apoio à chegada dos militares ao poder. O Jornal do Brasil publicou registro similar, de outro ângulo, na edição de 3 de abril de 1964. A foto à direita (colorida), de fato, foi registrada na avenida Paulista. Entretanto, a manifestação ocorreu em 15 de março de 2015, durante os protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O autor do registro é Robson Fernandjes. A manifestação na avenida Paulista reuniu 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar. Houve atos em todos os estados, no Distrito Federal e em cidades do exterior. A foto vem sendo compartilhada nas redes sociais como sendo das manifestações pró-Bolsonaro, que ocorreram no domingo (14). Em São Paulo, os participantes realizaram uma carreata e pediram intervenção militar, o fechamento do Supremo Tribunal Federal e o impeachment do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Os protestos reuniram bem menos gente em relação à foto do post (confira aqui e aqui). Os manifestantes ocuparam apenas uma das faixas da avenida Paulista, no trecho próximo da sede da Fiesp.
https://piaui.folha.uol.…021-destaque.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DILMA ROUSSEFF', 'DITADURA MILITAR', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'MANIFESTAÇÕES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PRESIDENTE BOLSONARO', 'PROTESTOS', 'PROTESTOS CONTRA DILMA', 'PROTESTOS PRÓ-BOLSONARO', 'REVISTA MANCHETE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/18/verificamos-medicos-europeus-ivermectina/
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#Verificamos: Post exagera ao dizer que ‘médicos europeus’ pedem uso urgente da ivermectina
null
2021-03-18
Circula pelas redes sociais que médicos europeus pediram o uso urgente da ivermectina para tratar a Covid-19. A imagem que acompanha o post é um trecho de uma reportagem veiculada pela emissora RedeTV!. Na cena, aparece o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “MÉDICOS EUROPEUS PEDEM USO URGENTE DA IVERMECTINA” Texto em post publicado no Facebook que, até as 17h do dia 17 de março de 2021, tinha sido compartilhado 302 vezes A informação analisada pela Lupa é exagerada. Em Portugal — e não em toda a Europa —, um grupo de médicos pressionou órgãos públicos locais, como a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), para que avaliassem e recomendassem a ivermectina como tratamento da Covid-19. Entretanto, após análise feita pela Comissão de Avaliação de Medicamentos da Infarmed, a entidade alertou em 11 de março que não existem provas que assegurem a eficácia do antiparasitário como profilaxia ou tratamento do SARS-CoV-2. A petição do grupo de médicos ganhou repercussão depois que o site local Expresso noticiou, em 5 de março, que profissionais de saúde portugueses estavam receitando o fármaco como tratamento da doença. Diferentemente do que sugere o conteúdo, esse movimento foi restrito a Portugal e não a toda a Europa. Além disso, a opinião sobre o medicamento é divergente entre a própria classe médica do país. No Brasil, o assunto repercutiu por conta de uma matéria veiculada no canal RedeTV! em 11 de março. Embora a reportagem não tenha ouvido ninguém da OMS e apenas use imagens antigas de entrevistas do diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus como recurso de edição, uma cena congelada de Ghebreyesus com a legenda “Médicos europeus pedem uso urgente da ivermectina”, título da reportagem, viralizou nas redes sociais. Esse trecho acabou sendo interpretado de forma equivocada. No dia 15 de março, a emissora corrigiu a matéria, informando a decisão da autoridade portuguesa. Como já mostrado pela Lupa, a última atualização da OMS acerca das opções terapêuticas contra a Covid-19 indica que ainda existem “incertezas sobre os benefícios e danos potenciais” do antiparasitário e que “mais pesquisas são necessárias” (pág. 10). O remédio, portanto, não é recomendado. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), agência federal de saúde norte-americana, não aprova a ivermectina para tratar a doença e ainda alerta que a ingestão de grandes doses é perigosa. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa da RedeTV! informou, por e-mail, que a reportagem exibida no dia 11 de março destacou, em dois momentos, a ausência de comprovação científica sobre a eficácia da ivermectina. Também afirmou que a matéria mencionou que a Infarmed, naquela ocasião, estava avaliando os pedidos de uso do remédio como tratamento precoce da doença. Segundo a emissora, a correspondente Erika Abreu havia feito questionamentos ao órgão, mas não obteve retorno. “No dia em que a reportagem foi ao ar, a agência portuguesa declarou insuficiente a evidência para uso da substância através de sua página na internet. A posição foi atualizada no RedeTVNews da última segunda-feira, 15, juntamente com o parecer de outras agências reguladoras europeias também procuradas”, diz a nota.
https://piaui.folha.uol.…g__destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IVERMECTINA', 'MÉDICOS PORTUGUESES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'OMS', 'ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE', 'PORTUGAL', 'TRATAMENTO PRECOCE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['EXAGERADO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/18/verificamos-aparelho-oxigenio-covid/
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#Verificamos: Aparelho improvisado com inalador e garrafa pet não substitui oxigênio hospitalar
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2021-03-18
Circula pelo WhatsApp um vídeo que mostra um aparelho de inalação ligado a uma garrafa pet com água que supostamente conseguiria produzir oxigênio hospitalar. O responsável pela gravação afirma que teve Covid-19 e conseguiu superar os sintomas da doença inalando o “oxigênio” produzido pelo equipamento. A legenda que acompanha o vídeo afirma que esse tipo de dispositivo poderia substituir o oxigênio medicinal fornecido pelos hospitais. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Ideia fantástica [aparelho com inalador e garrafa pet com água capaz de criar oxigênio concentrado]. Muitos prcisam urgente respirar. Vamos juntos espalhar esta notícia” Legenda que acompanha vídeo que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O aparelho sinalizado no vídeo não produz oxigênio com concentrações mais altas do que o captado durante a respiração usual. Segundo o físico Fernando Lang da Silveira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o equipamento usa o ar atmosférico e o umidifica, porém não altera sua concentração. “Portanto este dispositivo não pode ser usado como alternativa quando é necessária uma concentração mais alta de oxigênio no ar como no caso de pacientes graves de covid-19”, afirma Silveira. O infectologista André Ricardo Araujo da Silva, da Universidade Federal Fluminense (UFF), também afirmou, por telefone, que o aparelho não tem utilidade para pessoas que precisam de oxigênio suplementar. “O oxigênio que é oferecido medicinal [nos hospitais] tem uma concentração maior que 21%, que é o que a gente inala. Então, na realidade, essa situação aí [aparelho sinalizado no vídeo] está dando a mesma coisa que a gente respira em ar ambiente”, explica. O oxigênio medicinal é um insumo essencial durante a pandemia. Pacientes com Covid-19 podem apresentar comprometimento nos pulmões, causando queda nos níveis de oxigênio necessários para o funcionamento do corpo. O oxigênio suplementar auxilia o organismo a manter os níveis adequados para funções vitais do corpo. Ele pode ser fornecido de duas maneiras: oxigênio gasoso (comprimido em cilindros) e oxigênio líquido (armazenado em tanques e posteriormente vaporizado e conduzido na forma gasosa para o paciente). O vídeo compartilhado no WhatsApp mostra um compressor de ar do aparelho Inalar-Omron ligado a uma garrafa pet com água. Fernando Silveira afirma que o ar úmido produzido por inaladores pode auxiliar na respiração, mas apenas em casos de resfriados e gripes. “Infelizmente não há como caseiramente, de forma simples, se produzir oxigênio seguro, com o grau de pureza necessária, para ser usado como alternativa na falta do oxigênio medicinal”, diz o físico da UFRGS.
https://piaui.folha.uol.…capaoxigenio.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['BOATO', 'CILINDROS DE OXIGÊNIO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'FAKE NEWS', 'FALTA DE OXIGÊNIO', 'INFORMAÇÕES FALSAS', 'NO WHATSAPP', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'OXIGÊNIO', 'OXIGÊNIO MEDICINAL', 'PANDEMIA', 'PANDEMIA DA SARS', 'VERIFICAÇÕES DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/17/verificamos-governo-paulista-respiradores/
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#Verificamos: É falso que ‘governo paulista’ é responsável por abandono de respiradores pulmonares
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2021-03-17
Circula pelas redes sociais que a Polícia Militar encontrou uma carga de respiradores pulmonares em um terreno baldio em São Paulo. A legenda que acompanha a informação diz que o “governo paulista” teria sido responsável pelo problema. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “E dizem que o Presidente é genocida, genocida é esse governo paulista” Legenda de imagem que, até às 14h do dia 17 de março de 2021, tinha sido compartilhada por 700 pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. A carga de respiradores pulmonares recuperada pela Polícia Militar de São Paulo não foi abandonada ou escondida por autoridades do governo estadual. Na realidade, segundo a PM, os aparelhos foram roubados por criminosos e posteriormente encontrados pelos agentes de segurança do estado. Na segunda-feira (12), criminosos roubaram nove caixas de respiradores pulmonares que deveriam ser entregues ao Hospital Santa Virginia, localizado na zona leste de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, “os PMs receberam uma denúncia de que homens estavam carregando caixas em uma área de mata. Ao chegarem no local, viram dois suspeitos, que fugiram ao perceberem a aproximação dos agentes”. Embora não tenha conseguido prender os criminosos, a PM recuperou as nove caixas no último domingo (14). Uma delas estava aberta, porém os equipamentos não foram danificados. Os respiradores foram apreendidos e encaminhados à Delegacia de Polícia de Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, onde o caso foi registrado. Depois disso, os aparelhos foram restituídos ao representante do Hospital Santa Virginia. A Polícia Civil de São Paulo continua investigando o roubo para identificar os responsáveis.
https://piaui.folha.uol.…iradorescapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOATO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/17/verificamos-decreto-imposto-gasolina/
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#Verificamos: Decreto promulgado por Bolsonaro não zera imposto federal da gasolina
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2021-03-17
Circula nas redes sociais a informação de que o governo brasileiro zerou o imposto federal para a gasolina. Para provar, a publicação cita um dos incisos do decreto que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou, no início de março, que zera a tributação para o óleo diesel. O texto diz que os coeficientes de redução ficam em “zero para as gasolinas”. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Estou indignado por que o imposto federal sobre o gás de cozinha foi zerado e na minha cidade continuam cobrando e ninguém me dá uma resposta sobre essa cobrança indevida. Mas li algo no decreto sobre zerar o imposto federal sobre a gasolina também.” Texto que acompanha captura de tela de decreto, compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O print compartilhado mostra um trecho do decreto nº 5.059/2004, justamente falando do coeficiente de redução de contribuição de impostos federais sobre combustíveis, e não do imposto em si. Por e-mail, o Ministério da Economia explicou que, se o coeficiente de redução é zero, ele não reduz em nada as alíquotas. Se o coeficiente de redução é 0,5, ele reduz em 50%. O inciso I do artigo primeiro fixa em zero o coeficiente de redução para gasolina e suas correntes, exceto gasolina de aviação. Ou seja, o texto quer dizer que não existem reduções das contribuições para esse tipo de combustível, e não que os impostos federais para a gasolina foram zerados. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) zerou os impostos federais do diesel A, mas não alterou o coeficiente de redução da gasolina. A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) destacou que o decreto nº 10.638/2021 reduziu a zero a incidência do PIS/Cofins sobre o óleo diesel A, aquele vendido pelas refinarias e/ou importadores às distribuidoras. Nos postos de gasolina, é vendido o óleo diesel B, uma mistura de 87% de óleo diesel A e 13% de biodiesel. “Assim, na verdade, o PIS/Cofins do diesel não zerou, pois ainda continua incidindo nos 13% de biodiesel que é misturado ao diesel.” O inciso mostrado na captura de tela que está sendo compartilhada nas redes sociais foi incorporado pelo decreto nº 9.101/2017, durante o governo do presidente Michel Temer (MDB), que aumentou, na época, a tributação sobre combustíveis. Com a medida, o imposto sobre a gasolina dobrou na ocasião, passando a custar R$ 0,89 por litro. Outra checagem da Lupa já havia mostrado que o governo federal não zerou os impostos federais para a gasolina e o etanol.
https://piaui.folha.uol.…/03/IMG_3480.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'BOLSONARO', 'COEFICIENTE DE REDUÇÃO DE COMBUSTÍVEL', 'COMBUSTÍVEIS', 'DECRETO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMPOSTO DA GASOLINA', 'IMPOSTO FEDERAL', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PIS-COFINS', 'PRESIDENTE JAIR BOLSONARO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/16/verificamos-joao-doria-fornecimento-luz-sao-paulo/
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#Verificamos: É falso que João Doria pretende cortar fornecimento de luz em São Paulo
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2021-03-16
Circula pelas redes sociais que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende cortar o fornecimento de luz no estado entre 0h e 6h. O conteúdo, supostamente noticiado no site da revista Veja, informa que essa medida será adotada caso os paulistas não respeitem a fase emergencial de combate à pandemia do novo coronavírus. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Governador de São Paulo João Dória cogita cortar fornecimento de luz entre as 00:00 e 06:00 da manhã. Medida extrema será adotada, caso a fase emergencial nao seja respeitada pelos paulistas. Equipe da Veja teve acesso ao documento em analise pelo centro de gerenciamento do palacio dos bandeirantes” Texto em post publicado no Instagram que, até as 17h do dia 16 de março de 2021, tinha mais de 1,1 mil curtidas A informação analisada pela Lupa é falsa. Não existe nenhuma reportagem da Veja que mencione um possível corte do fornecimento de luz no estado de São Paulo como medida de combate à pandemia. Dentre as mais de 3,8 mil notícias publicadas pelo veículo que citam o nome de João Doria, nenhuma diz respeito a esse assunto. Além disso, tanto o texto do título quanto a linha de apoio do conteúdo têm erros de português, como, por exemplo, a falta do acento agudo nas palavras “analise” e “palacio” — o correto é “análise” e “palácio”. A grafia das horas no título, “00:00 e 06:00”, também difere do padrão adotado pela revista, que usa o número seguido da letra “h”, como em “6h”. O nome do governador também tem erro: “Dória”, em vez de “Doria”, sem acento. Por e-mail, a Secretaria de Comunicação do governo de São Paulo informou que “nenhuma medida anunciada por SP para controlar a pandemia do novo coronavírus inclui a interrupção de qualquer serviço do tipo”. O tucano também desmentiu essa peça de desinformação em seu perfil no Twitter. “Dessa vez, utilizaram de forma leviana a marca da Revista Veja para dar credibilidade à notícia falsa”, escreveu.
https://piaui.folha.uol.…a_destaque-1.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FASE VERMELHA', 'FORNECIMENTO DE LUZ', 'GOVERNADOR JOÃO DORIA', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'JOAO DORIA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'SÃO PAULO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/16/verificamos-manuela-davila-aborto/
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#Verificamos: É falso que Manuela d’Ávila disse que aborto era única saída para não criar filho de ‘vagabundo’
null
2021-03-16
Voltou a circular nas redes sociais a informação de que a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB) teria dito ser favorável ao aborto porque era a única saída para as mulheres não criarem filho de “vagabundo”. Segundo a publicação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria comentado a fala, ao afirmar que a outra saída era “não dar pra vagabundo”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Abortar é a única saída para não criar filho de vagabundo sozinha” Frase atribuída a Manuela d’Ávila em post publicado no Facebook que, até as 15h de 16 de março de 2021, tinha mais de 26 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A frase não aparece em nenhuma entrevista na imprensa, rede social (Twitter, Facebook e Instagram) ou discurso feito por Manuela d’Ávila. Além disso, ela negou em sua conta no Facebook que tenha postado conteúdo similar. “O nível da loucura dos criadores de fake news…”, comentou. A Veja descobriu que o post tratava-se de uma montagem feita por uma página de memes, que costumava publicar piadas e notícias falsas sobre o meio político brasileiro. O boato surgiu em maio de 2018, quando Manuela d’Ávila era pré-candidata à presidência pelo PCdoB. Na época, a mensagem circulou em formato de um post do Facebook, seguido de um suposto comentário do então deputado federal Jair Bolsonaro, que tampouco é verdadeiro. Apesar de usar muitas vezes a palavra “vagabundo” em alguns de seus posts no Twitter (principalmente quando faz alusão a criminosos, como aqui, aqui e aqui), não há menções na imprensa de que Bolsonaro tenha respondido ou usado tais expressões para comentar a suposta frase de Manuela d’Ávila. Manuela d’Ávila já declarou diversas vezes ser a favor da descriminalização do aborto. Segundo ela, o tema é “urgente” e deve ser debatido para evitar a morte de mais mulheres, em decorrência de práticas clandestinas. Bolsonaro, por outro lado, já deixou explícito que é contra o aborto. Em dezembro do ano passado, quando o Senado da Argentina aprovou a legalização do aborto, o presidente brasileiro criticou a medida. “Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado. No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!”, disse em sua conta no Twitter. Não é a primeira vez que peças de desinformação são usadas para atacar Manuela d’Ávila. Durante a campanha para a prefeitura de Porto Alegre, nas eleições de 2020, surgiu uma foto em que Manuela segurava um cartaz prometendo ir para Cuba se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na época candidato à presidência, vencesse o pleito. Nas eleições de 2018, uma outra montagem com a foto de Manuela circulou nas redes sociais. Nela, a candidata à vice-presidência na chapa do PT aparecia usando uma camiseta preta com a frase “Jesus é travesti”. Checagem similar foi feita por Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…orto-externa.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'ABORTO', 'BOLSONARO', 'DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO', 'DESINFORMAÇÃO', 'ELEIÇÕES 2018', 'ELEIÇÕES 2020', 'ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', "MANUELA D'AVILA", 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PCDOB', 'VAGABUNDO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/16/verificamos-peticao-virtual-impeachment-bolsonaro/
lupa
#Verificamos: Petição virtual pelo impeachment de Bolsonaro usa site falso para roubar dados
null
2021-03-16
Circula por grupos de WhatsApp um link para uma petição pública online pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ao clicar no endereço do site, não estão descritos os argumentos ou os autores do pedido, mas o usuário é levado a responder se acredita ou não que o governo de Bolsonaro é responsável pelo aumento de mortes por Covid-19. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Petição pelo impeachment de Jair Bolsonaro Vamos lutar pela cassação do mandato de Bolsonaro!” Conteúdo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Embora existam manifestações online que apoiam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por meio de abaixo-assinados virtuais, o endereço enviado na mensagem que circula pelo WhatsApp usa a suposta luta pela cassação do chefe do Executivo como argumento para roubar dados. Trata-se, portanto, de um golpe. Ao entrar no link, o usuário é levado para uma página que imita as cores (azul e branco) e o slogan (“petições da comunidade”) do site Avaaz. A página não indica a autoria da petição e tampouco descreve os argumentos para o pedido, como é praxe em campanhas como essa. Apenas leva o usuário a responder se acredita ou não que o governo de Bolsonaro é responsável pelo aumento de mortes por Covid-19. Independentemente da resposta, ou seja, se clicar “sim” ou “não”, aparece a mensagem de que, para validar a assinatura na petição, o participante deverá compartilhar o link com cinco amigos pelo WhatsApp. Essa não é a prática padrão em petições online. Sites conhecidos que viabilizam campanhas virtuais, como Change.org e o Avaaz, por exemplo, solicitam apenas um e-mail do usuário para validar a assinatura, e não o compartilhamento do link por aplicativo de mensagens. Outro indício de que se trata de um golpe é o fato de que o link que vem sendo compartilhado é um plágio do endereço na web da plataforma Petição Pública, com sede no Brasil (peticaopublica.com.br) e em Portugal (peticaopublica.com). A versão falsa usa o final “.me” — que existe, mas apresenta erros de português graves. Além disso, na seção “Quem Somos” da Política de Privacidade da página, consta outro endereço, peticaopublica.org, atualmente fora do ar. Esse domínio, com final “.org”, já foi denunciado pela plataforma original como sendo enganoso. Procurados pela Lupa, os responsáveis pela marca Petição Pública informaram, por e-mail, que já denunciaram a fraude e que sofrem com esse golpe há anos: “Utilizam temas quentes e atuais para enganar, roubar dados, gerar tráfego e receber dinheiro de publicidade duvidosa. Nunca uma petição real pediria para compartilhar o que quer que seja para validar a assinatura. Isso é uma tática dos golpistas para tentar que a petição chegue ao maior número de pessoas. Todas as assinaturas feitas neste site são falsas e têm o único propósito de roubar dados e gerar tráfego.” Abaixo-assinados pela internet são instrumentos legítimos e comuns atualmente para reivindicações individuais ou coletivas. No entanto, embora essas iniciativas sirvam como forma de pressão popular e para chamar atenção do poder público para uma causa, elas não têm validade jurídica. “O grande problema é que não se consegue autenticar as assinaturas. Não existe uma lei que discipline isso. Em tese, para ter validade, teria que ter um certificado digital. A constituição prevê que qualquer pessoa pode fazer uma petição. Mas isso não tem efeito prático nenhum, é mais pressão popular”, explica o advogado, especialista em direito civil e professor Leonardo Torres. Para que campanhas como a que pede o impeachment de um gestor público tenham efeito, por exemplo, é preciso, além de assinaturas, vontade política. “Um caso como esse só será julgado se chegar a ser pautado para debate na Câmara Federal”, diz Torres. Outro especialista ouvido pela Lupa, o advogado André Pessoa, membro da Comissão de Direito Digital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Santa Catarina, recomenda que, antes de participar de campanhas virtuais e petições públicas, o usuário leia a política de privacidade da plataforma. “Dados são o novo ‘petróleo’. É importante saber como os dados pessoais fornecidos serão utilizados e, dessa forma, evitar cair em golpes”, diz. Uma versão desta checagem também foi feita pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…_destaque___.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMPEACHMENT DE BOLSONARO', 'JAIR BOLSONARO', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PETIÇÃO ONLINE', 'PETIÇÃO PÚBLICA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/16/verificamos-carta-empresarios-lockdown/
lupa
#Verificamos: É falsa carta aberta de empresários que critica lockdown
null
2021-03-16
Circula nas redes sociais uma carta assinada pelos “empresários do município de Suzano” (SP). Nela, são feitas críticas às medidas de “lockdown” adotadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para diminuir os casos de Covid-19 no estado. No texto, que não tem assinatura de quaisquer entidades comerciais, os supostos empresários afirmam que vão descumprir as regras e pedem para as autoridades adotarem o que chamam de “tratamento precoce”, ou seja, o uso de medicamentos sem eficácia científica para combater o novo coronavírus. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “CARTA ABERTA DOS EMPRESÁRIOS DO MUNICÍPIO DE SUZANO Ao Sr. governador João Dória, prefeito Municipal RODRIGO ASHIUCHI, Vereadores, Comitê de Contingência ao Coronavírus e ao povo SUZANENSE. Informarmos que a partir do dia 17 de março de 2021, não aceitaremos e muito menos seguiremos qualquer decreto que impeça qualquer pessoa no Município de Suzano de exercer seu Direito Constitucional da Livre Iniciativa (Art. 1o, IV, CF e Art. 170, CF). Qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, o da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1o, III, CF) seja para Empresários, Colaboradores, Funcionários Públicos, Aposentados e outros, pois, além de inviabilizar a continuidade de atividades, demissão em massa, quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos. Pedimos que o Sr. Prefeito, Vereadores e Comitê de Contingência que esqueçam a política e adotem o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos e aglomerações. Reiteramos que Distanciamento Social não é sinônimo de Proibição do Trabalho e Fechamento de Atividades, tendo em vista que 90% do comércio e serviços do Município não possuem aglomerações, devido a crise financeira. Dentro das lojas do centro, shoppings ou bairros, são raras as que possuem vários compradores simultâneos e as que possuem, devem controlar os acessos. Por fim, reiteramos ao Sr. Prefeito que não iremos seguir qualquer decreto que impeça o trabalho a partir do dia 17 do mês de março de 2021 e pede que não sejam editados decretos neste sentido, pois a abertura não será uma opção do Sr. Prefeito, mas do povo SUZANENSE contra os decretos e a fiscalização, ante a situação, iremos praticar a legítima defesa (Art. 25 do Código Penal), pois estaremos defendendo nossas famílias, nossos amigos, nossos colaboradores, todo cidadão SUZANENSE e nosso patrimônio. Pedimos diálogo, honestidade, bom senso e que afastem-se do espectro político, permitindo o povo trabalhar, para que evitemos enfrentamentos desnecessários que possam causar danos, quaisquer que sejam entre quem precisa trabalhar e agente da administração pública, seja na legislação, ou fiscalização. Queremos a paz, saúde e acima de tudo, que todos sejam livres. Atenciosamente, Empresários de SUZANO=SP.” Texto compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O texto da suposta carta não é assinado por nenhuma entidade comercial. A Associação Comercial e Empresarial de Suzano (ACE Suzano) informou em seu site que a entidade não tem relação alguma com o documento e “repudia a disseminação de notícias falsas”. “A ACE Suzano, por meio de seu departamento jurídico, tem acompanhado as decisões judiciais e entende que pela atual jurisprudência não cabe questionamentos sobre as medidas de combate à pandemia adotadas pelo estado e pelo município neste momento mais grave da pandemia”, informa. O mesmo texto vem circulando nas redes sociais adaptado para várias cidades, a exemplo de Joinville (SC), Ribeirão Preto (SP), Araguaína (TO), Umuarama (PR), entre outras. O conteúdo compartilhado no WhatsApp é sempre o mesmo, mudando apenas o nome da cidade e as autoridades locais (prefeito e governador). A origem da carta é desconhecida, mas vem se alastrando devido às medidas adotadas pelos governadores para amenizar os efeitos da pandemia da Covid-19. Em Juiz de Fora (MG), diversas entidades comerciais, a exemplo Câmara de Dirigentes Lojistas do município (CDL/JF), informaram que trata-se de um boato. Em Taubaté (SP), a Associação Comercial e Industrial também nega a autoria. “O fato de não concordar com algumas decisões governamentais (e não concordamos com várias) não nos permite deixar de segui-las, pois normalmente são decretos que têm força de lei.” As associações comerciais de Caxias do Sul (RS) e Contagem (MG) também negaram a origem da carta. Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anunciou na quinta-feira (11) medidas mais duras para conter o avanço da pandemia de Covid-19. O decreto passou a valer na segunda-feira (15) e determina toque de recolher nos 645 municípios todos os dias das 20h às 5h. Também fica proibido o acesso a parques e praias. Haverá proibição completa a qualquer tipo de aglomeração, e o uso de máscaras deve ser intensificado em qualquer ambiente interno ou externo de acesso público. Por outro lado, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizaram manifestações e carreatas no fim de semana contra as medidas de lockdown adotadas pelos governadores para diminuir os casos de Covid-19. Protestos ocorreram em diversas cidades pelo país, como Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em São Paulo, manifestantes em aglomeração foram vistos sem máscaras.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'ACE SUZANO', 'ARAGUAÍANA', 'CARTA ABERTA DE EMPRESÁRIOS', 'CAXIAS DO SUL', 'CONTAGEM', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'EMPRESÁRIOS DE SUZANO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNADOR JOÃO DORIA', 'ISOLAMENTO SOCIAL', 'JOAO DORIA', 'JOINVILLE', 'JUIZ DE FORA', 'LOCKDOWN', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'RIBEIRÃO PRETO', 'SÃO PAULO', 'SUZANO', 'UMUARAMA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/16/saude-pazuello-exagera-vacinados-covid-19/
lupa
De saída da Saúde, Pazuello exagera total de vacinados contra Covid-19
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2021-03-16
Às vésperas de deixar o ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (15) para fazer um balanço da sua gestão no combate à pandemia da Covid-19. Bastante criticado pela demora na compra de vacinas contra a doença e por não determinar medidas de isolamento social com o agravamento do número de casos e óbitos, ele é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suas ações. Especulações sobre a troca do comando do ministério se intensificaram no fim de semana. Na noite desta segunda, o nome do médico Marcelo Queiroga foi confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para substituir Pazuello. A nomeação, no entanto, não foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. Na entrevista coletiva concedida à imprensa, Pazuello afirmou que adotou “total transparência” e que todos os esforços para combater a Covid-19 foram empenhados desde o início de sua gestão. A Lupa checou algumas das principais frases do general na coletiva. Veja o resultado: “Uma das primeiras ações decorrentes desse diagnóstico [feito após Pazuello assumir a Saúde] foi de provocar total transparência de todas as ações do ministério e disponibilizá-las para toda a população brasileira” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 Em junho de 2020, quando Pazuello ainda era ministro interino da Saúde, o governo federal restringiu a divulgação de dados de casos e óbitos por Covid-19. Com a mudança na metodologia, o Ministério da Saúde passou a divulgar somente os números registrados nas últimas 24 horas, ao contrário do que ocorria antes, quando o governo também divulgava os casos e óbitos que ocorriam anteriormente, mas que só eram confirmados em datas posteriores. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou em seu Twitter que a divulgação dos dados nesse novo formato permitia acompanhar a “realidade do país”. “Ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país”, disse o presidente. Entretanto, especialistas criticaram essa mudança. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Domingos Alves, coordenador do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), explicou que a nova metodologia poderia ocasionar subnotificação dos dados, fazendo com que a divulgação do número de óbitos e casos por Covid-19 fosse menor em relação aos dados reais. O empresário Carlos Wizard, que na época foi chamado por Pazuello para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, disse que os dados apresentados pelo governo federal na ocasião eram “fantasiosos ou manipulados”. Após a polêmica, ele recusou o convite para ocupar o cargo. No dia 5 de junho, quando o Brasil bateu recorde de mortos por Covid-19, o Ministério da Saúde também adiou a divulgação dos dados sobre casos e óbitos na pandemia, que costumava ocorrer às 19h. Os números passaram a ser informados depois das 22h. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, ao ser questionado sobre a mudança no horário da divulgação. “O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes.” O telejornal da Rede Globo é exibido às 20h30. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, em decisão liminar de 9 de junho, que todos os dados sobre a pandemia voltassem a ser divulgados pelo governo federal. Ele considerou haver uma “violação a preceitos fundamentais da Constituição Federal, sobretudo o direito à vida e à saúde, além do dever de transparência da administração pública e do interesse público”. Em resposta às mudanças nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, um grupo de veículos de imprensa formado por Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Extra, G1 e UOL decidiu criar um consórcio e trabalhar de forma colaborativa para buscar os números de casos e óbitos por Covid-19. A coleta desses números pelo grupo ocorre por meio das informações oficiais divulgadas diariamente pelos governos estaduais. O governo federal vem divulgando desde o início da pandemia, em março de 2020, os gastos específicos para o combate à Covid-19. Entre eles, as transferências aos estados e municípios, informações sobre auxílio emergencial e os contratos por dispensa de licitação. Esse painel, no entanto, foi criado durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde não respondeu. “O ciclo da pandemia em 2021 está diferente. O vírus acumulou mutações, se tornando mais contagioso e, consequentemente, tem causado um maior número de óbitos (…)” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 Apesar de alguns especialistas acreditarem que as novas variantes da Covid-19 são mais contagiosas, a exemplo da P.1, identificada em Manaus (AM), estudos mais robustos a respeito são necessários. Há um artigo do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), afirmando que a nova variante é até 2,2 vezes mais transmissível. Os cientistas estimam que, em parte dos indivíduos já infectados pelo SARS-CoV-2 original – entre 25% e 61% –, a nova variante seja capaz de driblar o sistema imune e causar uma nova infecção. Mas o texto deve ser visto com cautela, já que não foi publicado em nenhuma revista científica e não passou pela revisão dos pares. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também vem estudando as novas variantes, publicou um comunicado no início de março no qual alerta para a dispersão geográfica no território de “variantes de preocupação”, assim como sua alta prevalência nas três regiões do Brasil avaliadas (Sul, Sudeste e Nordeste). A nova mutação estava presente em mais de 50% das amostras de testes PCR no Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná. Tampouco há estudos robustos sobre a letalidade das novas variantes. O Comitê de Assessoramento Científico Externo, formado por pesquisadores da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), instituições locais e outros estados, desenvolve 12 estudos sobre a cepa. Eles estão em fase preliminar de análises e, por essa razão, ainda não têm resultados conclusivos sobre a letalidade da variante. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde não respondeu. “A vacinação no nosso país, pelo PNI [Programa Nacional de Imunizações], iniciou-se em 18 de janeiro de 2021” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 Em 18 de janeiro, ao menos 15 estados começaram a vacinação contra a Covid-19, após ato solene que deu início à campanha de imunização no país. A oficialização ocorreu na presença de governadores no Centro de Distribuição Logística localizado em Guarulhos (SP) – local onde as primeiras 6 milhões de doses da vacina CoronaVac entregues pelo Instituto Butantan estavam armazenadas. O início da campanha de vacinação só foi possível depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade o uso emergencial dos imunizantes CoronaVac (da farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Butantan) e Covishield (AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fundação Oswaldo Cruz). Logo após a aprovação dos imunizantes pela Anvisa, no domingo (17), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), resolveu antecipar a vacinação no estado. A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil. “Já distribuímos mais de 20 milhões de doses até agora” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 Dados atualizados do Ministério da Saúde, com informações até 11 de março, mostram que foram distribuídas aos estados 20 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, as secretarias estaduais de Saúde já repassaram 16,7 milhões de doses aos municípios. Essa distribuição é feita de acordo com a logística de cada unidade da federação. “Somos o quinto país do mundo na distribuição de vacinas” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 O Brasil aparece em quinto lugar entre os países que mais aplicaram doses de vacinas, em números absolutos, de acordo com dados do projeto Our World in Data, da Universidade de Oxford. No entanto, proporcionalmente à população, o Brasil aparece em 67° lugar no ranking, com 5,37 doses para cada 100 habitantes. Até agora, já foram aplicadas no Brasil 11,42 milhões de doses. Os Estados Unidos lideram o ranking em números absolutos, com mais de 107 milhões de doses aplicadas, seguidos por China (52,5 milhões de doses), Índia (29,9 milhões de doses) e Reino Unido (25,7 milhões de doses). Proporcionalmente à população, Gibraltar e Israel lideram o ranking, com 136,94 e 108,31 doses para cada 100 habitantes respectivamente – a maior parte das vacinas para Covid-19 precisa de duas doses. Considerando a América do Sul, o Brasil fica atrás de Chile (13ª posição, com 34,48 doses por 100 habitantes) e Uruguai (65º lugar, com 5,88 doses por 100 habitantes). “Atingimos mais de 11,5 milhões de brasileiros, efetivamente, dos grupos prioritários previstos, o que já representa 15% desses grupos” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 Desde o começo da campanha de vacinação contra a Covid-19 até a última segunda-feira (15), foram aplicadas 11.799.498 doses de vacinas, segundo dados do painel de acompanhamento do Ministério da Saúde. Isso não quer dizer, no entanto, que esse foi o número de brasileiros imunizados até o momento. Na verdade, 8.846.302 pessoas foram vacinadas com a primeira dose até 15 de março e, desse total, 2.953.136 já receberam a segunda dose. Ou seja, efetivamente, 8,8 milhões de habitantes foram, de fato, atingidos. O número mencionado por Pazuello é 30% maior. Esse montante equivale a cerca de 11,44% ― e não 15%, como citado pelo ministro ― do total de pessoas incluídas nos grupos prioritários (profissionais de saúde, idosos, povos indígenas e quilombolas, entre outros), estimadas pelo governo em 77,2 milhões (pág. 28). Segundo informações disponíveis no Vacinômetro do SUS, 11,5 milhões de brasileiros desses grupos prioritários foram convocados — nem todos, porém, foram vacinados até o momento. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde não respondeu. “Totalizando então em março 38 milhões de doses, num cronograma que vem se mantendo desde o início, sem nenhuma alteração” Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em entrevista coletiva em 15 de março de 2021 O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já alterou em diversas ocasiões a previsão do número de doses de vacinas da Covid-19. Em fevereiro, a previsão da pasta era de 46 milhões de doses até o fim de março. Contudo, o número caiu para 38 milhões de doses em um primeiro momento e, depois, foi reduzido para 30 milhões. Na semana passada, o ministro afirmou que o total até março seria entre 25 milhões e 28 milhões de doses entregues. As diferentes previsões estão relacionadas ao atraso na entrega de doses de algumas farmacêuticas, que alteram o cronograma previsto inicialmente. O ministro reconheceu que alguns laboratórios vêm atrasando o envio. “Então a AstraZeneca nos forneceu a entrega de 12 milhões de doses prontas, que seriam do laboratório indiano Serum. E esse laboratório vem fazendo uma postergação da entrega. Então, até agora vieram 4 milhões; ainda faltam 8 [milhões]”, disse o ministro, na semana passada. Apesar disso, essa não é a primeira vez que Pazuello sustenta o discurso de que não há atraso no cronograma. Na semana passada, o ministro afirmou que a campanha de vacinação acontece de forma escalonada, de acordo com a disponibilização de doses de vacinas, ou seja, conforme o ministério for fechando acordos e a Anvisa for liberando os lotes.
https://piaui.folha.uol.…letiva-saude.jpg
null
['CAROL MACÁRIO', 'ÍTALO RÔMANY', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['CHECAGEM', 'COVID-19', 'DADOS PÚBLICOS', 'EDUARDO PAZUELLO', 'FACT-CHECKING', 'GOVERNO BOLSONARO', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'MINISTRO DA SAÚDE', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PAZUELLO', 'SARS-COV-2', 'TRANSPARÊNCIA', 'VACINA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS', 'VACINAÇÃO', 'VARIANTE DO NOVO CORONAVÍRUS']
2021-05-14
['FALSO', 'AINDA É CEDO PARA DIZER', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'EXAGERADO', 'CONTRADITÓRIO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/15/verificamos-ambulante-pm-coronavirus/
lupa
#Verificamos: Foto de apreensão de produtos de ambulante por PM é antiga e sem relação com a pandemia
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2021-03-15
Circula pelas redes sociais uma imagem de uma ambulante tentando impedir a apreensão de seus produtos por um policial militar. O texto que acompanha a fotografia insinua que o registro seria atual e diz que essa seria uma das “medidas que governadores e prefeitos estão tomando” durante a pandemia. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Se isso não te faz repensar sobre as ‘medidas’ que governadores e prefeitos estão tomando não há nada que possa ser feito no Brasil” Texto de imagem que, até as 14h do dia 15 de março de 2021, tinha sido compartilhada por 370 pessoas no Facebook A imagem analisada pela Lupa é antiga. O registro foi feito pelo fotógrafo Danilo Verpa, da Folhapress, em setembro de 2016, durante um protesto contra o então presidente Michel Temer (MDB), que ocorreu em São Paulo. Sendo assim, a imagem não tem relação com a pandemia da Covid-19. O conflito mostrado não foi o resultado de qualquer restrição de comércio estabelecida por um governador ou prefeito contra o novo coronavírus. Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, a imagem mostra um policial militar de São Paulo tentando apreender bebidas de uma ambulante que estava na manifestação anti-Temer. Ela resistiu e agentes de segurança borrifaram spray de pimenta no rosto da camelô. Manifestantes viram a cena e um conflito começou entre os dois grupos. No Instagram de Verpa, é possível ver outras imagens da ambulante no chão. Na última sexta-feira (12), o vereador Carlos Bolsonaro publicou a imagem analisada pela Lupa em suas redes sociais. Diversos usuários chamaram a atenção do político, avisando que a fotografia era antiga e estava sendo tirada de contexto. Até a publicação desta checagem, o vereador ainda não apagou o post no Twitter. Procurada, a assessoria de imprensa de Carlos não se pronunciou. Essa não é a primeira vez que a Lupa desmentiu um boato sobre esse assunto. Em maio do ano passado, circulou pelas redes sociais um vídeo que mostra um confronto entre ambulantes e fiscais no centro de São Paulo. Homens de colete laranja e camelôs aparecem correndo e arremessando coisas. Segundo a legenda, os ambulantes atacaram “fiscais de Doria”, referência ao governador de São Paulo, João Dória. O vídeo, no entanto, também era antigo. Essa imagem também foi analisada e classificada como antiga pelo Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…mbulantecapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BOATO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'ISOLAMENTO SOCIAL', 'MEDIDAS CONTRA NOVO CORONAVÍRUS', 'NO FACEBOOK', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PANDEMIA DA SARS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/12/verificamos-governadores-escondendo-vacinas/
lupa
#Verificamos: É falso que governadores estão ‘escondendo’ vacinas para ‘desestabilizar’ Bolsonaro
null
2021-03-12
Circula nas redes sociais a informação de que governadores de 14 estados do país estão “escondendo” vacinas da Covid-19 para “desestabilizar” o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o texto, os estados aplicaram somente 60% das doses recebidas pelo Ministério da Saúde. “Por incompetência ou má-fé, os governadores enfrentam o problema da superlotação nas unidades de saúde e aumentam o número de óbitos”, diz a publicação. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Governadores ‘escondem’ vacinas para desestabilizar o presidente Bolsonaro.” Título de texto publicado pelo site Roteiro de Notícias que, até as 13h de 12 de março de 2021, tinha mais de 1,2 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A orientação do próprio Ministério da Saúde é que os estados façam a reserva para a aplicação da segunda dose da CoronaVac, da Fundação Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac. Inicialmente, o ministério havia sinalizado com a possibilidade de aplicação de todas as doses de CoronaVac (como acontece com a vacina Oxford/Fiocruz) entregues pelo governo federal aos estados, sem a necessidade de reserva para a segunda aplicação. Isso porque havia a previsão de entrega de novos lotes por parte do Butantan dentro do prazo recomendado entre a primeira e a segunda aplicação, que é de 28 dias. Mas houve mudanças no cronograma de entrega das doses do Instituto Butantan e, por isso, em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu uma nota orientando os municípios a reservarem doses da CoronaVac para a segunda aplicação. “Diante das alterações no cronograma de entregas do Instituto Butantan, mantém-se a orientação para reserva da segunda dose da vacina. Isso vai nos dar segurança para que as pessoas vacinadas possam completar seu esquema vacinal no prazo correto”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A distribuição e a aplicação das doses de vacinas contra a Covid-19 seguem uma série de protocolos que estão previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde. Além da reserva de imunizantes para aplicação da segunda dose, há também a estimativa de perda operacional. O Plano Nacional de Imunização Contra a Covid-19 recomenda 5% de reserva técnica, prevendo uma perda operacional, que pode ocorrer por diversos motivos, como quebra de frasco, problemas no transporte ou mal acondicionamento das vacinas. Outro ponto é que os estados são responsáveis pela distribuição das vacinas, mas a aplicação é responsabilidade dos municípios. O texto do Ministério da Saúde diz ainda que o armazenamento da segunda dose deve ser feito, preferencialmente, nas centrais estaduais (página 114). Dados atualizados do Ministério da Saúde, com informações até 11 de março, mostram que foram distribuídos aos estados 20 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, 16,7 milhões de doses já foram entregues às secretarias municipais de cada estado. Essa distribuição é feita de acordo com a logística de cada federação. O texto compartilhado cita governadores de 14 estados que assinaram uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cobrando medidas “mais enérgicas” diante da pandemia da Covid-19. Segundo a reportagem, esses estados teriam aplicado só 60% das doses recebidas, “escondendo” o restante das doses. No entanto, a publicação omite que a recomendação do Ministério da Saúde é fazer a reserva técnica e que o mesmo acontece em estados cujos governadores não assinaram a carta. Em Minas Gerais, por exemplo, o Ministério da Saúde enviou 2,1 milhão de doses. O estado, por sua vez, já distribuiu 1,6 milhão de doses aos municípios. Desse total, 794,9 mil foram destinados a aplicações da primeira dose e 367,1 mil, para a segunda. Do total, 68,5% das doses distribuídas foram aplicadas até o momento. O governo do Paraná recebeu 1 milhão de doses do Ministério da Saúde até o momento. Foram aplicadas 613.088 doses, sendo 458.954 da primeira dose e 154.134, da segunda dose. A proporção de doses recebidas contra doses aplicadas é de 61,2%. Dados do Ministério da Saúde, atualizados com informações até 11 de março, mostram que 7,3 milhões de doses foram distribuídas pelo governo federal aos 14 estados signatários da carta. Desse total, 85,7% da remessa recebida já foi enviada pelos estados aos municípios. Na Bahia, a título de exemplo, já foram administradas 88,2% das doses reservadas à primeira aplicação, o que corresponde a 624.690 pessoas vacinadas. Foram aplicadas 70,8% das doses para a segunda aplicação. “Ressaltamos ainda que o estado, seguindo orientação do Ministério da Saúde, armazena cerca de 50% das doses da CoronaVac para que seja garantida a aplicação da segunda dose. Desta forma, novas remessas são liberadas à medida que chega o momento do início desta segunda dose”, afirmou a Secretaria de Saúde da Bahia em nota. Veja a situação dos outros 13 estados: Amapá O painel de vacinação do governo do Amapá mostra que já foram distribuídas 63.044 doses de vacinas, sendo 30.300 doses aplicadas, o que corresponderia a 48%. Em seu site, a Secretaria de Saúde explica que tem enviado somente aos municípios o montante para a primeira dose. A outra metade, reservada para a segunda dose, fica armazenada para ser distribuída posteriormente. Alagoas O ranking mostra que, das 159.107 doses de vacinas enviadas pela Secretaria de Estado da Saúde para os municípios alagoanos, 128.401 doses já foram aplicadas, representando 80,7%. Segundo a órgão, cada município precisa apresentar a utilização mínima de 70% das doses entregues anteriormente para receber novos lotes. Caso esse percentual não tenha sido atingido, o município só irá receber as novas vacinas após atingir a proporção determinada. Ceará O estado informa que já foram distribuídas 559.890 vacinas. A primeira dose foi aplicada em 398.043 pessoas, correspondendo a 83,54%. Em relação à segunda administração, já foram aplicadas 161.847 doses, cerca de 70,6% do total distribuído. Assim como outros estados, o Ceará reserva as doses referentes à segunda aplicação para serem distribuídas posteriormente. Espírito Santo O governo do Estado já distribuiu 366.820 doses. Desse total, informa que atingiu 78% da cobertura referente à aplicação da primeira dose; em relação à segunda dose, a cobertura alcançada é de 34%. Maranhão Já foram distribuídas 388,4 mil doses, informa a Secretaria de Saúde do Maranhão. Desse total, 73% já foi aplicada, correspondendo a 283,5 mil doses (somando primeiras e segundas aplicações) Mato Grosso Mato Grosso já aplicou, até esta quinta-feira (11), 155.619 doses de vacina contra a Covid-19. Desse total, 107.925 mato-grossenses receberam a 1ª dose e 47.694 receberam a 2ª dose. Pará Os municípios do Pará já aplicaram 319 mil doses, desse total, 76,4% foram destinados à primeira aplicação. Piauí O estado distribuiu 190.410 doses. Em relação às aplicações, foram 104.195 para a primeira e 34.182, para a segunda dose. No total, 73,3% das doses distribuídas já foram aplicadas. Paraíba A Secretaria de Saúde da Paraíba informa que foram distribuídas 368.898 doses aos municípios. Desse total, 229.161 já foram aplicadas, correspondendo a 62,1% das doses. Pernambuco Do total, 575.173 doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no público prioritário em Pernambuco. O estado não informa o total de doses distribuídas. Rio Grande do Norte O Portal RN+Vacina, alimentado pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, mostra que 137.585 pessoas já foram vacinadas no Estado. O quantitativo de doses distribuídas é feito por município. Rio Grande do Sul O governo gaúcho já distribuiu 1,28 milhão de doses da vacina da Covid-19, sendo 765,5 mil aplicações, somadas às primeiras e segundas doses, equivalente a 59,5% do total. Sergipe Boletim divulgado pelo governo de Sergipe mostra que foram enviadas 128 mil doses aos municípios, de um total de 173,5 mil doses recebidas pelo Ministério da Saúde. Do total, 117,2 mil foram aplicadas.
https://piaui.folha.uol.…220211818-12.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'AMAPÁ', 'BAHIA', 'CEARÁ', 'CORONAVAC', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESPÍRITO SANTO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNADORES DO NORDESTE', 'MATO GROSSO', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'PARAÍBA', 'PERNAMBUCO', 'PIAUÍ', 'PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO', 'RIO GRANDE DO NORTE', 'RIO GRANDE DO SUL', 'SERGIPE', 'VACINA', 'VACINA DA COVID-19', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/12/verificamos-93-lula-preso/
lupa
#Verificamos: Não há pesquisas dizendo que 93% dos brasileiros querem Lula preso ou eleito presidente
null
2021-03-12
Circulam pelas redes sociais duas imagens semelhantes, com textos diferentes, sobre pesquisas supostamente feitas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma delas afirma que levantamentos mostram que 93% dos brasileiros desejam que ele seja preso, enquanto a outra diz que 93% dos brasileiros querem que o petista seja eleito presidente da República em 2022. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Lula dispara nas pesquisas! 93% querem ele preso este ano” Texto de imagem que, até às 17h do dia 12 de março de 2021, tinha sido compartilhada por mais de 2 mil pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. Os levantamentos divulgados recentemente não mostram que 93% dos brasileiros querem o ex-presidente Lula preso. Na realidade, segundo o instituto de pesquisas Atlas Político, 50,1% dizem ser a favor da prisão do petista. Essa sondagem foi divulgada dias após o ministro do STF Edson Fachin anular as condenações do ex-presidente Lula relacionadas à Lava Jato, deixando o petista elegível para a próxima disputa presidencial. Lula foi preso em abril de 2018 e permaneceu na carceragem durante 580 dias, sendo solto em novembro de 2019, após o STF entender que um condenado só pode ser preso depois do trânsito em julgado da sentença – ou seja, quando não há mais possibilidade de recursos. Mesmo antes do petista ser detido, pesquisas já tentavam entender o posicionamento dos brasileiros em relação à prisão. Em fevereiro de 2018, por exemplo, o Instituto Datafolha mostrou que 53% dos brasileiros achavam que o ex-presidente deveria ser preso, contra 44% que apoiavam a liberdade do petista. Meses depois, em junho de 2019, quando Lula já estava detido, um levantamento do Paraná Pesquisas mostrou que 58% achavam que Lula deveria continuar na carceragem. Em dezembro de 2019, quando Lula já estava livre, o Datafolha mostrou que 54% dos entrevistados acreditavam que a soltura de Lula foi justa. “Lula dispara nas pesquisas! 93% querem ele 2022 presidente” Texto de imagem que compartilhada por pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. Até o momento, não existe nenhuma pesquisa mostrando que 93% dos brasileiros desejam que o ex-presidente Lula seja eleito presidente na próxima eleição presidencial, que ocorrerá em 2022. Em levantamento divulgado no último domingo pelo Ipec (Inteligência em Pesquisas e Consultoria), 50% dos entrevistados afirmaram que votariam com certeza ou que poderiam votar em Lula em 2022. Outros 44% disseram que não escolheriam o petista de jeito nenhum. Bolsonaro, por sua vez, tem 38% do potencial de votos e 56% de rejeição. Esse tipo de levantamento mede o potencial de voto de alguns candidatos, ou seja, o piso e o teto de aceitação dos possíveis candidatos. As pesquisas de intenção de voto, por outro lado, avaliam como o eleitor escolhe um político, levando em consideração a disponibilidade de outros nomes. Em todas as sondagens divulgadas até o momento, Lula também não aparece com 93%. A mais recente, publicada nesta sexta-feira (12) pela XP/Ipespe, mostra que a intenção de voto de Lula é de 25%, enquanto a de Bolsonaro é de 27%, deixando os dois tecnicamente empatados. Existem ainda outros levantamentos. Na última quarta-feira (10), a CNN em parceria com o Instituto Real Time Big Data divulgou uma pesquisa mostrando que, no primeiro turno, Lula aparece com 21% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lidera com 31%. Em um segundo turno com os dois políticos, Bolsonaro aparece com 43% e Lula com 39%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, eles estariam tecnicamente empatados. Já na semana passada, uma pesquisa divulgada pelo Paraná Pesquisas apontou que Lula tinha 18% das intenções de votos em um cenário com Bolsonaro (32,2%), Moro (11,6%) e Ciro (8,7%), João Doria (5,3%), Guilherme Boulos (3,5%), João Amoêdo (3,0%) e Mandetta (1,4%). Votos brancos, nulos ou nenhum foram 12%. Essa informação também foi classificada como falsa pelo Estadão Verifica.
https://piaui.folha.uol.…/03/lulacapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'PRISÃO DE LULA', 'PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/12/verificamos-pesquisas-eficacia-ivermectina/
lupa
#Verificamos: É falso que pesquisas comprovam a eficácia da ivermectina para tratar ou prevenir a Covid-19
null
2021-03-12
Circula por grupos de WhatsApp que estudos comprovaram a eficácia da ivermectina para tratar ou prevenir a Covid-19. O conteúdo é acompanhado de uma imagem com dados sobre várias pesquisas e seus respectivos resultados. Essas informações são atribuídas ao site ivnmeta.com e indicam que o antiparasitário seria 90% eficaz como profilaxia, 80% eficiente como tratamento precoce e 50% para tratamento tardio. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Saiu o Randomizado da Ivermectina Pronto esta ai a eficácia e a comprovação cientifica https://ivmmeta.com/ PRA QUEM QUERIA ‘CIÊNCIA’ ESTÁ AÍ 90% de eficácia na profilaxia 80% no tratamento precoce 50% no tratamento tardio” Conteúdo que circula em grupos de WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Embora já existam muitos estudos sobre o uso da ivermectina no combate à Covid-19, os resultados ainda não são definitivos. Não é possível atestar, portanto, que o medicamento é eficaz como profilaxia da doença ou como tratamento precoce e tardio. A última atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS) acerca das opções terapêuticas contra a Covid indica que ainda existem “incertezas sobre os benefícios e danos potenciais” do antiparasitário e que “mais pesquisas são necessárias” (pág. 10). A conclusão da OMS baseia-se na análise de 22 estudos randomizados com um total de 2.944 pessoas. De acordo com a organização, a maioria dessas pesquisas têm limitações metodológicas importantes, como, por exemplo, “provável processo inadequado de randomização”. A conclusão, até o momento, é a de que é incerto que a ivermectina reduza a mortalidade ou a infecção sintomática. Esse posicionamento é compartilhado por entidades como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, que não recomenda a fórmula para tratar a doença. Em 5 de março, a Food and Drug Administration (FDA), agência federal de saúde norte-americana, emitiu, inclusive, um alerta sobre o uso da ivermectina para o tratamento ou para a prevenção da Covid-19. O parecer evidencia que o medicamento não foi aprovado para esse fim nos Estados Unidos: “Os comprimidos de ivermectina são aprovados em doses muito específicas para alguns vermes parasitas e existem formulações tópicas para piolhos e doenças da pele como a rosácea. A ivermectina não é um antiviral (um medicamento para o tratamento de vírus). Tomar grandes doses desse medicamento é perigoso e pode causar sérios danos”, diz o comunicado. Em fevereiro, a farmacêutica MSD (Merck Sharp and Dohme), que produz a ivermectina, se manifestou e afirmou que ainda não há evidências de que o medicamento traga benefícios ou seja eficaz no tratamento da Covid-19. De acordo com a plataforma UpToDate, base de informações médicas utilizada por profissionais da saúde, vários ensaios clínicos de ivermectina estão em andamento, “mas os únicos resultados disponíveis até agora são de ensaios não publicados de baixa qualidade”. A corrente do WhatsApp credita a fonte dos dados ao site ivnmeta.com, página que apresenta uma meta-análise de 45 estudos sobre a ivermectina e calcula a eficácia do fármaco a partir dos resultados de RR, sigla para Risco Reduzido, dessas pesquisas. No entanto, a metodologia usada para fazer a análise dos resultados não tem legitimidade, segundo explicou um especialista ouvido pela Lupa, o médico cardiologista e pesquisador José Alencar. “Não tem validade porque usa um método ludibriador — a de fazer uma meta-análise incluindo apenas os estudos que quer e misturando alhos com bugalhos. Metodologicamente, essa análise não passaria em nenhuma revista séria”, explicou, por WhatsApp. Para chegar ao dado de 90% de eficácia da ivermectina como profilaxia, por exemplo, a página avaliou 11 estudos. A análise, porém, mistura desfechos diferentes dessas pesquisas e acaba induzindo o leitor ao erro. “Há estudos que tiveram como desfecho casos [de Covid-19], outro morte, outro caso sintomático”, observou o pesquisador. “Você faz uma meta-análise para cada desfecho estudado, esse é o correto. Fora isso, [as pesquisas] têm doses [do medicamento] diferentes também”. Além disso, ressaltou Alencar, os estudos que basearam o cálculo possuem falhas metodológicas graves. “São estudos muito pobres e não têm poder confirmatório. Isso acaba com a qualidade da meta-análise”, concluiu o pesquisador. Um dos estudos citados, por exemplo, sequer foi revisado por pares. Outro conclui que mais pesquisas são recomendadas. Ao contrário do que sugere a página, uma das pesquisas mais recentes sobre a ivermectina – um ensaio duplo-cego (em que um grupo recebe o medicamento e o outro, placebo, sem que os pesquisadores saibam quem recebeu o quê) e randomizado (com escolha aleatória dos participantes) publicado em 4 de março no Journal of the American Medical Association (JAMA) – avaliou se o antiparasitário era eficaz em pacientes com sintomas leves de Covid-19. O estudo incluiu 476 pacientes e indicou que a duração dos sintomas não foi significativamente diferente para os pacientes que receberam ivermectina por cinco dias em comparação com os que receberam placebo. A conclusão foi de que mais estudos eram necessários. Além disso, não há informações sobre os autores da página. Na seção de perguntas frequentes, consta apenas a informação de que o site é assinado por um grupo de pesquisadores, cientistas e “pessoas que esperam dar uma contribuição, mesmo que pequena”. Esse grupo também assina como @CovidAnalysis no Twitter — a conta, entretanto, não foi encontrada na rede social e, segundo os autores, foi censurada. O grupo não divulgou o nome dos participantes e, como justificativa, sugere que leitores pesquisem termos como “ameaças de morte raoult” ou “simone gold despedida” em sites de busca. A primeira pesquisa leva ao nome do médico francês Didier Raoult, que ficou conhecido por defender a hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19 no ano passado. Em janeiro deste ano, ele admitiu que a substância não reduz a mortalidade nem diminui a gravidade da doença. A segunda busca, “simone gold despedida”, refere-se à médica norte-americana e ativista antivacina Simone Gold, também defensora da hidroxicloroquina e que estava presente na invasão do Capitólio dos Estados Unidos em janeiro deste ano. Além da ivermectina, o site faz meta-análise de estudos sobre outras substâncias, como vitamina D, vitamina C, zinco e hidroxicloroquina, entre outras. O endereço do site muda conforme o medicamento.
https://piaui.folha.uol.…a_destaque__.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FAKE NEWS', 'IVERMECTINA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PROFILAXIA', 'TRATAMENTO PRECOCE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATASAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/11/verificamos-anvisa-26-mortes-vacinas-covid-19-ultimas-24-horas/
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#Verificamos: É falso que Anvisa registrou 26 mortes por vacinas contra Covid-19 ‘nas últimas 24 horas’
null
2021-03-11
Circula pelo WhatsApp um texto do site Estudos Nacionais com a afirmação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou 26 novas mortes por vacinas contra a Covid-19 “nas últimas 24 horas”. As informações teriam sido extraídas do VigiMed, sistema administrado pelo órgão para o envio de notificações sobre eventos adversos de imunizantes e medicamentos. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Anvisa registra 26 novos óbitos por vacinas nas últimas 24 horas” Título de texto publicado pelo site Estudos Nacionais que, até as 16h de 11 de março de 2021, tinha mais de 1 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Os dados do texto foram extraídos do Painel de Notificações de Farmacovigilância da Anvisa, uma ferramenta criada para reunir relatos de eventos adversos de vacinas e medicamentos. Os registros, que são apenas suspeitas, podem ser enviados por profissionais de saúde, empresas ou consumidores por outro sistema, o VigiMed. Depois disso, ainda precisam passar por uma investigação, que vai analisar outros elementos para entender o que causou os problemas reportados. Por esse motivo, não podem ser considerados como “prova de mortes causadas pelas vacinas contra Covid-19”, como fez a publicação do site Estudos Nacionais. Segundo a Anvisa, não foi registrada nenhuma morte associada a essas vacinas até o momento. Em reportagem publicada em 2 de março, a Lupa já havia apontado que os números extraídos do Painel de Notificações de Farmacovigilância não são oficiais; logo, não representam problemas detectados pela Anvisa. Esses dados são apenas um dos instrumentos adotados pela agência para analisar os problemas associados a vacinas e medicamentos. A constatação de eventos adversos depende também dos resultados de ensaios clínicos, da análise de artigos científicos, de informações enviadas a partir do monitoramento feito em outros países, entre outros elementos. Todo o conjunto precisa ser analisado para se concluir que há riscos no uso de um determinado imunizante ou remédio. A Anvisa publicou uma nota em seu site, no dia 2 de março, para esclarecer que as informações do painel não indicam nenhuma relação das vacinas com eventos adversos graves ou mortes no país. “O uso de dados de forma descontextualizada ou sem a interpretação técnica necessária pode levar a conclusões falsas”, diz o texto. “Já é esperado que pessoas venham a óbito por outros motivos de saúde e mesmo por causas naturais, tendo em vista a taxa de mortalidade já conhecida para cada faixa etária da população brasileira.” Segundo a Anvisa, os relatos ao VigiMed são considerados evidências científicas de menor relevância por virem de terceiros.
https://piaui.folha.uol.…ras-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ANVISA', 'EVENTOS ADVERSOS', 'NO WHATSAPP', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VACINA', 'VACINA CHINESA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS', 'VACINA COVID', 'VACINA COVID-19', 'VACINA DA COVID', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINA DA SINOVAC', 'VACINA DE OXFORD', 'VACINA DO BUTANTAN', 'VACINA PARA O CORONAVÍRUS', 'VACINAÇÃO', 'VACINAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/11/verificamos-2019-doria-mascara/
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#Verificamos: É de 2019 foto de Doria sem máscara ao lado de autoridades
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2021-03-11
Circula nas redes sociais uma foto do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao lado de outras autoridades em um restaurante, todos sem máscaras. A publicação, que sugere que o registro é recente, critica as medidas adotadas pelo governo do estado no enfrentamento da pandemia da Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Fique em casa!!! Fácil conduzir a vida do próximo quando a própria mesa é farta” Texto que acompanha foto publicada no Facebook que, até as 15h de 11 de março de 2021, tinha mais de 1 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A foto que circula nas redes sociais é de 1º junho de 2019, ou seja, foi registrada antes do início da pandemia da Covid-19. O post original foi publicado na conta oficial do Twitter do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Na foto, estão presentes alguns membros da equipe do governo estadual, a exemplo do secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, e do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. Almoço com o time de governo aqui no Palácio dos Bandeirantes. #Integração #GovernoSP pic.twitter.com/EiTtCk1WHR — João Doria (@jdoriajr) June 1, 2019 Nesta quinta-feira (11), o governo de São Paulo anunciou medidas mais duras para conter o avanço da pandemia de Covid-19. O decreto, que passa a valer na segunda-feira (15), determina toque de recolher nos 645 municípios todos os dias das 20h às 5h. Também fica proibido o acesso a parques e praias. Haverá proibição completa a qualquer tipo de aglomeração, e o uso de máscaras deve ser intensificado em qualquer ambiente interno ou externo de acesso público. Devido às medidas adotadas, João Doria vem enfrentando diversos protestos. No sábado (7), manifestantes foram à casa do governador para protestar contra o decreto de fase vermelha no estado, que restringe o funcionamento de estabelecimentos comerciais, por exemplo. No Twitter, Doria criticou a ação. “Bolsonaristas loucos tentam me intimidar com novas ameaças contra mim e minha família. Agora ameaçam minha casa e nossa família. Além de pedir apoio policial e tomar medidas legais, quero registrar meu repúdio a este comportamento. Onde vai parar o Brasil com tanta conflagração?” Checagem similar foi feita por AFP Checamos e Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…by01XYAAGAJb.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FASE VERMELHA', 'GOVERNADOR JOÃO DORIA', 'HENRIQUE MEIRELLES', 'ISOLAMENTO SOCIAL', 'JOAO DORIA', 'MÁSCARA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'RODRIGO GARCIA', 'SÃO PAULO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/11/verificamos-cdc-mascaras-contagio/
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#Verificamos: É falso que CDC concluiu que máscaras não previnem contágio pela Covid-19
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2021-03-11
Circula pelas redes sociais que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, afirmou que as máscaras faciais não previnem a infecção pelo novo coronavírus. Com isso, teriam um impacto insignificante nos números de casos da Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “CDC: máscaras faciais não previnem Covid-19, estudo descobre que as máscaras têm impacto insignificante nos números do coronavírus” Texto de imagem que, até às 14h do dia 11 de março de 2021, tinha sido compartilhada no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. O CDC não admitiu que as máscaras faciais são ineficazes e que têm “impacto insignificante” no número de casos de Covid-19. Na realidade, os estudos mais recentes do órgão sobre o assunto falam justamente o contrário. No dia 5 de março, o CDC publicou uma pesquisa afirmando que o uso de máscara e a restrição de refeições em bares e restaurantes auxiliaram a diminuir a transmissão do vírus, reduzindo as taxas de crescimento de casos e de mortes. A entidade pontuou ainda que essas medidas são cada vez mais importantes devido ao surgimento de variantes do novo coronavírus em diversos países. Outro estudo, divulgado em fevereiro pelo CDC, afirma que usar duas máscaras – uma de pano e outra cirúrgica – reduz em 95% a exposição aos aerossóis, pequenas partículas respiratórias que podem conter o vírus. O presidente americano, Joe Biden, a primeira-dama, Jill, e a vice-presidente, Kamala Harris, já foram fotografados usando esse método. Esses estudos corroboram com informações já divulgadas pelo CDC em seu site desde o ano passado. O órgão mantém uma aba especial com recomendações sobre máscaras, dando dicas e reforçando a necessidade do uso para evitar novos casos da doença. Na última terça-feira (9), o órgão alterou algumas recomendações para pessoas já vacinadas contra a Covid-19. Segundo a nova diretriz, pessoas totalmente vacinadas podem se encontrar dentro de casa com outras pessoas vacinadas sem usar máscara. Contudo, o uso de máscara ainda é essencial em locais públicos. Em agosto de 2020, a Lupa desmentiu pela primeira vez o boato de que o CDC não recomendava o uso de máscaras. Esse conteúdo falso voltou a circular pelas redes sociais após a divulgação de novos estudos e também de políticas adotadas em alguns estados dos Estados Unidos. No início de março, o presidente Joe Biden criticou a decisão de alguns estados, como o Mississippi, de suspender o uso obrigatório de máscaras. Ele disse que essa medida é “um grande erro” e ressaltou que as recomendações de uso de máscara e distanciamento social ainda são vitais para barrar a disseminação do vírus. Essa informação também foi verificada pelo Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…1/03/cdccapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CDC', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MÁSCARA', 'MÁSCARA CIRÚRGICA', 'MÁSCARAS CASEIRAS', 'NO FACEBOOK', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PANDEMIA DA SARS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/10/verificamos-governo-impostos-gasolina/
lupa
#Verificamos: Governo federal não zerou impostos de etanol e gasolina para postos de combustíveis
null
2021-03-10
Circula nas redes sociais a informação de que o governo federal zerou os impostos de todos os combustíveis. No vídeo, um homem narra que abasteceu R$ 150 de etanol e, ao perceber a cobrança do imposto federal no valor de R$ 37,50, reclamou com o gerente do estabelecimento, afirmando que a medida era ilegal. Por isso, o posto de gasolina, ao notar o suposto “erro”, devolveu ao consumidor o valor do tributo federal. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Todo mundo que abastece aí, abasteci R$ 150, cobraram R$ 37,50. Pedi a nota fiscal, perguntei para o camarada, por que vocês estão cobrando imposto federal se o governo isentou, zerou o imposto federal? Na hora que ia chamar a polícia, o cara me devolveu R$ 37,50. Fiquem esperto.” Trecho de vídeo compartilhado no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O governo federal não zerou os impostos de etanol e gasolina e, tampouco, o posto de combustível, citado no vídeo, devolveu o valor ao consumidor. Em nota, o Ministério da Economia explicou que o estabelecimento não é contribuinte do PIS/Cofins (impostos federais), logo não poderia haver ressarcimento ao cidadão de qualquer forma. O órgão também negou que o governo federal tenha zerado os impostos federais da gasolina e do etanol. Por telefone, o gerente do Puma Auto Posto, localizado em Cuiabá (MT), afirmou que não houve a devolução de qualquer quantia. “Isso é fake news. Como vou devolver esse dinheiro? Até porque eu não poderia fazer isso”, diz. Além disso, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) esclarece que os postos de combustíveis são substituídos tributariamente, ou seja, quando o posto recebe a gasolina e o diesel, o imposto já foi recolhido nas etapas anteriores da cadeia. “Nas vendas de gasolina e óleo diesel, a substituição tributária consiste na responsabilidade das refinarias em reter e recolher os impostos incidentes nas operações de venda das distribuidoras. Já o recolhimento do ICMS sobre o etanol é mais complexo, dividido entre produção e distribuição, e depende se o faturamento é estadual ou interestadual”. A nota fiscal apresentada no vídeo mostra que o suposto consumidor abasteceu o carro com etanol. Esse tipo de combustível, assim como a gasolina, não constam no decreto e na medida provisória assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que zeraram os impostos federais que incidem sobre a comercialização e a importação do óleo diesel durante os meses de março e abril deste ano. O gás de cozinha também teve os impostos zerados, com prazo de duração da medida indeterminado. Por outro lado, a Fecombustíveis informa que o Decreto nº 10.638/2021 reduziu a zero a incidência do PIS/Cofins sobre o óleo diesel A, aquele vendido pelas refinarias e/ou importadores às distribuidoras. Nos postos de gasolina, é vendido o óleo diesel B, uma mistura de 87% de óleo diesel A e 13% de biodiesel, que é tributado. “Assim, na verdade, o PIS/Cofins do diesel não zerou, pois ainda continua incidindo nos 13% de biodiesel que é misturado ao diesel”, diz. Além disso, uma outra informação inverídica é passada pelo narrador. Na nota fiscal, o valor referente ao imposto federal seria, na verdade, de R$ 24,66 (16,44%), como mostra o próprio registro. E não R$ 37,50, que corresponderia ao valor aproximado do imposto estadual, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
https://piaui.folha.uol.…nf-federal-1.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'BIODIESEL', 'BOLSONARO', 'CUIABÁ', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIESEL', 'ETANOL', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FECOMBUSTÍVEIS', 'GASOLINA', 'GOVERNO FEDERAL', 'ICMS', 'IMPOSTO ESTADUAL', 'IMPOSTO FEDERAL', 'ISENÇÃO DE IMPOSTOS', 'JAIR BOLSONARO', 'MINISTÉRIO DA ECONOMIA', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PIS-COFINS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/09/verificamos-estoque-vacinas-pfizer-janssen/
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#Verificamos: É falso que Brasil comprou todo estoque de vacinas da Pfizer e da Janssen
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2021-03-09
Circula pelas redes sociais que o governo brasileiro comprou todo o estoque de vacinas das farmacêuticas Pfizer e Janssen (Johnson & Johnson) disponível no mercado. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “GRANDE DIA GOVERNO BOLSONARO COMPRA TODO ESTOQUE DAS VACINAS PFIZER E JOHNSON E JOHNSON DISPONÍVEIS NO MERCADO” Texto em post publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 9 de março de 2021, tinha sido compartilhado 2,6 mil vezes A informação analisada pela Lupa é falsa. O governo brasileiro ainda não comprou as vacinas da Pfizer e da Janssen contra a Covid-19, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Na verdade, em 3 de março, o Ministério da Saúde anunciou a intenção de compra dos imunizantes desenvolvidos por essas farmacêuticas — 100 milhões de doses da Pfizer/BioNTech e 38 milhões de doses da Janssen —, e a negociação ainda está em andamento. Até o fechamento desta verificação, os contratos ainda não tinham sido assinados. As vacinas serão produzidas ao longo do ano; portanto, não há um estoque delas, como sugere a publicação. Em nota, o Ministério da Saúde informou que o cronograma de distribuição é enviado à pasta pelos fornecedores dos imunizantes e está sujeito a constantes alterações em razão de ainda não haver um fluxo regular de produção da vacina. Isso quer dizer que, depois de compradas, as doses chegarão ao país na medida em que forem produzidas. No caso da Pfizer, o governo estima que 14 milhões de doses — do total de 100 milhões em negociação — chegarão ao país em maio e junho caso o contrato seja fechado. Em nota, a assessoria de imprensa da Pfizer no Brasil informou que não tem informações sobre o estoque global, mas afirma que a “previsão é de que a empresa produza dois bilhões de doses da vacina até o final de 2021”. Essa quantidade será distribuída entre os países que já autorizaram o uso desse imunizante — os Estados Unidos e o Reino Unido, por exemplo, começaram a utilizá-lo já em dezembro do ano passado. Em 2020, cerca de 50 milhões de doses da vacina desenvolvida em parceria com a BioNTech foram produzidas. Como mostrado pela Lupa, as primeiras tentativas de negociação do laboratório norte-americano com o governo brasileiro foram em agosto do ano passado. Naquela época, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses e, de lá para cá, outras propostas foram feitas até a confirmação da intenção de compra, em 3 de março. O imunizante da empresa teve o registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro. Já a vacina da Janssen deverá chegar ao Brasil entre julho e setembro, segundo o calendário divulgado pelo Ministério da Saúde. A candidata da Johnson & Johnson ainda não tem autorização da Anvisa para uso emergencial no Brasil. Nos Estados Unidos, a fórmula recebeu o aval do Food and Drug Administration (FDA), também para uso emergencial, em 26 de fevereiro. Em um comunicado no dia 28 de fevereiro, o laboratório informou que as primeiras 20 milhões de doses únicas serão entregues aos norte-americanos em março e o total de 100 milhões até o fim do primeiro semestre. Esse dado mostra, portanto, que o montante em negociação com o Brasil não corresponde ao total da produção.
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null
['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'BIONTECH', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'DOSES', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMINIZAÇÃO', 'JANSSEN', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PFIZER', 'VACINA', 'VACINA COVID-19', 'VACINA DA JANSSEN', 'VACINA DA PFIZER', 'VACINAÇÃO', 'VACINAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/09/verificamos-lula-manipulado-embriagado/
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#Verificamos: Vídeo de Lula é manipulado para parecer que ex-presidente estava ‘embriagado’
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2021-03-09
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falando lentamente. A publicação sugere que o petista estaria “embriagado” ao fazer o registro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “AÍ PETISTAS. OLHEM O PRESIDENTE DO SEU PAÍS. PORQUE O MEU NÃO É LADRÃO NEM CACHACEIRO. EMBRULHA E LEVA.” Texto que acompanha vídeo publicado no Facebook que, até as 16h de 9 de março de 2021, tinha mais de 175 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que circula nas redes sociais foi editado para parecer que o ex-presidente Lula estava “embriagado” quando gravou o depoimento, como sugerem a legenda e a música de fundo. Para tanto, a velocidade de reprodução do vídeo foi reduzida, deixando a fala um pouco mais lenta. No registro original, publicado na conta oficial de Lula no Twitter, é possível ver que o ex-presidente fala normalmente, sem aparentar nenhuma lentidão no discurso. O vídeo foi publicado em 9 de novembro de 2019, um dia após deixar a prisão em Curitiba. Nele, Lula diz que, agora solto, irá ajudar a “libertar o Brasil dessa loucura que está acontecendo no país”. Ataques contra Lula voltaram a circular nas redes sociais logo após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir anular as condenações do ex-presidente relacionadas à operação Lava Jato. Com isso, o petista passa a ser elegível para as próximas eleições presidenciais. Nesta terça-feira (9), a Lupa desmentiu um outro boato, o de um vídeo de presos comemorando a decisão do STF sobre Lula. A gravação que circula nas redes sociais foi feita em 2016, quando alguns presídios do Rio Grande do Norte passaram por uma onda de ataques orquestrados.
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDSON FACHIN', 'EX-PRESIDENTE LULA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LAVA JATO', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'LULA EMBRIAGADO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PRISÃO DE LULA', 'PT', 'STF', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VÍDEO EDITADO', 'VIDEO MANIPULADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/09/verificamos-presos-comemorando-lula/
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#Verificamos: Vídeo de presos comemorando não foi feito após Fachin anular condenações de Lula
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2021-03-09
Circula pelas redes sociais um vídeo de presos comemorando e gritando “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”. A legenda que acompanha a gravação afirma que os detentos estariam celebrando a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que, na última segunda-feira (8), anulou as condenações do ex-presidente Lula relacionadas à Lava Jato. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Os apoiadores de @lulaoficial gostaram da decisão do Fachin” Legenda de vídeo que, até às 14h do dia 9 de março de 2021, tinha sido visualizada por mais de 2 mil pessoas no Instagram O vídeo analisado pela Lupa é antigo. A gravação que circula pelas redes sociais foi feita em 2016, quando alguns presídios do Rio Grande do Norte passaram por uma onda de ataques orquestrados. O vídeo original foi editado para parecer que os presos estavam gritando “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”, porém, na realidade, eles estão falando “Uh, é a massa!”. Após a gravação, a situação nos presídios do Rio Grande do Norte piorou. Em janeiro de 2017, detentos da maior unidade penitenciária do estado entraram em conflito. Ao menos 26 pessoas foram mortas e outras 56 fugiram durante o confronto. A unidade tinha uma capacidade máxima de 620 presos, mas, como na maioria dos presídios brasileiros, estava superlotada e tinha 1.150 detentos. Esse mesmo vídeo já foi tirado de contexto em outros momentos. Em 2019, quando o STF decidiu contra a prisão em 2ª instância e soltura de Lula, a gravação circulou pelas redes sociais. Na época, ela foi verificada por E-Farsas e Fato ou Fake, que mostraram que o vídeo era antigo e havia sido editado. A gravação voltou a circular pelas redes sociais após o ministro do STF Edson Fachin decidir anular as condenações do ex-presidente Lula relacionadas à Lava Jato. Com isso, o petista passa a ser elegível para as próximas eleições presidenciais. “Foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz a nota do gabinete do ministro.
https://piaui.folha.uol.…3/presoscapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'EDSON FACHIN', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FACHIN', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'LAVA JATO', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'OPERAÇÃO LAVA JATO', 'PT', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/08/verificamos-whatsapp-promocoes-dia-mulher/
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#Verificamos: Links enviados por WhatsApp escondem falsas promoções pelo Dia da Mulher
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2021-03-08
Circulam por grupos de WhatsApp pelo menos quatro supostas promoções do Dia Internacional da Mulher envolvendo as marcas Renner, Adidas, Skol e Caixa Bank. As ofertas de Skol e Caixa Bank são similares: o usuário abre um link onde se lê a mensagem de que foi escolhido para participar de uma pesquisa e, como prêmio, receberá um aparelho celular (iPhone 12 e Samsung Galaxy S21). A suposta promoção da Adidas, por sua vez, leva o internauta para uma página que oferece um presente mediante a participação em um sorteio. A Renner também teria oferecido aos consumidores um prêmio para quem participar de um jogo que simula uma roleta. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Parabéns! Você tem a chance de ganhar sapatos gratuitos fornecidos pela adidas para o Dia da Mulher. Presente do Dia da Mulher! Iniciar sorteio” Conteúdo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A Adidas não realizou nenhuma promoção ou sorteio especial em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Em nota, a assessoria de imprensa da empresa no Brasil informou se tratar de um conteúdo falso e que todas as promoções da marca são feitas somente nos canais oficiais, como site e redes sociais, e não pelo WhatsApp. Embora a página da promoção falsa tenha a palavra “adidas”, é possível notar que o endereço na web não segue o padrão de sites nacionais, com o sufixo “.com.br”, por exemplo. Observar detalhes como esse e conferir os canais oficiais da empresa são algumas das recomendações da Polícia Federal para evitar que internautas sejam vítimas de crimes cibernéticos. Na dúvida, não clique em links e não preencha dados como cartão de crédito e senha. Como mostrado pela Lupa, o vazamento de dados de mais de 220 milhões de brasileiros expôs a privacidade de usuários de internet. Diante disso, é importante redobrar a atenção com mensagens suspeitas recebidas por e-mail, SMS ou WhatsApp para evitar cair em golpes. “Dia da Mulher! Gire grátis 1 vez e tenha a chance de ganhar prêmios exclusivos! Apenas um presente é permitido por IP.” Conteúdo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A Renner nunca promoveu um jogo para premiar consumidores. Em nota, a empresa informou que qualquer divulgação da marca é feita apenas por meio de canais oficiais, como site e redes sociais, e não pelo WhatsApp. Também afirmou que solicitou a suspensão da página. Como explicado acima, ao analisar o endereço da página do sorteio, já é possível verificar que se trata de um site falso. Em vez de “lojasrenner”, constam letras e números aleatórios. Somente este ano, outros dois golpes envolvendo a marca circularam por grupos e WhatsApp e foram desmentidos pela Lupa. Um deles também prometia um prêmio pelo Dia Internacional da Mulher. “Parabéns! Hoje, 8 Março, 2021, você foi escolhido para participar de nossa pesquisa. Você levará apenas um minuto e receberá um prêmio fantástico: um iPhone 12 Pro! Cada Segunda-feira escolhemos aleatoriamente 50 usuários para dar a eles a chance de ganhar prêmios incríveis. O prêmio de hoje é um iPhone 12 Pro! Haverá 50 vencedores sortudos. Esta pesquisa visa melhorar a qualidade do atendimento aos nossos usuários e sua participação será recompensada 100%” Conteúdo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A pesquisa é, na verdade, um golpe de phishing, termo em inglês para uma prática criminosa que tem o objetivo de roubar informações sigilosas, como dados bancários e senhas de perfis em redes sociais. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa da Ambev afirmou, por WhatsApp, que “a marca não possui nenhuma ligação com esse tipo de ação.”.Além disso, a página da promoção falsa tem um endereço com letras e números, completamente diferente do site oficial da bebida. Um conteúdo quase idêntico, porém prometendo um outro modelo de aparelho celular – um Samsung S21 — também circulou em grupos de WhatsApp envolvendo a Caixa Bank. Essa instituição bancária é da Espanha, a La Caixa, e não do Brasil. Na página oficial do banco espanhol não há qualquer promoção relacionada ao Dia Internacional da Mulher, tampouco consta essa informação na página do escritório no Brasil do banco. A Lupa também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal, banco público nacional popularmente conhecido como Caixa, que confirmou que a instituição não é responsável pela suposta promoção — embora tenha divulgado ações comerciais para mulheres em alusão à data. Essas ações, contudo, têm a ver com isenções em anuidades e seguros, por exemplo.
https://piaui.folha.uol.…as_destaque_.jpg
null
['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '8M', 'ADIDAS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DESINFORMAÇÃO. NOTÍCIAS FALSAS', 'DIA DA MULHER', 'FAKE NEWS', 'GOLPE', 'LA CAIXA', 'LOJAS RENNER', 'PHISHING', 'PROMOÃÇÃO', 'RENNER', 'SKOL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/08/verificamos-fonte-catuaba-doria/
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#Verificamos: É antiga foto de ‘fonte de catuaba’ em festa de filho de Doria
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2021-03-08
Circula pelas redes sociais uma foto de uma fonte de catuaba, uma bebida alcoólica brasileira. A legenda que acompanha a imagem afirma que a fonte teria sido o destaque da festa de aniversário do filho do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Em mansão, filho de João Doria que mora na rua Áustria 688 Jdim Europa, dá festa de aniversário com direito a fonte de catuaba ! Festa para 200 convidados todos sem máscaras uma lindeza. Não teve toque de recolher não viu” Legenda de imagem que, até às 14h do dia 8 de março de 2021, tinha sido compartilhada por 300 pessoas no Facebook A foto analisada pela Lupa é antiga. A imagem foi tirada durante a festa de aniversário de 23 anos de João Doria Neto, filho do governador João Doria, que aconteceu em 2017, ou seja, anos antes da pandemia da Covid-19. Uma reportagem publicada na época pela Veja São Paulo, que traz uma reprodução da mesma foto, informou que a fonte de catuaba foi o destaque da comemoração naquele ano, abastecendo várias garrafas da bebida ao longo da noite. A festa contou com 200 convidados e foi realizada na mansão da família na região dos Jardins, na zona sul de São Paulo. No último sábado (6), Alessandra Maluf, vizinha da residência de Doria, gravou um vídeo dizendo que o filho do governador estaria desrespeitando as recomendações sanitárias e dando uma festa no meio da pandemia. “Com música ao vivo, tá? Muito bem. Parabéns. Ele fecha o país, mas o filho está dando uma festa aqui do lado da casa dele”, disse Maluf. Ela disse ainda que teria provas de que a festa, de fato, aconteceu. No domingo, Doria fez uma queixa-crime na polícia contra os responsáveis pela divulgação da gravação. O tucano também desmentiu a informação em suas redes sociais. Essa informação circulou no início da pandemia, no ano passado, e foi verificada pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…021/03/doria.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'GOVERNADOR DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JOAO DORIA', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'SÃO PAULO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/08/verificamos-russia-bacteria-5g/
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#Verificamos: É falso que Rússia afirma que Covid-19 é resultado de ‘bactéria modificada pelo 5G’
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2021-03-08
Circula pelo WhatsApp um texto que afirma que a Rússia teria realizado a primeira autópsia de uma pessoa que morreu de Covid-19 e averiguou que a doença não é causada por um vírus. Todas as mortes seriam causadas por uma bactéria alterada pela “radiação eletromagnética mundial 5G amplificada” e a pandemia seria um “golpe mundial”. Essa informação teria sido divulgada pelo Ministério da Saúde da Rússia. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “A Rússia se tornou o primeiro país do mundo a realizar uma autópsia (post mortem) em um cadáver de Covid-19 e, após uma investigação abrangente, descobriu que o Covid-19 não existe como um vírus. É um golpe mundial. Pessoas estão morrendo devido à “radiação eletromagnética mundial 5G amplificada (veneno)”. (…) Compartilhe esta informação com toda a sua família, vizinhos, conhecidos, amigos, colegas para que eles possam sair do medo da Covid-19 e entender que este não é um vírus, mas apenas uma bactéria exposta à radiação 5G. (…) Fonte: Ministério da Saúde Russa” Texto que circula pelo Whatsapp A informação analisada pela Lupa é falsa. Em seu site, o Ministério da Saúde da Rússia explica que a Covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que começou a ser disseminada na cidade de Wuhan, na China, em 2019. Em nenhum momento o órgão afirma que as mortes registradas ao redor do mundo foram causadas por uma bactéria exposta à radiação do 5G, tecnologia de transmissão de dados sem fio. Autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), também concordam que a Covid-19 é causada por um vírus. Existem diversas diferenças entre vírus e bactérias, mas não há qualquer evidência de que o 5G seja capaz de alterar um desses organismos. A informação falsa de que a Covid-19 seria causada por uma bactéria surgiu no início da pandemia, em janeiro do ano passado, com uma mensagem de voz desmentida na Turquia. Com o passar do tempo, ganhou elementos novos – a associação com o 5G apareceu em maio –, sem que nenhum estudo científico tivesse comprovado essas alegações. Durante a pandemia da Covid-19, diversas teorias da conspiração ligavam a disseminação do novo coronavírus ao 5G. Em junho, a Lupa publicou uma reportagem mostrando que os boatos envolvendo esses dois assuntos variam. Em alguns casos, as publicações dizem que a rede de transmissão de dados está sendo usada, junto com a doença, em um grande plano para monitorar a população mundial. Outros posts sugerem que ela é a causa da doença. Todas essas informações são falsas. Até o momento, nenhum efeito adverso à saúde teve sua causa associada à exposição a tecnologias sem fio, segundo a OMS. “Conclusões relacionadas à saúde são tiradas de estudos realizados em todo o espectro de rádio, mas, até agora, apenas alguns estudos foram realizados nas frequências a serem usadas pelo 5G”, disse a entidade. O boato que circula atualmente pelas redes sociais é similar a outro conteúdo falso desmentindo pela Lupa em maio do ano passado. Naquele mês, posts compartilhados nas redes sociais informavam que pesquisadores da Itália teriam descoberto, por meio de uma autópsia, que a Covid-19 seria causada por uma bactéria e não por um vírus. Contudo, essa informação está incorreta. Essa informação também foi verificada pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…/03/bacteria.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FALSOS', 'NO WHATSAPP', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'ORIGEM DA COVID-19', 'PANDEMIA', 'PANDEMIA DA SARS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/05/verificamos-mortalidade-aumentou-israel-vacina/
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#Verificamos: É falso que taxa de mortalidade aumentou em Israel após aplicação da vacina da Pfizer
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2021-03-05
Circula pelas redes sociais que a taxa de mortalidade por Covid-19 aumentou em Israel depois que o país começou a vacinar a população com as doses do imunizante da Pfizer. O post reproduz o título de um conteúdo publicado no site ContraFatos e sugere que essa denúncia foi feita por pesquisadores. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Pesquisadores: Taxas De Mortalidade Disparam Em Israel Após Vacinação Contra COVID Da Pfizer” Título de conteúdo publicado no Facebook que, até as 18h do dia 5 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 93 pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. Israel começou a campanha de vacinação no final de dezembro com o imunizante da Pfizer/BioNTech, e desde o final de janeiro, a curva de novos casos e de mortes diárias por Covid-19 vem caindo. O último pico de óbitos registrados em um único dia no país foi em 21 de janeiro, quando 101 pessoas faleceram, conforme os dados disponíveis na plataforma Worldometers. Diferentemente do que sugere a publicação, de lá para cá os números diminuíram e em 4 de março caíram para 19. A publicação Our World in Data, plataforma que reúne dados analíticos e estatísticos sobre o novo coronavírus em todo o mundo, criou uma página especial para medir como a vacinação está impactando a evolução de casos da doença em Israel. Em 4 de março, a plataforma indicou que mais de 40% da população já tinha recebido a segunda dose da vacina. Também mostrou que, até 6 de fevereiro, 80% das pessoas acima de 60 anos do país receberam a primeira ou segunda dose. Como resultado, o número de hospitalizações de idosos com quadro grave de Covid-19 caiu, bem como o número de mortes vem decrescendo. A campanha israelense vem sendo apontada como um modelo e os resultados, até agora, são considerados encorajadores. Em 18 de fevereiro, a Lancet, uma das principais revistas científicas do mundo, publicou o resultado de uma avaliação sobre a taxa de infecção por SARS-CoV-2 em Israel depois do início da imunização com a BNT162b2, nome da vacina da Pfizer. Os dados indicaram reduções substanciais de infecção pelo novo coronavírus após administração da primeira dose. Esse resultado, dizem os pesquisadores que assinam o artigo, dá suporte para o adiamento da segunda dose em países que enfrentam escassez de vacinas e recursos, de modo a permitir maior cobertura da população com uma única dose. O artigo conclui, no entanto, que é necessário um acompanhamento por mais tempo para avaliar a eficácia em longo prazo de uma única dose.
https://piaui.folha.uol.…el_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CAMPANHA DE VACINAÇÃO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'ISRAEL', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PFIZER', 'VACINA', 'VACINA COVID', 'VACINA DA PFIZER', 'VACINAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/05/verificamos-brasil-fila-espera-vacinas/
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#Verificamos: É falso que Brasil terá que entrar na fila de espera para comprar vacinas
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2021-03-05
Circula por grupos de WhatsApp que o Brasil terá que entrar na “fila de espera” para adquirir vacinas contra a Covid-19 que já têm eficácia comprovada. De acordo com a publicação, existem muitos países já negociando com os desenvolvedores desses imunizantes. Para as doses da Pfizer, por exemplo, existiriam outros 115 países na frente do Brasil aguardando a compra. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “(…) Na hipotese do Brasil comprar alguma vacina de eficácia comprovada terá que entrar na fila de espera. Sputinik: 67 países na frente Pfizer: 115 paises na frnte Moderna: 68 países na frente Janssen: 55 paises na frente. Não há condições de entregar vacinas para o Brasil em 2021. O Brasil só pode contar com as vacinas do Butantã e da Fiocruz. O resto é papo furado!” Conteúdo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Embora governos no mundo inteiro tenham alertado sobre a escassez de doses disponíveis, não é verdade que exista uma ‘fila’ com dezenas de países à frente do Brasil aguardando o recebimento das vacinas com eficácia comprovada contra a Covid-19. As quatro candidatas citadas no post — Sputnik V, Pfizer, Moderna e Janssen — devem se somar às vacinas do Instituto Butantan (CoronaVac) e da Universidade de Oxford/AstraZeneca, já disponíveis para a população, a partir de abril, segundo calendário divulgado por e-mail pelo Ministério da Saúde. As assessorias de imprensa da Janssen e da Pfizer negaram que exista uma fila de espera. Em 3 de março, o Ministério da Saúde anunciou que avançaram as tratativas com as farmacêuticas Pfizer e Janssen e oficializou a intenção de compra de 138 milhões de doses no total – 100 milhões da Pfizer e 38 milhões da Janssen (dose única). Além dessas, em 25 de fevereiro o governo assinou contrato para compra de 20 milhões de doses da Covaxin, desenvolvida na Índia pela Precisa Medicamentos/Bharat Biotech. Segundo o calendário, essas doses chegarão ao país em março. Contudo, apesar de os acordos com as farmacêuticas terem acelerado na última semana, a morosidade da vacinação no país é atribuída às negociações por parte do governo, e não apenas à pouca oferta de vacinas. Em 23 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a autorizar estados e municípios a comprar e a distribuir vacinas contra a Covid-19 caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa da Pfizer, laboratório citado na publicação como o que tem mais países à espera (115 à frente do Brasil), informou, em nota, que 69 países já fecharam acordo para a compra da fórmula desenvolvida em parceria com a BioNTech — o Reino Unido e os Estados Unidos, por exemplo, iniciaram a imunização em dezembro do ano passado. A empresa não deu detalhes sobre os trâmites com o Brasil neste momento, mas o próprio Ministério da Saúde afirmou que estão previstas 100 milhões de doses desse imunizante para a população a partir do segundo trimestre de 2021. As primeiras tentativas de negociação do laboratório norte-americano com o governo brasileiro foram em agosto do ano passado. Naquela época, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses e, de lá para cá, outras propostas foram feitas até a confirmação da intenção de compra na última quarta (3). O imunizante da empresa teve o registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro. O acordo com a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, também avançou. O Ministério da Saúde publicou em 3 de março que a compra de 38 milhões de doses está em fase final de negociação. Em comunicado, a empresa não deu detalhes sobre a transação, mas afirmou que “após a assinatura do contrato para a aquisição de vacinas (…) e autorização regulatória, a empresa disponibilizará sua vacina de dose única na quantidade e nas condições que vierem a ser acordadas”. Também afirmou que, em paralelo, segue trabalhando nos demais processos regulatórios junto à Anvisa para viabilizar a utilização da vacina “em um modelo sem fins lucrativos durante a pandemia”. O imunizante da Janssen foi um dos últimos dentre os quatro citados a dar andamento ao estudo global de fase 3, em setembro do ano passado, e por isso os pedidos para uso emergencial foram realizados mais tarde que as outras candidatas. Em um comunicado feito em 28 de fevereiro, o laboratório informou que obteve autorização para uso emergencial nos Estados Unidos e que pretende entregar 20 milhões de doses para os norte-americanos até o final de março. No Brasil, segundo informou o Ministério da Saúde, serão entregues 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e mais 21,1 milhões de doses entre outubro e dezembro. A empresa ainda não tem registro para uso emergencial da Anvisa e deve fazer o pedido este mês. O governo brasileiro também está negociando a compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, vacina do Instituto Gamaleya, na Rússia, e que no Brasil tem parceria com o laboratório União Química. De acordo com o Ministério da Saúde, em abril serão importadas 400 mil doses. Em maio, serão 2 milhões e, por fim, em junho, mais 7,6 milhões de doses. A Sputnik V já tem autorização para uso em 26 países. Para que fosse possível a negociação com o Brasil, a Anvisa reduziu uma etapa no processo de autorização de uso emergencial ao retirar a exigência de testes clínicos de fase três no país. A Lupa entrou em contato com a assessoria de imprensa da União Química, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Em relação à vacina candidata da Moderna, o Ministério da Saúde informou na quinta (4) que estima adquirir 30 milhões de doses do imunizante para janeiro de 2022. Uma reunião realizada nesta sexta-feira (5), no entanto, alinhou a compra de 13 milhões de doses ainda em 2021. A vacina já foi aprovada para uso nos Estados Unidos, onde é aplicada desde dezembro, e em alguns países da Europa. A farmacêutica ainda não pediu registro junto à Anvisa e não consta no quadro de pedidos de autorização para uso no Brasil atualizado pela Agência..
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVAC', 'CORONAVÍRUS', 'COVAXIN', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMUNIZAÇÃO', 'JANSSEN', 'MODERNA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PFIZER', 'SPUTNIK V', 'VACINA', 'VACINAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/05/verificamos-golpe-promocao-renner/
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#Verificamos: É golpe promoção do Dia da Mulher das Lojas Renner
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2021-03-05
Circula nas redes sociais uma suposta promoção das lojas Renner para o Dia da Mulher. Ao clicar no link, o usuário é encaminhado para responder uma pesquisa, com a promessa de ganhar como prêmio um smartphone da marca Samsung. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Dia da Mulher. Hoje, 5 de março 2021, você foi escolhido para participar de nossa pesquisa. Você levará apenas um minuto e receberá um prêmio fantástico: um SAMSUMG Galaxy S21! Cada Sexta-feita nós escolhemos aleatoriamente 100 usuários para dar a eles a chance de ganhar prêmios incríveis. O prêmio de hoje é um SAMSUNG Galaxy S21! Haverá 100 vencedores sortudos. Esta pesquisa visa melhorar a qualidade do serviço prestado aos nossos usuários e sua participação será recompensada 100%” Trecho de mensagem compartilhada no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A pesquisa trata-se, na verdade, de um golpe para roubar informações sigilosas, como dados bancários e senhas de perfis em redes sociais. Por e-mail, a assessoria das Lojas Renner afirmou que o grupo não está promovendo nenhuma pesquisa ou promoção similar ao conteúdo e solicitou a suspensão da página. Em janeiro, um outro golpe usando o nome da Renner circulou também pelas redes sociais. A publicação dizia que a empresa estava fechando unidades no Brasil e que, por isso, estava doando produtos para a pele. Bastava clicar em um link e responder um questionário para adquirir a mercadoria. O boato foi desmentido pela Lupa. Golpes desse tipo vêm aumentando no país, principalmente por causa da pandemia da Covid-19. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicou um levantamento, em setembro de 2020, que mostra que, no período de quarentena, as instituições registraram aumento de 80% nas tentativas de ataques iniciados por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos para coletar informações pessoais. A orientação da Polícia Federal para esse tipo de promoção é que, na dúvida, não se deve clicar no link ou digitar dados pessoais, mas procurar os canais oficiais das empresas para averiguar a veracidade da ação.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'DADOS BANCÁRIOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIA DA MULHER', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FEBRABAN', 'GOLPE', 'LOJAS RENNER', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PHISHING', 'POLÍCIA FEDERAL', 'ROUBO DE DADOS', 'SAMSUNG', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/05/verificamos-comunicado-unimed-pico/
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#Verificamos: É antigo comunicado da Unimed alertando para pico de casos de Covid-19 no Brasil
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2021-03-05
Circula pelo WhatsApp um comunicado da Unimed Cataguases afirmando que o “pico do vírus” acontecerá entre os dias 6 e 20 de abril. Por essa razão, a entidade estaria recomendando para que as pessoas evitassem sair de casa para não serem contaminadas pela Covid-19. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “O pico do vírus será de 06 a 20 de abril, se o pico dos casos for realmente nestes dias, a maioria das pessoas se contaminarão entre hoje e a próxima quarta-feira. Para que o pico seja mais brando, precisamos aumenta o isolamento social. Envie aos amigos, vizinhos e familiares. Unimed Cataguases” Imagem que circula pelo WhatsApp A imagem analisada pela Lupa é antiga. A assessoria de imprensa da Unimed afirmou que a publicação foi veiculada em 2020, na fase inicial da pandemia da Covid-19, para alertar a população sobre a necessidade do isolamento social. “É importante considerar que o contexto da época dessa divulgação era outro e que o comunicado da cooperativa apoiava as recomendações das autoridades públicas locais”, disse. Contudo, a previsão da Unimed de que o pico da pandemia aconteceria em abril de 2020 não estava correta. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no ano passado, julho foi o mês com maior número de casos diários de Covid-19 no Brasil. A OMS indica que o total de infectados no país caiu no final de 2020, mas voltou a aumentar em 2021. O novo coronavírus já contaminou mais de 10,7 milhões de brasileiros, sendo que 261 mil pessoas morreram da doença até a última quarta-feira (4), segundo dados do consórcio de imprensa. Na última quarta-feira (4), o Brasil bateu o 6º dia consecutivo de recorde de média móvel de óbitos. Segundo o infectologista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Andre Ricardo Araujo da Silva, entre os meses de março e maio há um aumento esperado das doenças respiratórias. Isso ocorre por causa da sazonalidade dos vírus respiratórios de uma forma geral, ou seja, é um período mais propício para o contágio. Contudo, até o momento, ainda não é possível prever quando será o próximo pico de casos da Covid-19. Por essa razão, autoridades internacionais de saúde seguem recomendando manter o distanciamento social. Para diminuir o avanço do vírus, algumas regiões do país voltaram a restringir a circulação de pessoas. No município do Rio de Janeiro, por exemplo, a prefeitura proibiu a permanência de pessoas em vias públicas das 23h às 5h até o dia 11 março. Eventos, festas e atividades comerciais na orla também estão proibidas no mesmo período.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO WHATSAPP', 'UNIMED', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/04/verificamos-apreensao-dinheiro-imperatriz/
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#Verificamos: Vídeo de apreensão de malas de dinheiro pela PF não foi filmado em Imperatriz (MA)
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2021-03-04
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra malas e caixas de dinheiro sendo abertas por policiais federais. Segundo a publicação, o registro foi feito durante a Operação Recôndito, deflagrada na manhã de quarta-feira (3), no município de Imperatriz (MA). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “A Prefeitura de Imperatriz é mais uma das gestões municipais na mira da Polícia Federal por suspeita de desvio de dinheiro público destinado para o combate à Covid-19 na cidade” Texto que acompanha vídeo publicado no Facebook que, até as 15h de 4 de março de 2021, tinha mais de 1,3 mil visualizações A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que aparece na publicação não foi gravado em Imperatriz (MA), mas em Sergipe. A Polícia Federal realizou na manhã de quarta-feira (3) diversas operações pelo país, inclusive na cidade de Imperatriz (MA), para investigar supostas fraudes em licitações feitas em 2020 pela Secretaria Municipal de Saúde. Entretanto, o vídeo que circula nas redes sociais, com caixas de dinheiro sendo abertas por policiais, foi filmado em Sergipe, durante a Operação Distração, no mesmo dia. Ou seja, não tem nenhuma relação com o município de Imperatriz. Segundo a Polícia Federal de Sergipe, a Operação Distração tinha como objetivo obter provas para investigação sobre suposta prática de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa envolvendo um site de apostas e seus proprietários. Na operação, foram apreendidos mais de R$ 13 milhões. Os 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Aracaju, Itabaiana, São Cristóvão e Lagarto. Em Imperatriz (MA), as investigações da Operação Recôndito apuram supostas fraudes em procedimentos licitatórios e sobrepreço em contratos públicos firmados pela Secretaria de Saúde de Imperatriz, em 2020, com a utilização de recursos públicos federais destinados ao combate da pandemia da Covid-19. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, há diversos indícios de fraude em processo de dispensa de licitação, com a contratação de empresa de fachada, integrada por sócios-laranja, beneficiados em contrato de fornecimento de refeições. Em nota, a prefeitura de Imperatriz informa que procurou atuar dentro dos parâmetros legais. “Mas é possível que um ou outro fornecedor possa ter falhado, deliberadamente ou não, no fornecimento de documentos. Seria impossível auditar, sem atrasar o essencial (que era o pronto e eficaz atendimento aos doentes)”. Checagem similar foi feita por Boatos.Org.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'CORRUPÇÃO', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'DESVIO DE VERBAS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMPERATRIZ', 'MARANHÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'OPERAÇÃO', 'OPERAÇÃO DISTRAÇÃO', 'OPERAÇÃO RECÔNDITO', 'PF', 'POLÍCIA FEDERAL', 'SERGIPE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/04/verificamos-george-soros-exterminar/
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#Verificamos: George Soros não disse que é preciso ‘exterminar’ parte do povo brasileiro para resolver problema do país
null
2021-03-04
Circula nas redes sociais que o bilionário George Soros disse que, para resolver o problema do Brasil, é preciso “exterminar” ao menos dois terços do povo brasileiro, por meio de doenças e conflitos. A publicação afirma ainda que Soros pretende enviar “o que sobrar” como escravos para russos e chineses. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O problema do Brasil é que ele está cheio de brasileiros. Quem nem mesmo merecem viver nesta terra. A ideia é exterminar pelo menos dois terços com doenças, miséria, fome, assaltos, conflitos sociais, raciais, sexuais, religiosos e ideológicos. O que sobrar desse povo medíocre será entregue como escravo junto com seu país para mim, para os russos e para os chineses” Texto atribuído a George Soros no Facebook que, até as 13h de 4 de março de 2021, tinha mais de 670 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Trata-se, na verdade, de mais uma teoria de conspiração atribuída a George Soros. As frases não aparecem em nenhuma entrevista na imprensa, rede social (Twitter e Instagram) ou discurso feito pelo bilionário. A assessoria no Brasil da Open Society Foundations, do qual Soros é fundador, afirmou por nota que o post é falso. “Tem a única intenção de criar distrações sobre o que realmente importa, que é a sua atuação em defesa da democracia, da justiça e da igualdade.” Não é possível saber a origem da publicação. O texto aparece em comentário de um blog na internet desde 5 de julho de 2019, atribuindo a Soros a fala. Nas redes sociais, é compartilhado desde janeiro de 2019, principalmente em grupos bolsonaristas. Soros é um investidor e filantropo nascido na Hungria e naturalizado estadunidense. O bilionário costuma ser alvo de peças de desinformação, que vão desde falsas ligações com determinados movimentos ambientalistas até teorias da conspiração sobre Covid-19. Ao longo de sua trajetória, fez doações bilionárias para causas progressistas e liberais por meio da Open Society Foundations. A organização investe em projetos sociais de “grupos independentes trabalhando por justiça, governança democrática, e direitos humanos”. Desde sua criação, foram investidos US$ 16,8 bilhões em 120 países, de acordo com a própria organização.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'BILIONÁRIO GEORGE SOROS', 'BRASIL', 'DESINFORMAÇÃO', 'EXTERMINAR BRASILEIROS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GEORGE SOROS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'OPEN SOCIETY', 'OPEN SOCIETY FOUNDATIONS', 'SOROS', 'TEORIA DA CONSPIRAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/04/verificamos-paulo-guedes-viagra/
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#Verificamos: Paulo Guedes não gastou R$ 120 mil com Viagra
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2021-03-04
Circula pelas redes sociais que o ministro da Economia, Paulo Guedes, gastou R$ 120 mil com a compra de Viagra, fármaco indicado para tratamento de disfunção erétil. A publicação usa a imagem congelada de um telejornal do canal CNN onde a suposta denúncia foi veiculada. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “POLÊMICA NO PLANALTO PAULO GUEDES GASTA 120 MIL REAIS COM VIAGRA Ministério público pede investigação” Texto em post publicado no Facebook que, até as 14h15 do dia 3 de março de 2021, tinha sido compartilhado 595 vezes A imagem analisada pela Lupa é falsa. Uma cena congelada do telejornal CNN Prime Time foi digitalmente adulterada para incluir no letreiro a falsa denúncia de gastos de Paulo Guedes com Viagra. A partir da análise das informações que constam na tarja localizada na base da tela, “Saldo da balança comercial brasileira cai 50% em fevereiro”, bem como das roupas do apresentador Márcio Gomes, é possível localizar a data em que o programa foi exibido, dia 1º de março. No vídeo original, a notícia de que o ministro da Economia gastou R$ 120 mil para comprar Viagra não aparece em nenhum momento ao longo de quase 90 minutos de jornal. Também não há notícias sobre a compra desse medicamento por Guedes nos principais veículos de comunicação do Brasil. Sites de notícias como o Metrópoles e Diário do Litoral afirmaram que a imagem adulterada foi uma sátira feita por um usuário do Twitter. Segundo a apuração, o autor do boato pediu “sugestões” de “fake news”: “Quem tá acordado. Vamos subir fake news nos trends, mandem sugestões”, escreveu. Essa mensagem depois foi apagada. O assunto ficou, de fato, entre os assuntos mais comentados no Twitter no começo da semana e chegou a ser compartilhado como se fosse verdade por figuras conhecidas, como o jornalista Felipe Andreoli. Procurada pela Lupa, a assessoria de comunicação do Ministério da Economia não respondeu até o fechamento desta checagem. Esse conteúdo também foi verificado pelo Boatos.org e pelo Estadão Verifica.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', 'CNN', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GUEDES', 'INVESTIGAÇÃO', 'MINISTRO DA ECONOMIA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PAULO GUEDES', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIAGRA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/03/verificamos-hospital-moinhos-superlotacao/
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#Verificamos: É falso que Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, não tenha superlotação em função da Covid-19
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2021-03-03
Um vídeo que circula nas redes sociais sugere que a superlotação no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, seria uma farsa. O narrador mostra imagens da unidade sem circulação de pessoas, levantando dúvidas sobre a crise em decorrência da Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “No mínimo estranho o Hospital Moinhos [de Vento] vazio! COMPARTILHE!! 03/03/21 10.15h Porto alegre” Texto em vídeo publicado no Facebook que, até as 19h de 3 de março de 2021, tinha mais de 168 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Por diversas vezes ao longo do vídeo, o narrador sugere que a superlotação no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em decorrência da Covid-19 seria uma farsa. “Vou passar aqui para o outro lado, na emergência. Me diz uma coisa, se tu tem um alarde, se tu tem um problema sério de saúde, as pessoas que têm seus entes hospitalizados não estariam aqui na rua, não estariam aqui olhando para os seus mortos, chorando, na frente? Gente, olha a emergência, não tem ninguém”, diz o narrador do vídeo. Boletim divulgado pelo Moinhos nesta quarta-feira (3) mostra que, no total, há 223 pacientes internados com Covid-19. A ocupação dos leitos de UTI passa de 100%, conforme a assessoria de imprensa do hospital. A instituição acrescentou que opera acima da capacidade de pacientes infectados pelo coronavírus nas áreas de internação. O superintendente médico do hospital, Luiz Antônio Nasi, afirmou à GloboNews que a unidade vive “um cenário de guerra”. De acordo com o hospital, familiares são orientados a permanecerem em casa, “uma vez que as visitas são vedadas nestes casos”. Por isso, as imagens da entrada do Moinhos passam uma sensação de normalidade, o que não significa que não haja pessoas internadas com Covid-19 do lado de dentro. “A ideia de normalidade sugerida pelo vídeo é, na verdade, resultado das medidas adotadas pelo Comitê de Enfrentamento da COVID-19, visando manter os padrões de qualidade assistencial e médica da instituição”, aponta a nota. Em um trecho do vídeo, o narrador diz: “Olha a barraca do Covid. Não tem ninguém”. Ele se refere a uma tenda de atendimento a pacientes com suspeita de infecção por Covid-19, que aparece vazia no vídeo. A assessoria explica que o hospital decidiu fechá-la, direcionando o atendimento para a Emergência, limitando-se a casos classificados como vermelho e laranja. Na terça-feira (2), o hospital informou que instalará provisoriamente um contêiner refrigerado, “considerando a possibilidade de atrasos na retirada dos óbitos por parte das funerárias”. Segundo a administração da unidade, o equipamento só será utilizado “em caso de real necessidade”.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'HOSPITAL MOINHOS DE VENTO', 'HOSPITAL VAZIO', 'INTERNAÇÕES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PORTO ALEGRE', 'SUPERLOTAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/03/verificamos-vacinas-covid-19-501-mortes/
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#Verificamos: É falso que vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes
null
2021-03-03
Circula pelo WhatsApp um vídeo em que Ana Paula Henkel, comentarista do programa Pingo nos Is, da rádio Jovem Pan, diz que as vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes. A ex-atleta cita ainda outros dados de efeitos adversos que teriam sido causados em pessoas logo depois de serem imunizadas. “Aí você pode pensar ‘É um número pequeno, 300 e pouco, 500 e pouco’. Mas virou uma roleta-russa”, diz. “Entrem no site da Anvisa, olhem ali todo o relatório das vacinas que são empregadas no Brasil.” Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “501 PESSOAS MORRERAM APÓS TOMAR A VACINA CONTRA COVID” Legenda em vídeo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há comprovação de que 501 pessoas morreram depois de serem vacinadas contra a Covid-19. Os dados referem-se a eventos adversos suspeitos relatados em uma ferramenta de acompanhamento do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Qualquer pessoa pode reportar problemas no Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (Vaers, na sigla em inglês). Não é possível dizer que a causa das mortes e de sintomas foi a vacina, uma vez que outras doenças existentes podem ter provocado efeitos colaterais e os números podem estar errados ou incompletos. Apesar de os dados serem públicos, o próprio site avisa que os números não podem ser usados para concluir que todos os efeitos informados foram causados pelos imunizantes. Além disso, não há estudo científico que tenha mostrado que as vacinas contra a Covid-19 podem causar mortes. O dado foi citado por Ana Paula Henkel na edição de 25 de fevereiro do Pingo nos Is, da Jovem Pan. A Lupa entrou em contato, por e-mail e por telefone, com a produção do programa na última terça-feira (2), na tentativa de ouvir a comentarista sobre os dados usados em sua fala – que foram classificados como falsos. Até a publicação desta checagem, no entanto, não houve retorno. O vídeo que circula pelo WhatsApp traz apenas um trecho da intervenção de Ana Paula, omitindo a fonte dos números usados por ela. Logo que aborda esse assunto, ela diz que os dados foram extraídos do CDC. “Saiu um dado agora no final de janeiro, começo de fevereiro, que vem exatamente do CDC. O dado vem do Sistema de Notificação dos Eventos Adversos de Vacinas, que contabiliza e monitora exatamente essas alergias e todos os efeitos adversos. E os dados são, assim, um pouco alarmantes”, afirmou. Na sequência, ela menciona que “501 pessoas morreram pós-vacina”, trecho em que começa o vídeo que circula no WhatsApp. A plataforma do CDC que reúne os dados do Vaers avisa, na página inicial, que são aceitos quaisquer relatos de problemas depois da administração de vacinas, fornecidos tanto por profissionais de saúde quanto pelo público em geral. “Apesar de serem muito importantes no monitoramento da segurança das vacinas, os relatos enviados ao Vaers sozinhos não podem ser usados para determinar que uma vacina causou ou contribuiu para um evento adverso ou doença. Os relatos podem conter informações incompletas, imprecisas, coincidentes ou não verificáveis”, diz o texto. Logo, esses números não podem ser usados como indicativos de que foram as vacinas que provocaram as mortes. A avaliação da segurança de uma vacina depende de monitoramentos feitos em outros países, ensaios clínicos e artigos científicos, entre outras análises verificadas por cientistas independentes e órgãos reguladores. Ferramentas como o Vaers são úteis para detectar rapidamente um evento adverso grave que começa a afetar uma grande quantidade de pessoas, abrindo caminho para uma investigação mais aprofundada. “O número dos relatos sozinho não pode ser interpretado ou usado para chegar a conclusões sobre existência, gravidade, frequência ou taxa de problemas associados a vacinas”, informa o CDC. A lista de eventos adversos relatados após a vacinação contra a Covid-19 no Vaers, extraída nesta quarta (3), mostra que os problemas mais comuns reportados nos Estados Unidos foram dor de cabeça (20,5%), fadiga (15%), febre (15%), calafrio (14,6%), dor (13,6%), tontura (13,2%) e náusea (12,9%). O número de mortes chegou a 810, equivalentes a 4,1% dos 93.739 eventos submetidos ao sistema. No vídeo que circula no WhatsApp, a legenda que aparece sobreposta às imagens foi alterada. Na gravação original exibida pela Jovem Pan, em vez de “501 pessoas morreram após tomar a vacina contra Covid”, está escrito “Bolsonaro pode vetar responsabilização” na primeira linha e “Projeto aprovado pelo Senado autoriza governo a assumir responsabilidade” na segunda linha. O programa tratou de um projeto de lei que permite que o governo se responsabilize pelos efeitos da vacinação, aprovado pelo Senado. No início de fevereiro, a Lupa checou um post publicado no Facebook que disseminava uma informação falsa semelhante, baseada nos dados do Vaers. A publicação dizia que os números do CDC mostravam que 181 americanos haviam morrido em razão das vacinas contra Covid-19 em apenas duas semanas. O relatório emitido pelo CDC na época, no entanto, ressaltava que os óbitos “não devem ser assumidos como causalmente relacionados à vacinação” (página 33). Semelhante ao Vaers, o Painel de Notificações de Farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também começou a ser usado para disseminar informações falsas sobre eventos adversos reportados após a imunização contra Covid-19. Todos os relatos reunidos pela ferramenta referem-se a suspeitas que podem ter diversas causas e, como no caso do sistema do CDC, não devem ser interpretados como problemas provocados pelas vacinas.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ANA PAULA HENZEL', 'CDC', 'COVID-19', 'EFEITOS COLATERAIS', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'EVENTOS ADVERSOS', 'JOVEM PAN', 'MORTES', 'NO WHATSAPP', 'PANDEMIA', 'PINGOS NOS IS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VACINA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA COVID-19', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINAÇÃO', 'VACINAS', 'VAERS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/03/verificamos-agressao-governador-maranhao/
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#Verificamos: Vídeo não mostra agressão a governador do Maranhão
null
2021-03-03
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra, segundo a legenda da publicação, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sendo agredido por um homem. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “GOVERNADOR DO MARANHÃO SENDO AGREDIDO” Texto em vídeo publicado no Facebook que, até as 14h de 3 de março de 2021, tinha mais de 1,1 mil visualizações A informação analisada pela Lupa é falsa. Quem aparece nas imagens não é o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mas o ex-vereador Anderson Pêgo e o vereador Thiago Carvalho (DEM). O registro foi feito na segunda-feira (1º) na Câmara Municipal de Timon, no Leste do Maranhão. A briga se deu depois que Carvalho criticou na tribuna a vereadora Alynne Macêdo (PSD), esposa de Pêgo. Os dois se manifestaram em redes sociais. “Eu por ter questionado a ausência da vereadora Alynne, por faltar a sessões na Câmara, o marido dela me agrediu na ante sala que antecede o plenário. Eu de forma alguma atingi a honra da vereadora”, disse Carvalho em vídeo. Pêgo alegou em postagem que se defendeu “das agressões verbais e físicas cometidas pelo vereador Thiago Carvalho”. O casal postou um vídeo de quase 15 minutos comentando o caso.
https://piaui.folha.uol.…hão-destaque.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AGRESSÃO', 'ALYNNE MACÊDO', 'ANDERSON PÊGO', 'CÂMARA MUNICIPAL DE TIMON', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO DINO', 'GOVERNADOR DO MARANHÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'THIAGO CARVALHO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/02/verificamos-equipamento-hospitalar-ms/
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#Verificamos: Equipamento hospitalar em vídeo não foi abandonado pelo governo do MS
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2021-03-02
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra diversos equipamentos hospitalares em um depósito na cidade de Campo Grande (MS). Segundo a pessoa que narra o registro, o material está “todo parado” e coberto de poeira. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Isso aqui é em Campo Grande, todo equipamento de camas, para leitos hospitalares, está parado. Pela poeira que está aqui, deve ser do começo da Covid, do ano passado, material de proteção hospitalar, tudo parado (…)” Vídeo publicado no Facebook que, até as 18h de 2 de março de 2021, tinha mais de 210 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O material hospitalar que aparece no vídeo não está abandonado. De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, as camas hospitalares que aparecem no vídeo foram usadas nos hospitais de campanha em Campo Grande e Ponta Porã, desativados no segundo semestre do ano passado. Devido a um processo judicial envolvendo o pagamento dos equipamentos, o governo estadual ainda não pôde decidir o destino deles. Por telefone, a assessoria de imprensa da secretaria explicou que houve um problema no pagamento da empresa fornecedora das camas e, até uma solução, elas não podem ser retiradas do local. Em seu site, a secretaria explica que as camas, assim como outros equipamentos de proteção individual (EPIs) comprados pelo estado ou doados por empresas, estão sendo armazenados no Centro de Convenções de Campo Grande. No local há, por exemplo, aventais, máscaras e luvas que são destinados “à medida do necessário, para as demandas de hospitais e outras unidades de saúde, tanto da Capital quanto do interior”, explica a pasta. Em 2020, segundo o Tesouro Nacional, o Mato Grosso do Sul recebeu mais de R$ 836 milhões de repasses do governo federal para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Um decreto do governo de Mato Grosso do Sul prorrogou, até 12 de março, a restrição de circulação de pessoas das 22h às 5h da manhã em municípios que estejam nas bandeiras vermelha e cinza. Último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, na segunda-feira (2), mostra que o estado tem 183.105 casos confirmados de Covid-19 e 3.350 óbitos.
https://piaui.folha.uol.…uti-destaque.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CAMPO GRANDE', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LEITOS DE UTI', 'LEITOS HOSPITALARES', 'LOCKDOWN', 'MATO GROSSO DO SUL', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'SECRETARIA DE SAÚDE DO MS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/02/verificamos-posto-petrobras-paraguai/
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#Verificamos: É antigo vídeo que mostra posto da Petrobras cobrando R$ 2,62 pela gasolina no Paraguai
null
2021-03-02
Circula pelas redes sociais um vídeo supostamente gravado em um posto de gasolina no Paraguai. O homem responsável pelas imagens pergunta o preço da gasolina para uma funcionária, que informa que o combustível está custando R$ 2,62. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “A gasolina ela é fabricada no Brasil, mais chega para o consumidor no Paraguai por R$ 2.62 ainda ‘aditivada’ não entendir porque para nós Brasileiros pagamos em média 5 reais? Porque que a gasolina produzida no Brasil é vendida mais barata no Paraguai não entendir Petrobras? Não deveria ser ao contrário?” Legenda de vídeo que, até as 14h do dia 2 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 400 pessoas no Facebook O vídeo analisado pela Lupa é antigo. A gravação circula no Facebook desde pelo menos fevereiro de 2018, conforme mostra uma busca realizada na ferramenta CrowdTangle (veja exemplos aqui e aqui). Contudo, não foi possível localizar o autor do vídeo. Ele também é responsável pela divulgação de uma segunda gravação, que circula pelo YouTube desde 2017. Em ambas as imagens, o homem não identificado pergunta a funcionários de um posto de gasolina qual é o preço do combustível no Paraguai. Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, a estatal não tem mais uma rede de postos de gasolina no Paraguai. “Em 2019, por meio de sua subsidiária Petrobras International Braspetro B.V., a companhia vendeu 100% da sua participação societária nas empresas Petrobras Paraguay Distribución Limited (PPDL UK), Petrobras Paraguay Operaciones y Logística SRL (PPOL) e Petrobras Paraguay Gas SRL (PPG) para o Grupo Copetrol. O acordo prevê o licenciamento para uso da marca Petrobras nas estações de serviço daquele país, pelo período de cinco anos”, disse a assessoria. Logo, a empresa brasileira não poderia ser responsabilizada pelos preços cobrados no posto, mesmo se o vídeo fosse atual. Os dados do site GlobalPetrolPrices mostram que o preço da gasolina no Paraguai era de US$ 0,912 no dia 1º de março, o que corresponde a R$ 5,18. No Brasil, o mesmo site mostra que a gasolina estava custando US$ 0,916, ou seja, R$ 5,21. Os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por sua vez, indicam que o preço médio da gasolina comum no país foi de R$ 4,943 em fevereiro deste ano, com preço mínimo de R$ 3,89 e preço máximo de R$ 6,35, dependendo da localização do posto. No dia 19 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que trocaria o atual presidente da estatal, o economista Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna. Desde que isso ocorreu, boatos envolvendo o nome da empresa vêm sendo compartilhados nas redes sociais. Essa informação também foi verificada pelo Aos Fatos e Fato ou Fake.
https://piaui.folha.uol.…gasolinacapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'PETROBRAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/02/verificamos-anistiados-40-mil/
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#Verificamos: É falso que 25 mil anistiados no país recebem acima de R$ 40 mil por mês
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2021-03-02
Circula nas redes sociais a informação de que 25 mil anistiados recebem mais de R$ 40 mil de indenização mensal. Pessoas que foram perseguidas pelo Estado brasileiro entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988 podem ser autorizadas pelo governo a receber pagamentos mensais ou em parcela única, como forma de reparar os danos sofridos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O povo não quer mais pagar salários de anistiados de 1964! Salários de mais de 40 mil por mês pagos a 25 mil baderneiros!” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 1º de fevereiro de 2021, tinha mais de 8,6 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O número total de anistiados civis e militares que recebem a compensação, chega, em média, a 7,4 mil beneficiários por mês (janeiro a setembro de 2020). Desse total, em relação à última folha de pagamento, de janeiro de 2021, 54 civis receberam o valor acima de R$ 40 mil. Ou seja, é inverídico afirmar que 25 mil anistiados recebem acima desse total. Os valores das indenizações são pagos pelo Ministério da Economia e pelo Ministério da Defesa, a civis e militares, respectivamente. As informações que constam no Portal da Transparência são divididas entre os dois órgãos, mas não são atualizadas no mesmo ritmo. O último dado do Ministério da Economia, referente ao mês de janeiro de 2021, mostra que 3.883 civis receberam a compensação. Desse total, 54 pessoas ganharam acima de R$ 40 mil. A assessoria de imprensa do Ministério da Economia, por nota, explicou que os valores constantes na planilha correspondem ao total recebido por cada anistiado político, no mês de referência, podendo ocorrer variação em algumas situações, a exemplo de pagamento de valores retroativos, de acordo com a Lei nº 11.354/2006. Ou seja, esse quantitativo muda de acordo com o mês. A título de exemplo, em novembro de 2020, o total de civis que receberam a indenização acima de R$ 40 mil foi de 30 pessoas. Em relação aos militares, o Ministério da Defesa informa que, no mês de setembro de 2020, último mês com informações divulgadas, 3.284 pessoas receberam a indenização. O valor mais alto chega a R$ 32,9 mil. As anistias políticas foram regulamentadas pela Lei nº 10.559/2002, que define as regras para a obtenção de indenizações mensais ou em parcela única daqueles que foram perseguidos pelo Estado brasileiro entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. A decisão sobre a concessão dos benefícios cabe à Comissão da Anistia. O pagamento em parcela única corresponde a 30 salários mínimos por ano de perseguição econômica e é destinada aos perseguidos políticos que não puderam comprovar vínculos trabalhistas. O teto máximo é de R$ 100 mil. Já o pagamento das indenizações mensais é feito aos anistiados que comprovaram o vínculo laboral interrompido à época da perseguição. Neste caso, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, não será inferior ao do salário mínimo nem superior ao do teto constitucional, que corresponde aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, esse valor é de R$ 39,2 mil. Em nota, o Ministério da Economia explicou que a variação nos valores encontrados nos pagamentos de civis se deve a diversos fatores. São eles: Inclusão do anistiado em folha de pagamento com o acerto financeiro de valores atrasados desde o reconhecimento da anistia política até a inclusão em folha de pagamento; acerto financeiro referente aos reajustes aplicados à categoria a qual o anistiado político pertencia; pagamento de retroativos determinados na portaria de reconhecimento da anistia política, de acordo com a Lei nº 11.354/2006; acerto financeiro em virtude da reativação do pagamento após a suspensão por falta de recadastramento; e acertos financeiros decorrentes de retificações na portaria de reconhecimento de anistiado político. Checagem similar foi feita por Aos Fatos e Estadão Verifica.
https://piaui.folha.uol.…s-destaque-1.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'ANISTIA', 'ANISTIADOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DITADURA MILITAR', 'EXÉRCITO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MILITARES', 'MINISTÉRIO DA DEFESA', 'MINISTÉRIO DA ECONOMIA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PORTAL DA TRANSPARÊNCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/01/verificamos-petrobras-cortou-patrocinios/
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#Verificamos: É falso que Petrobras cortou todos os patrocínios para teatro e cinema
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2021-03-01
Circula pelas redes sociais que a Petrobras teria cortado todos os patrocínios para teatro e cinema no fim de fevereiro. Segundo o texto compartilhado no Facebook, a estatal pretende focar apenas em ações para a educação infantil. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Urgente! Petrobras corta todos os patrocínios para teatro e cinema e vai focar em educação infantil. Os artistas não vão dormir hoje” Texto em imagem que, até as 14h do dia 1º de março de 2021, tinha sido compartilhado por 200 pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. A assessoria de imprensa da Petrobras afirmou que a estatal mantém patrocínios culturais para teatros e cinemas. A Orquestra Petrobras Sinfônica, o Museu de Arte Moderna (MAM), a Sala Cecília Meirelles e o Theatro Municipal do Rio são algumas das iniciativas e instituições que recebem o apoio da empresa. Em seu site, a Petrobras divulga um balanço dos projetos patrocinados. O texto analisado pela Lupa afirma que a empresa teria cortado o patrocínio cultural para focar em projetos para a primeira infância. Em 2019, a Petrobras lançou uma iniciativa voltada para essa área. “A iniciativa da Petrobras envolve instituições públicas e privadas que já estão presentes na Primeira Infância. Ao invés de criar um novo programa, a companhia vai investir na melhoria da qualidade do ensino na pré-escola, no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e nas OSCs (Organizações da Sociedade Civil)”, afirma release divulgado pela empresa na época. Contudo, essa nova iniciativa não significa que a Petrobras tenha parado de patrocinar todos os projetos voltados para teatros e cinemas. No dia 19 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que trocaria o atual presidente da estatal, o economista Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna. Desde então, boatos envolvendo o nome da empresa vêm sendo compartilhados nas redes sociais. No dia 23 de fevereiro, por exemplo, a Lupa desmentiu um áudio que afirmava que a Petrobras teria demitido 300 funcionários ligados ao ex-ministro José Dirceu.
https://piaui.folha.uol.…etrobrascapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'PETROBRAS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/01/verificamos-inalacao-agua-oxigenada-bicarbonato-sodio/
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#Verificamos: Inalação com água oxigenada e bicarbonato de sódio não previne a Covid-19
null
2021-03-01
Circula em grupos de WhatsApp um vídeo em que um médico ensina uma receita à base de bicarbonato de sódio para prevenir e tratar a Covid-19. O autor afirma que a inalação de uma fórmula feita com água mineral, bicarbonato de sódio e água oxigenada é capaz de prevenir a doença. Ele também afirma que essa mesma fórmula pode ser usada em inalações como tratamento caso uma pessoa seja infectada pelo novo coronavírus. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “(…) Nós vamos precisar apenas de um nebulizador caseiro, 100g de bicarbonato de sódio, 100 ml de água oxigenada volume 10 e 900 ml de água mineral. (…) Nós vamos pegar o peróxido de hidrogênio, que é água oxigenada, para facilitar e misturar também na água mineral. Tá pronto. Fica um líquido translúcido. Enche o bujão do seu nebulizador e… Olha que facilidade. Cinco minutos é o suficiente, uma vez por dia, para prevenção. Para tratamento, nós podemos fazer com cinco minutos de três a cinco vezes ao dia. (…)” Vídeo que circula no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há evidências de que a combinação de compostos químicos, como o bicarbonato de sódio e o peróxido de hidrogênio, popularmente conhecida como água oxigenada, previnam ou contribuam para que a Covid-19 não evolua para um quadro grave. Não há, até o momento, cura para a Covid-19. As principais recomendações para prevenir a doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e entidades como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), são uso de máscara, distanciamento social e higienização correta das mãos, além da vacina, quando disponível. Embora um projeto colaborativo entre a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), o Instituto de Perícias Judiciais do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o uso do bicarbonato de sódio no tratamento da doença esteja em curso, esse estudo ainda está na fase inicial de pesquisas. Não há, portanto, evidências de que uma solução à base desse composto químico seja efetiva para tratar ou prevenir a Covid-19. E a pesquisa não associa o bicarbonato de sódio à água oxigenada, que é de uso externo e não deve ser ingerida. Sua inalação pode causar irritação no nariz e na garganta e, dependendo da concentração, pode causar queimaduras nas mucosas. Em entrevista ao jornal A Gazeta, a pesquisadora Carolina Pontes Soares, coordenadora do projeto, alertou que o bicarbonato deve ser utilizado com critério. “Não é um milagre, é mais uma somativa para o combate à covid. É necessário ter o acompanhamento de um profissional que saiba manusear”, disse. Existem outras pesquisas em andamento para avaliar se existe algum benefício no uso de bicarbonato de sódio por inalação, mas ainda não foram publicados resultados conclusivos. Já a água oxigenada sequer aparece na literatura médica recente como uma opção para tratamento da Covid-19. Por ser antisséptica, essa substância é indicada para uso externo, como limpeza de ferimentos ou desinfecção de objetos, por exemplo. Alguns pesquisadores passaram a estudar a eficácia do peróxido de hidrogênio contra o novo coronavírus em superfícies já no ano passado. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), trata-se de um desinfetante estável e eficaz contra o novo coronavírus quando usado em superfícies inanimadas, como lentes de contato e tecidos. A Lupa procurou dois médicos especialistas que atuam na linha de frente do atendimento a pacientes com Covid-19 e ambos afirmaram que a inalação com essas substâncias não tem nenhum efeito na prevenção ou tratamento da doença. “Não temos nenhuma intervenção comprovada de prevenção da Covid a não ser afastamento social, uso de máscara etc” explicou, por WhatsApp, o médico e pesquisador do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração de São Paulo Israel Silva Maia. Para o médico do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) Marcio Sommer Bittencourt, a recomendação do vídeo não faz sentido. “E não ajuda em nada contra a Covid”, disse, por telefone. Esse conteúdo também foi verificado pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…to_destaque_.jpg
null
['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'ÁGUA OXIGENADA', 'BICARBONATO', 'BICARBONATO DE SÓDIO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'INALAÇÃO', 'NEBULIZAÇÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PREVENÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/01/verificamos-camilo-santana-bolsonaro/
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#Verificamos: É falso que Camilo Santana disse que pagaria auxílio de R$ 1 mil ao rebater Bolsonaro
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2021-03-01
Circula nas redes sociais uma fala atribuída ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT), com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo a publicação, o gestor teria afirmado que, se fosse preciso, pagaria um auxílio emergencial de R$ 1.000. “Mas quem manda no Ceará sou eu, seu égua”, teria dito. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Camilo Santana rebate Bolsonaro e afirma: ‘Se precisar eu pago auxílio de 1000, mas quem manda no Ceará sou eu, seu égua!’” Texto de post publicado no Facebook que, até as 13h de 1º de março de 2021, tinha mais de 210 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Nas redes sociais do governador (Twitter, Facebook e Instagram) não há nenhuma menção sobre a declaração do post, tampouco na imprensa. Por WhatsApp, a assessoria de imprensa da Casa Civil do Ceará afirmou que o post é falso. “Sequer é o linguajar do governador”. Além disso, apesar de terem sido adotadas algumas medidas pelo governo estadual para amenizar o impacto da pandemia da Covid-19, a Casa Civil informou que não há nenhum auxílio emergencial nos moldes do governo federal destinado a desempregados, por exemplo. Nos últimos dias, Camilo Santana tem feito diversas críticas públicas ao governo federal. Na quinta-feira (25), ao comentar a visita de Bolsonaro ao Ceará, o governador afirmou no Twitter que a presença do presidente no estado era “algo frontalmente contrário à gravíssima crise sanitária que vivemos neste momento”, devido às aglomerações provocadas. E que, por isso, não participaria do evento. “Tenho todo respeito à autoridade, mas não posso compactuar com aquilo que considero um grave equívoco”, escreveu. Durante a visita que fez a Caucaia (CE), na sexta-feira (26), Bolsonaro fez declarações com ataques a governadores, devido às medidas preventivas adotadas por causa da pandemia da Covid-19. “O governador que fechar seu estado, o governador que destrói emprego, ele é quem deve bancar o auxílio emergencial”. Nesta segunda-feira (1º), Camilo Santana fez mais críticas ao governo federal pelo Twitter. Bolsonaro postou no domingo (28) uma série de valores que, segundo ele, foram enviados aos governos estaduais no combate à Covid-19. O governador do Ceará rebateu, afirmando que as informações estavam “distorcidas”. “Lamentável que o Sr presidente da República, além de desrespeitar normas sanitárias o tempo inteiro, leve seu tempo a espalhar informações distorcidas e promover discórdia com governadores, quando deveria tentar unir o país para superarmos juntos a gravíssima crise que vivemos”, disse. O governo do Ceará adotou algumas políticas de auxílio emergencial para amenizar o impacto da pandemia da Covid-19. Na quarta-feira (24), Camilo Santana sancionou medidas de apoio para o setor de eventos, com auxílio financeiro no valor de R$ 1 mil, divididos em duas parcelas de R$ 500. O governo espera atender a 10 mil profissionais no estado. Também anunciou, em janeiro deste ano, a ampliação do número de famílias no programa Mais Infância Ceará, de 48 mil para 70 mil. A medida paga um valor mensal de R$ 100 a famílias que tenham crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, que se enquadrem na situação de alta vulnerabilidade social. Também foi anunciado ano passado um auxílio emergencial a catadores de resíduos sólidos, com um valor mensal de R$ 261,25, por até seis meses. No total, 1.345 pessoas foram beneficiadas.
https://piaui.folha.uol.…ana-destaque.jpg
null
['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AUXÍLIO EMERGENCIAL', 'CAMILO SANTANA', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNO DO CEARÁ', 'JAIR BOLSONARO', 'MAIS INFÂNCIA CEARÁ', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'PT', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/03/02/verificamos-oms-lockdown-suecia/
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#Verificamos: OMS não disse que isolamento sem restrições da Suécia é ‘modelo a ser seguido’
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2021-03-02
Circula pelas redes sociais que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a Suécia estabeleceu um modelo de combate à pandemia que deveria ser seguido. De acordo com a publicação, o país não realizou lockdown e, por isso, seria um bom exemplo para outros países. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “E AGORA? OMS afirma que Suécia, que não fez lockdown, é ‘modelo a ser seguido.’” Texto em post publicado no Facebook que, até as 14h30 do dia 2 de março de 2021, tinha sido compartilhado 2,1 mil vezes A informação analisada pela Lupa é falsa. Uma fala do diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan, feita durante entrevista em 29 de abril do ano passado, foi distorcida e compartilhada como se fosse atual. Diferentemente do que sugere a publicação, Ryan não disse que a Suécia, naquele momento, era um modelo a ser seguido durante a pandemia. Na verdade, ele afirma que as medidas do país europeu — que adotou, naquela ocasião, isolamento social baseado em cidadania, não em multas ou regulamentações severas — poderiam ser, no futuro, um exemplo para a realidade de um “novo normal”. “A Suécia representa um modelo futuro no qual, se quisermos voltar para uma sociedade em que não temos lockdowns, teremos que nos adaptar para um período médio ou potencialmente longo em que as relações físicas e sociais terão de ser dimensionadas pela presença do vírus”, disse. “Precisamos ter a percepção de que o vírus está presente e teremos que, como indivíduos, famílias e comunidades, fazer todo o possível diariamente para reduzir a transmissão desse vírus.” Isso não quer dizer que a organização tenha afirmado que países devessem seguir o exemplo sueco e não realizar medidas de isolamento. Na verdade, na mesma entrevista, o diretor da OMS evidenciou o fato de que, embora o modelo baseado num pacto de confiança entre o governo e a população seja uma possível lição a ser aprendida no futuro, a Suécia agiu para tentar controlar a Covid-19. Ryan também ressaltou que a Suécia teve, sim, políticas de isolamento — menos restritivas, mas teve — para evitar a propagação do novo coronavírus. “A Suécia implementou uma política de saúde pública muito forte em torno do distanciamento físico, em torno de cuidar e proteger as pessoas em instalações de longo prazo e muitas outras coisas”, disse. Ele ainda concluiu que essas medidas deveriam ser avaliadas. “O que [a Suécia] fez de diferente é que realmente confiou em suas próprias comunidades para implementar esse distanciamento físico e isso é algo que nos resta ver: se terá sucesso total ou não.” No começo do ano passado, a Suécia adotou políticas de isolamento social menos restritivas em comparação com outros países europeus — a Espanha e a França, por exemplo, decretaram bloqueio geral para diminuir a propagação do vírus. A estratégia sueca foi baseada em recomendações de distanciamento social, de não visitar parentes idosos e de evitar viagens. Comércio e serviços, porém, continuaram abertos. Essa flexibilidade do governo, entretanto, resultou em um agravamento da pandemia no país ainda em abril do ano passado. Em junho, o epidemiologista Anders Tegnell, responsável pela estratégia, admitiu que o plano provocou muitas mortes. Em dezembro de 2020, a Suécia registrou uma nova explosão de casos de Covid-19 e o rei Carl XVI Gustaf afirmou que o país falhou no combate à pandemia. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, em 2 de março de 2021 a Suécia tinha o 22ª pior índice de mortes a cada 100 mil habitantes do mundo: 125,9 no total. Esse índice é pior que o do Brasil, que na mesma data era de 122. Esse conteúdo também foi verificado pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…MS_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'BRASIL', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'DISTANCIAMENTO SOCIAL', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'ISOLAMENTO', 'LOCKDOWN', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'SUÉCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-23
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/22/alcool-carnaval-anticoncepcional/
lupa
Álcool tira efeito do anticoncepcional? Dá ruim com antialérgico? Veja mitos e verdades sobre beber no Carnaval
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2020-02-22
Carnaval é época de se divertir nas ruas, nas quadras de escolas de samba, nos blocos e – por que não? – nos bares. Assim como a fantasia e o glitter, o álcool é um dos itens consumidos pelos foliões que decidem cair na gandaia. Com base no Google Trends, a Lupa analisou alguns dos termos e perguntas mais procurados sobre o álcool. Confira: “Álcool tira o efeito da pílula anticoncepcional” O álcool não anula os efeitos da pílula anticoncepcional. Essa informação foi confirmada – em entrevista por telefone – pela médica Ilza Monteiro, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Contudo, ela explica que o efeito do anticoncepcional depende de um comportamento específico (tomar a pílula todo dia no mesmo horário). Essa conduta pode sofrer alterações em períodos em que há consumo de álcool – pode-se variar muito o horário de tomar o medicamento ou até mesmo esquecer de fazê-lo, por exemplo. A médica lembra, ainda, que caso a mulher vomite ou tenha uma diarréia exagerada quatro horas após tomar a pílula, é possível que os efeitos do anticoncepcional sejam diminuídos. Por essa razão, ela recomenda, nestes casos, repetir a dose da pílula, tomando a seguinte da mesma cartela. Outra opção é utilizar a camisinha por até 15 dias depois da falha na tomada do medicamentos, para evitar a gravidez. Vale lembrar que a camisinha é o único método contraceptivo que evita as infecções sexualmente transmissíveis (IST), sendo indispensável para um sexo seguro. “Mulheres que estão amamentando não podem beber” As mamães que estão amamentando também podem curtir uma cerveja sem ter medo de afetar o bebê. Porém, não dá para “encher a cara”. A vice-presidente da Febrasgo, Ilza Monteiro, explicou, por telefone, que “na amamentação tudo depende de quantidade”, ou seja, está liberado beber uma cerveja. Contudo, a recomendação da especialista da Febrasgo é evitar consumir álcool em grande quantidade. Já mulheres que estão grávidas não devem consumir bebidas alcoólicas. Em seu site, a Febrasgo explica que beber durante a gestação pode levar a consequências irreversíveis para o feto, como a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que provoca anomalias fetais que podem afetar o sistema nervoso, retardar o crescimento e prejudicar o desenvolvimento cognitivo e comportamental. “Misturar álcool e antialérgico causa efeitos colaterais” A ingestão de álcool em conjunto com o uso de medicamentos antialérgicos pode causar efeitos colaterais como sonolência excessiva, dificuldade na concentração e sedação. Essa informação foi confirmada por e-mail pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Segundo a ASBAI, os antialérgicos são divididos em dois grupos: os anti-histamínicos de “primeiro geração” e os anti-histamínicos de “segunda geração”. A diferença entre eles é que os de “primeiro geração” causam mais sonolência em seu uso frequente, algo que foi reduzido em medicamentos mais modernos. A entidade destaca que quando se mistura álcool com esses antialérgicos mais antigos, os efeitos de sonolência, dificuldade de concentração e sedação são mais expressivos. A Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA) destaca que, em alguns casos, os sintomas podem ser mais extensos. “Algumas pessoas também podem sofrer confusão e prejuízo na capacidade de julgamento, bem como comprometimento na coordenação motora”. Por fim, o médico Drauzio Varella recomenda sempre olhar a bula do remédio para ver se existe a recomendação de não beber enquanto faz uso de um determinado medicamento. “Demora horas para o álcool sair completamente do organismo” Em um cenário de consumo constante de álcool por várias horas consecutivas, como costuma acontecer no Carnaval, a tendência é que o corpo demore várias horas para eliminá-lo por completo. O fígado, órgão responsável por metabolizar o álcool, tende a eliminar, em média, uma unidade de álcool – equivalente a uma lata de cerveja – por hora. Porém, quanto mais é consumido em um determinado período, mais tempo demora para que ele seja eliminado. O tempo exato dessa eliminação depende de vários fatores. O tipo de bebida, por exemplo, influencia bastante: em bebidas mais concentradas, como cachaça ou uísque, o álcool é absorvido mais rápido, o que significa que a eliminação pode demorar mais. As características da pessoa que está bebendo, como o peso, o sexo biológico e a idade também influenciam no tempo de eliminação. Homens jovens e mais pesados, por exemplo, tendem a eliminar o álcool com mais rapidez do que mulheres mais velhas e mais leves. O Portal Terra lançou uma “calculadora do álcool” para medir “quanto tempo se leva para ficar sóbrio – ou seja, sem nada de álcool no sangue”. A ferramenta contou com a colaboração da psiquiatra Carla Bicca, conselheira da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) e da nutricionista Livia Hasegawa, de São Paulo. É possível conferir e calcular o seu tempo para ficar sóbrio clicando aqui.
https://piaui.folha.uol.…0/02/cerveja.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['ÁLCOOL', 'ANTIALÉRGICO', 'ANTICONCEPCIONAL', 'BEBIDA', 'BEBIDAS', 'BLOCO DE CARNAVAL', 'CARNAVAL', 'CERVEJA', 'DRAUZIO VARELLA', 'ESCOLAS DE SAMBA', 'PÍLULA', 'SEXO']
2021-05-14
['FALSO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/21/verificamos-bolsonaro-iptu-ipva-indecencias/
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#Verificamos: É falso que Bolsonaro tenha chamado IPTU e IPVA de ‘indecências’
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2020-02-21
Circula pelas redes sociais um post com a foto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e uma frase atribuída a ele com críticas ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Na frase, o chefe do Executivo teria chamado os dois impostos de “indecências que só existem no Brasil”, por taxarem o direito de ter um bem já adquirido. O presidente também teria reclamado do Congresso, que não aprovou a extinção “dessa máquina de dinheiro”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O IPTU e o IPVA são duas indecências que só existem no Brasil. Você compra sua casa e seu carro, depois você tem que pagar um imposto para que o Estado te conceda o direito de possuir sua propriedade (que JÁ é sua porque você já pagou por ela) Lamentável que o congresso não tenha aprovado a extinção dessa máquina de dinheiro” Texto atribuído a Jair Bolsonaro em imagem de post no Facebook que, até as 15h de 21 de fevereiro de 2020, tinha 530 compartilhamentos Bolsonaro não é o autor da frase com críticas ao IPTU e ao IPVA analisada pela Lupa. Não foi encontrada nenhuma reportagem, entrevista ou declaração pública em que o presidente condene a cobrança desses dois tipos de imposto. Também não foram localizadas falas do chefe do Executivo sobre esse tema em suas redes sociais. Além disso, o Congresso não votou nenhuma proposta que defendesse a extinção dessas taxações na atual legislatura. Uma busca pelo texto do post na internet revela que a publicação do trecho inicial, sobre IPTU e IPVA, ocorreu anteriormente pelo menos três vezes. Em nenhuma delas Bolsonaro aparece como autor da fala. A mais antiga foi feita pelo usuário Mike Lions no Twitter em 20 de dezembro de 2018, antes do início do mandato do presidente. Em 24 de fevereiro do ano passado, outro usuário, Airton Melo, também replicou a frase e para isso usou a ferramenta Twishort. O último registro localizado na rede foi um post na página do Facebook da Gazeta de Piraquara, em 16 de dezembro. Vale pontuar, ainda, que não é verdade que o IPTU e o IPVA só existem no Brasil. Impostos semelhantes ao IPTU e o IPVA existem em praticamente todos os países da OCDE, por exemplo. Nesses países, a arrecadação média com impostos sobre propriedade é de cerca de 1,9% do PIB. Segundo o relatório Carga Tributária no Brasil, de 2017, o Brasil arrecadou 1,49% do seu PIB com esse tipo de tributo. A Lupa checou outro post falso sobre Bolsonaro e o IPVA em dezembro do ano passado. O texto afirmava que o presidente teria apresentado uma proposta para extinguir o imposto e instituir no país um modelo de cobrança similar ao dos Estados Unidos, o que jamais ocorreu.
https://piaui.folha.uol.…pva-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'BOLSONAROGOOGLE', 'CARGA TRIBUTÁRIA', 'FACEBOOK', 'GOVERNO BOLSONARO', 'IMPOSTO', 'IMPOSTOS', 'IPTU', 'IPVA', 'JAIR BOLSONARO', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/21/verificamos-lula-banana-imprensa/
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#Verificamos: É falso que Lula tenha dado uma ‘banana para a imprensa’ quando era presidente
null
2020-02-21
Circula nas redes sociais que, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tinha “dado uma banana” para a imprensa, mas que, na época, ninguém se importava. Neste mês, Bolsonaro fez esse gesto ofensivo para jornalistas em duas ocasiões. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Lula já deu banana para a imprensa e repórteres achavam legal” Título de texto publicado pelo site O Alerta que, até as 20h30 de 20 de fevereiro de 2020, tinha sido compartilhado por cerca de 900 pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. O conteúdo refere-se a uma foto famosa do ex-presidente Lula, tirada pelo fotógrafo André Coelho, do jornal O Globo, na qual ele parece estar fazendo um gesto ofensivo. Na verdade, segundo reportagem do próprio O Globo, onde a imagem foi publicada pela primeira vez, o petista estava “batendo no antebraço, numa demonstração de força”. Essa foto foi tirada na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, no dia 26 de maio de 2010 – quando Lula ainda era presidente. Durante o discurso, o petista criticou a postura dos Estados Unidos sobre o acordo nuclear entre Brasil, Irã e Turquia, assinado na mesma época. “Tem gente que, em vez de se sentar a uma mesa para conversar, prefere mostrar ‘eu tenho força’”, disse. Foi nesse momento que ele fez o gesto registrado na foto. Nesse discurso, assim como em diversas outras ocasiões, Lula criticou a imprensa por, no entendimento dele, não acreditar que o acordo nuclear era possível. “A imprensa brasileira, então, dizia: ‘O Lula? O cara que vem lá de Garanhuns? O cara não fala nem inglês, o cara quer falar com um árabe, com um persa? Não vai dar certo, ele vai quebrar a cara. Aquilo é coisa de gente grande’”, disse. Entretanto, em nenhum momento fez gestos ofensivos aos jornalistas presentes. Já Bolsonaro deu uma “banana” para jornalistas que cobrem o Palácio da Alvorada em duas ocasiões neste mês. No dia 8, ele se irritou com a cobertura da imprensa sobre sua declaração a respeito dos pacientes com HIV. “Uma pessoa com HIV, além de um problema sério para ela, é uma despesa para todos no Brasil”, disse. No dia 15, ele voltou a fazer gestos ofensivos para jornalistas após ser questionado sobre a redução do tamanho da biblioteca do Palácio da Alvorada para dar lugar a um escritório para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
https://piaui.folha.uol.…labananatopo.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'FACEBOOK', 'GOVERNO LULA', 'IMPRENSA', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PT', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/20/verificamos-sonia-guajajara/
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#Verificamos: É falso que nome no TSE prove que Sonia Guajajara não é indígena
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2020-02-20
Circula pelas redes sociais um post que acusa Sonia Guajajara (PSOL), candidata a vice-presidente nas eleições de 2018, de não ser indígena. A “prova” disso seria a reprodução da ficha de registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que traz o seu nome completo: Sonia Bone de Sousa Silva Santos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “E se eu disser que a índia do PSOL é ‘fake’ índia? [Seta aponta para o nome da candidata a vice-presidente, Sonia Bone de Sousa Silva Santos, na ficha registrada no TSE]” Texto de post no Facebook que, até as 16h de 19 de fevereiro de 2020, tinha cerca de mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O nome de registro de Sonia Guajajara não prova que ela não é indígena. Quando a ex-candidata a vice-presidente nasceu, em 1974, ainda não era regulamentado o registro civil de sobrenomes indígenas. Com isso, muitos cartórios se recusavam a aceitar quaisquer referências a esses povos. Isso só mudou em 2012, quando se criou a Resolução Conjunta nº 3/2012 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O parágrafo 1º do artigo 2º dessa norma estabelece que a etnia pode ser usada como sobrenome, se a pessoa desejar. Os cartórios são obrigados a seguir essa regra. A recusa ao registro ocorria principalmente em regiões marcadas por conflitos ligados a questões socioambientais ou de demarcação de terras. “Uma forma de se negar a presença indígena era justamente não autorizar o registro nos cartórios com o nome indígena, principalmente do povo”, afirmou à Lupa, por telefone, Dinaman Tuxá, advogado e membro da coordenação-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Ele conta que, quando foi registrado, aos 12 anos, o cartório o obrigou a usar outro nome, Antônio. “Meu povo luta por questões territoriais.” Mais recentemente, Tuxá só conseguiu registrar o filho com nome indígena e do seu povo porque cobrou o cumprimento da Resolução nº 3/2012. “Apesar da orientação do CNJ, ainda tem uma resistência em cartórios de regiões de muito conflito, como o Mato Grosso do Sul e sul da Bahia”, disse. Assim como Tuxá, Guajajara trabalha atualmente na coordenação da Apib, entidade que reúne movimentos de todo o país. Na ficha de candidatura disponível no site do TSE, ela se autodeclara como indígena – esse trecho do documento, no entanto, foi suprimido no post que circula pelas redes sociais. O uso de um nome alternativo em uma candidatura é aceito pela Resolução do TSE nº 23.548, de 18 de dezembro de 2017. O artigo 27 do texto diz que o candidato pode adotar um apelido ou o nome pelo qual é mais conhecido. Além de constar nos materiais de campanha, essa designação também é usada na urna eletrônica. O nome civil também nunca foi ocultado pela ex-candidata. Seu perfil no Facebook, por exemplo, é Sonia Bone Guajajara. Há uma explicação para isso inclusive no texto que traz a sua biografia na plataforma: “Sonia Bone nasceu no Maranhão, na terra indígena de Araribóia, no povo Guajajara, daí o nome público: SONIA GUAJAJARA.” Ou seja, ela não foi registrada dessa forma, mas adota o sobrenome como referência à sua origem. No TSE, o município de Amarante do Maranhão, onde está localizada 46% da Terra Indígena Araribóia, consta como seu local de nascimento . Em 2018, o projeto Comprova fez uma checagem semelhante.
https://piaui.folha.uol.…dia-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE ÍNDIA', 'FAKE NEWS', 'GUAJAJARA', 'INDÍGENAS', 'ÍNDIOS', 'MARANHÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSOL', 'SONIA GUAJAJARA', 'TERRA INDÍGENA ARARIBOIA', 'TERRAS INDÍGENAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/20/verificamos-preco-gasolina-manaus/
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#Verificamos: Preço da gasolina em Manaus não baixou para R$ 2,68
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2020-02-20
Circula pelas redes sociais um post que diz que o preço da gasolina em Manaus (AM) baixou para R$ 2,68. A alta no valor dos combustíveis nas últimas semanas causou um bate-boca entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e governadores, acusados por ele de serem responsáveis pelo custo elevado. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Manaus Gasolina 2,68” Texto em post no Facebook que, até as 16h de 20 de fevereiro de 2020, tinha mais de 1,3 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O preço da gasolina em Manaus não caiu para R$ 2,68. De acordo com levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na segunda semana de fevereiro (de 9 a 15), o valor médio do litro estava em R$ 4,75. O custo mínimo registrado nesse período ficou em R$ 4,50, enquanto o preço mais alto foi de R$ 4,79. Em janeiro, a média era de R$ 4,38 e, em dezembro, de R$ 4,10. O valor de R$ 2,68 foi cobrado apenas durante uma campanha promovida pelo movimento “Mais Amazonas, Menos Impostos” e pelo Instituto Ajuricaba no dia 14 de fevereiro. Naquela data, um posto vendeu 4 mil litros do combustível por esse preço. Cada veículo poderia abastecer apenas 10 litros por esse valor, que representaria o custo da gasolina para o consumidor final se não houvesse incidência de impostos. O objetivo da campanha foi conscientizar a população sobre a alta carga tributária que incide sobre esse tipo de produto no estado. A Lupa já checou outros posts sobre o mesmo tema. Um deles trazia a afirmação falsa de que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aceitou zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre o valor dos combustíveis. Outro, também falso, dizia que o estado do Maranhão era o recordista nacional em arrecadação com ICMS sobre os combustíveis. Atualização feita às 18h15 de 20 de fevereiro de 2020: Acrescentadas informações sobre a campanha que cobrou R$ 2,68 em 14 de fevereiro.
https://piaui.folha.uol.…aus-destaque.jpg
null
['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'AMAZONAS', 'ANP', 'COMBUSTÍVEIS', 'COMBUSTÍVEL', 'FACEBOOK', 'GASOLINA', 'GOVERNO BOLSONARO', 'JAIR BOLSONARO', 'MANAUS', 'NO FACEBOOK', 'PREÇO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/19/verificamos-trump-papa-lula/
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#Verificamos: Não há registros de que Trump disse que papa perderá respeito por se encontrar com Lula
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2020-02-19
Circula nas redes sociais uma frase atribuída ao presidente americano Donald Trump. Ele teria dito o seguinte: “o Papa [Francisco] não fará o [ex-presidente] Lula ser mais respeitado, mas o Lula fará o Papa perder o respeito”. Essa informação começou a circular após o ex-presidente se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano para “conversar sobre um mundo mais justo e fraterno”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O Papa não fará o Lula ser mais respeitado, mas o Lula fará o Papa perder o respeito. Donald Trump” Frase atribuída ao presidente do Estados Unidos Donald Trump que, até as 16h do dia 19 de fevereiro, tinha sido compartilhada cerca de 500 pessoas no Facebook Não foi possível encontrar um registro que comprove que o presidente Donald Trump tenha dito que o Papa Francisco irá “perder o respeito” após se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Lupa procurou em reportagens e nas redes sociais do republicano (Twitter, Facebook e Instagram), mas a frase não aparece. No Twitter, por exemplo, ele jamais mencionou o nome de Lula. Ao pesquisar a frase é possível ver que perfis brasileiros vem postando esse texto no Facebook, sem mencionar o autor da frase, desde o início da semana. No dia 15 de fevereiro, por exemplo, um perfil publicou essa frase e ainda continuou o texto: “Papa e Lula juntos falando de fome mundial, é a mesma coisa que o Ministro Sérgio Moro pedir conselhos a Suzane Von Richthofen sobre amar os pais antes de matá-los”. Outros usuários do Facebook também publicaram a frase. Veja alguns exemplos aqui, aqui e aqui. Essa informação também foi desmentida pelo Boatos.org e Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…apatrumpcapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'DONALD TRUMP', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'PAPA', 'PAPA FRANCISCO', 'TRUMP', 'VERIFICA', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/19/verificamos-vice-sanitarios/
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#Verificamos: Vice não publicou reportagem sobre ‘lamber sanitários’ como forma de protesto
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2020-02-19
Circula nas redes sociais uma imagem de uma suposta reportagem da revista Vice, com o título “Como lamber sanitários se tornou um símbolo de resistência contra Bolsonaro e o fascismo.” Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Como lamber sanitários se tornou um símbolo de resistência contra Bolsonaro e o fascismo” Título de suposta reportagem da revista Vice em imagem publicada no Facebook que, até as 16h15 do dia 19 de fevereiro, tinha sido compartilhada por mais de mil pessoas A imagem analisada pela Lupa é falsa. A revista Vice não publicou uma reportagem com esse título. As imagens foram retiradas de vídeos publicados no YouTube e de outras redes sociais, e as inscrições contra o presidente Jair Bolsonaro foram inseridas digitalmente – ou seja, se trata de uma montagem. A imagem no canto superior direito, por exemplo, é de um desafio publicado por um YouTuber norte-americano. Já a do canto inferior direito é de um vídeo de uma menina cantando, em um banheiro, uma música cômica chamada “Water hit my booty”. Essa peça de desinformação é copiada de um conteúdo semelhante publicado em 2017 nos Estados Unidos, sobre supostos protestos de pessoas de esquerda contra Trump. Na época, o site de checagem Snopes verificou as imagens. A origem desse boato é o fórum 4Chan. Esse fórum, que existe desde 2003, permite que pessoas publiquem conteúdos sem se identificar, e se tornou um dos principais vetores para desinformação e discurso de ódio na internet.
https://piaui.folha.uol.…eprivadaTOPO.png
null
['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', '4CHAN', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DONALD TRUMP', 'ESQUERDA', 'ESQUERDISTAS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PRIVADA', 'PROTESTO', 'SANITÁRIO', 'TRUMP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VICE']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/19/verificamos-e-falso-que-zema-aceitou-zerar-o-icms-dos-combustiveis-em-mg/
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#Verificamos: É falso que Zema aceitou zerar o ICMS dos combustíveis em MG
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2020-02-19
Circula nas redes sociais que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), teria “aceito o desafio” do presidente Jair Bolsonaro e decidido zerar o ICMS incidente sobre os combustíveis no estado. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Desafio aceito. Governador de MG diz que aceita desafio de Bolsonaro de zerar ICMS sobre o combustível” Texto de imagem publicada no Facebook que, até as 14h do dia 19 de fevereiro, tinha sido compartilhada por cerca de 1,9 mil pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, não vai reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre os combustíveis no estado. No dia 4 de fevereiro, em sua conta no Twitter, o governador afirmou que não fará isso, “embora fosse um desejo dele” e que, quando assumiu o cargo, o estado estava falido e era necessário, primeiro, “reverter essa situação”. Desde maio de 2019, as alíquotas de ICMS em Minas Gerais são de 31% sobre a gasolina, de 16% sobre o etanol e de 15% sobre o diesel. No dia 12 de fevereiro, Zema voltou a mencionar o assunto nas redes sociais. Na ocasião, o governador disse que respeita o presidente Bolsonaro, mas que a medida sugerida por ele afetaria muito a economia dos estados. No início do mês, Bolsonaro afirmou que zeraria os tributos federais sobre o combustível caso os governados também fizesse o mesmo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ele disse que essa proposta era um “desafio” para os governadores. Na última segunda-feira (17), vinte governadores assinaram uma carta criticando algumas declarações do presidente.
https://piaui.folha.uol.…02/romeucapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOATO', 'BOLSONARO', 'ECONOMIA', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'ICMS', 'IMPOSTO', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MINAS GERAIS', 'NO FACEBOOK', 'ROMEU ZEMA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/19/doria-canal-livre/
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Doria erra sobre novas estações de metrô e extensão de rodovias concedidas em SP
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2020-02-19
De olho nas eleições de 2022, o governador João Doria (PSDB) esquivou-se de críticas ou elogios ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, no último domingo (16). Fez questão, no entanto, de comparar a sua gestão com a do governo federal, e destacou projetos e realizações dos seus primeiros 13 meses de mandato. A Lupa checou algumas das frases ditas pelo governador. Veja, a seguir, o resultado. “São Paulo teve 2,6% de crescimento do seu PIB [em 2019], e o Brasil, 1,2%” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 O boletim “Projeções do PIB” publicado em janeiro pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) estima em 2,6% o crescimento do PIB de São Paulo em 2019. O cálculo, no entanto, considera os dados disponíveis até novembro do ano passado. Ou seja, trata-se de uma previsão, que pode ou não se concretizar. O resultado final depende do desempenho da economia paulista em dezembro, que ainda não havia sido computado quando o relatório foi publicado. No documento, a Fundação Seade afirma que os dados apurados em novembro não confirmaram a expectativa de aceleração da atividade econômica. Houve menor crescimento no comércio varejista, de 5%, na comparação com outubro (5,2%). Isso teria ocorrido, em parte, porque a expansão do consumo não ocorreu como previsto, uma vez que menos da metade do total liberado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo governo federal foi sacado pela população. Os números sobre o crescimento do PIB no Brasil em 2019 também não foram fechados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa do mercado, segundo a edição do Boletim Focus, do Banco Central, publicada em 6 de janeiro, era de uma alta de 1,17%. No Relatório de Inflação, divulgado em dezembro, o próprio Banco Central estimou a variação do PIB em 1,2%. O resultado final, contudo, depende ainda da análise dos números de dezembro – o que deve ocorrer em março. Procurada, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo declarou que as informações são verdadeiras, pois “pois se baseiam nos levantamentos mais atuais” para comparar os dois PIBs. “[Em 2019, foram gerados] mais de 340 mil empregos diretos (…) em São Paulo nos diferentes setores da economia” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 O número citado por Doria não aparece nem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnadc/T), do IBGE, nem nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O primeiro mede o número total de pessoas ocupadas, inclusive na informalidade, enquanto o segundo mostra o número de admissões e demissões em vagas de emprego formais. Segundo a Pnadc/T, o número de pessoas ocupadas no estado de São Paulo entre o último trimestre de 2018 e 2019 cresceu em 579 mil. Trata-se de um número 70% maior do que o citado pelo governador. Já os dados do Caged mostram que o saldo de postos de trabalho com carteira assinada em São Paulo – ou seja, o total de admissões menos desligamentos – foi de 184.133 registros em 2019. O número citado por Doria na entrevista supera em 84% o que foi apurado pelo governo federal. O Caged contabiliza apenas informações sobre carteira assinada, e uma pessoa pode acumular mais de um registro no documento. Por isso, o número total de empregados no setor formal pode ser menor. Quando são analisados os oito setores da economia paulista, houve retração no número de vagas formais em dois deles: a indústria de transformação, que teve saldo negativo de 12.738 postos de trabalho formais; e a indústria extrativa mineral, que encolheu em 240 vagas com carteira assinada. A maior expansão ocorreu no setor de serviços, que criou 131.214 empregos em São Paulo no período. Em segundo lugar ficou o comércio, com saldo positivo de 35.204 postos de trabalho e, em terceiro, a construção civil, com 19.385. Procurada, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo disse que Doria se referia aos números da Pnadc/T, e reconheceu que o número estava incorreto. “[Em 2019, São Paulo foi responsável por] 40% de todos os novos empregos gerados no Brasil” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 O saldo acumulado de empregos formais criados em 2019 no Brasil, segundo o Caged, foi positivo em 644.079 registros em carteira assinada. Dentro desse universo, São Paulo concentrou 184.133 postos de trabalho, que representam 28,5% do total. O número citado por Doria, portanto, é 40% superior ao que foi apurado pelo Ministério da Economia. Se considerarmos o total de novas contratações, sem considerar as demissões, 16.197.094 admissões no país, sendo que 4.927.274 foram em São Paulo – ou seja, 30,4% do total. Por fim, o total de pessoas ocupadas cresceu 1,816 milhão no Brasil, e 579 mil em São Paulo, segundo a Pnadc/T. Ou esteja, por essa métrica, que inclui também vagas informais, o estado de São Paulo registrou 31,8% dos novos empregos no país. Procurada, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo disse que, segundo a Pnadc/T, o número de pessoas ocupadas no estado cresceu em 631 mil, ou 35% do total do país. Este número, porém, não está correto. “A maior concessão feita [em São Paulo] nos últimos 13 meses (…), a Pipa [malha rodoviária Piracicaba-Panorama], com 12.273 quilômetros” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 A concessão da malha rodoviária Piracicaba-Panorama (Pipa), feita pelo governo do estado de São Paulo em janeiro, compreende 1.273 quilômetros de estradas. A extensão citada por Doria, portanto, é quase 10 vezes maior do que o tamanho que será administrado pela iniciativa privada. As vias saem da região de Campinas e seguem na direção do oeste do estado, terminando na divisa com o Mato Grosso do Sul. Dos 1.273 quilômetros concedidos, 1.055 eram de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP). Procurada, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo admitiu que ele se equivocou ao citar a extensão da malha viária. “Agradecemos a publicação para elucidar este lapso e trazer a informação correta para a população. Mesmo assim, é importante frisar que se trata do maior bloco de concessão rodoviária da história do Estado em relação à extensão”, diz a nota. “[Os resultados da concessão da Pipa foram] R$ 15 bilhões de investimento, 7.209% de ágio e R$ 1,1 bilhão adicionais aos cofres públicos de São Paulo” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 A oferta vencedora da concessão da malha rodoviária Pipa, realizada pelo Consórcio Infraestrutura Brasil, de fato representou um ágio de 7.209% na outorga, ou seja, na taxa de retorno que será paga ao governo do estado. O valor oferecido pelo grupo foi de R$ 1,1 bilhão. O contrato prevê ainda R$ 14 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos, que incluem a construção de 600 quilômetros de duplicações e novas pistas. “Nós já inauguramos 15 [estações do metrô] no primeiro ano de governo” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 O governo de São Paulo inaugurou cinco estações de metrô em 2019 – não 15, como disse Doria na entrevista para o Poder em Foco. Foram abertas as estações Campo Belo, da Linha 5-Lilás, em 8 de abril; Jardim Planalto, da Linha 15-Prata, em 26 de agosto; e Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, também da Linha 15-Prata, em 16 de dezembro do ano passado. Não houve nenhuma inauguração de estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As obras das cinco haviam sido iniciadas em gestões anteriores e estavam atrasadas há seis anos no caso das quatro estações da Linha 15-Prata e há mais quatro anos no caso da estação Campo Belo. Procurada, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo disse que Doria considerou, também, outras 10 estações do metrô que estão em construção, oito delas na linha 17-Ouro. “Nós estamos prendendo mais” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020 O volume de prisões feitas pela polícia de São Paulo aumentou em 2019, na comparação com o ano anterior. De acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública, foram registradas 184.270 detenções no ano passado, contra 177.344 em 2018 – o que representa um aumento de 3,9% entre os dois períodos. Esse número representa as ocorrências desse tipo, ou seja, é possível que, em alguns casos, mais de uma pessoa tenha sido detida. O total de pessoas presas por mandado judicial cresceu: de 80.149 para 87.398, alta de 9%. No entanto, o número de pessoas presas em flagrante – resultado da ação efetiva de policiais – teve uma ligeira queda. Em 2018, a polícia paulista deteve 127.808 pessoas. No ano seguinte, foram 125.304. “Reduzimos à metade o imposto sobre calçados e produtos de couro” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista para o Poder em Foco, do SBT, em 16 de fevereiro de 2020
https://piaui.folha.uol.…joaodoriasbt.png
null
['MAURÍCIO MORAES']
[]
['CAGED', 'CALÇADOS', 'CANAL LIVRE', 'CONCESSÃO', 'COURO', 'DESEMPREGO', 'DORIA', 'ECONOMIA', 'EMPREGOS', 'ENCARCEIRAMENTO', 'GOVERNADOR', 'GOVERNADOR DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DO ESTADO', 'INDÚSTRIA CALÇADISTA', 'INVESTIMENTO', 'JOAO DORIA', 'METRÔ', 'METRÔ DE SÃO PAULO', 'METRÔ SP', 'OBRAS', 'PIB', 'PIPA', 'PPI', 'PRISÃO', 'PRISÕES', 'SÃO PAULO', 'SBT', 'SEGURANÇA']
2021-05-14
['AINDA É CEDO PARA DIZER', 'SUBESTIMADO', 'EXAGERADO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/18/verificamos-assalto-brt-barra/
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#Verificamos: Vídeo de assalto em ônibus é do RN, e não ‘no BRT da Barra’, no RJ
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2020-02-18
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra um assalto em um veículo de transporte coletivo. Na legenda, é dito que se trata do BRT (modelo expresso de ônibus) que circula na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Divulgue esse vídeo para facilitar o trabalho da polícia. Ontem no BRT da Barra” Legenda de vídeo publicado no Facebook que, até as 19h do dia 18 de fevereiro de 2020, tinha sido compartilhado por mais de 15 mil pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. O assalto mostrado no vídeo não aconteceu em um ônibus do BRT na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, mas sim em um micro-ônibus em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. O vídeo foi divulgado pela Polícia Civil em 15 de janeiro de 2019. A publicação analisada pela Lupa, que erroneamente afirma que se trata de um caso no Rio de Janeiro, foi feita em 18 de janeiro de 2019, ou seja, dias depois do assalto no RN. No entanto, o post voltou a circular em fevereiro de 2020, reafirmando, de forma equivocada, que se tratava de um caso na capital fluminense. Essa informação também foi verificada pelo projeto Fato ou Fake.
https://piaui.folha.uol.…/assaltotopo.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ASSALTO', 'BARRA DA TIJUCA', 'BRT', 'BRT DA BARRA', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'ÔNIBUS', 'RIO DE JANEIRO', 'RIO GRANDE DO NORTE', 'SÃO GONÇALO DO AMARANTE', 'SEGURANÇA', 'SEGURANÇA PÚBLICA', 'TRANSPORTE COLETIVO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIOLÊNCIA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/18/verificamos-maria-rosario-estupradores/
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#Verificamos: É montagem tuíte de Maria do Rosário dizendo que estupradores ‘são criaturas frágeis’
null
2020-02-18
Circula nas redes sociais um suposto tuíte da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), no qual ela diz que estupradores são “criaturas frágeis e desequilibradas que precisam de amor e carinho”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Se algum dia eu for estuprada perdoarei o estuprador pois estupradores são pessoas frágeis e desequilibradas que precisam de amor e carinho” Frase atribuída a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) em imagem publicada no Facebook que, até as 16h do dia 18 de fevereiro, tinha sido compartilhada por cerca de 150 pessoas O tuíte analisado pela Lupa é uma montagem e já circula desde 2017. Utilizando a busca avançada do Twitter, não é possível encontrar essa declaração. Em 25 de agosto daquele ano, ou seja, um dia depois da suposta publicação do texto, a deputada declarou o seguinte: “Sou obrigada a esclarecer mais um absurdo. O texto do tuíte abaixo é fraude. Não penso assim e não o escrevi”, disse. Por WhatsApp, a assessoria da deputada confirmou a falsidade do tuíte, ressaltando que ele volta a circular periodicamente. Sou obrigada a esclarecer+um absurdo. O texto do tuíte abaixo é fraude. Ñ penso assim é não o escrevi. É coisa da máfia propaga ódio. pic.twitter.com/wG0QsFUFFU — Maria do Rosário (@mariadorosario) August 25, 2017 Essa informação também foi verificada, em 2017, pelo site Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…119144704054.jpg
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIREITOS HUMANOS', 'ESTUPRADORES', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MARIA DO ROSÁRIO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PT', 'TWITTER', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/17/verificamos-antropologo-amazonia/
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#Verificamos: Antropólogo detido na Amazônia não é ‘esquerdista achando que o governo é do PT’
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2020-02-17
Circula nas redes sociais um vídeo no qual o antropólogo Edward Luz é detido por invasão a terra indígena. Na legenda, é dito que o antropólogo seria um “esquerdista achando que o governo é do PT”, e que graças ao vice-presidente Hamilton Mourão a “Amazônia agora é do Brasil”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Olha aí um Esquerda chegando nas Terras Indígenas, achando que o Governo era do PT. Agora quem manda não são mais as OGN (sic). É o Vice Presidente Mourão.Amazonia agora é do Brasil” Legenda de vídeo publicado no Twitter que, até as 19h do dia 17 de fevereiro, tinha sido retuitado por mais de 1,4 mil pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. A pessoa que aparece no vídeo é o antropólogo Edward Luz, apoiador do presidente Jair Bolsonaro e crítico de ambientalistas e da esquerda em geral. Em seu perfil no Twitter, ele próprio disse o seguinte, sobre a sua prisão: “Tentei evitar que os esquerdistas do Ibama continuassem com sua prática de terrorismo e destruição desobedecendo a determinação do ministro Ricardo Salles”. No último domingo (16), Luz foi detido na Terra Indígena Ituna Itatá, no Pará, quando tentava impedir uma ação do Ibama na região. Agentes do instituto retiravam gado do local, quando o antropólogo, filmando a si mesmo, exigiu que eles parassem, citando uma suposta ordem do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Após insistência, os agentes prenderam Luz. Ele foi solto horas depois. Posteriormente, Salles disse à Folha de S.Paulo que “não via problemas” na operação até o momento. Inicialmente, o vídeo começou a circular nas redes em páginas ligadas à esquerda, identificando Luz, corretamente, como um apoiador de Bolsonaro. Porém, nesta segunda-feira, perfis de direita começaram a publicar uma versão falsa do mesmo vídeo, dizendo que o antropólogo seria um “esquerdista”. Ituna Itatá é a terra indígena que teve mais desmatamento nos meses de novembro, dezembro e janeiro, segundo a ONG Imazon: 2,6 mil hectares em apenas três meses. A área total é de 142 mil hectares. Há cerca de um mês, o Ibama mantém presença permanente na área. Em 11 de fevereiro, Luz se reuniu, junto com o senador Zequinha Marinho (PSC-PA), com Salles e representantes do MPF, para solicitar a suspensão das ações do Ibama. Ao contrário do que afirma Luz, na reunião, ficou decidido que a operação seria mantida dentro da área reservada. Fora da área reservada, a remoção de população “em situação de vulnerabilidade social” foi suspensa por 30 dias. Entretanto, “caso venham a ser constatados novos desmatamentos, as ações do Ibama na área não demarcada retornarão”.
https://piaui.folha.uol.…wardluzvideo.jpg
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AMAZÔNIA', 'ANTROPOLOGIA', 'ANTROPÓLOGO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DESMATAMENTO', 'EDWARD LUZ', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IBAMA', 'ITUNA ITATÁ', 'MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE', 'MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL', 'MMA', 'MPF', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'RICARDO SALLES', 'SALLES', 'TERRA INDÍGENA', 'TERRA INDÍGENA ITUNA ITATÁ', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/17/verificamos-estudo-ufmg-suco-inhame-contra-dengue/
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#Verificamos: É falso que estudo da UFMG indica tomar suco de inhame contra dengue
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2020-02-17
Circula pelas redes sociais que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou um estudo que mostrou a eficácia do suco de inhame contra os sintomas da dengue. Segundo o texto, basta tomar uma bebida feita com o alimento batido cru, com água, no liquidificador, para cortar os efeitos da doença em apenas quatro horas. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Se você está com Dengue preste atenção: de acordo com um estudo realizado pela UFMG (mas ainda não divulgado), o suco feito de inhame (carazinho) corta os efeitos da Dengue em apenas 4 horas. O inhame deve ser batido cru no liquidificador, apenas com água” Texto de post no Facebook que, até as 16h de 17 de fevereiro de 2020, tinha mais de 2 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Não foi realizado qualquer estudo pela UFMG que comprovasse a eficiência do suco de inhame no tratamento da dengue. Em nota, a assessoria de imprensa da universidade afirmou não ter encontrado nenhuma pesquisa desse tipo. Segundo a assessoria, esse boato já circula desde, pelo menos, 2019. Na época, a TV UFMG produziu um vídeo sobre o tema, desmentindo este e outros boatos sobre a doença. Na gravação, publicada em 9 de maio de 2019, a professora Marise Fonseca, da Faculdade de Medicina da UFMG, afirma que nenhuma pesquisa chegou à conclusão de que o suco de inhame “corta os efeitos da doença”. “Não existe estudo que comprove a eficácia, a efetividade desse recurso na dengue”, disse. Ela alertou também para o risco no consumo do inhame cru, como foi sugerido pelo post, uma vez que o alimento pode vir acompanhado de bactérias se não houver uma higienização adequada. O Ministério da Saúde não lista nenhuma solução caseira na página que mantém sobre a dengue. A pasta afirma que não há tratamento específico para a doença e recomenda a procura de um profissional de saúde para que seja feito o diagnóstico. Para aliviar os sintomas, indica que o paciente faça repouso e tome muita água para se manter hidratado. Essas medidas, contudo, não dispensam a consulta médica.
https://piaui.folha.uol.…gue-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'DENGUE', 'ESTUDO', 'FACEBOOK', 'INHAME', 'NO FACEBOOK', 'PESQUISA CIENTÍFICA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'SUCO DE INHAME', 'TRATAMENTO DA DENGUE', 'UFMG', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/17/verificamos-vereador-jose-rainha/
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#Verificamos: É falso que ‘vereador José Rainha do PT’ agrediu jornalista em MT
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2020-02-17
Circula nas redes sociais um vídeo no qual um vereador agride uma jornalista ao vivo. Na legenda, é informado que se trata do “vereador Jose Rainha do PT”, e que não houve qualquer manifestação contrária por parte da imprensa. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Vereador Jose Rainha do PT agride jornalista, e na época não vimos nenhuma manifestação da classe” Texto em vídeo publicado no Facebook que, até as 16h30 do dia 17 de fevereiro, tinha sido compartilhado por 1,3 mil pessoas A legenda do vídeo analisado pela Lupa é falsa. A pessoa que aparece agredindo a jornalista Márcia Pache é o então vereador de Pontes e Lacerda (MT) Lourivaldo Rodrigues de Moraes (DEM), conhecido pelo apelido Kirrarinha. José Rainha, ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e hoje militante da Frente Nacional de Lutas no Campo e Cidade (FNL), nunca foi vereador. O caso mostrado no vídeo aconteceu em junho de 2010. Kirrarinha tinha sido indiciado formalmente por autorizar a invasão de um imóvel em um condomínio habitacional construído pelo governo de Mato Grosso. Pache, que trabalhava na afiliada local do SBT, estava em um edifício da Polícia Civil cobrindo o caso. Ao questioná-lo sobre o indiciamento, ela foi agredida no rosto pelo vereador. Ao contrário do que a legenda afirma, na época, instituições ligadas ao jornalismo, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigado (Abraji), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), acompanharam o caso, assim como o Sindicato dos Jornalistas do Mato Grosso (Sindjor-MT). O caso também foi noticiado nos principais veículos de comunicação do país, incluindo a Folha de S.Paulo, a Veja e o G1. Depois da agressão, Kirrarinha foi cassado por quebra de decoro parlamentar, e depois condenado a um ano de prisão em regime aberto. Em 2016, ele tentou voltar à Câmara de Pontes e Lacerda, mas não se elegeu. Segundo o TSE, ele ainda está filiado ao DEM. Desde 2014, circula o boato de que Kirrarinha seria, na verdade, um vereador do PT. Na época, o Boatos.org checou essa informação. Em 2020, essa informação também foi verificada pelo Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…vereadorTOPO.png
null
['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ABI', 'ABRAJI', 'AGRESSÃO', 'ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA', 'ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE JORNALISMO INVESTIGATIVO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS', 'FENAJ', 'FOLHA', 'FOLHA DE S.PAULO', 'G1', 'GLOBO', 'JOSÉ RAINHA', 'KIRRARINHA', 'MATO GROSSO', 'MÍDIA', 'MST', 'MT', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PONTES E LACERDA', 'PT', 'RAINHA', 'SINDJOR-MT', 'VEJA', 'VEREADOR', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/17/verificamos-bolsonaro-vaiado-supercopa/
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#Verificamos: Vídeo de vaia a Bolsonaro em saída de evento não é da Supercopa do Brasil
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2020-02-17
Circula nas redes sociais um vídeo no qual o presidente Jair Bolsonaro é vaiado por um grupo de pessoas. Na legenda, é dito que a gravação foi feita no estádio Mané Garrincha, em Brasília, após a Supercopa do Brasil, entre Flamengo e Athletico Paranaense, na manhã do último domingo (16). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Bolsonaro leva cartão vermelho e expulso (sic) do jogo Flamengo x Atlético” Legenda de vídeo publicado no Twitter que, até as 14h do dia 17 de fevereiro de 2020, tinha sido compartilhado por cerca de 250 pessoas O vídeo analisado pela Lupa é de 2017, e não tem nenhuma relação com a Supercopa do Brasil, realizada no último domingo (16). Em 15 de setembro de 2017, o então deputado federal – na época, filiado ao PSC – deu uma palestra na Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), em Belo Horizonte. Na saída do evento, Bolsonaro foi vaiado por alguns estudantes e ex-estudantes da instituição. O vídeo foi publicado no Twitter no mesmo dia e compartilhado pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Outras gravações de protestos contra e a favor de Bolsonaro, além da própria palestra, estão disponíveis no YouTube. E S C R A C H A D O – Machistas, fascistas, racistas, não passarão! Bolsonaro é expulso da FUMEC!!! pic.twitter.com/DEI55ninXB — Erika Kokay (@erikakokay) September 15, 2017 Bolsonaro estava presente na Supercopa do Brasil, na qual o Flamengo, campeão brasileiro, enfrentou o Athletico Paranaense, campeão da Copa do Brasil. O rubro-negro carioca venceu o paranaense por 3 a 0. Essa informação também foi verificada pelo site Boatos.org. O mesmo vídeo já tinha sido usado em outra peça de desinformação, verificada pela Lupa em 2018.
https://piaui.folha.uol.…arosupercopa.jpg
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ATHLETICO PARANAENSE', 'BOLSONARO', 'BOLSONAROGOOGLE', 'BRASÍLIA', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLAMENGO', 'FUMEC', 'FUTEBOL', 'JAIR BOLSONARO', 'MANÉ GARRINCHA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'SUPERCOPA', 'SUPERCOPA DO BRASIL', 'UNIVERSIDADE FUMEC', 'VAIA', 'VAIADO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/14/verificamos-sequestradora-seringa-para/
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#Verificamos: Caso da ‘sequestradora da seringa’ foi desmentido pela polícia do Pará há duas semanas
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2020-02-14
Circula nas redes sociais o retrato falado de uma suposta sequestradora de crianças que atuaria na região metropolitana de Belém, no Pará. A mulher teria tentado sequestrar sete crianças na capital do Pará e em cidades próximas. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Essa é a bandida que está sequestrado (sic) crianças” Legenda de imagem publicada no Facebook que, até as 16h30 do dia 14 de fevereiro, tinha sido compartilhada por mais de 500 pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. Embora o retrato falado tenha sido produzido pela própria Polícia Civil do Pará, a instituição anunciou que as acusações não eram verdadeiras, no último dia 5 de fevereiro. Segundo o delegado geral, Alberto Teixeira, o retrato falado foi feito a partir de um relato de uma suposta vítima, mas ele não condiz com a realidade. A suposta sequestradora teria ameaçado mães com uma seringa cheia de sangue. Em 17 de janeiro, uma moradora do bairro do Marco, em Belém, registrou um boletim de ocorrência por causa de uma tentativa de sequestro. Ela disse ter sido abordada, enquanto caminhava com a filha, por uma mulher segurando uma seringa com um líquido vermelho. Essa mulher exigiu que ela entregasse a filha, caso contrário a criança seria “infectada”. Com base nessa acusação, a Polícia Civil fez um retrato falado, divulgado em vários meios de comunicação do estado. Conforme as investigações avançaram, porém, a polícia concluiu que o caso não era verdadeiro. Há suspeita de que tenha sido uma tentativa de incriminar uma vizinha. Outros seis registros semelhantes foram feitos até o dia 5 de fevereiro. Uma servidora pública chegou a ser confundida com a “sequestradora” e foi atacada por moradores da cidade de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. A polícia encontrou inconsistências em todas as denúncias. Em uma delas por exemplo, uma criança de Ananindeua se machucou enquanto brincava na rua, e inventou a história para escapar de uma bronca dos pais. Em outro caso, as câmeras de segurança disponíveis no local não mostravam nem a denunciante nem a suposta sequestradora. O jornal O Liberal listou as inconsistências dos sete casos.
https://piaui.folha.uol.…tofaladoTOPO.png
null
['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'BELÉM', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MANÍACA DA SERINGA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PARÁ', 'POLÍCIA CIVIL', 'POLÍCIA CIVIL DO PARÁ', 'SEGURANÇA', 'SEGURANÇA PÚBLICA', 'SEQUESTRADORA DA SERINGA', 'SERINGA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIOLÊNCIA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/14/verificamos-mae-glauber-braga-condenada-merenda-escolar/
lupa
#Verificamos: É falso que mãe de Glauber Braga foi condenada por desvio de verba da merenda escolar
null
2020-02-14
Circula pelas redes sociais um post com a afirmação de que Maria da Saudade Medeiros Braga, ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ) e mãe do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), foi condenada pela Justiça por desviar dinheiro destinado à merenda escolar. Essa publicação passou a circular depois que, na última quarta-feira (12), o parlamentar discutiu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante audiência pública na Câmara. Braga o chamou de “capanga da milícia”, e Moro respondeu que ele era um “desqualificado”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Minha MÃE foi condenada por ROUBAR a merenda escolar das criancinhas pobres, mas o ladrão é você, Moro – Glauber Braga PSOL – Filhote de ladra” Texto em post do Facebook que, até as 12h de 14 de fevereiro de 2020, tinha mais de 2,7 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Uma busca pelos processos no site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) não mostra nenhuma condenação da ex-prefeita Saudade Braga por desvio de dinheiro público destinado à merenda escolar. Também não foi encontrada nenhuma reportagem que fizesse alguma denúncia ligada a esse tema no período em que ela governou a cidade, de 2001 a 2008. O deputado federal Glauber Braga afirmou à Lupa, por telefone, que não houve qualquer tipo de condenação ligada a merenda escolar. “Simplesmente fake news. Já vem rolando desde a época em que eu falei que o Moro era um juiz ladrão”, afirmou. “Não buscaram nenhum lastro para ter algum ponto relacionado à realidade.” Segundo ele, houve melhoria no fornecimento de alimentos para as escolas do município, por meio da criação de um conselho de acompanhamento da merenda. Em julho do ano passado, circulou também pelas redes um post falso que acusava Saudade Braga de ter sido condenada a dois anos de prisão por corrupção. Embora isso tenha de fato ocorrido em 1ª instância, a ex-prefeita recorreu e acabou sendo absolvida por unanimidade em 2ª instância pela 1ª Câmara Criminal do TJ-RJ.
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['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CORRUPÇÃO', 'DESVIO DE DINHEIRO', 'EDUCACAO', 'FACEBOOK', 'GLAUBER BRAGA', 'MÃE DO GLAUBER BRAGA', 'MARIA DA SAUDADE MEDEIROS BRAGA', 'MERENDA', 'NO FACEBOOK', 'NOVA FRIBURGO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'SAUDADE BRAGA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/14/verificamos-igreja-bencao-lula/
lupa
#Verificamos: Igreja Católica desconhece ‘bênção dos inocentes’ que Papa concederia a Lula
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2020-02-14
Circula nas redes sociais que o papa Francisco concederia a “bênção benedictionem et innocentum” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oração feita por pontífices a pessoas inocentes. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “FAZ 800 ANOS QUE UM PAPA NÃO CONCEDE A benedictionem et innocentum. A benedictionem et innocentum será concedida pelo Papa Francisco ao ex Presidente Lula em encontro no Vaticano. A BÊNÇÃO benedictionem et innocentum é concedida apenas aos INOCENTES !” Texto da imagem publicada nas redes sociais que, até as 13h do dia 14 de fevereiro de 2020, tinha sido compartilhada por quase 200 pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. A assessoria de imprensa do Vatican News, portal de informações do Vaticano, informou, em nota, que desconhece a bênção benedictionem et innocentum que supostamente seria concedida apenas aos inocentes por pontífices. Ao comentar sobre a informação que circula pelo Facebook, a entidade afirma que “parece que teve gente que andou delirando”. O Vatican News disse ter conversado com vários sacerdotes, e que nenhum jamais ouviu falar de tal benção. Embora não seja impossível que em algum momento do passado distante essa benção possa ter sido usada por um papa, a assessoria do Vatican News classificou essa informação como uma falsidade “útil para povoar o imaginário dos inimigos do papa Francisco, principalmente os ideológicos, que não perdem tempo em suas campanhas denigritórias contra o Sumo Pontífice”. Por sua vez, a assessoria de imprensa do Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comunicou que “não há incidência dessa bênção nos documentos da Igreja”. O encontro entre o papa Francisco e o ex-presidente aconteceu na última quinta-feira (13). Em uma das fotos, é possível ver o pontífice com a mão na cabeça do petista, fazendo uma oração. O Vatican News lembra que qualquer fiel ou ser humano que estiver junto ao papa pode receber uma breve oração. Segundo o representante do Vaticano, a bênção mais especial concedida por um papa é a Urbi et Orbi, em celebração da Páscoa e do Natal. Além disso, vale mencionar que a expressão em latim não faz sentido sintaticamente. A tradução mais próxima para o termo benedictionem et innocentum seria “bênção e de inocentes”. Para a expressão estar correta, a sintaxe latina mais próxima seria “benedictio innocentum”, tirando o “et” (conjunção aditiva “e”) e alterando o termo “benedictionem” para “benedictio”. Essa informação também foi verificada pelo Aos Fatos e Boatos.org.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BÊNÇÃO', 'BOATO', 'DESINFORMAÇÃO', 'IGREJA CATÓLICA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'LULA', 'PAPA', 'PAPA FRANCISCO', 'PETISTA', 'PT', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/13/verificamos-maranhao-icms/
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#Verificamos: É falso que Maranhão é recordista em arrecadação com ICMS sobre combustíveis
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2020-02-13
Circula pelas redes sociais um post com a afirmação de que o Maranhão, governado por Flávio Dino (PCdoB), é o estado que mais arrecada com a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou os chefes dos Executivos estaduais pelo preço alto na gasolina. No bate-boca, disse que zeraria os tributos federais se eles também parassem de cobrar ICMS sobre o combustível – uma das principais fontes de receita dos estados. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O Governo Comunista de #flaviodino é o #TOPDASGALÁXIAS! Campeão, mas, adivinha de quê! É o GOVERNO que MAIS arrecada #IMPOSTOS com #combustíveis em todo o Território Nacional. Ou seja, o Maranhão #Comunista arrecada mais impostos com a venda de #gasolina, #diesel, #etanol, que São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais… por exemplo” Texto de post no Facebook que, até as 16h de 13 de fevereiro de 2020, tinha 290 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O Maranhão é na verdade o 13º estado com o maior volume arrecadado em impostos sobre combustíveis, de acordo com dados do Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) do Ministério da Economia. Em 2019, obteve uma receita tributária de R$ 2,6 bilhões com o ICMS que incide sobre esses produtos. O campeão no ano passado foi São Paulo, que conseguiu R$ 16,6 bilhões com esse tipo de arrecadação. Em seguida estão Minas Gerais, com R$ 10,8 bilhões, e o Rio Grande do Sul, com R$ 5,9 bilhões. O Maranhão ficou entre os estados do Mato Grosso do Sul (12º, com R$ 3 bilhões) e Mato Grosso (14º, com R$ 2,5 bilhões). Na última colocação está Roraima, com apenas R$ 1,9 milhão arrecadado. Se considerarmos quanto cada estado arrecada, proporcionalmente, por litro de combustível, o Maranhão tampouco se destaca. O relatório Tributação dos Combustíveis por Estado, publicado pela Fecombustíveis, mostra o quanto cada estado arrecada a cada de litro de quatro combustíveis: etanol, gasolina, diesel S500 e diesel S10. Entre as diferentes unidades da federação, o Maranhão tem a 11ª maior carga tributária para o etanol (R$ 0,943 por litro), a 18ª maior para a gasolina (R$ 1,248), a 15ª maior para diesel S500 (R$ 0,659) e a 9ª maior para diesel S-10 (R$ 0,687). Os dados são de janeiro deste ano. O post que circula nas redes sociais faz confusão ao interpretar um gráfico publicado na edição de 6 de fevereiro da Folha de S.Paulo. na reportagem “Governadores reagem a bravatas de Bolsonaro sobre combustíveis”. Os dados mostram o peso do ICMS sobre combustíveis no total arrecadado em cada unidade da Federação, não o volume de recursos obtido.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'COMBUSTÍVEL', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIESEL', 'DINO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO DINO', 'FOLHA', 'FOLHA DE S.PAULO', 'GASOLINA', 'ICMS', 'IMPOSTO', 'IMPOSTOS', 'MARANHÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PCDOB', 'REFORMA TRIBUTÁRIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/13/verificamos-satelite-cremacao/
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#Verificamos: É falso que ‘imagens de satélite’ indicam ‘cremação em massa’ de vítimas de coronavírus na China
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2020-02-13
Circula nas redes sociais um mapa supostamente retirado do site de previsão metereológica Windy.com, que mostraria elevadas concentrações de dióxido de enxofre nos arredores de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus. Isso, segundo a publicação, seria um sinal de que a China está queimando corpos em massa, e mascarando a real situação da epidemia. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Imagem de satélite aponta possível cremação em massa na China devido ao coronavírus” Texto publicado nos sites UFOs Online e Opinião Crítica que, até as 16h40 do dia 13 de fevereiro, tinham sido compartilhados por mais de 2,4 mil pessoas no Facebook Embora tenha sido publicada por jornais e sites do Reino Unido, como Daily Mail, The Sun e Metro, por exemplo, a informação analisada pela Lupa é falsa. As imagens foram retiradas de um site de previsão metereológica que utiliza dados históricos para prever a concentração de gases poluentes. Não se trata, portanto, de uma informação de satélite registrada em tempo real. A publicação cita como fonte das imagens um site de previsão metereológica checo chamado Windy.com. Segundo o texto, a página teria mostrado uma alta concentração de dióxido de enxofre no entorno de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus, “no fim de semana”, sem especificar a data. A publicação afirma que isso seria um indicativo de que corpos estão sendo queimados em massa na cidade. Entretanto, as informações do site Windy.com não são imagens e dados produzidos em tempo real, mas sim previsões. Para a concentração de dióxido de enxofre, o site utiliza como fonte um modelo de previsão da Nasa chamado Goddard Earth Observing System Model, Version 5 (GEOS-5). Esse modelo se utiliza de dados históricos e aplica variáveis meteorológicas para antever a concentração de determinados poluentes. Sendo assim, ele não é capaz de detectar mudanças súbitas na concentração de dióxido de enxofre em nenhum lugar do mundo. O site de checagem de fatos britânico Full Fact entrevistou um dos pesquisadores da Nasa que trabalha no GEOS-5, Arlindo M. da Silva, e ele confirmou que é impossível detectar uma mudança súbita na emissão de dióxido de enxofre utilizando essa ferramenta. “Embora dados de satélite sejam utilizados na construção dos inventários de emissão [que baseiam as previsões], eles não são responsáveis pelas variações diárias na concentração de dióxido de enxofre, e portanto não podem indicar mudanças súbitas na atividade humana”, disse. “No GEOS-5, variações diárias em dióxido de enxofre são devidas a variações nas condições meteorológicas, particularmente ventos.” Desde o início do ano, 60,4 mil pessoas foram infectadas com o novo coronavírus, sendo que 1,3 mil morreram. Em 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência global por causa do surto. Para verificar peças de desinformação que circulam sobre o novo coronavírus, a Lupa participa de uma coalizão com checadores de 39 países, coordenada pela International Fact-Checking Network (IFCN).
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'CHINA', 'CORONAVÍRUS', 'CREMAÇÃO', 'CREMAÇÃO EM MASSA', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIÓXIDO DE ENXOFRE', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMAGEM DE SATÉLITE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'SATÉLITE', 'SO2', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'WINDY', 'WUHAN']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/13/verificamos-tuite-paulo-guedes-doacao-refinaria-bolivia/
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#Verificamos: É falso tuíte atribuído a Paulo Guedes sobre ‘doação’ de refinaria à Bolívia
null
2020-02-13
Circula pelas redes sociais um tuíte atribuído ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em que rebate críticas das pessoas que o chamaram de “entreguista”. Segundo a publicação, ele teria pedido para que se lembrassem que quem doou uma refinaria de gás para a Bolívia foi o PT. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Aos ‘abobados’ que me chamam de ‘entreguista’, lembro que quem doou uma refinaria de gás para a Bolívia foi o PT” Tuíte atribuído ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em post no Facebook que, até as 9h30 de 13 de fevereiro de 2020, tinha 632 compartilhamentos O tuíte analisado pela Lupa é falso. A assessoria de imprensa do Ministério da Economia informou, em nota enviada por e-mail, que Paulo Guedes não tem perfil em nenhuma rede social. Também não há nenhuma manifestação pública do ministro em que ele tenha falado essa frase. Declarações polêmicas de Guedes costumam ser amplamente noticiadas pela imprensa. Na última quarta-feira (12), ele criticou o acesso da população mais pobre a viagens internacionais ao elogiar o valor alto do dólar: “Vamos importar menos, fazer substituição de importações, turismo. Todo mundo [estava] indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada”. A conta responsável pelo tuíte sobre a refinaria de gás foi deletada, mas a publicação ainda aparecia, nesta quinta-feira (13) em pesquisas do Google. Acusações sobre a suposta doação circulam há bastante tempo. Na verdade, o então presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou toda a exploração de petróleo e gás em 2006. Com isso, a Petrobras e outras empresas que atuavam no país foram obrigadas a entregar suas instalações à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). No caso brasileiro, houve a incorporação de duas refinarias, localizadas nas cidades de Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba. Em 2007, a Petrobras concluiu a transferência dessas duas instalações para a YPFB, após um acordo que resultou no pagamento de uma indenização de US$ 112 milhões, divididos em duas parcelas, pela estatal boliviana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava no seu primeiro mandato quando a nacionalização aconteceu, disse que foi consultado por Morales previamente em um evento em 2015. “O Evo me perguntou: ‘como vocês ficarão se nós nacionalizarmos a Petrobrás’. Respondi: ‘o gás é de vocês’. E foi assim que nos comportamos, respeitando a soberania da Bolívia”, afirmou. Houve, no entanto, um ressarcimento à empresa brasileira. Outros tuítes ou frases atribuídos ao ministro já foram checados anteriormente pela Lupa, sobre corte de verbas para megaeventos como o Carnaval, anunciando o fim do auxílio-reclusão ou com críticas ao Congresso, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, ao vazamento de conversas de Sergio Moro e procuradores e ao acesso de estudantes de famílias pobres a instituições de ensino superior..
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLÍVIA', 'DOAÇÃO', 'EVO MORALES', 'FACEBOOK', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'PETROBRAS', 'PETRÓLEO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'REFINARIAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO', 'YACIMIENTOS PETROLÍFEROS FISCALES BOLIVIANOS', 'YPFB']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/02/13/weintraub-enem-senado/
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No Senado, Weintraub erra ao comparar falhas no Enem 2019 com polêmicas de anos anteriores
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2020-02-13
Esta publicação foi corrigida às 15h58 do dia 14 de fevereiro de 2020. Veja abaixo. Depois das falhas que ocorreram em janeiro na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou sobre o assunto em uma audiência pública no Senado na última terça-feira (11). Os problemas afetaram 5,1 mil estudantes. O titular da pasta voltou a afirmar que foi a melhor edição do exame e fez também um balanço das ações em educação no primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A Lupa analisou algumas das frases ditas por Weintraub. Veja a seguir o resultado: “Sempre existiu algum problema em Enem passado” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 Embora tenham ocorrido falhas em edições anteriores do Enem, não houve problemas em todas elas, como disse o ministro Abraham Weintraub, em audiência pública no Senado. Nos anos de 2015, 2017 e 2018, não foram registrados erros na produção, aplicação e correção de provas. Também não há informação de fraudes, vazamentos ou tentativas de burlar o exame nesses anos. Ou seja, deslizes como o que afetou mais de 5 mil candidatos na última edição não eram registrados há dois anos. Ao falar sobre os problemas do Enem no passado, Weintraub mostrou uma linha do tempo com um resumo de todas as “falhas” em sua apresentação no Senado. Os próprios dados exibidos na audiência desmentem o ministro. Uma parte dos “erros” apontados não obrigou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, a rever processos ou refazer a correção das provas, por exemplo. Por esse motivo, esses deslizes não podem ser comparados com o que ocorreu no Enem de 2019 ou em alguns dos anos anteriores. Para 2015, o slide mostrado por Weintraub apontou apenas que houve uma questão polêmica. Naquele ano, uma das perguntas usava a frase “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, da filósofa francesa Simone de Beauvoir. Isso não afetou a nota dos estudantes. Em 2017, a apresentação do ministro destacou que houve problemas para conseguir isenção da taxa de inscrição. A pasta, no entanto, havia alterado os critérios adotados para conceder o benefício naquela edição. O próprio Inep, no entanto, negou a existência de erros no processo. Já em 2018, a “falha” apontada por Weintraub foi incluir na prova uma questão sobre o dialeto pajubá, usado por gays e travestis. De novo, não houve nenhum impacto no resultado do exame. Procurado, Weintraub não respondeu. “No primeiro dia, você teve a interrupção por três períodos [no Sisu] e lentidão ao longo do dia. No segundo dia, na parte da manhã teve uma interrupção e lentidão. A partir da tarde o sistema funcionou carga total. No terceiro dia o sistema funcionou carga plena, sem nenhuma interrupção, perfeito. No quarto dia, praticamente não tinha mais ninguém querendo acessar o Sisu” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 As instabilidades no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), usado para escolha de vagas em universidades públicas pelos participantes do Enem 2019, não ocorreram apenas nos dois primeiros dias de funcionamento, como disse o ministro durante a audiência pública no Senado. Dados da empresa Downdetector – que cruza informações de várias fontes, incluindo o Twitter, para monitorar o funcionamento de uma série de serviços online, como Google, Facebook e Netflix – mostram que só não houve problemas no quarto dia (24 de janeiro) em que era possível fazer a inscrição no processo seletivo. O mais longo período de instabilidade de fato foi detectado em 21 de janeiro, primeiro dia de funcionamento do Sisu, com um recorde de 1.439 notificações às 11h44. No segundo dia (22 de janeiro), o Downdetector apontou grande número de notificações de problemas no meio da madrugada (336, às 4h19) e no meio da tarde (96, às 15h19). Fora desses picos, os dados indicam instabilidade persistente ao longo do período. No início da madrugada de 23 de janeiro, terceiro dia, houve um novo pico de instabilidade, com mais de 191 notificações à 0h25. Isso se repetiu no quinto dia (25 de janeiro), à 0h10 (162), e no sexto e último dia (26 de janeiro), às 3h44 (134). O Downdetector também faz um ranking com as piores interrupções dos serviços monitorados a cada semana. No período de 19 a 25 de janeiro, o Sisu ficou em primeiro lugar nessa lista. As falhas das últimas 24 horas podem ser vistas na página que acompanha em tempo real o funcionamento do sistema. Procurado, Weintraub não respondeu. “O Pisa mostrou que o Brasil está no último lugar da América do Sul” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado a cada três anos, não faz um ranking geral com o desempenho de todos os países participantes. A avaliação é feita em três áreas de conhecimento – leitura, matemática e ciências. As notas são dadas por área de conhecimento. Além disso, na edição de 2018, a mais recente disponível, apenas seis das 12 nações sul-americanas fizeram a prova: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai. Ou seja, não há dados suficientes para afirmar que um determinado país está em último lugar no continente, visto que metade dos países não participam da avaliação. Mesmo se forem consideradas apenas as nações participantes da América do Sul, o Brasil não ficou em último em duas das três áreas de conhecimento avaliadas. O país somou 413 pontos em leitura, uma pontuação maior que a da Colômbia (412), da Argentina (402) e do Peru (401). Em matemática, o desempenho foi pior e o Brasil, com 384 pontos, ficou apenas um pouco à frente da Argentina (379) e atrás dos outros quatro países. Já em ciências, o Brasil conseguiu 404 pontos e empatou com Argentina e Peru. Os outros países da região foram melhor nessa disciplina. As provas do Pisa são aplicadas por amostragem em um grupo de estudantes de 15 anos de idade. Procurado, Weintraub não respondeu. “Duas famílias [Marinho, do Grupo Globo, e Frias, do Grupo Folha] que principalmente controlam 70% da mídia” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 O Media Ownership Monitor Brazil (ou Monitor da Propriedade de Mídia Brasil, na tradução para o português) mostra que, apesar de alta, a concentração dos meios de comunicação nas mãos das famílias Frias e Marinho não atinge os 70% citados por Weintraub. O MOM-Brasil é uma parceria entre a organização não-governamental Repórteres sem Fronteiras e do coletivo de comunicação social Intervozes, lançada em 2017. De acordo com o levantamento, que analisou 50 veículos de 26 grupos ou empresas de comunicação, cerca de 50% deles está nas mãos de cinco grupos ou proprietários individuais. Desses, nove pertencem ao Grupo Globo, da família Marinho, e três são do Grupo Folha, da família Frias. Ou seja, considerando-se o universo analisado pelo MOM-Brasil, ambas controlam 12 veículos, ou 24% do total. Procurado, Weintraub não respondeu. Corrigido às 16h do dia 14 de fevereiro de 2020: Ao contrário do que foi afirmado inicialmente, os grupos Globo e Folha possuem 12, e não 11, veículos de comunicação citados na base de dados do levantamento do MOM-Brasil. Isso representa 24%, e não 22%, do total. “Cinco novas universidades federais [foram criadas pelo presidente Bolsonaro]” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 A criação de cinco universidades federais não foi uma decisão do governo Bolsonaro. A abertura das novas instituições resulta de quatro projetos de lei aprovados pelo Congresso em 2018 e sancionados pelo presidente Michel Temer (MDB). Essas propostas foram apresentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) em 12 de maio de 2016, pouco antes de ser afastada do cargo com a abertura do processo de impeachment pelo Senado Federal. Todas essas universidades foram desmembradas de outras instituições, ou seja, nenhuma delas foi criada do zero. O que ocorreu durante o governo Bolsonaro foi a posse dos reitores das cinco instituições, em dezembro do ano passado. Em 20 de março de 2018, Temer sancionou três leis que criavam três das cinco universidades. A Lei nº 13.637 originou a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) por meio de um desmembramento do campus da Universidade Federal do Mato Grosso. A Universidade Federal de Catalão (UFCat) foi resultado do desmembramento da Universidade Federal de Goiás, pela Lei nº 13.634. Já a Universidade Federal de Jataí (UFJ) surgiu com o desmembramento da Universidade Federal de Goiás, seguindo a Lei nº 13.635. Outras duas das cinco instituições foram criadas por Temer menos de um mês depois, em 11 de abril de 2018. Tanto a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), que veio do desmembramento da Universidade Federal do Piauí, como a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), originária do desmembramento da Universidade Federal Rural de Pernambuco, nasceram com a Lei nº 13.651. Procurado, Weintraub não respondeu. “Estamos falando de mais de 5 milhões de pessoas que se inscreveram em 2019 [no Enem]” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020 Embora o número de inscritos no Enem em 2019 tenha somado 5,1 milhões de estudantes, pouco mais de 1,1 milhão, ou 22,77% do total, não compareceu às provas. Com isso, o número total de participantes do exame foi de 3,9 milhões na última edição. De acordo com o Inep, a taxa de ausência diminuiu em relação a 2018, quando 24,53% dos candidatos faltaram. “Estamos falando de um volume de recursos gigantesco [no Enem]. Foram mais de R$ 500 milhões” Abraham Weintraub, ministro da Educação, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em 11 de fevereiro de 2020
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['MAURÍCIO MORAES']
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['ABRAHAM WEINTRAUB', 'AMÉRICA LATINA', 'CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA', 'EDUCACAO', 'ENEM', 'EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO', 'FOLHA', 'FOLHA DE S.PAULO', 'GLOBO', 'INTERVOZES', 'MÍDIA', 'MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO', 'MINISTRO DA EDUCAÇÃO', 'PISA', 'POLÍTICA EDUCACIONAL', 'REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS', 'SISU', 'UNIVERSIDADE FEDERAL', 'UNIVERSIDADES', 'UNIVERSIDADES FEDERAIS', 'WEINTRAUB']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'INSUSTENTÁVEL', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO']