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11.6
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127
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Eu vou armar uma rede ali na sala. |
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E eu vou acordar de madrugada. |
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Que o menino não é nem para me ver hoje. |
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Eu vou tirar de pé aqui. Lá na frente, acolá passa um carro de estudante, eu pego ele |
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Seis horas, seis e pouco da manhã. |
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Aí eu vou para Martins. |
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Antônio Martins. |
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Eu trabalho lá na prefeitura. |
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Eu vou procurar o prefeito. |
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O prefeito vai me arrumar o dinheiro. |
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Mas a mulher era uma fera. |
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E eu vou voltar para Pau dos ferros |
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Comprar a bicicleta do menino. |
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E só chego lá com ela. |
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Assim ele fez. |
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O prefeito lá arrumou o dinheiro. |
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Ele pegou um carro para Pau Sué. |
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sim, quando eu vim embora, sozinho. |
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Saí da casa dele, que ele ficou em casa. |
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Aí eu vim embora. |
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Quando eu passei, Doutor Lacy. Lá na frente, numa descida de um riacho. |
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Aí ela chegava, seu prefeito, fulano e tal é? |
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Uma descida de um alto. |
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Tinha um riachinho lá embaixo. |
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Um buraco ruim. |
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Tinha que passar bem devagarzinho. |
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Carro de a luz lá. |
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Um caba assentado na barreira. |
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do riacho. |
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Bem devagarzinho. |
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Porque era cheio de buraco. |
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Ele estava assentado lá. |
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a gente tá fazendo um trabalho aí. |
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Aí eu fui desci bem devagarzinho. |
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A luz iluminando. |
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E eu imaginando. |
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Aí eu, durante o tempo que eu fui me aproximando dele, passou um cachorro perto dele. |
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Aí o medo diminuiu. |
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Ele é um caçador mesmo. |
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Agora, a minha sorte foi o cachorro ter. |
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Passado perto dele. |
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Aí, quando eu fui chegando mais pra perto. |
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Eu vi que ele estava com uma ferramenta pegada no carro. |
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Naquele tempo a gente não tinha medo de viajar de noite, não. |
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E o senhor vai receber não sei quantos jornal com as notícias da sua cidade, da sua região, uma parte. |
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Aí, eu passei bem perto dele. |
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Eu vi gente perdendo coisas no futuro, viu? Vender as coisas e jogar até alisar, até bater na lágrima. |
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Aí o povo fica dizendo, mas rapaz, aqui os caras tem as coisas. Vender todas as coisas, é nada. |
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É tipo baralho. |
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Aí tem umas paradas, tem uns caras que me investigam, aí jogam as paradas meio altas. |
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Tem cara que bota até a chave do carro pra não pegar. |
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Já fui buscar muito passageiro, nesse jogo |
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É tipo um barzinho e uma mesa bem grande. |
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Mais ou menos. |
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Mas tem uma turma que é aviciada, aviciada, aviciada. |
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Mas o foco era a notícia da cidade. |
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Pior do que maconha. |
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É pior do que não sei o quê. |
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Aí ele dizia, ele me arruma o dinheiro na hora. |
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arrumou mesmo |
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Era estereonatado, né? |
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Deve ser outro nome. |
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Principalmente a mulher. |
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O homem era mais calado. |
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Na hora de trocar cheque. |
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Todo dia quando saía. |
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O que aconteceu na cidade durante um sábado e tal, e tal, e tal. |
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Não, tá cheio. |
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Era eles que enchiam. |
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E pagavam. |
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Eu acho que... |
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Teve a última corrida que eu fui na praça. |
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Eu nunca mais fui na praça. |
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Foi um bicho sem vergonha que era acostumado a andar comigo |
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Aí eu tinha raiva de andar com ele, mas ía. |
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Tinha um negócio que o cara andava comigo, ele só queria andar comigo |
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Não sei o que era |
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E o papo pra cima. |
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Eu agradeci a ele. |
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Só queria andar se fosse mais eu |
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Aí ele conhecia o meu carro. |
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Eu estava longe do carro. |
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Ele ia entrava no carro. |
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Deixava aberto. |
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Ele também deixava tudo aberto. |
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Aí ele entrava no carro sentava |
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Uma hora ele aparece. |
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Aí eu chegava. |
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Aí dizia, aí nós temos aqui cem exemplar e tem cinquenta. |
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Praça. |
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Que ir para onde? |
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Bora me deixar lá no oeste. |
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Ele ficava devendo, mas ele pagava |
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Bebendo. |
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Bebendo de uma cidade para outra. |
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Foi quando cheguemos no oeste. |
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Aí ele foi e disse. |
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Rapaz. |
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Eu acho que tu... pode ir embora, Eu vou ficar aqui. |
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O cem fica soltando. Era um rô de dinheiro. |