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1,990 | 8.103, de 10.12.90 Publicada no DOU de 11.12.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos adicionais até o limite de Cr$ 1.951.382.000,00. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8103.htm | L8103Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.103, DE 10 DE DEZEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos
adicionais até o limite de Cr$ 1.951.382.000,00.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir aos Orçamentos da União(Lei n° 7.999,
de 31 de janeiro de 1990)créditos adicionais até o limite de Cr$1.951.382.000,00 (um
bilhão, novecentos e cinqüenta e um milhões, trezentos e oitenta e dois mil cruzeiros),
para atender Despesas Correntes e de Investimentos dos órgãos e entidades indicados nos
Anexos I e II desta lei, sendo:I - Créditos Suplementares: Cr$ 1.132.451.000,00 (um bilhão, cento e trinta e dois
milhões, quatrocentos e cinqüenta e um mil cruzeiros);II - Créditos Especiais: Cr$ 818.931.000,00 (oitocentos e dezoito milhões, novecentos e
trinta e um mil cruzeiros).Art. 2° Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
do excesso de arrecadação das receitas vinculadas do Tesouro Nacional, de acordo com oart. 43, § 1°, inciso II, e§ 3°, da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 10 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 11.12.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.102, de 10.12.90 Publicada no DOU de 11.12.90 | Dá nova redação ao art. 100 da Lei n° 5.108, de 21 de setembro de 1966 - Código Nacional de Trânsito. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8102.htm | L8102Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.102, DE 10 DE DEZEMBRO DE
1990.Revogado pela Lei 9.503, de 1997Texto para impressãoDá nova redação ao art. 100 da Lei n° 5.108, de 21 de setembro de 1966
- Código Nacional de Trânsito.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° O
art. 100 da Lei n° 5.108, de 21 de
setembro de 1966 Código Nacional de Trânsito, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 100.
........................................................................................................................§ 1°Aos proprietários e condutores de
veículos serão impostas, concomitantemente, as penalidades de que trata este código,
toda vez que houver responsabilidade solidária na infração dos preceitos que lhes
couber observar, respondendo, cada um de per si, pela falta em comum que lhes for
atribuída.§ 2° Em qualquer caso, a notificação de
multa de trânsito não poderá deixar de consignar, com clareza, o dispositivo de lei
infringido."Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3° Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 10 de dezembro de 1990; 169° da
Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORJarbas PassarinhoEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 11.12.1990* |
1,990 | 8.101, de 6.12.90 Publicada no DOU de 10.12.90 | Dá nova redação ao art. 11 da Lei n°8.029, de 12 de abril de 1990. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8101.htm | L8101Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.101, DE 6 DE DEZEMBRO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 261, de
1990Dá nova
redação ao art. 11 da Lei n°8.029, de 12 de abril de 1990.Faço
saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória n° 261,
de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado
Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1° O art. 11 da Lei n° 8.029, de 12 de abril de 1990, passa a vigorar
com a seguinte redação:"Art. 11.É
o Poder Executivo autorizado a instituir a Fundação Nacional de Saúde (FNS), mediante
incorporação da Fundação Serviços de Saúde (FSESP) e da Superintendências de
Campanhas de Saúde Pública (Sucam), bem assim das atividades de Informática do Sistema
Único de Saúde (SUS), desenvolvidas pela Empresa de Processamento de Dados da
Previdência Social (Dataprev).§ 1° As atribuições, os acervos, o pessoal e os
recursos orçamentários da FSESP, da Sucam e os da Dataprev relativos às atividades de
informática do SUS deverão ser transferidos para a FNS, no prazo de noventa dias
contados da data de sua instituição.§ 2°
.....................................................................§ 3°Os
servidores atualmente em exercício na Sucam e os que exerçam atividades relativas ao
SUS, na Dataprev, poderão optar pela sua integração à FNS, no prazo de noventa dias da
data de sua instituição. Caso não manifestem essa opção, aplicar-se-á:a) aos servidores em exercício na Sucam, o disposto
noart. 28 da Lei n° 8.028, de 12 de abril de 1990;b) aos servidores em exercício na Dataprev, o
disposto na legislação aplicável ao pessoal da empresa."Art. 2°
Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, em 6 de dezembro de 1990; 169° da
Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 10.12.1990* |
1,990 | 8.100, de 5.12.90 Publicada no DOU de 6.8.90 | Dispõe sobre o reajuste das prestações pactuadas nos contratos de financiamento firmados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, vinculados ao Plano de Equivalência Salarial e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8100.htm | L8100Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.100, DE 5 DE DEZEMBRO DE
1990Conversão da Medida Provisória nº 260, de
1990Vide Lei nº
8.692, de 1993Dispõe sobre o reajuste das prestações pactuadas nos contratos de
financiamento firmados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, vinculados ao
Plano de Equivalência Salarial e dá outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
n° 260, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art.1° As
prestações mensais pactuadas nos contratos de financiamento firmados no âmbito do
Sistema Financeiro da Habitação (SFH), vinculados ao Plano de Equivalência Salarial por
Categoria Profissional (PES/CP), serão reajustadas em função da data-base para a
respectiva revisão salarial, mediante a aplicação do percentual que resultar:I - da variação: até fevereiro de 1990, do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e, a
partir de março de 1990, o valor nominal do Bônus do Tesouro Nacional (BTN);II - do acréscimo de percentual relativo ao ganho real de salário.1° No caso de contratos enquadrados na modalidade plena do PES/CP, far-se-á, a partir do
mês de julho de 1990, o reajuste mensal das respectivas prestações, com base no
percentual de variação do valor nominal do BTN.2° Do percentual de reajuste de que trata ocaputdeste artigo será deduzido o percentual de reajuste a que se
refere o parágrafo anterior.3° É facultado ao agente financeiro aplicar, em substituição aos percentuais previstos
nocapute 1° deste artigo, o índice de aumento salarial da categoria
profissional que for antecipadamente conhecido.Art.2° Ao mutuário,
cujo aumento salarial for inferior à variação dos percentuais referidos nocapute
1° do artigo anterior, fica assegurado o reajuste das prestações mensais em percentual
idêntico ao do respectivo aumento salarial, desde que efetuem a devida comprovação
perante o agente financeiro.Art.3° O Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS)
quitará somente um saldo devedor remanescente por mutuário ao final do contrato,
inclusive os já firmados no âmbito do SFH.Art. 3oO Fundo de
Compensação de Variações Salariais - FCVS quitará somente um saldo devedor
remanescente por mutuário ao final do contrato, exceto aqueles relativos aos contratos
firmados até 5 de dezembro de 1990, ao amparo da legislação do SFH, independentemente
da data de ocorrência do evento caracterizador da obrigação do FCVS.(Redação dada pela Lei nº 10.150, de 21.12.2001)§ 1° No caso de mutuários que tenham contribuído para o FCVS em mais de um financiamento,
desde que não sejam referentes a imóveis na mesma localidade, fica assegurada a
cobertura do fundo, a qualquer tempo, somente para quitações efetuadas na forma
estabelecida nocaputdo art. 5° da Lei n° 8.004, de 14
de março de 1990.§ 2° Ocorrendo a hipótese de um mutuário figurar como co-devedor em contrato celebrado
anteriormente, não será considerado como tendo mais de um financiamento.§ 3° Para assegurar o cumprimento do disposto neste artigo, fica o Banco Central do
Brasil autorizado a coordenar a implementação de um cadastro nacional de mutuários do
Sistema Financeiro da Habitação que será constituído, mantido e administrado pelas
instituições do mesmo sistema.§ 3oPara
assegurar o cumprimento do disposto neste artigo, fica a CEF, na qualidade de
Administradora do FCVS, autorizada a desenvolver, implantar e operar cadastro nacional de
mutuários do Sistema Financeiro da Habitação - SFH, constituído a partir dos cadastros
de operações imobiliárias e de seguro habitacional, ficando sob responsabilidade do
FCVS os custos decorrentes do desenvolvimento, implantação, produção e manutenção do
referido cadastro.(Redação
dada pela Lei nº 10.150, de 21.12.2001)§ 4oO Conselho Monetário Nacional - CMN editará os atos normativos
necessários à administração e manutenção do cadastro a que se refere o § 3odeste artigo.(Incluído pela
Lei nº 10.150, de 21.12.2001)§ 5º O cadastro nacional de mutuários do SFH será alimentado, mensalmente,
pelas instituições ou agentes financeiros e pelos Estados, Municípios e o
Distrito Federal, ou respectivos órgãos de suas administrações diretas e
indiretas, com as informações relativas aos contratos habitacionais que tenham
efetuado.(Incluído pela Medida Provisória nº 996, de 2020)§ 5º O cadastro nacional de mutuários do SFH será atualizado,
mensalmente, pelas instituições ou agentes financeiros e pelos
Estados, Municípios e Distrito Federal, ou pelos respectivos órgãos
de suas administrações diretas e indiretas, com as informações
relativas aos contratos de financiamento habitacional que tenham
sido efetuados no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social (SNHIS), de que trata a Lei nº 11.124, de 16 de
junho de 2005, ou de outros programas habitacionais oficiais subsidiados pelo
poder público.(Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)Art.4° O Banco Central do Brasil expedirá as instruções necessárias à
aplicação desta lei, inclusive aquelas relativas ao reajuste de prestações de
financiamentos firmados no âmbito do SFH.Art.5° As relações
jurídicas decorrentes dasMedidas Provisórias n°s 191, de 6 de junho de 1990,196, de
30 de junho de 1990,202, de 1° de agosto de 1990,217, de 31 de agosto de 1990, e239,
de 2 de outubro de 1990, serão disciplinados pelo Congresso Nacional, nos termos do
disposto noparágrafo único do art. 62 da Constituição.Art.6° Esta lei
entra em vigor na data de sua publicação.Art.7° Revogam-se as
disposições em contrário.Senado Federal, em
5 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 6.12.1990* |
1,990 | 8.099, de 5.12.90 Publicada no DOU de 6.12.90 | Inclui entre as competências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a execução dos programas e atividades do Governo Federal na área do Trabalho e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8099.htm | L8099Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.099, DE 5 DE DEZEMBRO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 259,
de 1990Revogada
pela Lei nº 8.422, de 1992Texto para impressãoInclui entre as competências do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) a execução dos programas e atividades do Governo Federal na área do Trabalho e
dá outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória n° 259, de 1990, que oCongresso Nacionalaprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto
no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1° É incluída na área de competência
do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a execução dos programas relacionados com
as políticas do Governo Federal nas áreas de emprego, apoio ao trabalhador desempregado,
identificação e registro profissional, inspeção do trabalho e segurança e saúde do
trabalhador.Parágrafo único. As competências das
Delegacias Regionais do Trabalho - DRT e as atribuições de seus titulares, especialmente
as estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho, considerar-se-ão absorvidas
pelas unidades descentralizadas do INSS e respectivos titulares, a partir de sua
instalação.Art. 2° As DRT do extinto Ministério do
Trabalho - MTb, mantida a atual estrutura, são incorporadas ao INSS, até que seja
aprovada a estrutura regimental da autarquia.Parágrafo único. Em decorrência do disposto
neste artigo, são transferidos ao INSS o acervo patrimonial, as dotações
orçamentárias aprovadas para este exercício, os recursos financeiros, os recursos
humanos, os cargos e empregos efetivos, bem como os cargos e funções de confiança das
DRT.Art. 3° As relações jurídicas decorrentes
dasMedidas Provisórias n°s 216, de 31 de agosto de 1990, e240, de 2 de outubro de
1990, serão disciplinados pelo Congresso Nacional, nos termos do disposto noparágrafo
único do art. 62 da Constituição.Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.Senado Federal, 5 de dezembro de
1990; 169° da Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 6.12.1990* |
1,990 | 8.098, de 27.11.90 Publicada no DOU de 28.11.90 | Dispõe sobre a distribuição de efetivos de Oficiais da Marinha em tempo de paz. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8098.htm | L8098Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.098, DE 27 DE NOVEMBRO DE
1990.Revogada pela
Lei nº 9.247, de 1995Texto para
impressãoDispõe sobre a distribuição de efetivos de Oficiais da Marinha em tempo
de paz.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° Cabe ao Poder Executivo distribuir,
anualmente, o efetivo de oficiais, por postos, nos diferentes Corpos e Quadros da Marinha,
de que tratam asLeis nºs 6.923, de 29 de junho de 1981,7.151, de 1° de dezembro de
1983e7.301, de 29 de março de 1985, respeitados os limites nelas estabelecidos.Art. 2° A distribuição dos efetivos citada
no art. 1° desta lei será referência para fins de promoção e aplicação da Quota
Compulsória prevista no Estatuto dos Militares.Art. 3° Com exceção dos Postos de
Oficiais-Generais e quando necessário à manutenção do fluxo regular e equilibrado da
carreira, o Poder Executivo, ao distribuir os efetivos, poderá alterar os limites dos
postos em até dez por cento.Parágrafo único. A execução do disposto
neste artigo em caso nenhum poderá resultar em aumento dos efetivos globais de Oficiais
previstos nasLeis n°s 6.923, de 29 de junho de 1981,7.151, de 1° de dezembro de 1983e7.301, de 29 de março de 1985, nem na despesa total a eles correspondente.Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 5° Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 27 de novembro de 1990; 169° da
Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORRenato de Miranda MonteiroEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 28.11.1990* |
1,990 | 8.097, de 23.11.90 Publicada no DOU de 26.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União créditos adicionais no valor de Cr$ 800.519.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8097.htm | L8097Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.097, DE 23 DE NOVEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União
créditos adicionais no valor de Cr$ 800.519.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União,Lei n°
7.999, de 31 de janeiro de 1990, em favor de diversos Órgãos do Poder Judiciário e do
Ministério Público da União, créditos suplementares no valor de Cr$ 788.919.000,00
(setecentos e oitenta e oito milhões, novecentos e dezenove mil cruzeiros), para atender
à programação constante do Anexo I desta lei.Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior
decorrerão do cancelamento de dotações indicadas no Anexo II desta lei, no montante
especificado.Art. 2° É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União,Lei n°
7.999, de 31 de janeiro de 1990, em favor do Poder Judiciário, crédito especial no valor
de Cr$11.600.000,00 (onze milhões e seiscentos mil cruzeiros), para atender à
programação constante do Anexo III desta lei.Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior
decorrerão do cancelamento da dotação indicada no Anexo IV desta lei, no montante
especificado.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 23 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 26.11.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.096, de 21.11.90 Publicada no DOU de 22.11.90 | Dispõe sobre a Comercialização e Industrialização do Trigo, e dá outras providências. (Mensagem de veto) | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8096.htm | L8096Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.096, DE 21 DE NOVEMBRO DE
1990.(Mensagem de veto)Conversão da Medida
Provisória nº 248, de 1990Dispõe sobre a Comercialização e Industrialização do Trigo, e dá
outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° São livres, em todo território nacional, a comercialização e a
industrialização do trigo de qualquer procedência.§ 1°(VETADO).§ 2° O Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento estabelecerá as salvaguardas
necessárias à competitividade da triticultura e indústria nacionais.Art. 2°(VETADO).Art. 3°(VETADO).Art. 4°(VETADO).Art. 5° É extinto o Departamento de Trigo - DTRIG - da Superintendência Nacional de
Abastecimento (Sunab) - ficando transferidos o acervo técnico e as respectivas
atribuições ao Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 7° Revogam-se oDecreto-Lei n° 210, de 27 de fevereiro de 1967, e as demais
disposições em contrário.Brasília, 21 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloAntonio Cabrera Mano FilhoEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 22.11.1990* |
1,990 | 8.095, de 20.11.90 Publicada no DOU de 21.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito especial no valor de Cr$ 715.300.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8095.htm | L8095Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.095, DE 20 DE NOVEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
especial no valor de Cr$ 715.300.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União(Lei n°
7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Ação Social, crédito
especial no valor de Cr$ 715.300.000,00 (setecentos e quinze milhões e trezentos mil
cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2° Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes da Operação de Crédito Externa, em moeda, firmada entre a União e o Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 20 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.11.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.094, de 20.11.90 Publicada no DOU de 21.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar no valor de Cr$ 291.265.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8094.htm | L8094Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.094, DE 20 DE NOVEMBRO DE
1990.Autoriza
o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar no valor de
Cr$ 291.265.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União(Lei n°
7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor da Justiça Federal, crédito suplementar no
valor Cr$ 291.265.000,00 (duzentos e noventa e um milhões, duzentos e sessenta e cinco
mil cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2° Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
de cancelamento da dotação indicada no Anexo II desta lei, no montante especificado.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 20 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.11.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.093, de 20.11.90 Publicada no DOU de 21.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos adicionais no valor de Cr$ 617.953.200.000,00, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8093.htm | L8093Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.093, DE 20 DE NOVEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos
adicionais no valor de Cr$ 617.953.200.000,00, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir aos Orçamentos da União(Lei n° 7.999,
de 31 de janeiro de 1990)créditos adicionais no valor de Cr$ 617.953.200.000,00
(seiscentos e dezessete bilhões, novecentos e cinqüenta e três milhões e duzentos mil
cruzeiros), para atender despesas com pessoal e encargos sociais, conforme indicado no
Anexo I desta lei, sendo:I - Créditos suplementares: Cr$ 615.945.700.000,00;II - Créditos especiais: Cr$ 2.007.500.000,00.Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do disposto neste artigo são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos do
disposto noart. 43, § 1°, inciso II,e§ 3°, da Lei n° 4.320, de 17 de março de
1964.Art. 2° Respeitado o limite global fixado, e por ocasião da abertura dos créditos de
que trata o artigo anterior, o Poder Executivo poderá efetuar o remanejamento dos valores
constantes do Anexo I, para atender despesas entre os órgãos, até o limite de dez por
cento do total do crédito autorizado.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 20 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.11.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.092, de 19.11.90 Publicada no DOU de 21.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar no valor de Cr$ 178.199.000,00, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8092.htm | L8092Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.092, DE 19 DE NOVEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
suplementar no valor de Cr$ 178.199.000,00, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União(Lei n°
7.999, de 31 de janeiro de 1990)crédito suplementar no valor de Cr$ 178.199.000,00
(cento e setenta e oito milhões, cento e noventa e nove mil cruzeiros), para atender à
programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2° Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
da anulação parcial de dotações orçamentárias, no valor de Cr$ 58.199.000,00
(cinqüenta e oito milhões, cento e noventa e nove mil cruzeiros), indicada no Anexo II
desta lei, e do ingresso de operação de crédito externa, firmada entre o Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas e o Kreditanstalt Fur Wiederaufbau-KFW, no valor de Cr$
120.000.000,00 (cento e vinte milhões de cruzeiros), indicada no Anexo III.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 19 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.11.1990Download para
anexo* |
1,990 | 8.091, de 14.11.90 Publicada no DOU de 16.11.90 | Concede antecipação de reajuste salarial aos servidores civis e militares do Poder Executivo, na Administração direta, nas autarquias, inclusive as em regime especial, nas fundações públicas e nos extintos Territórios. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8091.htm | L8091Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.091, DE 14 DE NOVEMBRO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 247, de
1990Concede
antecipação de reajuste salarial aos servidores civis e militares do Poder Executivo, na
Administração direta, nas autarquias, inclusive as em regime especial, nas fundações
públicas e nos extintos Territórios.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
n° 247, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, IRAM SARAIVA, 1°
Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, para os efeitos do
disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte
lei:Art. 1° Sobre os valores dos vencimentos, salários, soldos, proventos, abonos e demais
retribuições dos servidores civis e militares do Poder Executivo, na Administração
direta, nas autarquias, inclusive as em regime especial, nas fundações públicas e nos
extintos Territórios, vigentes no mês de setembro, será concedido reajuste salarial, a
título de antecipação, de trinta por cento, a ser pago nos meses de outubro, novembro e
dezembro de 1990.Parágrafo único. A antecipação de reajuste concedida na forma deste artigo será
compensada na data-base (Lei n° 7.706, de 21 de dezembro de 1988).Art. 2° O disposto nesta lei abrange os benefícios de pensão e o salário-família dos
servidores civis regidos pelaLei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952e dos militares.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 14 de novembro de 1990; 169°
da Independência e 102° da República.SENADOR IRAM SARAIVA1° Vice-Presidente, no exercícioda PresidênciaEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 16.11.1990* |
1,990 | 8.090, de 13.11.90 Publicada no DOU de 14.11.90 | Concede antecipação de reajuste salarial aos servidores civis e militares do Poder Executivo, na Administração direta, nas autarquias, inclusive as em regime especial, nas fundações públicas e nos extintos Territórios. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8090.htm | L8090Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.090, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 245, de 1990Vide Lei nº 8.490, de
19.11.1992Altera a estrutura básica da
Secretaria da Ciência e Tecnologia da Presidência da República e dá outras
providências.Faço saber que oPRESIDENTE
DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória n° 245, de 1990, que o Congresso
Nacional aprovou, e eu, IRAM SARAIVA, 1° Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício
da Presidência, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art.1° O art. 11 daLei n° 8.028, de 12 de
abril de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 11.A Secretaria da Ciência e Tecnologia, com a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de ciência e de tecnologia,
inclusive tecnologia industrial básica, as atividades de pesquisa e desenvolvimento em
áreas prioritárias, bem como a formulação e a implementação da política de
informática e automação, tem a seguinte estrutura básica:I - Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia;II - Conselho Nacional de Informática e Automação;III - Departamento de Planejamento;IV - Departamento de Coordenação dos Órgãos de Execução;V - Departamento de Coordenação de Programas;VI - Departamento de Tecnologia;VII - Departamento de Política de Informática eAutomação;VIII - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;IX - Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia;X - Instituto Nacional de Tecnologia."Art.2° Compete ao Conselho
Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT):(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)I - estudar e propor:(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)a) diretrizes e objetivos da política nacional de
ciência e de tecnologia e medidas de compatibilização com as demais políticas
públicas;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)b) anteprojetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais, no que se refere à ciência
e à tecnologia;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)c) planos e programas federais na área de ciência
e tecnologia;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)d) criação e aperfeiçoamento de instrumentos de
promoção e incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico e à difusão e
absorção de seus resultados;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)e) criação e aperfeiçoamento de instrumentos necessários à mobilização, pelas
empresas nacionais, dos recursos destinados à sua capacitação tecnológica;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)f) diretrizes gerais e mecanismos de
cooperação e intercâmbio internacionais, multi e bilaterais, na área de ciência e
tecnologia;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)g) diretrizes gerais e mecanismos de transferência
de tecnologia e sua difusão e absorção no País;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)II - deliberar sobre:(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)a) diretrizes e normas para aplicação dos recursos
do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)b) diretrizes e normas objetivando a ação
coordenada e cooperativa entre os órgãos da Administração Pública Federal e sua plena
articulação com os governos estaduais, na área de ciência e tecnologia;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)III - acompanhar e avaliar a execução da
política, dos planos e programas de ciência e de tecnologia do Governo Federal e dos
respectivos orçamentos.(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)Art.3° O CCT é constituído dos seguintes membros:(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)I - o Secretário da Ciência e Tecnologia, como
Presidente;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)II - um representante do:(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)a) Ministério das Relações Exteriores;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)b) Ministério da Educação;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)c) Ministério da Saúde;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)d) Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)e) Ministério da Agricultura e Reforma Agrária;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)f) Ministério da Infra-Estrutura;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)g) Estado-Maior das Forças Armadas;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)III - um representante dos Secretários Estaduais de
Ciência e Tecnologia;(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)IV - seis representantes das comunidades
científica, tecnológica e empresarial, designados pelo Presidente da República a partir
de listas tríplice apresentadas pelo Secretário da Ciência e Tecnologia.(Revogado pela Lei nº 9.257, de 9.1.1996)Art.4° São transferidas à Secretaria da Ciência e Tecnologia as
competências da Secretaria Especial de Informática.Parágrafo único. O acervo
patrimonial e a tabela de especialistas da Secretaria Especial de Informática são
transferidos para a Secretaria da Ciência e Tecnologia.Art.5° As atribuições dos órgãos mencionados nosincisos IIIaX do
art. 11 da Lei n° 8.028, de 12 de abril de 1990, com a redação dada pelo art. 1° desta
lei, serão definidas na Estrutura Regimental da Secretaria da Ciência e Tecnologia a ser
aprovada pelo Poder Executivo.Art.6° As relações jurídicas decorrentes daMedida Provisória n°
222, de 11 de setembro de 1990, serão disciplinadas pelo Congresso Nacional, nos termos
do disposto noparágrafo único do art. 62 da Constituição.Art.7° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art.8° Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 13 de
novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.SENADOR IRAM SARAIVA1° Vice-Presidente, no exercício da PresidênciaEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 14.11.1990* |
1,990 | 8.089, de 7.11.90 Publicada no DOU de 9.11.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos adicionais de Cr$ 1.598.225.000,00, para os fins que especifica. (Mensagem de veto) | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8089.htm | L8089Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.089, DE 7 DE NOVEMBRO DE
1990.(Mensagem de veto)Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos
adicionais de Cr$ 1.598.225.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir aos Orçamentos da União(Lei n° 7.999,
de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Justiça, o crédito suplementar no
valor de Cr$ 1.596.725.000,00 (um bilhão, quinhentos e noventa e seis milhões,
setecentos e vinte e cinco mil cruzeiros) para atender à programação constante do Anexo
I desta lei.Art. 2°(VETADO).Art. 3° Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação de recursos diretamente arrecadados de outras
fontes, na forma do Anexo III desta lei, nos termos doart. 43, §§ 1°, inciso II,e3°, da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 4° Os valores constantes desta lei foram calculados com base na Unidade de
Referência Orçamentária relativa ao mês de março de 1990.Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 7 de novembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 9.11.1990Download para anexo* |
1,990 | 8.088, de 30.10.90 Publicada no DOU de 1.11.90 | Dispõe sobre a atualização do Bônus do Tesouro Nacional e dos depósitos de poupança e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8088consol.htm | L8088consolidadaPresidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.088, DE 31 DE OUTUBRO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 237, de 1990Mensagem de vetoVide texto compiladoPartes mantidas pelo Congresso NacionalDispõe
sobre a atualização do Bônus do Tesouro Nacional e dos depósitos de poupança e dá
outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º O valor nominal das Obrigações do
Tesouro Nacional (OTN), emitidas anteriormente a 15 de janeiro de 1989(art. 6º do Decreto-Lei nº 2.284, de 10 de março
de 1986) e do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) será atualizado, no primeiro dia de
cada mês, pelo Índice de Reajuste de Valores Fiscais (IRVF), divulgado pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com metodologia
estabelecida em Portaria do Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento.Parágrafo único. O valor do BTN Fiscal do primeiro dia útil de
cada mês corresponderá ao valor do BTN fixado para o mesmo mês.Art. 2º Os depósitos de poupança, em cada período de
rendimento, serão atualizados monetariamente pela variação do valor nominal do BTN e
renderão juros de cinco décimos por cento ao mês.§ 1º A atualização monetária e os juros serão calculados
sobre o menor saldo diário apresentado em cada período de rendimento.§ 2º Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se
período mínimo de rendimento:a) para os depósitos de pessoas físicas e entidades sem fins
lucrativos, o mês corrido a partir da data de aniversário da conta de depósito de
poupança; eb) para os demais depósitos, o trimestre corrido a partir da
data de aniversário da conta de depósito de poupança.§ 3º A data de aniversário da conta de depósito de poupança
será o dia do mês de sua abertura, considerando-se a data de aniversário das contas
abertas nos dias 29, 30 e 31 como o dia 1º do mês seguinte.§ 4º A atualização monetária de que trata este artigo será
computada mediante a aplicação da variação do valor nominal do BTN verificada:a) para os depósitos de pessoas físicas e entidades sem fins
lucrativos, no mês imediatamente anterior ao do crédito de rendimentos; eb) para do demais depósitos, no trimestre encerrado no mês
imediatamente anterior ao do crédito de rendimentos.§ 5º O crédito da atualização monetária e dos juros será
efetuado:a) mensalmente, na data de aniversário da conta, para os
depósitos de pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos; eb) trimestralmente, na data de aniversário no última mês do
trimestre, para os demais depósitos.§ 6º A taxa de juros fixadas nocaputdeste artigo aplica-se aos depósitos de
poupança livre e rural, devendo, para as demais modalidades, prevalecer aquela
estabelecida na legislação e atos normativos específicos.Art. 3º O disposto no artigo anterior aplica-se ao crédito de
rendimento realizado a partir do mês de junho de 1990, inclusive.Art. 4º(Vetado).Art. 5º(Vetado).Art. 5° Nas operações de crédito rural,
lastreadas em recursos não oriundos de depósitos de caderneta de poupança rural,
poderá o mutuário optar pela atualização monetária do saldo devedor e respectivas
prestações, nos meses de abril e maio de 1990, com base na variação, em relação ao
mês anterior, do valor nominal do Bônus do Tesouro Nacional (BTN).(Vide
ato de promulgação das partes vetadas)Art. 6º(Vetado).Art. 6° Nas operações de crédito rural,
lastreadas em recursos oriundos de depósitos de caderneta de poupança rural, poderá o
mutuário optar pela atualização monetária do saldo devedor e respectivas prestações,
no mês de abril de 1990, pelo acréscimo de setenta e quatro vírgula seis por cento, e
no mês de maio de 1990, pela variação do valor nominal do BTN de maio de 1990, em
relação ao seu valor em abril de 1990.(Vide ato de promulgação
das partes vetadas)Art. 7º(Vetado).Art. 8º É autorizado o pagamento, em cruzados novos, do valor
de aquisição de bens imóveis de propriedade da União e de suas autarquias.§ 1º O produto da alienação dos bens de que trata este artigo
será obrigatoriamente utilizado no resgate de títulos da dívida pública federal,
preferencialmente junto ao Banco Central do Brasil.§ 2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao
produto da venda dos bens imóveis previstos nasLeis nºs 8.011, de 4
de abril de 1990, e8.025, de 12 de abril de 1990.§ 3º O Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento regulamentará o disposto neste
artigo, podendo autorizar a transferência de titularidade de cruzados novos para
aquisição dos bens a que se refere ocaputdeste artigo.Art. 9º Dê-se ao art.
18 daLei nº 8.024, de 12 de abril de 1990,a seguinte redação:"Art. 18.O
Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento poderá:I - reduzir cada
um dos prazos e elevar cada um dos limites estabelecidos nos arts. 5º, 6º e 7º, desta
lei;II - autorizar
leilões de conversão antecipada em cruzeiros de direitos expressos em cruzados novos, em
função de objetivos da política monetária e conveniência em ser ampliada a liquidez
da economia."Art. 10. As conversões a que ser referem o§ 1º do art. 5º,§ 1º do
art. 6º,§ 1º do art. 7ºeart. 10 da Lei nº 8.024, de 12 de abril de 1990, far-se-ão,
em qualquer hipótese, na moeda que tiver curso forçado e poder liberatório pleno à
época de sua vigência, sendo vedada a restituição compulsória em títulos da dívida
pública ou em qualquer outro título financeiro.Art. 11. É o Banco Central do Brasil autorizado a instituir uma
modalidade de caderneta de poupança vinculada, nas seguintes condições:I - para cada valor em cruzeiros depositado durante o prazo
mínimo de dez meses, será assegurada, ao término desse prazo, a conversão de idêntico
valor de cruzados novos, daqueles recolhidos ao Banco Central, na forma doart. 9º da Lei nº 8.024, de 12 de abril de 1990, em nome do
titular da conta;II - aplicar-se-ão à caderneta de poupança de que trata este
artigo todas as demais condições de remuneração e prazo válidas para os depósitos de
poupança livre.Parágrafo único. O Banco Central do Brasil estabelecerá as demais condições relativas
às cadernetas de poupança referidas nocaputdeste artigo, bem como disciplinará
o direcionamento dos recursos captados, os quais deverão ser preferencialmente utilizados
para cobertura dos saldos devedores das instituições financeiras junto ao Banco Central
do Brasil.Art. 12.(Vetado).Art. 13. É autorizado, a partir de 13 de setembro de 1990, o pagamento integral em
cruzados novos, de saldo devedor, inclusive de parcelas atrasadas, de mutuários junto ao
Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que seja efetuado em parcela única e o
contrato esteja enquadrado nas condições daLei nº 8.004, de 14 de
março de 1990.§ 1º Nos casos em que a propriedade do imóvel habitacional
financiado por instituição integrante do SFH sejam comum a mais de uma pessoa,
admitir-se-á a utilização de saldos em cruzados novos de titularidade dos
co-proprietários, para a finalidade indicada neste artigo.§ 2º Poderão ser utilizados para a finalidade e nas
condições previstas neste artigo, observada a legislação pertinente, os saldos das
contas vinculadas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) do proprietário ou
co-proprietários do imóvel.§ 3º Os recursos em cruzados novos recebidos pelas
instituições financeiras na quitação das dívidas de que trata este artigo:I - ficarão depositados em nome da instituição financeira, no
Banco Central do Brasil, e convertidos em cruzeiros, a partir de 16 de setembro de 1991,
em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas;II - serão atualizados monetariamente pela variação da BTN
Fiscal, a partir da data de quitação da dívida junto ao agente financeiro, acrescidos
de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata;III - não poderão ser utilizados no recolhimento de cruzados
novos ao Banco Central do Brasil, para os fins previstos noart.
9º da Lei nº 8.024, de 12 de abril de 1990; eIV - terão a titularidade transferida à Caixa Econômica
Federal, até o limite recebido dos mutuários, no caso de quitação de contratos
celebrados com recursos de repasse ou refinanciamentos do extinto Banco Nacional da
Habitação, observado o disposto nas alíneas anteriores.Art. 14. O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, poderá
autorizar, para quaisquer contratos de financiamento habitacional, a utilização de
cruzados novos na quitação de saldo devedor de mutuários junto ao Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).§ 1º(Vetado).§ 2º Os recursos em cruzados novos recebidos pelas
instituições financeiras na quitação das dívidas de que trata este artigo:I - ficarão depositados em nome da instituição financeira, na
Banco Central do Brasil, e convertidos em cruzeiros, a partir de 16 de setembro de 1991,
em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas;II - serão atualização monetariamente pela variação do BTN
Fiscal, a partir da data de quitação da dívida junto ao agente financeiro, acrescidos
de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata;III - não poderão ser utilizados no recolhimento de cruzados
novos ao Banco Central do Brasil, para os fins previstos noart.
9º da Lei nº 8.024, de 12 de abril de 1990.Art. 15. Os §§ 1º e 2º do art. 5º, os
§§ 1º e 2º do art. 6º e os §§ 1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.024, de 1990,
passam a vigorar com a seguinte redação:"Art 5º
.....................................................
...............................................................................................
.......................................................§ 1ºAs quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste
artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais
iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta lei.§ 2ºAs quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal, verificada entre o dia 19 de
março de 1990 e a data do efetivo pagamento das parcelas referidas no dito parágrafo,
acrescidas de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata.Art
6º ................................................................................
............................................................................................................................
.......................................................§ 1ºAs quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas
mensais iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta
lei.§ 2ºAs quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas pela variação do BTN Fiscal, verificada entre a data do próximo crédito de
rendimento e a data do efetivo pagamento das parcelas referidas no dito parágrafo,
acrescidas de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata.Art
7º ................................................................................
...........................................................................................................................
.......................................................§ 1ºAs quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas
mensais iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta
lei.§ 2ºAs quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal, verificada entre a data de
vencimento do prazo original do título e a data do efetivo pagamento das parcelas
referidas no dito parágrafo, acrescidas de juros de seis por cento ao ano ou fraçãopro
rata."Art. 16. O Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento
fornecerá, trimestralmente, às Comissões de Assuntos Econômicos do Senado Federal e de
Economia, Indústria e Comércio e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputadas,
todas as informações necessárias ao acompanhamento e avaliação do plano de
estabilização definido pelaLei nº 8.024, de 1990, entre as
quais a programação monetária, prevista e realizada, sua compatibilização com a
política econômica e, mais especificamente, com a política fiscal, e relatórios sobre
a liquidez, normas, instruções e liberações de depósitos em cruzados novos e sua
conversão.Art. 17. São isentos do imposto de renda os rendimentos cujos
beneficiários sejam pessoas físicas, entidades sem fins lucrativos e pessoas jurídicas
não tributadas com base no lucro real:I - creditados, a partir de 1º de junho de 1990, em contas de
depósitos de poupança; eII - produzidos, a partir de 19 de março de 1990, pelos cruzados
novos não convertidos em cruzeiros, nos termos dosarts. 5º,6ºe7º da Lei nº 8.024, de 1990.Parágrafo único. No caso de pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro real, os rendimentos referidos neste artigo continuarão integrando a base
de cálculo do imposto, no encerramento do período-base de apuração.Art. 18. O Imposto sobre Operações
de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários será
cobrado, à alíquota máxima de um e meio por cento por dia, sobre o valor das
operações relativas a crédito e a títulos e valores mobiliários, limitado o imposto
ao valor dos encargos ou do rendimento da operação.(Regulamento)(Revogado
pela Lei nº 8.894, de 1994)§ 1° O Poder Executivo, em
consonância com os objetivos de política monetária, estabelecerá alíquotas
diferenciadas do imposto de que trata este artigo, em função do prazo e da natureza da
operação.(Regulamento)(Revogado pela Lei nº 8.894, de 1994)§ 2° São excluídas da incidência do
imposto de que trata este artigo as operações de aquisição de títulos e valores
mobiliários realizadas pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil.(Regulamento)(Revogado pela Lei nº 8.894, de 1994)§ 3° O imposto de que trata este artigo será
excluído da base de cálculo do imposto de renda a que se refere oart. 47 da Lei n°
7.799, de 10 de julho de 1989, incidente sobre o rendimento real da operação, no caso da
incidência sobre títulos ou valores mobiliários.(Regulamento)(Revogado
pela Lei nº 8.894, de 1994)§ 4°(Vetado).(Regulamento)(Revogado pela Lei nº 8.894, de 1994)§ 5°(Vetado).(Regulamento)(Revogado pela Lei nº 8.894, de 1994)Art. 19. Todos os títulos, valores mobiliários e cambiais
serão emitidos sempre sob a forma nominativa, sendo transmissíveis somente por endosso
em preto.§ 1° Revestir-se-ão de forma nominativa os títulos, valores
mobiliários e cambiais em circulação antes da vigência desta lei, quando, por qualquer
motivo, reemitidos, repactuados, desdobrados ou agrupados.§ 2° A emissão em desobediência à forma nominativa prevista
neste artigo torna inexigível qualquer débito representado pelo título, valor
mobiliário ou cambial irregular.§ 3° A Comissão de Valores Mobiliários regulamentará o
disposto neste artigo em relação aos valores mobiliários.Art. 20. O Banco Central do Brasil fica autorizado a baixar
normas complementares aos dispositivos desta lei.Art. 21. São convalidados os atos praticados com base nasMedidas Provisórias n°s 189, de 30 de maio de 1990,195, de 30 de junho de 1990,200, de
27 de julho de 1990e212, de 29 de agosto de 1990.Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 31 de outubro de 1990; 169° da Independência e 102°
da República.FERNANDO COLLORJoão da Silva MaiaEste texto não substitui o
publicado no DOU de 31.11.1990 eretificado no DOU de 5.11.1990LEI
Nº 8.088, DE 31 DE OUTUBRO DE 1990.Partes
vetadas pelo Presidente da República e mantidas pelo Congresso Nacional, do Projeto que
se transformou na Lei n° 8.088, de 31 de outubro de 1990, que "dispõe sobre a
atualização do Bônus do Tesouro Nacional e dos depósitos de poupança e dá outras
providências.O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL:Faço
saber que o CONGRESSO NACIONAL manteve, e eu, MAURO BENEVIDES, Presidente do Senado
Federal, nos termos do § 7° do art. 66 da Constituição, promulgo as seguintes partes
da Lei n° 8.088, de 31 de outubro de 1990:"Art.
5°Nas operações de crédito rural, lastreadas em recursos não oriundos de
depósitos de caderneta de poupança rural, poderá o mutuário optar pela atualização
monetária do saldo devedor e respectivas prestações, nos meses de abril e maio de 1990,
com base na variação, em relação ao mês anterior, do valor nominal do Bônus do
Tesouro Nacional (BTN).Art.
6°Nas operações de crédito rural, lastreadas em recursos oriundos de depósitos
de caderneta de poupança rural, poderá o mutuário optar pela atualização monetária
do saldo devedor e respectivas prestações, no mês de abril de 1990, pelo acréscimo de
setenta e quatro vírgula seis por cento, e no mês de maio de 1990, pela variação do
valor nominal do BTN de maio de 1990, em relação ao seu valor em abril de 1990."Senado Federal, 14 de junho de 1991.MAURO BENEVIDESEste texto não substitui o
publicado no DOU de 17.6.1991* |
1,990 | 8.087, de 29.10.90 Publicada no DOU de 30.10.90 | Revoga a Lei nº. 7.320, de 11 de junho de 1985, que dispõe sobre antecipação de comemoração de feriados e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8087.htm | L8087Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.087, DE 29 DE OUTUBRO DE
1990.Revoga
a Lei nº. 7.320, de 11 de junho de 1985, que dispõe sobre antecipação de comemoração
de feriados e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º Fica revogada aLei nº 7.320, de 11 de
junho de 1985, que "dispõe sobre antecipação de comemoração de feriados e
dá outras providências".Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 29 de outubro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORJarbas PassarinhoEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 30.10.1990* |
1,990 | 8.086, de 23.10.90 Publicada no DOU de 24.10.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União crédito extraordinário, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8086.htm | L8086Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.086, DE 23 DE OUTUBRO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 238,
de 1990Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União crédito
extraordinário, para os fins que especifica.Faço saber queO PRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº. 238, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da União, aprovado pelaLei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990, em favor do Ministério da Ação Social, o
crédito extraordinário no valor de Cr$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de cruzeiros),
para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
do cancelamento de dotação constante do Anexo II desta lei e no montante especificado.Art. 3º O Departamento do Tesouro Nacional da Fazenda Nacional do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento colocará, imediatamente, o valor integral deste crédito
extraordinário à disposição do Ministério da Ação Social.Art. 4º As relações jurídicas decorrentes dasMedidas Provisórias nºs 201e214, de
31 de julho de 1990 e de 30 de agosto de 1990, serão disciplinadas pelo Congresso
Nacional, nos termos do disposto noparágrafo único do art. 62 da Constituição da
República Federativa do Brasil.Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 23 de outubro de 1990; 169º da Independência
e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 24.10.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.085, de 23.10.90 Publicada no DOU de 24.10.90 | Dispõe sobre o Imposto de Importação. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8085.htm | L8085Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.085, DE 23 DE OUTUBRO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 233, de
1990Dispõe sobre o Imposto de
Importação.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº 233, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º O Poder Executivo poderá, atendidas as condições e os
limites estabelecidos naLei nº 3.244, de 14 de agosto de
1957, modificada pelosDecretos-Leis nºs 63, de 21 de novembro de 1966, e2.162, de
19 de setembro de 1984,alterar as alíquotas do imposto de importação.Parágrafo único. O Presidente da República poderá outorgar
competência ao Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento para a prática dos atos
previstos neste artigo.Parágrafo único. O Presidente da
República poderá outorgar competência à CAMEX para a prática dos atos
previstos neste artigo.(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001)Art. 2º As atribuições da extinta Comissão de Política Aduaneira ficam transferidas
à Secretaria Nacional de Economia, do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento,
ressalvado o disposto no artigo anterior.Art. 3º As mercadorias relacionadas na tabela anexa a esta lei, com a indicação dos
correspondentes códigos de classificação na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias,
ficam sujeitas ao imposto de importação à alíquotaad valoremde zero por
cento, aplicando-se-lhes o disposto no art. 1º.Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 5º Revogam-se oart. 8º. da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e demais
disposições em contrário.Sendo Federal, 23 de outubro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no DOU de 24.11.1990TABELA ANEXA À LEI Nº 8.085, DE 23 DE OUTUBRO DE 1990* |
1,990 | 8.084, de 23.10.90 Publicada no DOU de 24.10.90 | Reprograma o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais para 1990 e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8084.htm | L8084Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.084, DE 23 DE OUTUBRO DE
1990.Reprograma o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais para 1990 e
dá outras providências.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no
exercício do cargo de Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º A despesa do Orçamento de
Investimento relativo a 1990, das Empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detém a maioria do capital social com direito a voto, aprovado pelaLei nº 7.999, de 31
de janeiro de 1990, observada a programação em anexo a esta Lei, é fixada em Cr$
587.946.068.000,00 (quinhentos e oitenta e sete bilhões, novecentos e quarenta e seis
milhões e sessenta e oito mil cruzeiros), com o seguinte desdobramento:Demonstrativo dos
Investimentos por ÓrgãosCr$ milEspecificaçãoValorPresidente da República4.182.669Ministério da Aeronáutica6.434.852Ministério da Agricultura e Reforma Agrária5.856.754Ministério da Infra-Estrutura465.833.123Ministério da Educação118.468Ministério do Exército1.876.032Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento93.618.023Ministério da Justiça182.945Ministério da Marinha5.000Ministério da Saúde501.786Ministério da Trabalho e da Previdência Social2.656.165Entidades em Extinção, Dissolução
ou Privatização (Lei nº 8.029/90)6.680.251Total587.946.068Art. 2º. As
fontes de receita, destinadas à cobertura da despesa fixada no artigo anterior, vedado o
endividamento junto a empreiteiras, fornecedores ou instituições financeiras, para
compensar frustração de receita, são estimadas com o seguinte desdobramento:Cr$ milEspecificaçãovalorGeração Própria/outros Recursos de Longo Prazo468.321.088Recursos para Aumento do Patrimônio Líquido59.327.697- Do Tesouro15.786.692- Demais43.541.005Operações de Crédito de Longo Prazo60.297.283- Internas24.541.496- Externas35.755.787Total587.946.068Art. 3º. É o Poder Executivo autorizado a:I - abrir créditos suplementares para cada
subprojeto ou subatividade, até o limite de vinte por cento do respectivo valor por
empresa, desde que respeitado o limite global fixado; eII - abrir créditos suplementares para
subprojeto ou subatividade, até o limite de vinte por cento do respectivo valor por
empresa, mediante a utilização de recursos excedentes por esta gerados.Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação.Art. 5º. Revoga-se o disposto no anexo
relativo ao Orçamento de Investimento das Empresas Estatais, a que se refere oart. 13 da
Lei nº 7.999, de 1990.Parágrafo único. Em decorrência do disposto
no caput deste artigo as despesas com investimentos das Empresas Estatais nele referidas e
que integram os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, constantes daLei nº 7.999, de
1990, passam a vigorar nestes Orçamentos em consonância com o disposto nesta Lei.Art. 6º. Revogam-se as demais disposições em
contrário.Brasília, 23 de outubro de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.ITAMAR FRANCOZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 24.10.1990Download para anexo* |
1,990 | 8.083, de 19.10.90 Publicada no DOU de 22.10.90 | Faz a revisão dos Orçamentos da União para 1990 e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8083.htm | L8083Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.083, DE 19 DE OUTUBRO DE
1990.Faz a revisão dos Orçamentos da União para 1990 e dá outras
providências.OPRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União(Lei nº 7.999, de 31 de
janeiro de 1990)são revistos na forma desta lei, estimando-se a Receita e fixando-se a
Despesa desta revisão em Cr$ 2.543.549.900.000,00 (dois trilhões, quinhentos e quarenta
e três bilhões, quinhentos e quarenta e nove milhões e novecentos mil cruzeiros).Art. 2º Dos recursos destinados à Despesa, referidos no artigo anterior, Cr$
2.220.165.587.000,00 (dois trilhões, duzentos e vinte bilhões, cento e sessenta e cinco
milhões e quinhentos e oitenta e sete mil cruzeiros) suplementam dotações existentes naLei nº. 7.999, de 1990, e constam dos anexos desta lei, a seguir discriminados:I - Cr$ 34.322.706.000,00 (trinta e quatro bilhões, trezentos e vinte e dois milhões e
setecentos e seis mil cruzeiros) para atender despesas com Pessoal e Encargos Sociais de
órgãos e entidades conforme Anexo I;II - Cr$ 145.173.924.000,00 (cento e quarenta e cinco bilhões, cento e setenta e três
milhões e novecentos e vinte e quatro mil cruzeiros) para atender despesas com
Amortização e Encargos da Dívida de órgãos e entidades, conforme Anexo II;III - Cr$ 1.006.988.650.000,00 (um trilhão, seis bilhões, novecentos e oitenta e oito
milhões e seiscentos e cinqüenta mil cruzeiros) para atender despesas de que trata a
atividade Administração da Dívida Pública Mobiliária Federal, constante do Órgão
71.000 - Encargos Financeiros da União - Recursos sob Supervisão do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento, conforme Anexo III;IV - Cr$ 8.542.358.000,00 (oito bilhões, quinhentos e quarenta e dois milhões e
trezentos e cinqüenta e oito mil cruzeiros) para atender despesas de Contrapartida
Nacional Empréstimos Externos de órgãos e entidades, conforme Anexo IV;V - Cr$ 897.553.488.000,00 (oitocentos e noventa e sete bilhões, quinhentos e cinqüenta
e três milhões e quatrocentos e oitenta e oito mil cruzeiros) para atender despesas de
Manutenção e Funcionamento de órgãos e respectivas entidades supervisionadas, conforme
Anexo V;VI - Cr$ 121.817.913.000,00 (cento e vinte e um bilhões, oitocentos e dezessete milhões
e novecentos e treze mil cruzeiros) para atender despesas com Investimentos, Inversões
Financeiras e Outras Despesas de Capital de órgãos, conforme Anexo VI; eVII - Cr$ 5.766.548.000,00 (cinco bilhões, setecentos e sessenta e seis milhões,
quinhentos e quarenta e oito mil cruzeiros) para reforço da dotação da Reserva de
Contingência, código orçamentário "90000.99.999.9999.9999".Art. 3º Dos recursos conferidos à Despesa na forma do art. 1º. desta lei, Cr$
276.543.465.000,00 (duzentos e setenta e seis bilhões, quinhentos e quarenta e três
milhões e quatrocentos e sessenta e cinco mil cruzeiros) destinam-se a atender as
dotações a seguir discriminadas:I - Cr$ 4.550.500.000,00 (quatro bilhões, quinhentos e cinqüenta milhões, e quinhentos
mil cruzeiros) para atender despesas com Pessoal e "Encargos Sociais da atividade
Encargos Decorrentes de Liquidação, Transformação ou Fusão de Entidades
Federais" do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, conforme Anexo VII;II - Cr$ 1.369.028.000,00 (um bilhão, trezentos e sessenta e nove milhões e vinte e oito
mil cruzeiros) para atender despesas com Amortização e Encargos da Dívida, conforme
Anexo VIII;III - Cr$ 136.605.868.000,00 (cento e trinta e seis bilhões, seiscentos e cinco milhões
e oitocentos e sessenta e oito mil cruzeiros) para atender despesas com Manutenção e
Funcionamento, conforme Anexo IX; eIV - Cr$ 134.018.069.000,00 (cento e trinta e quatro bilhões, dezoito milhões e sessenta
e nove mil cruzeiros) para atender despesas com Investimentos, Inversões Financeiras e
Outras Despesas de Capital, conforme Anexo X.Art. 4º É o Poder Executivo autorizado a abrir os créditos indicados nos artigos 2º. e
3º., desta lei, utilizando-se dos recursos provenientes do excesso de arrecadação das
Receitas do Tesouro Nacional, a teor doart. 43, § 1º., inciso IIe§ 3º, da Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964, no valor de Cr$ 2.496.709.052.000,00 (dois trilhões,
quatrocentos e noventa e seis bilhões, setecentos e nove milhões e cinqüenta e dois mil
cruzeiros).§ 1º Na abertura dos créditos a que se refere o art. 2º, II, desta lei, desde que
respeitado o limite global fixado, é o Poder Executivo autorizado a alterar em até 20%
(vinte por cento), os valores especificados por órgão explicitado no Anexo II desta lei.§ 2º O crédito a que se refere o art. 2º, IV, desta lei, atenderá exclusivamente aos
projetos e atividades especificados no Adendo I ao Anexo IV, respeitado o limite máximo
fixado para cada órgão.§ 3º O crédito de que trata o art. 2º, V, desta lei, atenderá exclusivamente aos
projetos e atividades especificados no Adendo I ao Anexo V, respeitado o limite máximo
fixado para cada órgão, bem como o percentual mínimo de 23,09 (vinte e três e nove
centésimos por cento) para suplementação de cada projeto ou atividade, relacionados com
ações-fim dos órgãos, explicitados no Adendo II ao Anexo V e contemplará, ainda, a
programação constante do Adendo III ao Anexo V, observados os valores constantes deste
adendo.Art. 5º Ficam canceladas as dotações constantes daLei nº. 7.999, de 1990, que estão:I - discriminadas no Anexo XI desta lei, nos montantes nele especificados; eII - consignadas à subatividade 03.008.0031.2161.0001 - Refinanciamento de Dívidas
Externas com Aval do Tesouro Nacional - Empresas Estatais Federais, Grupo de Despesa
"Inversões Financeiras", em favor do órgão 74101 - Operações Oficiais de
Crédito - Recursos sob Supervisão do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento e
financiada à conta de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional, no valor de Cr$
11.772.331.000,00 (onze bilhões, setecentos e setenta e dois milhões e trezentos e
trinta e um mil cruzeiros).Art. 6º É o Poder Executivo autorizado a converter, mediante suplementação de
créditos nos Orçamentos da União (Lei 7.999, de 1990), o valor de Cr$ 46.840.848.000,00
(quarenta e seis bilhões, oitocentos e quarenta milhões e oitocentos e quarenta e oito
mil cruzeiros), conforme Anexo XIII desta lei, para atender a programação indicada no
Anexo XII, mediante a utilização das seguintes fontes:I - Cr$ 40.923.540.000,00 (quarenta bilhões, novecentos e vinte e três milhões e
quinhentos e quarenta mil cruzeiros) de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional
em Recursos Ordinários do Tesouro Nacional; eII - Cr$ 5.917.308.000,00 (cinco bilhões, novecentos e dezessete milhões e trezentos e
oito mil cruzeiros) de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional em Resultado do
Banco Central.Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do disposto neste artigo são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, a teor doart.
43, § 1º, inciso IIe§ 3º, da Lei nº 4.320, de 1964.Art. 7º É o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares, para
incorporação aos Orçamentos da União (Lei 7.999, de 1990), dos seguintes ingressos:I - excesso de arrecadação de recursos diretamente arrecadados pelos órgãos e
entidades da Administração direta, inclusive aqueles destinados a fundos;II - excesso de arrecadação de recursos diretamente arrecadados pelas entidades da
Administração indireta;III - recursos provenientes de convênios;IV - saldos de exercícios anteriores; eV - recursos decorrentes de variação monetária e cambial das operações de crédito
contratadas e constantes daLei nº 7.999, de 1990.Art. 8º A execução das despesas programadas à conta de recursos de que trata o art.
7º desta lei e dos recursos vinculados do Tesouro Nacional, fica condicionada à efetiva
realização dessas receitas.Art. 9º São retificados os títulos dos subprojetos a seguir relacionados, integrantes
daLei nº 7.999, de 1990, e suas alterações, na forma dos incisos deste artigo:I - 43101.07.040.0183.1145.0033 - Infra-Estrutura Hídrica no Povoado do Campo Alegre em
São João do Piauí (PI);II - 43101.07.040.0183.1145.0042 - Infra-Estrutura Hídrica em Taquara (BA);III - 43101.15.081.0487.1314.0022 - Construção de Moradias Populares em Boa Esperança
(PR);IV - 43101.15.081.0487.1314.0041 - Construção de Moradias em Janiópolis (PR);V - 29101.15.081.0487.1324.0041 - Irrigação da Bacia do Rio Paraíba aproveitando a
Barragem de Santo Antônio (PB);VI - 29101.15.081.0487.1324.0002 - Construção da Barragem de Braúna e Irrigação do
Rio Paraíba em São João do Tigre (PB);VII - 80209.16.091.0571.1218.0009 - Recuperação do Sistema Viário de Bairro Coroadinho
em São Luís (MA);VIII - 49201.16.088.0537.1204.0078 - BR-135/324/PI - Bertolínea - Eliseu Martins.Art. 10. Os percentuais estabelecidos noart. 11, inciso I,IIIeV, da Lei nº 7.999, de
1990, se aplicam aos valores das respectivas dotações de cada subprojeto ou subatividade
atualizados até esta data, considerando, inclusive, as suplementações objeto desta lei.Art. 11. A comprovação de que trata o caput doart. 17 da Lei nº 7.800, de 10 de julho
de 1989, em relação aos seus incisos I a IV, para os Municípios de população inferior
a 60.000 (sessenta mil) habitantes, poderá ser efetivada mediante declaração do
respectivo Prefeito.Art. 12. É o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial em favor da
Superintendência da Zona Franca de Manaus, entidade supervisionada da Secretaria do
Desenvolvimento Regional da Presidência da República, código orçamentário 40603, até
o limite Cr$ 181.616.000,00 (cento e oitenta e um milhões e seiscentos e dezesseis
mil cruzeiros) para o atendimento do subprojeto 40603.07.040.0031.1174.0005 - "Ala
Cultural do Centro Educacional e Desportivo de Manaus", no grupo de despesa
"Investimento".Parágrafo único. Os recursos necessários ao atendimento do disposto neste artigo
decorrerão do cancelamento do saldo do subprojeto 40603.07.040.0031.1174.0004 -
"Saneamento de Manaus - Manaus Moderna" apurado na data de abertura do crédito.Art. 13. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 14. Revogam-se ocapute osparágrafos 1ºa5º do art. 6º, ocaputeparágrafo
único do art. 15e oparágrafo único do art. 16, da Lei nº 7.999, de 1990, e as demais
disposições em contrário.Brasília, 19 de outubro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 22.10.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.082, de 18.10.90 Publicada no DOU de 19.10.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da União crédito extraordinário no valor de Cr$ 130.400.000,00, para os fins que especifica | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8082.htm | L8082Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.082, DE 18 DE OUTUBRO DE
1990.Conversão da Mpv nº 226, de 1990Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da
União crédito extraordinário no valor de Cr$ 130.400.000,00, para os fins que
especifica.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 226, de
1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado
Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da
União (Lei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Justiça,
crédito extraordinário no valor de Cr$ 130.400.000,00 (cento e trinta milhões e
quatrocentos mil cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do cancelamento da dotação constante do Anexo II desta Lei e no montante
especificado.Art. 3º O Departamento do Tesouro Nacional do Ministério de Economia, Fazenda e
Planejamento colocará, imediatamente, o valor integral deste crédito extraordinário à
disposição do Ministério da Justiça.Art. 4º É o Poder Executivo autorizado a abrir créditos adicionais à conta de recursos
oriundos de convênios entre Órgãos Federais, decorrentes da aplicação desta lei,
desde que respeitados os objetivos e metas da programação aprovada.Art. 5º As relações jurídicas decorrentes daMedida Provisória nº 208, de 17 de
agosto de 1990, serão disciplinadas pelo Congresso Nacional, nos termos do disposto no
parágrafo único doart. 62 da Constituição da República Federativa do Brasil.Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 18 de outubro de 1990; 169º. da
Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 19.10.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.081, de 21.9.90 Publicada no DOU de 24.9.90 | Estabelece os crimes e as penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional, praticados pelos meios de comunicação ou por publicação de qualquer natureza. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8081.htm | L8081Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.081, DE 21 DE SETEMBRO DE 1990.Estabelece
os crimes e as penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de preconceito de raça,
cor, religião, etnia ou procedência nacional, praticados pelos meios de comunicação ou
por publicação de qualquer natureza.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art.
1º ALei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar
acrescida do seguinte artigo:(artigo revogado pela Lei
nº 9.459, de 13.5.1997)"Art. 20.Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de
comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou
preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional.Pena: reclusão de dois a cinco anos.§ 1º Poderá o juiz determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda
antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.§ 2º Constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a
destruição do material apreendido".Art. 2º São renumerados os arts. 20 e 21 daLei nº 7.716, de
5 de janeiro de 1989, para arts. 21 e 22, respectivamente.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 21 de setembro de 1990; 169º
da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 24.9.1990* |
1,990 | 8.080, de 19.9.90 Publicada no DOU de 20.9.90 | Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm | L8080Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.Mensagem de vetoRegulamentoRegulamentoVide Lei 14.758, de 2023VigênciaVide Lei nº 14.977, de 2024VigênciaDispõe
sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço saber que oCongresso Nacionaldecreta e eu
sanciono a seguinte lei:DISPOSIÇÃO PRELIMINARArt. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de
saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício.§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário
às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis
de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.Art. 3oOs níveis de saúde
expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.(Redação dada pela Lei nº 12.864,
de 2013)Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto
no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de
bem-estar físico, mental e social.TÍTULO IIDO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDEDISPOSIÇÃO PRELIMINARArt. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de
Saúde (SUS).§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais,
estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos,
medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em
caráter complementar.CAPÍTULO IDos Objetivos e AtribuiçõesArt. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e
social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):I - a execução de ações:a) de vigilância sanitária;b) de vigilância epidemiológica;c) de saúde do trabalhador; ec) de saúde do
trabalhador;(Redação dada pela Lei nº
14.572, de 2023)d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;e) de saúde bucal;(Incluída pela
Lei nº 14.572, de 2023)II - a participação na formulação da política e na execução de ações de
saneamento básico;III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse
para a saúde;VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e
tecnológico;XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.XII – a formulação e a execução da política de informação e
assistência toxicológica e de logística de antídotos e medicamentos
utilizados em intoxicações.(Incluído pela Lei nº
14.715, de 2023)§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes
do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde, abrangendo:I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a
saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; eII - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com
a saúde.§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam
o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes
e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de
atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como
visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e
agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho;II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em
estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de
máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre
os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde
do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de
trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; eVIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a
interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando
houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.§ 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto
articulado de ações, em todos os níveis de complexidade, que visem a garantir
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, individual e
coletiva, inseridas no contexto da integralidade da atenção à saúde.(Incluído pela
Lei nº 14.572, de 2023)§ 5º Entende-se por assistência toxicológica, a que se refere o
inciso XII docaputdeste artigo, o conjunto de ações e
serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações
agudas e crônicas decorrentes da exposição a substâncias químicas,
medicamentos e toxinas de animais peçonhentos e de plantas tóxicas.(Incluído pela
Lei nº 14.715, de 2023)Art. 6ºA.
As diferentes instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) ficam
obrigadas a disponibilizar nas respectivas páginas eletrônicas na internet
os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua
gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum.(Incluído pela Lei nº 14.654, de 2023)VigênciaCAPÍTULO IIDos Princípios e DiretrizesArt. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços
privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas noart. 198 da Constituição Federal,
obedecendo ainda aos seguintes princípios:I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer
espécie;V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua
utilização pelo usuário;VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de
recursos e a orientação programática;VIII - participação da comunidade;IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de
governo:a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento
básico;XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de
assistência à saúde da população;XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; eXIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para
fins idênticos.XIV – organização de atendimento público específico e
especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que
garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias
plásticas reparadoras, em conformidade com aLei nº12.845, de 1ºde agosto de 2013.(Redação dada pela Lei nº
13.427, de 2017)XV – proteção integral
dos direitos humanos de todos os usuários e especial atenção à
identificação de maus-tratos, de negligência e de violência sexual
praticados contra crianças e adolescentes.(Incluído pela
Lei nº 14.679, de 2023)Parágrafo único. Para os efeitos do inciso XIV
docaputdeste artigo, as mulheres vítimas de qualquer tipo
de violência têm o direito de serem acolhidas e atendidas nos
serviços de saúde prestados no âmbito do SUS, na rede própria ou
conveniada, em local e ambiente que garantam sua privacidade e
restrição do acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em
especial o do agressor.(Incluído pela
Lei nº 14.847, de 2024)CAPÍTULO IIIDa Organização, da Direção e da GestãoArt. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão
organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com oinciso I do art. 198 da Constituição
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente; eIII - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as
ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção
única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em
distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a
cobertura total das ações de saúde.Art. 11. (Vetado).Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao
Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por
entidades representativas da sociedade civil.Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não
compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:I - alimentação e nutrição;II - saneamento e meio ambiente;III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;IV - recursos humanos;V - ciência e tecnologia; eVI - saúde do trabalhador.Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de
saúde e as instituições de ensino profissional e superior.Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades,
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do
Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à
pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.Art. 14-A.
As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de
negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do
Sistema Único de Saúde (SUS).(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).Parágrafo
único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por
objetivo:(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).I - decidir
sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão
compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política
consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde;(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).II - definir
diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da
organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à
sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados;(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).III - fixar
diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de
territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).Art. 14-B.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias
referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função
social, na forma do regulamento.(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).§ 1oO Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do
Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União.(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).§ 2oOs Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são
reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no
âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que
vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus
estatutos.(Incluído pela Lei
nº 12.466, de 2011).CAPÍTULO IVDa Competência e das AtribuiçõesSeção IDas Atribuições ComunsArt. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização
das ações e serviços de saúde;II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano,
à saúde;III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das
condições ambientais;IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e
parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde;VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para
promoção da saúde do trabalhador;VII - participação de formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;IX - participação na formulação e na execução da política de formação e
desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de
conformidade com o plano de saúde;XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde,
tendo em vista a sua relevância pública;XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde,
autorizadas pelo Senado Federal;XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e
transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de
irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente
poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas,
sendo-lhes assegurada justa indenização;(Vide ADIN 3454)XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à
saúde, saneamento e meio ambiente;XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da
saúde;XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional
e outras entidades representativas da sociedade civil para a definição e controle dos
padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde;XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder
de polícia sanitária;XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento
emergencial.Seção IIDa CompetênciaArt. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:Art. 16. À direção
nacional do SUS compete:(Redação dada pela Lei nº
14.572, de 2023)I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;II - participar na formulação e na implementação das políticas:a) de controle das agressões ao meio ambiente;b) de saneamento básico; ec) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;III - definir e coordenar os sistemas:a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;b) de rede de laboratórios de saúde pública;c) de vigilância epidemiológica; ed) vigilância sanitária;IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de
agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde
humana;V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das
condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador;VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e
fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios;VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade
sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano;IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício
profissional, bem como com entidades representativas de formação de recursos humanos na
área de saúde;X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e
produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais
órgãos governamentais;XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o
estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde;XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e
os serviços privados contratados de assistência à saúde;XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos
serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e
Derivados;XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as
competências estaduais e municipais;XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação
técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal;XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e
financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados,
Municípios e Distrito Federal.(Vide Decreto nº
1.651, de 1995)XX - definir as
diretrizes e as normas para a estruturação física e organizacional
dos serviços de saúde bucal.(Incluído pela
Lei nº 14.572, de 2023)Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e
sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à
saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde
(SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.§ 1ºA União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em
circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que
possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS)
ou que representem risco de disseminação nacional.(Renumerado do parágrafo
único pela Lei nº 14.141, de 2021)§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública,
poderá ser adotado procedimento simplificado para a remessa de patrimônio
genético ao exterior, na forma do regulamento.(Incluído pela Lei nº
14.141, de 2021)§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acabado ou
material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio genético de que trata o §
2º deste artigo serão repartidos nos termos daLei nº 13.123, de 20 de maio de
2015.(Incluído pela Lei nº
14.141, de 2021)Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de
saúde;.II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde
(SUS);III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente
ações e serviços de saúde;IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:a) de vigilância epidemiológica;b) de vigilância sanitária;c) de alimentação e nutrição; ec) de alimentação e
nutrição;(Redação dada
pela Lei nº 14.572, de 2023)d) de saúde do trabalhador;e) de saúde bucal;(Incluída pela
Lei nº 14.572, de 2023)V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que
tenham repercussão na saúde humana;VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento
básico;VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de
trabalho;VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de
insumos e equipamentos para a saúde;IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos
de alta complexidade, de referência estadual e regional;X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir
as unidades que permaneçam em sua organização administrativa;XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das
ações e serviços de saúde;XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de
controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano;XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos,
aeroportos e fronteiras;XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e
mortalidade no âmbito da unidade federada.Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:Art. 18. À direção
municipal do SUS compete:(Redação dada pela Lei nº
14.572, de 2023)I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e
executar os serviços públicos de saúde;II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e
hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção
estadual;III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às
condições e aos ambientes de trabalho;IV - executar serviços:a) de vigilância epidemiológica;b) vigilância sanitária;c) de alimentação e nutrição;d) de saneamento básico; ed) de saneamento
básico;(Redação dada
pela Lei nº 14.572, de 2023)e) de saúde do trabalhador;f) de saúde bucal;(Incluída pela
Lei nº 14.572, de 2023)V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a
saúde;VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão
sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais
competentes, para controlá-las;VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de
portos, aeroportos e fronteiras;X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com
entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua
execução;XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu
âmbito de atuação.Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios.CAPÍTULO
VDo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento
das populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individualmente,
obedecerão ao disposto nesta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.836,
de 1999)Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta
Lei, e pelaLei no8.142, de 28 de dezembro de 1990,
com o qual funcionará em perfeita integração.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar
o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído
por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições
governamentais e não-governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e
execução das ações.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento
específico para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que
houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos territórios
indígenas.(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública:(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos
planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena;(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emergenciais
para atendimento dos pacientes graves das Secretarias Municipais e Estaduais de
Saúde, explicitados os fluxos e as referências para o atendimento em tempo
oportuno.(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a
realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser
adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem
diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento
básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação
sanitária e integração institucional.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser,
como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)§ 1oO Subsistema de que trata ocaputdeste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o
registro e a notificação da declaração de raça ou cor, garantindo a
identificação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde.(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS com os
dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.(Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)§ 2oO SUS servirá de retaguarda e referência
ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações
na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas,
para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)§ 3oAs populações indígenas devem ter
acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo
com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à
saúde.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos
organismos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de
saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de
Saúde, quando for o caso.(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)CAPÍTULO VIDO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o
atendimento domiciliar e a internação domiciliar.(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)§ 1oNa modalidade de assistência de atendimento
e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de
enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros
necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)§ 2oO atendimento e a internação domiciliares
serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina
preventiva, terapêutica e reabilitadora.(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)§ 3oO atendimento e a internação domiciliares
só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do
paciente e de sua família.(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)CAPÍTULO VIIDO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O
TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO(Incluído pela Lei nº 11.108, de
2005)CAPÍTULO VII(Redação dada pela Lei nº
14.737, de 2023)DO
SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO À MULHER NOS SERVIÇOS DE SAÚDEArt.
19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou
conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um)
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)Art. 19-J. Em consultas, exames e procedimentos
realizados em unidades de saúde públicas ou privadas, toda mulher tem o direito
de fazer-se acompanhar por pessoa maior de idade, durante todo o período do
atendimento, independentemente de notificação prévia.(Redação dada pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 1oO acompanhante de que trata ocaput deste artigo será indicado pela
parturiente.(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)§ 1º O
acompanhante de que trata ocaputdeste artigo será de livre indicação da
paciente ou, nos casos em que ela esteja impossibilitada de manifestar sua
vontade, de seu representante legal, e estará obrigado a preservar o sigilo das
informações de saúde de que tiver conhecimento em razão do acompanhamento.(Redação dada pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 2oAs ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este
artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder
Executivo.(Incluído pela Lei nº
11.108, de 2005)§ 2º No
caso de atendimento que envolva qualquer tipo de sedação ou rebaixamento do
nível de consciência, caso a paciente não indique acompanhante, a unidade de
saúde responsável pelo atendimento indicará pessoa para acompanhá-la,
preferencialmente profissional de saúde do sexo feminino, sem custo adicional
para a paciente, que poderá recusar o nome indicado e solicitar a indicação de
outro, independentemente de justificativa, registrando-se o nome escolhido no
documento gerado durante o atendimento.(Redação dada pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 2º-A
Em caso de atendimento com sedação, a eventual renúncia da paciente ao direito
previsto neste artigo deverá ser feita por escrito, após o esclarecimento dos
seus direitos, com no mínimo 24 (vinte e quatro) horas de antecedência, assinada
por ela e arquivada em seu prontuário.(Incluído pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 3oFicam os hospitais de todo o
País obrigados a manter, em local visível de suas dependências, aviso informando
sobre o direito estabelecido nocaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº
12.895, de 2013)§ 3º As
unidades de saúde de todo o País ficam obrigadas a manter, em local visível de
suas dependências, aviso que informe sobre o direito estabelecido neste artigo.(Redação dada pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 4º No
caso de atendimento realizado em centro cirúrgico ou unidade de terapia
intensiva com restrições relacionadas à segurança ou à saúde dos pacientes,
devidamente justificadas pelo corpo clínico, somente será admitido acompanhante
que seja profissional de saúde.(Incluído pela Lei nº
14.737, de 2023)§ 5º Em
casos de urgência e emergência, os profissionais de saúde ficam autorizados a
agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, ainda que na ausência
do acompanhante requerido.(Incluído pela Lei nº
14.737, de 2023)Art. 19-L.(VETADO)(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)CAPÍTULO VIII(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)DA ASSISTÊNCIA
TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE”Art. 19-M. A
assistência terapêutica integral a que se refere a alíneaddo
inciso I do art. 6oconsiste em:(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)I - dispensação de
medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição
esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em
protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na
falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)II - oferta de
procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e
hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do
Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por
serviço próprio, conveniado ou contratado.Art. 19-N. Para os
efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições:(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)I - produtos de
interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e
equipamentos médicos;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)II - protocolo clínico e
diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado,
com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as
posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem
seguidos pelos gestores do SUS.(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)Art. 19-O. Os
protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os
medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da
doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em
casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação
adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento
de primeira escolha.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)Parágrafo único. Em
qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata ocaputdeste artigo
serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e
custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do
agravo à saúde de que trata o protocolo.(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)Art. 19-P. Na falta de
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será
realizada:(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)I - com base nas
relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS,
observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade
pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)II - no âmbito de cada
Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas
relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e
a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão
Intergestores Bipartite;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)III - no âmbito de cada
Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos
instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde.(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)Art. 19-Q. A
incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos,
produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias no SUS.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)§ 1oA Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja
composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a
participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de
Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo
Conselho Federal de Medicina.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)§ 1º
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e
regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um)
representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde, de 1 (um)
representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de
Medicina e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pela
Associação Médica Brasileira.(Redação dada pela
Lei nº 14.655, de 2023)§ 2oO relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
levará em consideração, necessariamente:(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)I - as evidências
científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do
medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo
órgão competente para o registro ou a autorização de uso;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)II - a avaliação
econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às
tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos
domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)§ 3º As metodologias empregadas na avaliação
econômica a que se refere o inciso II do § 2º deste artigo serão
dispostas em regulamento e amplamente divulgadas, inclusive em relação
aos indicadores e parâmetros de custo-efetividade utilizados em
combinação com outros critérios.(Incluído pela
Lei nº 14.313, de 2022)Art. 19-R. A
incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão
efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a ser
concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da
data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)§ 1oO processo de que trata ocaputdeste artigo
observará, no que couber, o disposto na Lei no9.784,
de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais:(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)I - apresentação pelo
interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na
forma do regulamento, com informações necessárias para o atendimento do
disposto no § 2odo art. 19-Q;(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)II -(VETADO);(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)III - realização de
consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)IV - realização de
audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da
matéria justificar o evento.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a competência
técnica requeridas para a análise da matéria;(Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)VI - publicidade dos
atos processuais.(Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)§ 2o(VETADO).(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)§ 3º O procedimento
referido nocaputdeste artigo tramitará em regime
prioritário quando se tratar de análise de medicamento, de produto
ou de procedimento relacionado à assistência da pessoa com câncer.(Incluído pela Lei
nº 14.758, de 2023)Art. 19-S.(VETADO).(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)Art. 19-T. São
vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)I - o pagamento, o
ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento
clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)II - a dispensação, o
pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto,
nacional ou importado, sem registro na Anvisa.(Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo:(Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)I - medicamento e
produto em que a indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro na
Anvisa, desde que seu uso tenha sido recomendado pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), demonstradas as
evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a
segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério da
Saúde;(Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)II - medicamento e
produto recomendados pela Conitec e adquiridos por intermédio de organismos
multilaterais internacionais, para uso em programas de saúde pública do
Ministério da Saúde e suas entidades vinculadas, nos termos do§ 5º do art. 8º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de
1999.(Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)Art. 19-U. A
responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos
de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo
será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite.(Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011)Art. 19-V. Os gestores do SUS, em todas as esferas,
realizarão campanhas permanentes de conscientização contra a
automedicação, com o objetivo de informar a população sobre os riscos
dessa prática, especialmente quanto à ingestão de antibióticos ou de
medicamentos sujeitos a controle especial.(Incluído pela Lei
nº 14.912, de 2024)TÍTULO IIIDOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDECAPÍTULO IDo FuncionamentoArt. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação,
por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados
os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único
de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais
estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos
internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de
cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional
do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem
desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, sem finalidade
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer
ônus para a seguridade social.Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de
empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:(Redação dada pela
Lei nº 13.097, de 2015)I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;(Incluído pela Lei
nº 13.097, de 2015)II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:(Incluído pela Lei
nº 13.097, de 2015)a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica,
clínica geral e clínica especializada; e(Incluído pela Lei
nº 13.097, de 2015)b) ações e pesquisas de planejamento familiar;(Incluído pela Lei
nº 13.097, de 2015)III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para
atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)IV - demais casos previstos em legislação específica.(Incluído pela Lei
nº 13.097, de 2015)CAPÍTULO IIDa Participação ComplementarArt. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura
assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS)
poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada
mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de
cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de
Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da
remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS)
deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva
qualidade de execução dos serviços contratados.§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e
aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio
econômico e financeiro do contrato.§ 3°(Vetado).§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços
contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único
de Saúde (SUS).§ 5º Os
valores a que se refere ocaputdeste artigo, para o conjunto das
remunerações dos serviços de saúde, serão definidos no mês de dezembro de cada
ano, por meio de ato do Ministério da Saúde, devendo-se buscar a garantia da
qualidade do atendimento, o equilíbrio econômico-financeiro na prestação dos
serviços e a preservação do valor real destinado à remuneração de serviços,
observada a disponibilidade orçamentária e financeira.(Incluído pela Lei nº
14.820, de 2024)TÍTULO
III-A(Incluído pela
Lei nº 14.510, de 2022)DA
TELESSAÚDEArt. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços
relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas
pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal e obedecerá aos
seguintes princípios:(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)I - autonomia do profissional de saúde;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)II - consentimento livre e informado do paciente;III - direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a
garantia do atendimento presencial sempre que solicitado;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)IV - dignidade e valorização do profissional de saúde;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)V - assistência segura e com qualidade ao paciente;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)VI - confidencialidade dos dados;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)VII - promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e
aos serviços de saúde;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)VIII - estrita observância das atribuições legais de cada profissão;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)IX - responsabilidade digital.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a modalidade de
prestação de serviços de saúde a distância, por meio da utilização
das tecnologias da informação e da comunicação, que envolve, entre
outros, a transmissão segura de dados e informações de saúde, por
meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas adequadas.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando praticados na
modalidade telessaúde, terão validade em todo o território nacional.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade e a
completa independência de decidir sobre a utilização ou não da
telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento
ou procedimento, e poderá indicar a utilização de atendimento
presencial ou optar por ele, sempre que entender necessário.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do exercício
profissional a normatização ética relativa à prestação dos serviços
previstos neste Título, aplicando-se os padrões normativos adotados
para as modalidades de atendimento presencial, no que não colidirem
com os preceitos desta Lei.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão observadas as
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde
(SUS) quanto às condições para seu funcionamento, observada a
competência dos demais órgãos reguladores.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação de
serviço de telessaúde deverá demonstrar a imprescindibilidade da
medida para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes
determinações:(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)I - ser realizada por consentimento livre e esclarecido do paciente, ou
de seu representante legal, e sob responsabilidade do profissional
de saúde;(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)II - prestar obediência aos ditames dasLeis nºs 12.965, de 23 de abril
de 2014(Marco Civil da Internet),12.842, de 10 de julho de 2013(Lei do Ato Médico),13.709, de 14 de agosto de 2018(Lei Geral de
Proteção de Dados),8.078, de 11 de setembro de 1990(Código de
Defesa do Consumidor) e, nas hipóteses cabíveis, aos ditames daLei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018(Lei do Prontuário Eletrônico).(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complementar do
profissional de saúde que exercer a profissão em outra jurisdição
exclusivamente por meio da modalidade telessaúde.(Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)TÍTULO IVDOS RECURSOS HUMANOSArt. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada,
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes
objetivos:I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de
ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente
aperfeiçoamento de pessoal;II -(Vetado)III -(Vetado)IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde
(SUS).Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS)
constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral.§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas
atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de
tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou
assessoramento.Art. 29.(Vetado).Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão
regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei,
garantida a participação das entidades profissionais correspondentes.TÍTULO VDO FINANCIAMENTOCAPÍTULO IDos RecursosArt. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de
acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a
participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:I -(Vetado)II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;III - ajuda, contribuições, doações e donativos;IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS); eVI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I
deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas
diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde
forem arrecadadas.§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros
da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro
da Habitação (SFH).§ 4º(Vetado).§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde
serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo
orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de
origem externa e receita própria das instituições executoras.§ 6º(Vetado).CAPÍTULO IIDa Gestão FinanceiraArt. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão
depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob
fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da
Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.§ 2º(Vetado).§ 3º(Vetado).§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a
conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e
Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá
ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita
efetivamente arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
observado o critério do parágrafo único deste artigo, os recursos financeiros
correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos
e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será
observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da
Seguridade Social.Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados,
Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios,
segundo análise técnica de programas e projetos:I - perfil demográfico da região;II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o
quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentemente de qualquer
procedimento prévio.(Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012)(Vide Lei nº 8.142, de 1990)§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os
critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de
crescimento populacional, em especial o número de eleitores registrados.§ 3º(Vetado).§ 4º(Vetado).§ 5º(Vetado).§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de
controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de
irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos.CAPÍTULO IIIDo Planejamento e do OrçamentoArt. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será
ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de
recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União.§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na
respectiva proposta orçamentária.§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não
previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade
pública, na área de saúde.Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na
elaboração dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições
prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa.DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIASArt. 39.(Vetado).§ 1º(Vetado).§ 2º(Vetado).§ 3º(Vetado).§ 4º(Vetado).§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos integrantes do
Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da
Seguridade Social.§ 6º Os
imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus
acessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para
utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema Único de Saúde - SUS ou,
eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se encontrem,
mediante simples termo de recebimento.§ 7º(Vetado).§ 8ºO acesso aos serviços de informática e
bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou
órgãos congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a gerencia
informatizada das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e
epidemiológicas médico-hospitalares.Art. 40.(Vetado)Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto
Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de Saúde
(SUS), permanecerão como referencial de prestação de serviços, formação de recursos
humanos e para transferência de tecnologia.Art. 42.(Vetado).Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços
públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.Art. 44.(Vetado).Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao
Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino,
pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados.§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social
deverão integrar-se à direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS),
conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros órgãos e serviços de
saúde.§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
convênio que, para esse fim, for firmado.Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à
participação do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a
transferência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de
saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empresas nacionais.Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais
do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional
de informações em saúde, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões
epidemiológicas e de prestação de serviços.Art. 48.(Vetado).Art. 49.(Vetado).Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para
implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos
à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Art. 51.(Vetado).Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular
de verbas ou rendas públicas(Código Penal, art. 315)a utilização de recursos
financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das previstas nesta
lei.Art. 53.(Vetado).Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à
assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética
humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para saúde,
laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por
imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais
estrangeiros.(Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015)Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 55. São revogadas aLei
nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, aLei nº. 6.229, de 17 de
julho de 1975, e demais disposições em contrário.Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORAlceni GuerraEste texto não substitui o publicado no
DOU de 20.9.1990* |
1,990 | 8.079, de 13.9.90 Publicada no DOU de 14.9.90 | Altera a redação do § 2º do art. 184 e acrescenta parágrafo único ao art. 240 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8079.htm | L8079Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.079, DE 13 DE SETEMBRO DE
1990.Altera
a redação do § 2º do art. 184 e acrescenta parágrafo único ao art. 240 da Lei nº
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º O § 2º do art. 184 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
1973 - Código de Processo Civil, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 184
......................................................................................................................2ºOs prazos somente começam a correr do
primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único)".Art. 2º O art. 240 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil, fica acrescido de um parágrafo único, com a seguinte
redação:"Art. 240
......................................................Parágrafo único.As intimações
consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que
não tenha havido expediente forense".Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 13 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 14.9.1990* |
1,990 | 8.078, de 11.9.90 Publicada no DOU de 12.9.90 (Ed. Extra) | Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm | L8078Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.Texto
compiladoVigênciaMensagem de vetoRegulamentoRegulamentoRegulamento(Vide Decreto nº
2.181, de 1997)(Vide
pela Lei nº 13.425, de 2017)(Vigência)(Vide Decreto nº 11.034, de
2022)(Vigência)RegulamentoVigênciaDispõe sobre a proteção do
consumidor e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:TÍTULO IDos Direitos do ConsumidorCAPÍTULO IDisposições GeraisArt. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de
ordem pública e interesse social, nos termos dosarts. 5°, inciso XXXII,170, inciso V,
da Constituição Federaleart. 48 de suas Disposições Transitórias.Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.CAPÍTULO IIDa Política Nacional de Relações de ConsumoArt. 4° A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de
vida, bem como a transferência e harmonia das relações de consumo, atendidos os
seguintes princípios:Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade,
saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua
qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios:(Redação dada pela Lei nº
9.008, de 21.3.1995)I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:a) por iniciativa direta;b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;c) pela presença do Estado no mercado de consumo;d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança,
durabilidade e desempenho.III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem
econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio
nas relações entre consumidores e fornecedores;IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade
e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução
de conflitos de consumo;VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de
consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e
criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam
causar prejuízos aos consumidores;VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e
ambiental dos consumidores;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)X - prevenção e tratamento do superendividamento como forma
de evitar a exclusão social do consumidor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o
poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do
Ministério Público;III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores
vítimas de infrações penais de consumo;IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a
solução de litígios de consumo;V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do
Consumidor.VI - instituição de mecanismos de prevenção e tratamento
extrajudicial e judicial do superendividamento e de proteção do consumidor
pessoa natural;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)VII -
instituição de núcleos de conciliação e mediação de conflitos oriundos de
superendividamento.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1° (Vetado).§ 2º(Vetado).CAPÍTULO IIIDos Direitos Básicos do ConsumidorArt. 6º São direitos básicos do consumidor:I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição,
qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;(Redação dada pela Lei nº
12.741, de 2012)VigênciaIV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos
ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento
de produtos e serviços;V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos e difusos;VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;IX -(Vetado);X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de
educação financeira e de prevenção e tratamento de situações de
superendividamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da
regulamentação, por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre outras
medidas;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)XII - a
preservação do mínimo existencial, nos termos da regulamentação, na repactuação
de dívidas e na concessão de crédito;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)XIII - a
informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por
quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Parágrafo único.
A informação de que trata o
inciso III docaputdeste artigo deve ser acessível à
pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento.(Incluído
pela Lei nº 13.146, de
2015)(Vigência)Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados
ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna
ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem
como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela
reparação dos danos previstos nas normas de consumo.CAPÍTULO IVDa Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos DanosSEÇÃO IDa Proteção à Saúde e SegurançaArt. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos
à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam
acompanhar o produto.§ 1ºEm se tratando de produto industrial, ao
fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de
impressos apropriados que devam acompanhar o produto.(Redação dada pela Lei nº 13.486,
de 2017)§ 2ºO
fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no
fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e
informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de
contaminação.(Incluído pela Lei nº 13.486, de 2017)Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à
saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua
nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em
cada caso concreto.Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que
sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou
segurança.§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no
mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar
o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios
publicitários.§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados
na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à
saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão informá-los a respeito.Art. 11.(Vetado).SEÇÃO IIDa Responsabilidade pelo Fato do Produto e do ServiçoArt. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção,
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se
espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:I - sua apresentação;II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;III - a época em que foi colocado em circulação.§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter
sido colocado no mercado.§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:I - que não colocou o produto no mercado;II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o
direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
e riscos.§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele
pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:I - o modo de seu fornecimento;II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;III - a época em que foi fornecido.§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a
verificação de culpa.Art. 15. (Vetado).Art. 16.(Vetado).Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do
evento.SEÇÃO IIIDa Responsabilidade por Vício do Produto e do ServiçoArt. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua
natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor
exigir, alternativamente e à sua escolha:I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de
uso;II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do preço.§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no
parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias.
Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por
meio de manifestação expressa do consumidor.§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar
de produto essencial.§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e
não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de
espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste
artigo.§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o
consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.§ 6° São impróprios ao uso e consumo:I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados,
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em
desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se
destinam.Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto
sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido
for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:I - o abatimento proporcional do preço;II - complementação do peso ou medida;III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios;IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos.§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do preço.§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente
capacitados, por conta e risco do fornecedor.§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que
razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares
de prestabilidade.Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer
produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de
reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário
do consumidor.Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações
referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar
os danos causados, na forma prevista neste código.Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo
expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou
atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão
solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço,
são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a
incorporação.SEÇÃO IVDa Decadência e da PrescriçãoArt. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca
em:I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou
do término da execução dos serviços.§ 2° Obstam a decadência:I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de
forma inequívoca;II -(Vetado).III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.Parágrafo único.(Vetado).SEÇÃO VDa Desconsideração da Personalidade JurídicaArt. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei,
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou
inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.§ 1°(Vetado).§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações
decorrentes deste código.§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade
for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.CAPÍTULO VDas Práticas ComerciaisSEÇÃO IDas Disposições GeraisArt. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas
as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.SEÇÃO IIDa OfertaArt. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer
forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou
apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o
contrato que vier a ser celebrado.Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem
assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa
sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia,
prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam
à saúde e segurança dos consumidores.Parágrafo único.
As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao
consumidor, serão gravadas de forma indelével.(Incluído pela Lei nº
11.989, de 2009)Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças
de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por
período razoável de tempo, na forma da lei.Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome
do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na
transação comercial.Parágrafo único. É proibidaapublicidadede bens
e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a
origina.(Incluído pela Lei
nº 11.800, de 2008).Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de
seus prepostos ou representantes autônomos.Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre
escolha:I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade;II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.SEÇÃO IIIDa PublicidadeArt. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e
imediatamente, a identifique como tal.Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá,
em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos
e científicos que dão sustentação à mensagem.Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
produtos e serviços.§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a
que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência
de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja
capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua
saúde ou segurança.§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar
de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.§ 4°(Vetado).Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação
publicitária cabe a quem as patrocina.SEÇÃO IVDas Práticas AbusivasArt
39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:Art. 39. É vedado ao
fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto
ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou
fornecer qualquer serviço;IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade,
saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa
do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no
exercício de seus direitos;VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;IX - recusar a venda de
bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante
pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais;(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)X - (Vetado).X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.(Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)XI - Dispositivo incluído pelaMPV nº 1.890-67, de 22.10.1999,
transformado em inciso XIII, quando da conversão naLei
nº 9.870, de 23.11.1999XII - deixar de
estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo
inicial a seu exclusivo critério.(Incluído pela Lei nº 9.008, de
21.3.1995)XIII - aplicar
fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.(Incluído pela Lei nº 9.870, de
23.11.1999)XIV-permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um
número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa
como máximo.(Incluído pela Lei nº
13.425, de
2017)Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
inexistindo obrigação de pagamento.Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento
prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
serviços.§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez
dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode
ser alterado mediante livre negociação das partes.§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da
contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio.Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de
controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites
oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em
excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua escolha, o
desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.SEÇÃO VDa Cobrança de DívidasArt. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a
ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de
débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ
do fornecedor do produto ou serviço correspondente.(Incluído pela Lei nº 12.039, de
2009)SEÇÃO VIDos Bancos de Dados e Cadastros de ConsumidoresArt. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo
arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em
linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a
período superior a cinco anos.§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser
comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá
exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis,
comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção
ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não
serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer
informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos
fornecedores.§ 6oTodas as informações
de que trata ocaputdeste artigo devem ser
disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com
deficiência, mediante solicitação do consumidor.(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)(Vigência)Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão
cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e
serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a
reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta
por qualquer interessado.§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no artigo
anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código.Art. 45.(Vetado).CAPÍTULO VIDa Proteção ContratualSEÇÃO IDisposições GeraisArt. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os
consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a
compreensão de seu sentido e alcance.Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao
consumidor.Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e
pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando
inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou a domicílio.Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste
artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão,
serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será
conferida mediante termo escrito.Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer,
de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar
em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue,
devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de
instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.SEÇÃO IIDas Cláusulas AbusivasArt. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de
direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos
previstos neste código;III - transfiram responsabilidades a terceiros;IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor
em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;V -(Vetado);VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo
consumidor;IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor;X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira
unilateral;XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito
seja conferido ao consumidor;XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que
igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
contrato, após sua celebração;XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso
aos órgãos do Poder Judiciário;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)XVIII -
estabeleçam prazos de carência em caso de impontualidade das prestações mensais
ou impeçam o restabelecimento integral dos direitos do consumidor e de seus
meios de pagamento a partir da purgação da mora ou do acordo com os credores;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)XIX -
(VETADO).(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de
tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e
conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto
quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
qualquer das partes.§ 3°(Vetado).§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao
Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de
cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não
assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou
concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos,
informá-lo prévia e adequadamente sobre:I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;III - acréscimos legalmente previstos;IV - número e periodicidade das prestações;V - soma total a pagar, com e sem financiamento.§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo
não poderão ser superiores a dez por cento do valor da prestação.§ 1° As multas de
mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser
superiores a dois por cento do valor da prestação.(Redação
dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996)§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou
parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos.§ 3º(Vetado).Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em
prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de
pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato
e a retomada do produto alienado.§ 1°(Vetado).§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a
restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da
vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou
inadimplente causar ao grupo.§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda corrente
nacional.SEÇÃO IIIDos Contratos de AdesãoArt. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo.§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do
contrato.§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa,
cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.§ 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres
ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.§ 3oOs contratos de adesão escritos
serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo
tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua
compreensão pelo consumidor.(Redação dada pela nº 11.785, de 2008)§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser
redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.§ 5°(Vetado)CAPÍTULO VI-ADA PREVENÇÃO
E DO TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-A. Este Capítulo dispõe sobre a prevenção do
superendividamento da pessoa natural, sobre o crédito responsável e sobre a
educação financeira do consumidor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º
Entende-se por superendividamento a impossibilidade manifesta de o consumidor
pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo,
exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial, nos termos da
regulamentação.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º As
dívidas referidas no § 1º deste artigo englobam quaisquer compromissos
financeiros assumidos decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de
crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 3º O
disposto neste Capítulo não se aplica ao consumidor cujas dívidas tenham sido
contraídas mediante fraude ou má-fé, sejam oriundas de contratos celebrados
dolosamente com o propósito de não realizar o pagamento ou decorram da aquisição
ou contratação de produtos e serviços de luxo de alto valor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-B. No fornecimento de crédito e na venda a prazo,
além das informações obrigatórias previstas no art. 52 deste Código e na
legislação aplicável à matéria, o fornecedor ou o intermediário deverá informar
o consumidor, prévia e adequadamente, no momento da oferta, sobre:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - o custo
efetivo total e a descrição dos elementos que o compõem;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II - a taxa
efetiva mensal de juros, bem como a taxa dos juros de mora e o total de
encargos, de qualquer natureza, previstos para o atraso no pagamento;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)III - o
montante das prestações e o prazo de validade da oferta, que deve ser, no
mínimo, de 2 (dois) dias;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)IV - o nome
e o endereço, inclusive o eletrônico, do fornecedor;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)V - o
direito do consumidor à liquidação antecipada e não onerosa do débito, nos
termos do § 2º do art. 52 deste Código e da regulamentação em vigor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º As
informações referidas no art. 52 deste Código e nocaputdeste artigo devem constar de forma clara e resumida do próprio contrato, da
fatura ou de instrumento apartado, de fácil acesso ao consumidor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º Para
efeitos deste Código, o custo efetivo total da operação de crédito ao consumidor
consistirá em taxa percentual anual e compreenderá todos os valores cobrados do
consumidor, sem prejuízo do cálculo padronizado pela autoridade reguladora do
sistema financeiro.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 3º Sem
prejuízo do disposto no art. 37 deste Código, a oferta de crédito ao consumidor
e a oferta de venda a prazo, ou a fatura mensal, conforme o caso, devem indicar,
no mínimo, o custo efetivo total, o agente financiador e a soma total a pagar,
com e sem financiamento.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-C. É vedado, expressa ou implicitamente, na oferta
de crédito ao consumidor, publicitária ou não:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I -
(VETADO);(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II - indicar
que a operação de crédito poderá ser concluída sem consulta a serviços de
proteção ao crédito ou sem avaliação da situação financeira do consumidor;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)III -
ocultar ou dificultar a compreensão sobre os ônus e os riscos da contratação do
crédito ou da venda a prazo;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)IV -
assediar ou pressionar o consumidor para contratar o fornecimento de produto,
serviço ou crédito, principalmente se se tratar de consumidor idoso, analfabeto,
doente ou em estado de vulnerabilidade agravada ou se a contratação envolver
prêmio;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)V -
condicionar o atendimento de pretensões do consumidor ou o início de tratativas
à renúncia ou à desistência de demandas judiciais, ao pagamento de honorários
advocatícios ou a depósitos judiciais.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Parágrafo
único. (VETADO).(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-D. Na oferta de crédito, previamente à contratação,
o fornecedor ou o intermediário deverá, entre outras condutas:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - informar
e esclarecer adequadamente o consumidor, considerada sua idade, sobre a natureza
e a modalidade do crédito oferecido, sobre todos os custos incidentes, observado
o disposto nos arts. 52 e 54-B deste Código, e sobre as consequências genéricas
e específicas do inadimplemento;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II -
avaliar, de forma responsável, as condições de crédito do consumidor, mediante
análise das informações disponíveis em bancos de dados de proteção ao crédito,
observado o disposto neste Código e na legislação sobre proteção de dados;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)III -
informar a identidade do agente financiador e entregar ao consumidor, ao garante
e a outros coobrigados cópia do contrato de crédito.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Parágrafo
único. O descumprimento de qualquer dos deveres previstos nocaputdeste artigo e nos arts. 52 e 54-C deste Código poderá acarretar judicialmente a
redução dos juros, dos encargos ou de qualquer acréscimo ao principal e a
dilação do prazo de pagamento previsto no contrato original, conforme a
gravidade da conduta do fornecedor e as possibilidades financeiras do
consumidor, sem prejuízo de outras sanções e de indenização por perdas e danos,
patrimoniais e morais, ao consumidor.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-E. (VETADO).(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-F.São conexos,
coligados ou interdependentes, entre outros, o contrato principal de
fornecimento de produto ou serviço e os contratos acessórios de crédito que lhe
garantam o financiamento quando o fornecedor de crédito:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - recorrer
aos serviços do fornecedor de produto ou serviço para a preparação ou a
conclusão do contrato de crédito;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II -
oferecer o crédito no local da atividade empresarial do fornecedor de produto ou
serviço financiado ou onde o contrato principal for celebrado.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º O
exercício do direito de arrependimento nas hipóteses previstas neste Código, no
contrato principal ou no contrato de crédito, implica a resolução de pleno
direito do contrato que lhe seja conexo.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º Nos
casos dos incisos I e II docaputdeste artigo, se houver inexecução de qualquer das obrigações e deveres do
fornecedor de produto ou serviço, o consumidor poderá requerer a rescisão do
contrato não cumprido contra o fornecedor do crédito.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 3º O
direito previsto no § 2º deste artigo caberá igualmente ao consumidor:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - contra o
portador de cheque pós-datado emitido para aquisição de produto ou serviço a
prazo;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II - contra
o administrador ou o emitente de cartão de crédito ou similar quando o cartão de
crédito ou similar e o produto ou serviço forem fornecidos pelo mesmo fornecedor
ou por entidades pertencentes a um mesmo grupo econômico.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 4º A
invalidade ou a ineficácia do contrato principal implicará, de pleno direito, a
do contrato de crédito que lhe seja conexo, nos termos docaputdeste artigo, ressalvado ao fornecedor do crédito o direito de obter do
fornecedor do produto ou serviço a devolução dos valores entregues, inclusive
relativamente a tributos.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 54-G. Sem prejuízo do disposto no art. 39 deste Código
e na legislação aplicável à matéria, é vedado ao fornecedor de produto ou
serviço que envolva crédito, entre outras condutas:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - realizar
ou proceder à cobrança ou ao débito em conta de qualquer quantia que houver sido
contestada pelo consumidor em compra realizada com cartão de crédito ou similar,
enquanto não for adequadamente solucionada a controvérsia, desde que o
consumidor haja notificado a administradora do cartão com antecedência de pelo
menos 10 (dez) dias contados da data de vencimento da fatura, vedada a
manutenção do valor na fatura seguinte e assegurado ao consumidor o direito de
deduzir do total da fatura o valor em disputa e efetuar o pagamento da parte não
contestada, podendo o emissor lançar como crédito em confiança o valor idêntico
ao da transação contestada que tenha sido cobrada, enquanto não encerrada a
apuração da contestação;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II - recusar
ou não entregar ao consumidor, ao garante e aos outros coobrigados cópia da
minuta do contrato principal de consumo ou do contrato de crédito, em papel ou
outro suporte duradouro, disponível e acessível, e, após a conclusão, cópia do
contrato;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)III -
impedir ou dificultar, em caso de utilização fraudulenta do cartão de crédito ou
similar, que o consumidor peça e obtenha, quando aplicável, a anulação ou o
imediato bloqueio do pagamento, ou ainda a restituição dos valores indevidamente
recebidos.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º Sem
prejuízo do dever de informação e esclarecimento do consumidor e de entrega da
minuta do contrato, no empréstimo cuja liquidação seja feita mediante
consignação em folha de pagamento, a formalização e a entrega da cópia do
contrato ou do instrumento de contratação ocorrerão após o fornecedor do crédito
obter da fonte pagadora a indicação sobre a existência de margem consignável.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º Nos
contratos de adesão, o fornecedor deve prestar ao consumidor, previamente, as
informações de que tratam o art. 52 e ocaputdo art. 54-B deste Código, além de outras porventura determinadas na legislação
em vigor, e fica obrigado a entregar ao consumidor cópia do contrato, após a sua
conclusão(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)CAPÍTULO
VIIDas Sanções Administrativas(Vide Lei nº 8.656, de 1993)Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter concorrente e nas suas
respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão normas relativas à produção,
industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços.§ 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e
controlarão a produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e
serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da
segurança, da informação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se
fizerem necessárias.§ 2°(Vetado).§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais com atribuições
para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão comissões permanentes para
elaboração, revisão e atualização das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória
a participação dos consumidores e fornecedores.§ 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos
fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informações sobre questões
de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial.Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam
sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de
natureza civil, penal e das definidas em normas específicas:I - multa;II - apreensão do produto;III - inutilização do produto;IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;V - proibição de fabricação do produto;VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;VII - suspensão temporária de atividade;VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;XI - intervenção administrativa;XII - imposição de contrapropaganda.Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade
administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,
inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.Art.
57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem
auferida e a condição econômica do fornecedor será aplicada mediante
procedimento administrativo nos termos da lei, revertendo para o fundo de que
trata aLei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, sendo
a infração ou dano de âmbito nacional, ou para os fundos estaduais de proteção
ao consumidor nos demais casos.(Vide Decreto nº 407, de 1991)Parágrafo único. A multa
será em montante nunca inferior a trezentas e não superior a três milhões de vezes o
valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha substituí-lo.Art. 57. A pena de multa,
graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição
econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, revertendo
para o Fundo de que trata aLei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis à
União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos demais
casos.(Redação dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a
duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de
Referência (Ufir), ou índice equivalente que venha a substituí-lo.(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993)Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de
fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de
cassação do registro do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão
aplicadas pela administração, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação
ou insegurança do produto ou serviço.Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor
reincidir na prática das infrações de maior gravidade previstas neste código e na
legislação de consumo.§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço
público, quando violar obrigação legal ou contratual.§ 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre que as circunstâncias
de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da
atividade.§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade
administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença.Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos,
sempre às expensas do infrator.§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da
mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local,
espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou
abusiva.§ 2°(Vetado)§ 3°(Vetado).TÍTULO IIDas Infrações PenaisArt. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo previstas neste código, sem
prejuízo do disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos
artigos seguintes.Art. 62.(Vetado).Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de
produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações
escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.§ 2° Se o crime é culposo:Pena Detenção de um a seis meses ou multa.Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou
periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar do mercado,
imediatamente quando determinado pela autoridade competente, os produtos nocivos ou
perigosos, na forma deste artigo.Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de
autoridade competente:Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à lesão corporal e à morte.§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à lesão corporal e à morte.(Redação dada pela Lei nº
13.425, de 2017)§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei também
caracteriza o crime previsto no caput deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.425, de 2017)Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a
natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade,
preço ou garantia de produtos ou serviços:Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.§ 2º Se o crime é culposo;Pena Detenção de um a seis meses ou multa.Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:Pena Detenção de três meses a um ano e multa.Parágrafo único.(Vetado).Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa:Parágrafo único. (Vetado).Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à
publicidade:Pena Detenção de um a seis meses ou multa.Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição usados,
sem autorização do consumidor:Pena Detenção de três meses a um ano e multa.Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico
ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento
que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho,
descanso ou lazer:Pena Detenção de três meses a um ano e multa.Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele
constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros:Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante de
cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:Pena Detenção de um a seis meses ou multa.Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e
com especificação clara de seu conteúdo;Pena Detenção de um a seis meses ou multa.Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidos neste código, incide
as penas a esses cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor,
administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer modo
aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de
produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele proibidas.Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste código:I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de calamidade;II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;IV - quando cometidos:a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social seja
manifestamente superior à da vítima;b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos
ou de pessoas portadoras de deficiência mental interditadas ou não;V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer
outros produtos ou serviços essenciais .Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada em dias-multa,
correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de duração da pena privativa da liberdade
cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz observará o disposto noart.
60, §1° do Código Penal.Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado odisposto nosarts. 44a47, do Código Penal:I - a interdição temporária de direitos;II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às
expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;III - a prestação de serviços à comunidade.Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este código, será fixado pelo
juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor
do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha a substituí-lo.Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica do indiciado ou réu, a
fiança poderá ser:a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste código, bem como a outros
crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como
assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV,
aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for
oferecida no prazo legal.TÍTULO IIIDa Defesa do Consumidor em JuízoCAPÍTULO IDisposições GeraisArt. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de
origem comum.Art
82. Para os fins do art. 100, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:Art. 82. Para os fins do
art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:(Redação
dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)(Vide Lei nº 13.105, de 2015)(Vigência)I - o Ministério Público,II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que
sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa
dos interesses e direitos protegidos por este código;IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e
que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos
por este código, dispensada a autorização assemblear.§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações
previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado
pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
protegido.§ 2°(Vetado).§ 3° (Vetado).Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são
admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva
tutela.Parágrafo único.(Vetado).Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências
que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas
optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do
Código de Processo Civil).§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia
do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao
réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente,
poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção
de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de
requisição de força policial.Art. 85.(Vetado).Art. 86.(Vetado).Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e
despesas processuais.Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e
danos.Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso
poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos
mesmos autos, vedada a denunciação da lide.Art. 89.(Vetado)Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas do Código de Processo
Civil e daLei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito
civil, naquilo que não contrariar suas disposições.CAPÍTULO IIDas Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais HomogêneosArt 91. Os legitimados de que trata o art. 81 poderão propor, em nome próprio e
no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade
pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em
nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de
responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos
artigos seguintes.(Redação dada pela Lei nº 9.008, de
21.3.1995)Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da
lei.Parágrafo único.(Vetado).Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a
justiça local:I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito
nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de
competência concorrente.Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla
divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do
consumidor.Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.Art. 96.(Vetado).Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e
seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.Parágrafo único.(Vetado).Art
98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o
art. 81, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiverem sido fixadas em sentença
de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.Art. 98. A execução
poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo
as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.(Redação
dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de
liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.§ 2° É competente para a execução o juízo:I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução
individual;II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação
prevista naLei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985e de indenizações pelos prejuízos
individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.(Vide Decreto nº 407, de 1991)Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância
recolhida ao fundo criado pelaLei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada
enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos
individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente
para responder pela integralidade das dívidas.Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de
interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do
art. 82 promover a liquidação e execução da indenização devida.(Vide Decreto nº 407, de 1991)Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o
fundo criado pelaLei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.(Vide Decreto nº 407, de 1991)CAPÍTULO IIIDas Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e ServiçosArt. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem
prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes
normas:I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o
segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos
doart. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade,
facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente
contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e
dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a
produção, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na
composição, estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo
regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.§ 1°(Vetado).§ 2°(Vetado)CAPÍTULO IVDa Coisa JulgadaArt. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa
julgada:I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico
fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art.
81;II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência
por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as
vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão
interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou
classe.§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os
interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor
ação de indenização a título individual.§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com oart. 13 da Lei
n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por
danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código,
mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do
art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa
julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior
não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua
suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da
ação coletiva.CAPÍTULO VDA
CONCILIAÇÃO NO SUPERENDIVIDAMENTO(Incluído
pela Lei nº 14.181, de 2021)Art. 104-A. A requerimento do consumidor superendividado
pessoa natural, o juiz poderá instaurar processo de repactuação de dívidas, com
vistas à realização de audiência conciliatória, presidida por ele ou por
conciliador credenciado no juízo, com a presença de todos os credores de dívidas
previstas no art. 54-A deste Código, na qual o consumidor apresentará proposta
de plano de pagamento com prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo
existencial, nos termos da regulamentação, e as garantias e as formas de
pagamento originalmente pactuadas.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º
Excluem-se do processo de repactuação as dívidas, ainda que decorrentes de
relações de consumo, oriundas de contratos celebrados dolosamente sem o
propósito de realizar pagamento, bem como as dívidas provenientes de contratos
de crédito com garantia real, de financiamentos imobiliários e de crédito rural.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º O não
comparecimento injustificado de qualquer credor, ou de seu procurador com
poderes especiais e plenos para transigir, à audiência de conciliação de que
trata ocaputdeste artigo acarretará a suspensão da exigibilidade do débito e a interrupção
dos encargos da mora, bem como a sujeição compulsória ao plano de pagamento da
dívida se o montante devido ao credor ausente for certo e conhecido pelo
consumidor, devendo o pagamento a esse credor ser estipulado para ocorrer apenas
após o pagamento aos credores presentes à audiência conciliatória.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 3º No caso
de conciliação, com qualquer credor, a sentença judicial que homologar o acordo
descreverá o plano de pagamento da dívida e terá eficácia de título executivo e
força de coisa julgada.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 4º
Constarão do plano de pagamento referido no § 3º deste artigo:(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)I - medidas
de dilação dos prazos de pagamento e de redução dos encargos da dívida ou da
remuneração do fornecedor, entre outras destinadas a facilitar o pagamento da
dívida;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)II -
referência à suspensão ou à extinção das ações judiciais em curso;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)III - data a
partir da qual será providenciada a exclusão do consumidor de bancos de dados e
de cadastros de inadimplentes;(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)IV -
condicionamento de seus efeitos à abstenção, pelo consumidor, de condutas que
importem no agravamento de sua situação de superendividamento.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 5º O
pedido do consumidor a que se refere ocaputdeste artigo não importará em declaração de insolvência civil e poderá ser
repetido somente após decorrido o prazo de 2 (dois) anos, contado da liquidação
das obrigações previstas no plano de pagamento homologado, sem prejuízo de
eventual repactuação.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 104-B. Se não houver êxito na conciliação em relação
a quaisquer credores, o juiz, a pedido do consumidor, instaurará processo por
superendividamento para revisão e integração dos contratos e repactuação das
dívidas remanescentes mediante plano judicial compulsório e procederá à citação
de todos os credores cujos créditos não tenham integrado o acordo porventura
celebrado.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º Serão
considerados no processo por superendividamento, se for o caso, os documentos e
as informações prestadas em audiência.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º No
prazo de 15 (quinze) dias, os credores citados juntarão documentos e as razões
da negativa de aceder ao plano voluntário ou de renegociar.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 3º O juiz
poderá nomear administrador, desde que isso não onere as partes, o qual, no
prazo de até 30 (trinta) dias, após cumpridas as diligências eventualmente
necessárias, apresentará plano de pagamento que contemple medidas de
temporização ou de atenuação dos encargos.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 4º O plano
judicial compulsório assegurará aos credores, no mínimo, o valor do principal
devido, corrigido monetariamente por índices oficiais de preço, e preverá a
liquidação total da dívida, após a quitação do plano de pagamento consensual
previsto no art. 104-A deste Código, em, no máximo, 5 (cinco) anos, sendo que a
primeira parcela será devida no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias,
contado de sua homologação judicial, e o restante do saldo será devido em
parcelas mensais iguais e sucessivas.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)Art. 104-C. Compete concorrente e facultativamente aos
órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor a fase
conciliatória e preventiva do processo de repactuação de dívidas, nos moldes do
art. 104-A deste Código, no que couber, com possibilidade de o processo ser
regulado por convênios específicos celebrados entre os referidos órgãos e as
instituições credoras ou suas associações.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 1º Em caso
de conciliação administrativa para prevenir o superendividamento do consumidor
pessoa natural, os órgãos públicos poderão promover, nas reclamações
individuais, audiência global de conciliação com todos os credores e, em todos
os casos, facilitar a elaboração de plano de pagamento, preservado o mínimo
existencial, nos termos da regulamentação, sob a supervisão desses órgãos, sem
prejuízo das demais atividades de reeducação financeira cabíveis.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)§ 2º O
acordo firmado perante os órgãos públicos de defesa do consumidor, em caso de
superendividamento do consumidor pessoa natural, incluirá a data a partir da
qual será providenciada a exclusão do consumidor de bancos de dados e de
cadastros de inadimplentes, bem como o condicionamento de seus efeitos à
abstenção, pelo consumidor, de condutas que importem no agravamento de sua
situação de superendividamento, especialmente a de contrair novas dívidas.(Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)TÍTULO IVDo Sistema Nacional de Defesa do ConsumidorArt. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do
consumidor.Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao
consumidor;II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões
apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado;III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias;IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de
comunicação;V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a
apreciação de delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente;VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas
processuais no âmbito de suas atribuições;VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem
administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos
consumidores;VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito
Federal e Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento,
quantidade e segurança de bens e serviços;IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a
formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos
públicos estaduais e municipais;X -(Vetado).XI -(Vetado).XII -(Vetado)XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades.Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento Nacional de
Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
especialização técnico-científica.TÍTULO VDa Convenção Coletiva de ConsumoArt. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou
sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de
consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade,
à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem como à
reclamação e composição do conflito de consumo.§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no
cartório de títulos e documentos.§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em
data posterior ao registro do instrumento.Art. 108.(Vetado).TÍTULO VIDisposições FinaisArt. 109.(Vetado).Art. 110. Acrescente-se o seguinte
inciso IV ao art. 1° daLei n° 7.347, de 24 de julho
de 1985:"IV -a qualquer outro interesse difuso ou
coletivo".Art. 111. O inciso II do art. 5° daLei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a
seguinte redação:"II -inclua, entre suas finalidades institucionais,
a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou
coletivo".Art. 112. O § 3° do art. 5° daLei n° 7.347, de 24 de julho de
1985, passa a ter a seguinte redação:"§
3°Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade
ativa".Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º.
daLei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:"§
4.°O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido.§ 5.°Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do
Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.§ 6°Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante combinações, que terá
eficácia de título executivo extrajudicial".Art. 114. O art. 15 daLei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a
ter a seguinte redação:"Art.
15.Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem
que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados".Art. 115. Suprima-se ocaput do art. 17
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o
caput, com a seguinte redação:“Art. 17.Em caso de litigância de má-fé, a associação autora
e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente
condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo
da responsabilidade por perdas e danos”.Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 daLei n° 7.347, de
24 de julho de 1985:"Art. 18.Nas
ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos,
honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas
processuais".Art. 117. Acrescente-se àLei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, o
seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:"Art.
21.Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais,
no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de
Defesa do Consumidor".Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento e oitenta dias a contar de sua
publicação.Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 11 de setembro de 1990; 169°
da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloOzires SilvaEste texto não substitui o
publicado no DOU de 12.9.1990 - Edição extra eretificado em 10.1.2007* |
1,990 | 8.077, de 4.9.90 Publicada no DOU de 5.9.90 | Autoriza o Poder Executivo a conceder pensão especial à Senhora Maria Reginalda Vieira Raduan. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8077.htm | L8077Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.077, DE 4 DE SETEMBRO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a conceder pensão especial à Senhora Maria
Reginalda Vieira Raduan.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º. É o Poder Executivo autorizado a
conceder pensão especial, no valor correspondente a Cr$ 35.183,00 (trinta e cinco mil,
cento e oitenta e três cruzeiros), no mês de junho de 1990, à Senhora Maria Reginalda
Vieira Raduan, progenitora do ex-Presidente do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - Incra, falecido em conseqüência de acidente, no desempenho de suas
funções.Parágrafo Único. A pensão de que trata este
artigo é vitalícia e reversível, conforme o disposto nalei nº. 3.373, de 12 de março
de 1958, e será reajustada segundo os índices adotados para as demais pensões pagas
pelo Governo Federal.Art. 2º. É vedada a acumulação deste
benefício com quaisquer outros recebidos dos cofres públicos, resguardado o direito de
opção.Art. 3º. A despesa decorrente desta lei
correrá à conta de Encargos Previdenciários da União - Recursos sob supervisão do
Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 5° Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 4 de setembro de 1990; 169º. da
Independência e 102º. da RepúblicaFERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.9.1990* |
1,990 | 8.076, de 23.8.90 Publicada no DOU de 24.8.90 | Estabelece hipóteses nas quais fica suspensa a concessão de medidas liminares, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8076.htm | L8076Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.076, DE 23 DE AGOSTO DE
1990.Conversão da Mpv nº 198, de 1990Estabelece
hipóteses nas quais fica suspensa a concessão de medidas liminares, e dá outras
providências.Faço
saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 198,
de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado
Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte lei:Art.
1º Nos mandados de segurança e nos procedimentos cautelares de que tratam osarts. 796 e seguintes do Código de Processo Civil,que
versem matérias reguladas pelas disposições dasLeis nºs 8.012,
de 4 de abril de 1990,8.014, de 6 de abril de 1990,8.021,8.023,8.024,8.029,8.030,8.032,8.033,8.034,
todas de 12 de abril de 1990,8.036, de 11 de maio de
1990, e8.039, de 30 de maio de 1990, fica suspensa, até 15
de setembro de 1992, a concessão de medidas liminares.Parágrafo
único. Nos feitos referidos neste artigo, a sentença concessiva da segurança, ou aquela
que julgue procedente o pedido, sempre estará sujeita ao duplo grau de jurisdição,
somente produzindo efeitos após confirmada pelo respectivo tribunal.Art.
2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art.
3º Revogam-se aMedida Provisória nº 197, de 24 de julho de 1990, e demais
disposições em contrário.Senado
Federal, 23 de Agosto de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 24.8.1990* |
1,990 | 8.075, de 16.8.90 Publicada no DOU de 17.8.90 | Dispõe sobre a extinção do Selo Pedágio e a instituição de mecanismos de financiamento para o setor rodoviário. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8075.htm | L8075Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.075, DE 16 DE AGOSTO DE 1990.Dispõe
sobre a extinção do Selo Pedágio e a instituição de mecanismos de financiamento para
o setor rodoviário.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º É extinta a cobrança de pedágio, pela utilização de rodovias federais,
através do selo pedágio, de que trata aLei nº 7.712, de 22 de
dezembro de 1988.Art. 2º É o Poder Executivo autorizado a baixar as normas complementares que se fizerem
necessárias ao cumprimento do disposto no art. 1º desta lei.Art. 3º O Poder Executivo proporá, em prazo não superior a cento e vinte dias, projeto
de lei dispondo sobre mecanismo de financiamento para a construção e manutenção de
rodovias.Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada
aLei nº 7.712, de 22 de dezembro de 1988.Brasília, 16 de agosto de 1990; 169º
da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLOROzires SilvaEste texto não
substitui o publicado no D.O.U. de 17.8.1990* |
1,990 | 8.074, de 31.7.90 Publicada no DOU de 1.8.90 | Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o ano de 1991 e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8074.htm | L8074Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.074, DE 31 DE JULHO DE
1990.Mensagem de vetoDispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o ano de 1991
e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:DISPOSIÇÃO PRELIMINARArt. 1º Em cumprimento ao disposto nosarts. 51, inciso IV,52, inciso XIII,99, § 1º,127, § 3º,165, § 2º, e169, da Constituição Federal, esta lei fixa as diretrizes
orçamentárias da União para o exercício financeiro de 1991, compreendendo:I -
metas e prioridades da administração pública federal;II
- orientações para os orçamentos anuais da União, neles incluídos os correspondentes
créditos adicionais;III
- limites para elaboração das propostas orçamentárias do Poder Legislativo, do Poder
Judiciário e do Ministério Público;IV
- disposições relativas às despesas da União com pessoal, especificamente para
concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, para criação de cargos ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como para admissão de pessoal, a qualquer
título;V -
disposições sobre alterações na legislação tributária da União;VI
- política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.CAPÍTULO IDas Metas e Prioridades da Administração Pública FederalArt. 2º As metas e as prioridades para o exercício financeiro de 1991 serão aquelas
constantes do plano plurianual, período 1991/1995, cujo projeto de lei, a ser encaminhado
ao Congresso Nacional na forma doart. 35, § 2º, inciso I, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, observará a classificação funcional-programática,
indicando as metas físicas a nível de subprograma e as correspondentes necessidades de
recursos, bem como, para o exercício de 1991, as respectivas fontes de financiamento.§
1º(Vetado).§
2º(Vetado).CAPÍTULO IIDas Diretrizes para o Orçamento da UniãoSEÇÃO IDas Diretrizes GeraisArt. 3º No projeto de lei orçamentária, as receitas e as despesas serão orçadas
segundo os preços vigentes em maio de 1990.§
1º As despesas referenciadas em moeda estrangeira serão orçadas segundo a taxa de
câmbio vigente no último dia útil do mês de maio de 1990.§
2º Os valores da receita e da despesa apresentados no projeto de lei serão atualizados
na lei orçamentária, no mínimo, para preços de janeiro de 1991, pela variação
prevista do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no período compreendido entre os meses de maio e dezembro de 1990,
incluídos os meses extremos do período.§
3º Os valores atualizados na forma do disposto no parágrafo anterior serão, ainda,
corrigidos:I -
na lei orçamentária, pela variação estimada entre o IPC médio de 1991 e o IPC de
dezembro de 1990; ouII
- durante a execução, por critério que vier a ser estabelecido na lei orçamentária.Art. 4º Não poderão ser fixadas despesas, sem que estejam definidas as fontes de
recursos correspondentes.Art. 5º A lei orçamentária observará, na estimativa da receita e na fixação da
despesa, os efeitos econômicos decorrentes da ação governamental orientada pelos
seguintes princípios básicos:I -
redução da participação do Estado na economia;II
- modernização e racionalização da administração pública;III
- alienação de entidades públicas federais que não desempenham atribuições que a
Constituição Federal estabelece como de competência da União;IV
- extinção ou dissolução de órgãos e entidades da União;V -
alienação de imóveis, bem como de outros bens e direitos integrantes do ativo
permanente de órgãos e entidades;VI
- descentralização de ações governamentais para os Estados, Distrito Federal e
Municípios, inclusive com transferência de recursos patrimoniais, financeiros e humanos;VII
- fortalecimento do investimento público federal, em particular os voltados para a área
social e para a infra-estrutura econômica básica, acompanhado de redução dos custos
unitários das metas.Art. 6º Não poderão ser destinados recursos para atender despesas com:I -
aquisição, início de obras para construção, ampliação, novas locações ou
arrendamentos de imóveis, inclusive residenciais;II
- aquisição de mobiliário e equipamento para unidades residenciais de representação
funcional;III
- aquisição e manutenção de automóveis de representação, ressalvadas as de
manutenção referentes ao Presidente e Vice-Presidente da República, aos Presidentes dos
órgãos do Poder Legislativo, aos Ministros de Estado e dos Tribunais Superiores;IV
- aquisição de aeronaves e outros veículos de representação;V -
locação e renovação dos contratos de locação de quaisquer veículos de
representação pessoal;VI
- obras e serviços locais, assim como outras ações típicas das administrações
públicas estaduais e municipais, ressalvados os casos amparados:a)
pelas disposições dos arts. 30, inciso VII, e 200, da Constituição Federal;b)
pelo estabelecido no art. 204, inciso I, da Constituição Federal;c)
pelo disposto no art. 30, inciso VI, da Constituição Federal;d)
por autorizações específicas e anteriormente concedidas por lei.1º
Excluem-se das vedações de que tratam os incisos I e II deste artigo, desde que
especificamente identificadas nos orçamentos:I -
no caso do inciso I, as despesas relativas:a)
a unidades essenciais à ação das organizações militares já programadas em 1990;b)
a atividades de saúde, educação, reforma agrária e pesquisa em setores de tecnologia
de ponta;II
- no caso do inciso II, as despesas custeadas com recursos dos fundos militares.2º(Vetado).3º(Vetado).4º
As despesas de que tratam as alíneas do inciso VI docaputdeste artigo serão
orçadas em categoria de programação específica, classificadas, quanto à modalidade de
aplicação, exclusivamente, como Transferências a Estados e ao Distrito Federal ou
Transferências a Municípios, conforme o caso.Art. 7º Na programação de investimentos da administração pública, direta e indireta,
serão observadas as seguintes regras:I -
subprojetos em fase de execução terão preferência sobre novos subprojetos; eII
- não poderão ser programados novos subprojetos:a)
à conta de anulação de dotações destinadas a subprojetos em andamento, cuja
execução financeira, até o exercício de 1990, tenha ultrapassado 20% (vinte por cento)
do seu custo total estimado;b)
que não tenham sua viabilidade técnica, econômica e financeira previamente comprovada.Parágrafo único. Acompanharão os projetos de lei de orçamento, bem como as propostas
para sua alteração, informações sintéticas que permitam avaliar o cumprimento do
disposto neste artigo.Art. 8º As receitas próprias de órgãos, fundos, autarquias, inclusive as especiais,
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas e
sociedades de economia mista a que se refere o art. 33 desta lei, somente poderão ser
programadas para atender, integralmente, suas necessidades relativas a custeio
administrativo e operacional, inclusive pessoal e encargos sociais, bem como ao pagamento
de juros, encargos e amortização de dívida.Parágrafo único. Na destinação dos recursos de que trata ocaputdeste artigo
para atender despesas com investimentos serão priorizadas as contrapartidas de
financiamentos de agências e organismos internacionais.Art. 9º Os orçamentos fiscal e de investimentos das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, observarão sua
função constitucional de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo o critério
populacional, em consonância com as condições estabelecidas no art. 35 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.SEÇÃO IIDas Diretrizes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade SocialSUBSEÇÃO IDas Diretrizes ComunsArt. 10. Os orçamentos fiscal e da seguridade social, além dos Poderes, seus fundos,
órgãos, autarquias, inclusive as especiais, e as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, compreenderão as empresas públicas e as sociedades de economia
mista em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto, e que recebam desta quaisquer recursos, que não sejam os provenientes de:I -
participarão acionária;II
- pagamento de serviços prestados, de fornecimento de bens e de empréstimos e
financiamentos concedidos;III
- transferências para aplicação em programa de financiamento, atendendo ao disposto noart. 159, inciso I, alínea c, eart. 239, § 1º, da Constituição Federal;IV
- refinanciamento da dívida externa garantida pelo Tesouro Nacional.§
1º Os investimentos das empresas públicas e sociedades de economia mista a que se refere
este artigo constarão também do orçamento previsto no art. 165, § 5º, inciso II, da
Constituição Federal.§
2º A programação orçamentária do Banco Central do Brasil obedecerá às demais normas
e princípios estabelecidos nesta lei e compreenderá todas as despesas com investimentos
e com pessoal e encargos sociais e outros custeios administrativos e operacionais,
inclusive, de forma explícita no Orçamento , aquelas relativas a planos de benefícios e
de assistência a servidores.Art. 11. O montante das despesas dos orçamentos fiscal e da seguridade social não
deverá ser superior ao das receitas, excluídos:I -
nas despesas:a)
a amortização da dívida pública federal, inclusive a assumida pela União, em
decorrência da extinção ou dissolução de entidades da administração federal,
conformeLei nº 8.029, de 1990, eDecreto nº 99.226, de 27 de abril de 1990, esta
última a ser realizada, nos respectivos vencimentos, com títulos do Tesouro Nacional,
emitidos com prazos de vencimento distribuídos entre 2 (dois) e 5 (cinco) anos e
cláusula de inalienabilidade até o vencimento, e exclusive aquela decorrente da emissão
dos títulos a que se refere oart. 1º, da Lei nº 8.018, de 11 de abril de 1990;b)
o refinanciamento da dívida externa garantida pelo Tesouro Nacional e de responsabilidade
de empresas e sociedades em que a União detenha a maioria do capital social com direito a
voto, tendo como limite superior a parcela do principal vincendo em 1991;c)
o aumento de capital das empresas e sociedades em que a União detenha a maioria do
capital social com direito a voto, realizado à conta de recursos decorrentes da emissão
de títulos do Tesouro Nacional, com cláusula de inalienabilidade até o vencimento, para
venda junto a essas entidades;d)
a parcela do programa de reforma agrária financiada pela emissão de títulos da dívida
agrária; ee)
os investimentos prioritários à conta de recursos decorrentes da emissão dos títulos a
que se refere aLei nº 8.018, de 11 de abril de 1990;f) a quitação do
saldo da diferença negativa, apurada pelo Banco do Brasil S.A., entre os valores da
correção monetária das operações rurais ativas, atualizados de acordo com o disposto
no§ 1° do art. 15 da Lei nº 7.730, de 31 de janeiro de 1989, com a redação dada pelo
art. 1° da Lei n° 7.747, de 4 de abril de 1989, e os valores da atualização monetária
dos depósitos de poupança rural que lastrearam as referidas operações;(Incluído pela Lei nº 8.193, de 1991)g) o pagamento de
despesas no âmbito do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro),
instituído pelaLei n° 5.969, de 11 de dezembro de 1973, alterada pela Lei n° 6.685, de
3 de setembro de 1979.(Incluído pela Lei nº
8.193, de 1991)II
- nas receitas, os recursos decorrentes de emissão de títulos da dívida pública
federal, inclusive aqueles a que se refere aLei nº 8.018, de 1990.§ 1º
O disposto neste artigo prevalecerá sobre as demais diretrizes estabelecidas nesta lei.§ 2º
A emissão de títulos da dívida pública federal será limitada à necessidade de
recursos para atender às despesas orçamentárias mencionadas no inciso I docaputdeste artigo, sendo que os recursos decorrentes da emissão dos títulos de que trata oart. 1º, da Lei nº 8.018, de 1990, ainda que relativos às emissões realizadas no
exercício de 1990 e não comprometidos nesse exercício, serão destinados,
exclusivamente, ao atendimento de despesas com investimentos prioritários e
participações societárias no âmbito do orçamento fiscal, bem como com amortização
da dívida pública mobiliária da União.Art. 12. As despesas com custeio administrativo e operacional, inclusive aquelas com
pessoal e encargos sociais, terão como limite máximo, no exercício de 1991, 90%
(noventa por cento) do valor dos créditos orçamentários correspondentes no exercício
de 1990, corrigidos pela variação ocorrida ou prevista entre o IPC médio de 1991 e o
IPC médio de 1990.§ 1º
O cumprimento do limite fixado nocaputdeste artigo far-se-á sem prejuízo do
atendimento do limite estabelecido noart. 38 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.§ 2º
O limite de despesas de que trata ocaputdeste artigo será reduzido para:I -
85% (oitenta e cinco por cento) nos casos de:a)
diárias relativas a trabalho fora da sede;b)
passagens e despesas com locomoção para trabalhos fora da sede; ec)
consultoria de qualquer espécie, compreendendo todos os trabalhos explicitados noart.
12, do Decreto-lei nº 2.300, de 21 novembro de 1986;(Vide Lei nº 8.193, de 1991)II
- 70% (setenta por cento) no caso de locação de mão-de-obra; eIII
- 50% (cinqüenta por cento) nos casos de:a)
publicidade e propaganda; eb)
prêmios e condecorações.§ 3º
Na elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o limite máximo estabelecido nocaputdeste artigo:I -
para as despesas com pessoal e encargos sociais, será calculado tomado por base os
quantitativos de servidores existentes no dia 1º de julho de 1990 e os valores dos
vencimentos, soldos, gratificações e todas as demais vantagens, inclusive as de natureza
pessoal, vigentes no mês de maio do mesmo ano;II
- para as demais despesas, será calculado tomando por base o montante das despesas
correspondentes previstas para o exercício de 1990, após a reformulação orçamentária
de que trata oart. 6º, § 6º, da Lei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990, convertido a
preços vigentes em maio de 1990.Art. 13. Não poderão ser destinados quaisquer recursos para atender despesas com:I -
pagamento, a qualquer título, a servidor da administração direta ou indireta por
serviços de consultoria ou assistência técnica custeadas com recursos decorrentes de
convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres firmados com órgãos ou
entidades de direito público ou privado, nacionais ou internacionais, pelo órgão ou
entidade a que pertencer o servidor ou por aquele em que estiver eventualmente lotado;II
- clubes e associações de servidores ou quaisquer outras entidades congêneres,
excetuadas creches e escolas para o atendimento pré-escolar.Art. 14. Sem prejuízo do disposto naLei nº 8.020, de 12 de abril de 1990, somente
poderão ser destinados recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, inclusive
de receitas próprias das entidades, fundações, empresas e sociedades referidas no art.
10 desta lei, para entidade de previdência privada, ou congênere, caso:I -
a entidade, ou congênere, já estiver legalmente constituída e em funcionamento até 10
de julho de 1989;II
- não aumente, para cada entidade, ou congênere, a participação relativa da União,
inclusive de suas entidades, fundações, empresas e sociedades a que se refere ocaputdeste artigo em relação à contribuição dos seus participantes, verificada no
exercício de 1990;III
- o total dos recursos não seja superior, para cada entidade, ou congênere, aos recursos
destinados no exercício de 1990, atualizado pela variação do IPC.Parágrafo único. As entidades fechadas de previdência privada ajustarão os seus atos
constitutivos e planos de custeio e benefícios, em decorrência do disposto nos incisos
deste artigo.Art. 15. É vedada a inclusão nos orçamentos de dotações a título de subvenções
sociais, ressalvadas as destinações a Municípios referidas no art. 6º, inciso VI,
alíneas a e b, desta Lei, e as transferências de recursos a entidades privadas, sem fins
lucrativos, desde que:I -
sejam registradas no Conselho Nacional de Serviço Social; ouII
- atendam ao disposto no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
ouIII
- sejam vinculadas a organismos internacionais.Parágrafo único. É vedada, também, a inclusão de dotações, a título de auxílios,
para entidades privadas.Art. 16. Na lei orçamentária anual, as despesas com juros, encargos e amortizações da
dívida, exceto da mobiliária federal, considerarão apenas as operações contratadas ou
com prioridades ou autorizações concedidas até a data do encaminhamento do projeto de
lei ao Congresso Nacional.Art. 17. A despesa com transferência de recursos da União para Estado,
Distrito Federal ou Município, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, ressalvada e destinada a atender calamidade pública, só poderá ser
concretizada se a unidade beneficiada comprovar que:I -
instituiu e regulamentou todos os tributos que lhe cabem, previstos nosarts. 145,155e156, da Constituição Federal;II
- arrecada todos os tributos que lhe cabem, previstos nosarts. 155e156 da
Constituição Federal;III
- a receita tributária própria corresponda a, pelo menos, 20% (vinte por cento), no caso
de Estado ou Distrito Federal, e 2% (dois por cento), no caso de Município, do total das
receitas orçamentárias, exclusive as decorrentes de operações de crédito;IV
- atende ao disposto nosarts. 167, inciso III,e212 da Constituição Federal, bem como
nosarts. 37e38, inclusive seuparágrafo único, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.§ 1º
Para efeito do disposto no inciso II, deste artigo, são ressalvados os impostos a que se
referem oart. 155, inciso I, alínea a, e oart. 156, incisos II,III, eIV, da
Constituição Federal, quando comprovada a ausência dos respectivos fatos geradores.§ 2º
A comprovação de que trata ocaputdeste artigo, em relação aos seus incisos
II, III e IV, será feita através das respectivas leis orçamentárias para 1991 e
correspondentes relatórios, aos quais se refere oart. 165, § 3º, da Constituição
Federal.§ 3º
A concessão de empréstimos ou financiamentos do Tesouro Nacional a Estado, Distrito
Federal ou Município, inclusive às suas entidades da administração indireta,
fundações, empresas e sociedades controladas, fica condicionada à comprovação a que
se refere este artigo.Art. 18. Não poderão ser incluídas nos orçamentos despesas classificadas como
Investimentos - Regime de Programação Especial, ressalvados os casos de calamidade
pública na forma doart. 167, § 3º, da Constituição Federal, inclusive os créditos
com esta destinação, reabertos de acordo com o que dispõe o§ 2º, do mesmo artigo.Art. 19. A inclusão de dotações orçamentárias para atender despesas com empréstimos,
financiamentos e refinanciamentos no orçamento de que trata esta Seção está
subordinada ao cumprimento das seguintes regras:I -
os saldos devedores das operações serão, obrigatoriamente, atualizados segundo o
índice oficial de inflação ou da variação da taxa cambial;II
- serão cobrados juros calculados a taxas que permitam, pelo menos, a cobertura dos
custos reais de captação dos recursos que deram amparo às operações; eIII
- eventuais subsídios somente poderão ocorrer mediante autorização específica em lei
e caso estejam expressamente consignados na própria lei orçamentária.Art. 20. Serão observadas as disposições dosarts. 18, parágrafo único, e19, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, quando da consignação de dotações orçamentárias
para equalização de encargos financeiros ou de preços, bem como para o pagamento de
bonificações a produtores e vendedores e para ajuda financeira, a qualquer título, a
empresa de fins lucrativos.Parágrafo único. O descritor das despesas referidas neste artigo indicará, no
orçamento, as disposições legais sob cujo amparo as despesas serão efetuadas.Art. 21. A dotação consignada à Reserva de Contingência, na lei orçamentária, será
fixada em montante não inferior ao valor equivalente a 2% (dois por cento) da receita
global de impostos, excluídas as transferências constitucionais para Estados, Distrito
Federal e Municípios e a vinculação de que trata oart. 212 da Constituição Federal.SUBSEÇÃO IIDas Diretrizes Específicas do Orçamento FiscalArt. 22.(Vetado).Art. 23. Integrarão programação a cargo de uma unidade orçamentária específica,
denominada Operações Oficiais de Créditos - Recursos sob Supervisão do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento, todas as dotações destinadas a atender, no âmbito do
orçamento de que trata esta Subseção, despesas relacionadas com:I -
o refinanciamento de dívida externa garantida pelo Tesouro Nacional;II
- o financiamento de programas de custeio e investimento agropecuário e de investimento
agroindustrial;III
- a aquisição e o financiamento da comercialização de produtos agrícolas;IV
- o financiamento para a formação de estoques reguladores de produtos agropecuários; eV -
o financiamento de exportações.Parágrafo único. As despesas de que trata este artigo contarão com recursos
provenientes de:I -
realização de operações de crédito;II - retornos de aplicações efetuadas dentro dos programas de financiamento e
aquisição de produtos referidos nos incisos II a V
docaput, deste artigo;III
- retornos de créditos concedidos para o refinanciamento de dívida externa com aval do
Tesouro Nacional;IV
- retorno de outros empréstimos e financiamento concedidos com recursos do Tesouro
Nacional, no âmbito do antigo Orçamento das Operações Oficiais de Crédito; eV -
receitas do Tesouro de que trata oart. 20 da Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990.Art. 24. A estimativa dos recursos de que trata o parágrafo único do artigo anterior,
sem prejuízo do disposto no art. 19 desta Lei, observará as seguintes regras:I -
ficam vedadas as prorrogações e composições de dívidas decorrentes de empréstimos
realizados com recursos de que trata o artigo anterior, desta Lei, ressalvados os casos:a)
expressamente autorizadas por lei específica;b)(Vetado).II
- os preços de venda dos produtos adquiridos pelo Governo Federal para revenda não
poderão ser inferiores ao seu custo de remição, entendido como tal o conjunto de
gastos, monetariamente atualizados, efetuados para dispor o produto em condições de
venda, neles incluídos todos os custos de aquisição, preparo, tributos, transporte,
armazenagem, quebra de peso de armazenagem, administração, seguros, taxas, multas e
encargos financeiros relativos ao produto, ressalvadas as seguintes hipóteses:a)
quando a própria lei orçamentária contiver dotações, a título de subvenção
econômica, para cobertura do déficit;b)
quando o órgão ou entidade adquirente dispuser de receitas próprias para atender este
gasto, sem quaisquer prejuízos às suas necessidades com custeio administrativo e
operacional e com serviço de sua dívida; ec)
quando caracterizada urgência e comprovado risco de prejuízo para o Tesouro Nacional,
face ao estado de conservação de bens perecíveis, mediante licitação e desde que a
subvenção econômica correspondente seja autorizada na forma doart. 167, § 3º, da
Constituição Federal.Art. 25. Os financiamentos para as atividades rurais com recursos de que trata o
parágrafo único do art. 23, desta Lei, serão exclusivos para os mini e pequenos
produtores e suas cooperativas, ressalvadas as aplicações com recursos de programas
específicos e do programa para Empréstimos do Governo Federal (EGF), devendo os
descritores das atividades orçamentárias correspondentes explicitarem esta
exclusividade.Parágrafo único. Na elaboração da proposta orçamentária das Operações Oficiais de
Crédito - Recursos sob Supervisão do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento,
será ouvido, no que tange às operações de que trata ocaputdeste artigo, o
Ministério da Agricultura e Reforma Agrária.Art. 26. As dotações para a Política de Garantia de Preços Mínimos serão orçadas de
modo a compatibilizar a demanda com a disponibilidade de recursos do Governo Federal e a
reduzir a intervenção estatal no setor agropecuário.Art. 27. As dotações para a formação de estoques reguladores e para a aquisição de
bens serão orçadas considerando a disponibilidade de recursos do Governo Federal,
buscando a estabilização da oferta e a disponibilidade estratégica de produtos
essenciais ao abastecimento interno.Art. 28. A estimativa das receitas e a fixação do valor das despesas relacionadas aos
compromissos da dívida externa garantida pelo Tesouro Nacional considerarão:I -
no caso de empresas e sociedades controladas pela União, os reembolsos e desembolsos
compatíveis com os respectivos investimentos orçados para 1991, sem prejuízo do
disposto no art. 11 desta Lei;II
- no caso de Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive das suas autarquias e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e das empresas e sociedades de
economia mista das quais detenham a maioria do capital votante:a)
o reembolso dos juros e encargos dos empréstimos concedidos na forma daLei nº 7.976, de
27 de dezembro de 1989;b)(Vetado).c)(Vetado).Art. 29. A destinação de recursos para atender despesas com construção e
pavimentação de rodovias somente poderá ocorrer após atendidas as necessidades
relativas à conservação e à restauração do patrimônio rodoviário federal já
construído, ressalvado o disposto no art. 7º desta Lei.SUBSEÇÃO IIIDas Diretrizes Específicas do Orçamento da Seguridade SocialArt. 30. O orçamento da seguridade social compreenderá as dotações destinadas a
atender às ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social, obedecerá
ao definido nosarts. 194,196,201e203, da Constituição Federal, e contará, dentre
outros, com recursos provenientes:I -
das contribuições sociais a que se referem oart. 195, incisos I,IIeIII, e oart.
239, da Constituição Federal, bem como da arrecadação prevista noart. 56 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias;II
- de receitas próprias dos órgãos, fundos e entidades que integram exclusivamente o
orçamento de que trata esta Subseção;III
- de outras receitas do Tesouro Nacional.Art. 31. A proposta orçamentária da seguridade social, a ser apresentada ao órgão
central do sistema de orçamento, será elaborada por comissão especial, constituída por
representantes dos ministérios responsáveis pelas ações incluídas no orçamento de
que trata esta Subseção.§
1º A proposta orçamentária de que trata ocaputdeste artigo obedecerá aos
limites de recursos, inclusive transferências do orçamento fiscal, fixados pelo órgão
central do orçamento.§
2º(Vetado).§
3º O orçamento da seguridade social discriminará a transferência de recursos da União
para cada Estado e para o Distrito Federal, bem como para o conjunto dos Municípios de
cada unidade da Federação, para execução descentralizada das ações de saúde e
assistência social, conforme estabelecido nosarts. 198e204 da Constituição Federal.§
4º(Vetado)SUBSEÇÃO IVDas Diretrizes Específicas para os Poderes Legislativo e Judiciário, e
para o Ministério PúblicoArt. 32. Para efeito do disposto nosarts. 51, inciso IV,52, inciso XIII,99, § 1ºe127, § 3º, da Constituição Federal, ficam estipulados os seguintes limites para a
elaboração das propostas orçamentárias dos Poderes Judiciários e Legislativo, bem
como do Ministério Público:I -
as despesas com custeio administrativo e operacional, inclusive com pessoal e encargos
sociais, obedecerão o disposto nos arts. 6º, 12 a 14, e 45 a 48, desta Lei;II
- as despesas de capital observarão o disposto nos arts. 2º e 6º ao 8º, desta lei, e
respeitarão as disponibilidades de recursos para este tipo de despesas.§
1º A inclusão de dotações para atender despesas, no Poder Judiciário, com a criação
de cargo e funções decorrentes, estritamente, de implantação de ações derivadas
diretamente de novas atribuições constitucionais, será limitada ao valor correspondente
à redução de despesas com pessoal e encargos sociais a ser realizada em cumprimento ao
disposto no inciso I, deste artigo.§
2º A lei orçamentária incluirá recursos específicos para a criação e manutenção
de assessoria técnica da Comissão Mista de que trata oart. 166, § 1º, da
Constituição Federal, respeitado o estabelecido nos incisos docaputdeste artigo
e observados os seguintes princípios:I -
aproveitamento de servidores do complexo do Senado Federal e da Câmara dos Deputados para
o atendimento de suas atividades administrativas e legislativas;II
- aproveitamento de servidores do complexo do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
bem como, mediante requisição, por tempo determinado, respeitadas as normas
específicas, de servidores de outros órgãos da administração pública federal até o
limite de 20% (vinte por cento) de seu quadro de pessoal próprio, para o atendimento de
suas atividades técnicas;III
- realização de concurso público para o atendimento de necessidades de pessoal técnico
que não possam ser atendidas conforme indica o item anterior;IV
- criação de organização, estrutura e quadro de pessoal próprios, respeitado o
princípio da isonomia de vencimentos com o Poder Executivo para os mesmos cargos e
funções bem como a política de pessoal adotada pelas Casas do Congresso Nacional,
integrado por servidores do complexo do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,
aproveitados na forma dos incisos I e II, deste parágrafo, ou contratados na forma do
inciso anterior;V -
prioridade para utilização dos serviços e equipamentos do complexo do Senado Federal,
da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União.§
3º O Congresso Nacional, mediante resolução específica, estabelecerá, no prazo de 60
(sessenta) dias a contar da publicação desta Lei, as normas necessárias à criação e
funcionamento da assessoria a que se refere o parágrafo anterior, para permitir a
inclusão na lei orçamentária das correspondentes despesas, e de forma a unificar os
órgãos técnicos de assessoramento às matérias orçamentárias do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados, de acordo com o que dispõe a parte final doart. 57, § 3º,
inciso II, da Constituição Federal.SEÇÃO IIIDas Diretrizes Específicas do Orçamento de Investimentos das Empresas
e Sociedades ControladasArt. 33. O orçamento de investimento, previsto noart. 165, § 5º, inciso II, da
Constituição Federal, será apresentado para cada empresa pública e para cada sociedade
de economia mista em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto.§
1º Não se aplica ao orçamento de que trata esta seção o disposto noart. 35e noTítulo VI, da Lei nº 4.320, de 1964.§
2º Para efeito de compatibilidade da programação orçamentária a que se refere este
artigo com aLei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, serão considerados investimentos
as despesas com aquisição de direitos do ativo imobilizado.§
3º A mensagem que encaminhar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional será
acompanhada de demonstrativos, por empresa, informando:I -
a origem dos recursos estimados, bem como da aplicação prevista destes, compatível com
a demonstração a que se refere oart. 188, da Lei 6.404, de 1976;II
- as necessidades de recursos adicionais para viabilização integral da proposta de
investimentos apresentadas pelas empresas e sociedades.Art. 34. Os recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social sob a forma de
participação acionária terão que ser integralmente utilizados pelas entidades
referidas no art. 33, desta lei, para atender despesas com investimentos.Parágrafo único. Os investimentos à conta de recursos oriundos dos orçamentos fiscal e
da seguridade social, inclusive mediante participação acionária, serão programados de
acordo com as dotações previstas nos respectivos orçamentos.Art. 35. A utilização de recursos oriundos de operações de crédito não excederá,
para o conjunto de empresas e sociedades que integram o orçamento a que se refere esta
Seção, a média do montante de recursos desta fonte utilizado no qüinqüênio
1985/1989, atualizado pelo índice oficial de inflação, exceto para atendimento das
programações de investimento das empresas e sociedades que atuam nos setores de
transportes, energia e telecomunicações, condição em que este limite poderá ser
ultrapassado em até 10% (dez por cento).SEÇÃO IVDa Organização e Estrutura dos OrçamentosArt. 36. A lei orçamentária anual apresentará conjuntamente a programação dos
orçamentos fiscal e da seguridade social, nos quais a discriminação da despesa
far-se-á obedecendo à classificação funcional-programática, expressa, em seu menor
nível, por categoria de programação, e indicando, pelo menos, para cada uma:I -
o orçamento a que pertence;II
- o grupo de despesa a que se refere, obedecida, no mínimo, a seguinte classificação:Pessoal e Encargos SociaisJuros e Encargos da DívidaOutras Despesas CorrentesInvestimentosInversões FinanceirasAmortização da DívidaOutras Despesas de Capital§ 1º
As categorias de programação de que trata ocaputdeste artigo serão
identificadas por subprojetos ou subatividades, os quais serão integrados por um título
e pela indicação sucinta de metas que caracterizem o produto esperado da ação
pública.§ 2º
Os subprojetos e subatividades serão agrupados, respectivamente, em projetos e
atividades, os quais serão integrados por um título e pela descrição sucinta da ação
pública que ele encerra.§ 3º
Serão identificadas por categoria de programação específica cada uma das despesas
indicadas no art. 12, § 2º, desta lei.§ 4º
No projeto da lei orçamentária anual será atribuído a cada subprojeto e subatividade,
sem prejuízo da codificação funcional-programática adotada, um código numérico
seqüencial que não constará da lei orçamentária.Art. 37. Acompanharão o projeto da lei orçamentária anual, bem como o quadro de
detalhamento da despesa da lei orçamentária a que se refere o art. 54 desta lei:I -
demonstrativos das despesas e receitas dos orçamentos fiscal e da seguridade social, bem
como do conjunto dos dois orçamentos, apresentados de forma sintética e agregada,
evidenciando o déficit ou o superávit corrente e o total de cada um dos
orçamentos;II
- demonstrativos das receitas dos orçamentos fiscal e da seguridade social, bem como do
conjunto dos dois orçamentos, segundo as categorias e subcategorias econômicas;III
- quadros-resumo das despesas dos orçamentos fiscal e da seguridade social, bem como do
conjunto dos dois orçamentos:a)
por grupo de despesa;b)
por modalidade de aplicação;c)
por elemento de despesa;d)
por função;e)
por programa; ef)
por subprograma;IV
- demonstrativo dos recursos destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, de
forma a caracterizar o cumprimento do disposto noart. 212 da Constituição Federal;V -(Vetado)VI
- demonstrativo dos recursos destinados à irrigação, de forma a caracterizar o
cumprimento do disposto noart. 42 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;VII
- demonstrativo dos investimentos consolidados previstos nos três orçamentos da União;VIII - demonstrativos da despesa, por grupo de despesa e fonte de recurso, identificando
os valores em cada um dos orçamentos, fiscal e da seguridade social, a nível global e
por órgão;IX
- demonstrativo, a nível de subprojeto e subatividade, contendo toda a programação
orçamentária da unidade Operações Oficiais de Crédito - Recursos sob Supervisão do
Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, bem como aquelas relativas à concessão
de quaisquer empréstimos e financiamentos, com respectivos subsídios quando houver, no
âmbito das demais unidades orçamentárias dos orçamentos fiscal e da seguridade social;X -
demonstrativos sintéticos dos orçamentos globais de cada uma das empresas de que trata o
art. 33 desta lei, a nível de grupo de despesa e com indicação das fontes de recursos
para atender cada um dos grupos de despesa;XI
- as tabelas explicativas de que trata oart. 22, inciso III, da Lei nº 4.320, de 1964,
destacando as receitas e as despesas da administração direta, das autarquias, das
fundações, dos fundos e das demais entidades da administração indireta de que trata o
art. 10 desta lei, com os valores corrigidos:a)
para os preços vigentes em maio de 1990, no caso do projeto da lei orçamentária; oub)
para os preços vigentes na lei orçamentária, no caso do quadro de detalhamento da
despesa;XII
- demonstrativo do cumprimento do disposto noart. 165, § 7º, da Constituição Federal,
observado o contido noart. 35, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.Parágrafo único. Para apuração dos investimentos citados no inciso VII, deste artigo,
não serão consideradas as despesas com aumento de capital e participação societária
dos orçamentos fiscal e da seguridade social.Art. 38. No orçamento de investimentos, a despesa será discriminada obedecendo à
classificação funcional-programática, expressa, no seu menor nível, por categoria de
programação, na forma do disposto no art. 36, §§ 1º, 2º e 4º, desta lei.Art. 39. As despesas com constituição ou aumento de capital de empresas serão sempre
classificadas no grupo de despesa Inversões Financeiras.Art. 40. Os projetos de lei orçamentária anual e de créditos adicionais, bem como suas
propostas de modificação a que se refere oart. 166, § 5º, da Constituição Federal,
serão apresentados com a forma e o detalhamento estabelecidos nesta lei para a lei
orçamentária anual, inclusive, no que couber, em relação às respectivas mensagens.Parágrafo único. Os créditos suplementares, autorizados na lei orçamentária anual,
abertos por decreto do Presidente da República, serão acompanhados, na sua publicação,
por exposição de motivos que contenha informações necessárias e suficientes à sua
avaliação.Art. 41. Para efeito de informação ao Poder Legislativo, deverá, ainda, constar dos
projetos de lei orçamentária anual e de créditos adicionais, referidos noart. 166 da
Constituição Federal, a nível de cada categoria de programação, a identificação das
fontes de recursos, com destaque para os valores condicionados de que trata o art. 49, §
2º, desta lei.Parágrafo único. A informação de que trata este artigo não constará da lei
orçamentária anual e das leis autorizativas de créditos adicionais, aprovadas pelo
Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República.Art. 42. A mensagem que encaminhar o projeto da lei orçamentária anual ao Congresso
Nacional deverá explicitar a situação observada no exercício de 1990 em relação aos
limites a que se referem oart. 167, inciso III,e oart. 169, da Constituição Federale
oart. 38 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como, se
necessário, a adaptação a esses limites nos termos dosarts. 37e38, parágrafo
único, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.§ 1º
Constará, também, da mensagem de que trata ocaputdeste artigo relatório
informando a consistência macroeconômica da programação proposta, inclusive
evidenciando:I -
a compatibilidade das políticas fiscal e monetária;II
- o cumprimento do objeto de obtenção de um superávit nas contas públicas de 1% (um
por cento) do Produto Interno Bruto, no conceito "operacional".§ 2º
A mensagem que encaminhar o projeto da lei orçamentária anual ao Congresso Nacional
apresentará o demonstrativo a que se refere oart. 165, § 6º, da Constituição
Federal.Art. 43. Simultaneamente com o encaminhamento de projetos de lei relativos a orçamentos,
o Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional, em meio
magnético de processamento eletrônico, todos os dados e informações constantes do
referido projeto.Art. 44. Nas alterações de dotações constantes dos projetos de lei referentes a
orçamentos, relativas às transferências entre unidades orçamentárias, serão
observadas as seguintes disposições:I -
as alterações serão iniciadas na unidade orçamentária aplicadora dos recursos,
observando-se a classificação econômica da respectiva aplicação; eII
- na unidade orçamentária transferidora, as alterações serão promovidas
automaticamente, independendo de qualquer formalidade, no mesmo sentido e valor das
alterações referidas no inciso I deste artigo.CAPÍTULO IIIDas Disposições Relativas às Despesas com PessoalArt. 45. Fica vedada a inclusão de dotações destinadas à concessão de qualquer
vantagem ou aumento de remuneração, à admissão de pessoal que represente aumento
físico do quadro de pessoal de cada entidade e à criação de cargos ou à alteração
de estrutura de carreiras, ressalvadas, neste último caso, as situações que não
impliquem aumento de despesa de qualquer espécie.Art. 46. Serão obrigatoriamente incluídas no limite fixado no art. 12, observado o
disposto no seu § 1º, as despesas necessárias à gradual implantação dos planos de
carreira previstos no art. 39 da Constituição Federal, orientados pelos princípios do
mérito, da valorização e profissionalização dos servidores públicos civis, bem como
da eficiência e continuidade da ação administrativa.Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo e respeitados os limites da
lotação fixados para cada órgão ou entidade deverão ser objeto de rigorosa e
detalhada programação as seguintes medidas:a)
estabelecimento de prioridades de implantação, em termos de carreiras e número de
cargos ou empregos, de acordo com as estritas necessidades de cada órgão ou entidade;b)
realização de concursos públicos, consoante o disposto noart. 37, inciso IIaIV, da
Constituição Federal, para preenchimento de cargos ou empregos das classes iniciais, bem
como de processos seletivos específicos para a inclusão de servidores nas carreiras,
mediante a utilização de sistemática que permita aferir, adequadamente, o nível de
conhecimentos e a qualificação necessários ao eficiente e eficaz desempenho das
funções a elas inerentes;c)
adoção de mecanismos destinados à permanente capacitação profissional dos servidores,
associados a adequados processos de aferição do mérito funcional, com vistas às
futuras promoções e acessos nas carreiras.Art. 47. A destinação de recursos para reposição de pessoal somente será permitida
mediante prévia e específica autorização legislativa e desde que não implique
descumprimento do limite fixado nocaputdo art. 12 desta lei.Art. 48. Acompanharão a mensagem que encaminhar o projeto da lei orçamentária anual ao
Congresso Nacional quadros demonstrativos informando, por Poder, órgão e entidade, a
quantidade, em 1º de julho de 1990, de servidores ativos, por cargo, emprego e função e
de servidores inativos e em disponibilidade, com a respectiva remuneração global.Parágrafo único. Os elementos de informação de que trata este artigo constituem
fundamento essencial e imprescindível para inclusão, na lei orçamentária anual, das
dotações para despesas com pessoal e encargos sociais dos correspondentes Poderes,
órgãos e entidades.CAPÍTULO IVDas Disposições sobre Alterações na Legislação TributáriaArt. 49. Na estimativa das receitas serão considerados os efeitos das alterações na
legislação tributária e de contribuições econômicas e sociais, as quais serão
objetos de projetos de lei a serem enviados ao Congresso Nacional, até cinco meses antes
do encerramento do exercício de 1990, dispondo especialmente sobre:I -
consolidação da legislação vigente que regula cada tributo da competência da União,
particularmente do imposto sobre a renda;II
- redução de isenções e incentivos fiscais;III
- revisão do imposto territorial rural, buscando aumentar a sua seletividade de forma a
obter um acréscimo de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) na arrecadação do
tributo, em relação a 1990;IV
- revisão das alíquotas do imposto de importação, com o objetivo de compatibilizar o
tributo com as diretrizes da política de comércio exterior;V -
revisão da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza,
objetivando:a)
reavaliação das alíquotas incidentes sobre rendimentos produzidos por aplicações
financeiras, em função do comportamento do mercado financeiro e de capitais;b)
continuidade do processo de modernização e simplificação, especialmente neste caso, da
apuração anual do imposto sobre a renda das pessoas físicas; ec)
revisão das alíquotas e faixas de incidência do imposto sobre a renda de pessoas
físicas, visando melhorar a progressividade deste tributo;VI
- instituição e regulamentação do imposto sobre grandes fortunas;VII
- ampliação das modalidades de incidência do imposto sobre operações de crédito,
câmbio, seguros e sobre operações com títulos e valores mobiliários, dando mais
abrangência ao tributo;VIII - revisão da legislação referente ao selo-pedágio, com o objetivo, dentre outros,
de aperfeiçoar o instrumento de mobilização de recursos destinados às necessidades de
restauração e conservação da malha rodoviária federal;IX
- instituição de mecanismo destinado a prover os recursos necessários à manutenção
da malha ferroviária federal;X -
revisão das contribuições sociais destinadas a custear os programas de seguridade
social, estabelecidas peloart. 195 da Constituição Federal; eXI
- aperfeiçoamento dos instrumentos para agilização da cobrança da dívida ativa da
União, bem como para correção desses créditos.§
1º O disposto neste artigo aplica-se também à revisão da legislação patrimonial dos
imóveis pertencentes à União.§
2º O Poder Executivo poderá apresentar, no projeto da lei orçamentária anual,
programação de despesas à conta de receitas condicionadas à aprovação das
alterações de legislação tributária e patrimonial que forem encaminhadas ao Congresso
Nacional nos termos deste artigo ou que já estejam em tramitação no Congresso Nacional
quando da elaboração do projeto da lei orçamentária anual.§
3º Caso as alterações propostas não sejam aprovadas, ou o sejam parcialmente, de forma
a não permitir a integralização dos recursos esperados, as despesas à conta dos
referidos recursos condicionados serão canceladas, mediante decreto, por ocasião da
sanção presidencial à lei orçamentária anual, observados os critérios a seguir
relacionados, para aplicação seqüencial obrigatória, até ser completado o valor
necessário para cada receita:I -
cancelamento linear de até 100% (cem por cento) das dotações relativas aos novos
subprojetos;II -
cancelamento linear de até 60% (sessenta por cento) das dotações relativas aos
subprojetos em andamento;III
- cancelamento linear de até 25% (vinte e cinco por cento) das dotações relativas às
ações de manutenção;IV
- cancelamento linear dos restantes 40% (quarenta por cento) das dotações relativas aos
subprojetos em andamento; eV -
cancelamento linear dos restantes 75% (setenta e cinco por cento) das dotações relativas
às ações de manutenção.§ 4º
Os projetos de lei referidos nocaputdeste artigo serão encaminhados pelo
Presidente da República, ao Congresso Nacional, na forma do disposto noart. 64, § 1º, da
Constituição Federal.§ 5º
A mensagem que encaminhar o projeto da lei orçamentária anual ao Congresso Nacional
conterá demonstrativo que registre a estimativa da receita de cada um dos tributos para o
ano de 1991 e a sua evolução nos últimos três anos, bem como explicitará a receita
adicional esperada em decorrência das alterações na legislação tributária propostas
na forma deste artigo.Art. 50. Qualquer projeto de lei que conceda ou amplie isenção, incentivo ou benefício
de natureza tributária e financeira, que não esteja em vigor na data de publicação
desta lei, e que gere efeitos sobre a receita estimada para os orçamentos de 1991,
somente poderá ser aprovado caso indique, fundamentadamente, a estimativa da renúncia de
receita que acarreta, bem como as despesas, em idêntico montante, que serão anuladas,
automaticamente, nos orçamentos do exercício referido, não cabendo anulação de
despesas correntes e com amortizações de dívida.CAPÍTULO VDa Política de Aplicação das Agências Financeiras Oficiais de
FomentoArt. 51. As agências financeiras oficiais de fomento, na concessão de financiamentos,
observarão as seguintes políticas:I -
redução das desigualdades intra e inter-regionais;II
- defesa e preservação do meio ambiente;III
- atendimento às micro, pequenas e médias empresas, bem como aos mini, pequenos e
médios produtores rurais e suas cooperativas;IV
- prioridade para empreendimentos destinados à geração de empregos, com ênfase aos
relativos à produção de bens de consumo de massa;V -
prioridade às indústrias de bens de capital, com ênfase ao desenvolvimento e à
modernização tecnológica de suas instalações e produtos;VI
- prioridade para projetos de investimentos no setor de energia elétrica, essenciais para
permitir o crescimento econômico;VII
- prioridade aos projetos de desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicada, de forma a
reduzir o hiato tecnológico do País;VIII - prioridade para projetos de saneamento básico e infra-estrutura urbana;IX
- prioridade para projetos de habitação popular, obedecendo a um programa gradual e a
uma efetiva descentralização entre esferas de governo;X -
prioridade para projetos de reaparelhamento, aprimoramento e ampliação dos sistemas de
transporte urbano de massa;XI
- prioridade para projetos de restauração e conservação da malha rodoviária nacional;XII
- prioridade para projetos de reaparelhamento e aprimoramento do transporte ferroviário
de carga;XIII - prioridade para projetos de melhorias e ampliação do sistema portuário nacional;XIV
- prioridade para projetos de agricultura irrigada e à agroindústria;XV
- proteção ao desenvolvimento de atividades consideradas estratégicas para a defesa
nacional;XVI
- prioridade para projetos de investimento no setor de telecomunicações, essencial para
a retomada do desenvolvimento econômico.§
1º A mensagem que encaminhar o projeto da lei orçamentária anual ao Congresso Nacional
apresentará, em anexo, a política de aplicação de cada agência financeira oficial de
fomento.§
2º É vedado ao Tesouro Nacional transferir ou repassar recursos às agências oficiais
cuja política de aplicação não acompanhe a mensagem presidencial, na forma do
parágrafo anterior.§
3º Os empréstimos e financiamentos das agências financeiras oficiais de fomento serão
concedidos com critérios de remuneração que, pelo menos, lhes preservem o valor.§
4º A concessão de empréstimos ou financiamentos pelas agências oficiais a Estado,
Distrito Federal ou Município, inclusive às suas entidades da administração indireta,
fundações, empresas e sociedades controladas, sem prejuízo das demais normas
regulamentares, fica condicionada à comprovação a que se refere o art. 17 desta lei.CAPÍTULO VIDas Disposições GeraisArt. 52. Se o projeto da lei orçamentária anual não for aprovado até o término da
sessão legislativa, o Congresso Nacional será, de imediato, convocado
extraordinariamente pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na
forma doart. 57, § 6º, inciso II, da Constituição Federal, até que seja o projeto
aprovado.Art. 53. Caso o projeto da lei orçamentária anual não seja encaminhado à sanção do
Presidente da República até o início do exercício de 1991, a programação constante
do projeto de lei encaminhado pelo Executivo, relativa às despesas com custeio,
incluídas as com pessoal e encargos sociais, com os investimentos em execução no
exercício de 1990 e com serviço de dívida, poderá ser executada, em cada mês, até o
limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação, até que o projeto de lei seja
efetivamente encaminhado à sanção, na forma e nível de detalhamento estabelecidos
nesta lei, inclusive em meio magnético de processamento eletrônico.§
1º Encaminhado o projeto de lei orçamentária à sanção, a sua programação, aprovada
pelo Congresso Nacional, relativa às despesas com pessoal e encargos sociais, poderá ser
executada até o limite necessário para o pagamento das folhas de pessoal relativas ao
mês em que se deu o encaminhamento à Presidência da República.§ 2º Considerar-se-á antecipação de crédito à conta da lei orçamentária anual a
utilização dos recursos autorizada neste artigo.§
3º Os eventuais saldos negativos apurados serão ajustados após a sanção presidencial
à lei orçamentária anual, mediante a abertura de créditos adicionais, através de
remanejamento de dotações.Art. 54. O Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, no prazo de vinte dias após a
publicação da lei orçamentária anual, divulgará, por unidade orçamentária de cada
órgão, fundo e entidade que integram os orçamentos fiscal e da seguridade social, os
quadros de detalhamento da despesa, especificando, para cada categoria de programação, a
natureza da despesa, em seus quatro níveis, quais sejam a categoria econômica, o grupo
de despesa, a modalidade de aplicação e o elemento de despesa.§
1º As alterações decorrentes da abertura e reabertura de créditos adicionais
integrarão os quadros de detalhamento da despesa.§ 2º
Até 60 (sessenta) dias após a sanção da lei orçamentária anual, serão indicados e
totalizados com os valores orçamentários, para cada órgão e suas entidades, a nível
de subprojetos e subatividades, os saldos dos créditos especiais e extraordinários
autorizados nos últimos quatro meses do exercício financeiro de 1990, e reabertos, na
forma do disposto noart. 167, § 2º, da Constituição Federal.§ 3º
O detalhamento da lei orçamentária anual, relativo aos órgãos do Poder Judiciário,
respeitado o total de cada categoria de programação e os respectivos valores fixados em
cada nível de classificação indicado na referida lei de acordo com o art. 36, inciso
II, desta lei, será autorizado, no seu âmbito, mediante resolução dos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Territórios, sendo encaminhadas para o órgão central de orçamento,
exclusivamente para processamento, até dez dias após a publicação da lei
orçamentária anual.§ 4º
O disposto no parágrafo anterior se aplica também aos órgãos do Poder Legislativo, por
ato dos respectivos presidentes, e ao Ministério Público, por ato do Procurador-Geral da
República.Art. 55. O Poder Executivo, através do órgão central de orçamento, deverá atender, no
prazo máximo de sete dias úteis, contados da data do recebimento, as solicitações
relativas às categorias de programação, encaminhadas pelo Presidente da Comissão Mista
Permanente do Congresso Nacional a que se refere oart. 166, § 1º, da Constituição
Federal, sobre informações e dados quantitativos e qualitativos, que justifiquem os
valores orçados e evidenciem a ação do Governo.Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicar-se-á aos projetos de lei de créditos
adicionais.Art. 56. A prestação de contas anual da União incluirá relatório de execução, com a
forma e detalhes apresentados na lei orçamentária anual.Art. 57. Caso o projeto de lei do plano plurianual para o período 1991/1995 não seja
aprovado até o término da sessão legislativa, aplicar-se-á o disposto nocaputdo art. 52 desta Lei.Art. 58. Simultaneamente com a publicação do relatório a que se refere oart. 165, §
3º, da Constituição Federal, o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional, em
meio magnético de processamento eletrônico, todos os dados relativos à posição da
execução orçamentária do mesmo período, com a forma e o detalhamento da lei
orçamentária anual, inclusive, no que couber, no que se refere à receita.Art. 59. Os valores do pedágio, conforme definido noart. 3º, parágrafo único, da Lei nº 7.712, de 22 de dezembro de 1988, para o exercício financeiro de 1991, serão fixados
na forma estabelecida peloart. 56 da Lei nº 7.800, de 10 de julho de 1989.Art. 60. Os recursos a serem transferidos pela União, em 1990, aos Estados de Roraima e
do Amapá serão aplicados na forma de orçamento específico para cada Estado, que
deverá, excepcionalmente, ser aprovado pelo Senado Federal.§ 1º
Na elaboração dos projetos de lei orçamentária pelo Poder Executivo de cada Estado a
que se refere este artigo, serão considerados, no que couber, os prazos, o formato, o
nível de informações e as demais disposições aplicáveis ao Orçamento da União.§ 2º
Serão adotados, na apreciação pelo Senado Federal dos projetos de lei referidos neste
artigo, no que couber, os procedimentos relativos à tramitação da proposta
orçamentária do Distrito Federal.Art. 61. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 62. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 31 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 1.8.1990* |
1,990 | 8.073, de 30.7.90 Publicada no DOU de 31.7.90 | Estabelece a Política Nacional de Salários e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8073.htm | L8073Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.073, DE 30 DE JULHO DE 1990.Mensagem de vetoEstabelece a Política Nacional
de Salários e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º(Vetado).Art. 2º(Vetado).Art. 3º As entidades sindicais poderão atuar como substitutos
processuais dos integrantes da categoria.Parágrafo único.(Vetado).Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 30 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da
República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloAntônio MagriEste texto não substitui o publicado no
DOU de 31.7.1990* |
1,990 | 8.072, de 25.7.90 Publicada no DOU de 26.7.90 | Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8072.htm | L8072Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.Texto compiladoMensagem de vetoDispõe
sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição
Federal, e determina outras providências.OPRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º São considerados hediondos os crimes de latrocínio (art. 157, § 3º, in
fine), extorsão qualificada pela morte, (art. 158, § 2º), extorsão mediante
seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º),
estupro (art. 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo
único), atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único), epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º),
envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal,
qualificado pela morte (art. 270, combinado com o art. 285), todos do Código
Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), e de genocídio (arts.
1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), tentados ou consumados.Art. 1oSão considerados hediondos os seguintes crimes, todos
tipificados noDecreto-Lei no2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal, consumados ou tentados:(Redação dada pela Lei nº 8.930, de
1994)(Vide Lei nº 7.210, de 1984)I
- homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o,
I, II, III, IV e V);(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de
1994)I - homicídio (art. 121), quando
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II,
III, IV, V e VI);(Redação dada pela Lei
nº 13.104, de 2015)I – homicídio (art. 121), quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o,
incisos I, II, III, IV, V, VI e VII);(Redação dada pela Lei nº
13.142, de 2015)I - homicídio
(art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121,
§ 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);(Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019)I - homicídio
(art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio
qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII,
VIII e IX);(Redação dada
pela Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaI – homicídio (art. 121), quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por 1
(um) só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I,
II, III, IV, V, VII, VIII e IX);(Redação dada
pela Lei nº 14.994, de 2024)I-A – lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida
de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra
autoridade ou agente descrito nosarts. 142e144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição;(Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)II
- latrocínio (art. 157, § 3o,in fine);(Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)II - roubo:(Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)a)
circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º,
inciso V);(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)b)
circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso
I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art.
157, § 2º-B);(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)c) qualificado
pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)I-B – feminicídio (art. 121-A);(Incluído pela
Lei nº 14.994, de 2024)III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);(Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)III - extorsão
qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão
corporal ou morte (art. 158, § 3º);(Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)IV
- extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159,caput, e §§ lo,
2oe 3o);(Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223,capute
parágrafo único);(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)V - estupro (art. 213,capute
§§ 1oe 2o);(Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e
sua combinação com o art. 223,capute parágrafo único);(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)VI - estupro de vulnerável (art. 217-A,capute §§ 1o, 2o, 3oe 4o);(Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).(Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)VII-A – (VETADO)(Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de
1998)VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a
fins terapêuticos ou medicinais (art. 273,capute § 1o, § 1o-A
e § 1o-B, com a redação dada pelaLei no9.677, de
2 de julho de 1998).(Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de
1998)VIII - favorecimento da prostituição ou de outra
forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art.
218-B, caput, e §§ 1º e 2º).(Incluído pela Lei nº 12.978, de
2014)IX - furto
qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum (art. 155, § 4º-A).(Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)X - induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação
realizados por meio da rede de computadores, de rede social ou
transmitidos em tempo real (art. 122,capute § 4º);(Incluído pela
Lei 14.811, de 2024)XI - sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18
(dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso IV);(Incluído pela
Lei 14.811, de 2024)XII - tráfico de pessoas cometido contra criança ou adolescente
(art. 149-A,caput, incisos I a V, e § 1º, inciso II).(Incluído pela
Lei 14.811, de 2024)Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nosarts.
1o,2oe3oda Lei no2.889, de 1ode outubro de 1956, tentado ou consumado.(Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio
previsto nosarts. 1o,
2oe 3oda Lei no2.889, de 1ode outubro de 1956, e o de posse ou
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto noart. 16 da Lei no10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados.(Redação dada pela Lei nº
13.497, de 2017)Parágrafo
único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:(Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)I - o crime de
genocídio, previsto nosarts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de
outubro de 1956;(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)II - o crime
de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto noart. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)III - o crime
de comércio ilegal de armas de fogo, previsto noart. 17 da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003;(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)IV - o crime
de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto
noart. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)V - o crime de
organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou
equiparado.(Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)VI – os crimes previstos noDecreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro
de 1969(Código Penal Militar), que apresentem identidade com os
crimes previstos no art. 1º desta Lei.(Incluído
pela Lei nº 14.688, de 2023)VII - os crimes previstos no§ 1º do art. 240e noart. 241-B da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente).(Incluído pela
Lei 14.811, de 2024)Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:(Vide Súmula
Vinculante)I
- anistia, graça e indulto;II - fiança e liberdade provisória.II - fiança.(Redação
dada pela Lei nº 11.464, de 2007)§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em
regime fechado.§ 1oA pena por crime previsto neste artigo será cumprida
inicialmente em regime fechado.(Redação
dada pela Lei nº 11.464, de 2007)§ 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o
réu poderá apelar em liberdade.§ 2oA progressão de regime, no caso dos condenados aos
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos)
da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.(Redação
dada pela Lei nº 11.464, de 2007)§ 2º A progressão de regime, no caso doscondenados pelos crimes previstos
neste artigo, dar-se-áapós o cumprimento de 2/5 (dois quintos)
da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se
reincidente, observado o disposto nos§§ 3º
e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de
Execução Penal).(Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018)(Revogado
pela Lei nº 13.964, de 2019)§ 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe aLei nº 7.960, de 21 de dezembro
de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de trinta dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.§ 3oEm caso de sentença
condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em
liberdade.(Redação
dada pela Lei nº 11.464, de 2007)§ 4oA prisão temporária, sobre a qual dispõe aLei no7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo,
terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso
de extrema e comprovada necessidade.(Incluído pela Lei
nº 11.464, de 2007)Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao
cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em
presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.Art. 4º(Vetado).Art. 5º Ao art. 83 doCódigo Penalé acrescido o seguinte inciso:"Art. 83.
......................................................................................................................................V -cumprido mais de dois terços da pena,
nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico
em crimes dessa natureza."Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º;
213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos doCódigo Penal, passam a vigorar com a
seguinte redação:"Art. 157.
.............................................................§ 3ºSe da violência resulta lesão
corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.........................................................................Art.
159................................................................Pena - reclusão, de oito a quinze anos.§ 1º
.................................................................Pena - reclusão, de doze a vinte anos.§ 2º
.................................................................Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e
quatro anos.§ 3º
.................................................................Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta
anos.........................................................................Art.
213. ...............................................................Pena - reclusão, de seis a dez anos.Art.
214. ...............................................................Pena - reclusão, de seis a dez anos.........................................................................Art. 223.
...............................................................Pena - reclusão, de oito a doze anos.Parágrafo único.
........................................................Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco
anos.........................................................................Art. 267.
...............................................................Pena - reclusão, de dez a quinze anos.........................................................................Art. 270.
...............................................................Pena - reclusão, de dez a quinze anos........................................................................"Art. 7º Ao art. 159 doCódigo Penalfica acrescido o seguinte parágrafo:"Art. 159.
......................................................................................................................................§ 4ºSe o crime é cometido por
quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação
do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços."Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena
prevista noart. 288 do Código Penal,
quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou
quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
nosarts. 157, § 3º,158, § 2º,159, capute seus§§ 1º, 2º e 3º,213, capute sua combinação com
oart. 223, caputeparágrafo único,214e sua combinação com oart. 223, caputeparágrafo único, todos doCódigo Penal, são acrescidas de metade,
respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em
qualquer das hipóteses referidas noart. 224também do Código Penal.Art. 10. O art. 35 daLei nº 6.368,
de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com
a seguinte redação:"Art. 35.
................................................................Parágrafo único. Os prazos procedimentais
deste capítulo serão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts.
12, 13 e 14."Art. 11.(Vetado).Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no DOU de 26.7.1990* |
1,990 | 8.071, de 17.7.90 Publicada no DOU de 18.7.90 | Dispõe sobre os efetivos do Exército em tempo de paz. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8071.htm | L8071Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.071, DE 17 DE JULHO DE
1990.Dispõe sobre os efetivos do
Exército em tempo de paz.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º Caberá ao
Poder Executivo distribuir, anualmente, os efetivos de que tratam os § 1º e 2º do art.
1º daLei nº 7.150, de 1º de dezembro de 1983por postos e
graduações, nos diferentes quadros, armas e serviços e definir os que serão
preenchidos por militares de carreiras ou temporários.§ 1º Na aplicação do disposto neste
artigo, se vier a ocorrer, temporariamente, excesso de militares de determinado posto ou
graduação em quadro, arma, serviço ou qualificação militar, o efetivo desse posto ou
graduação será considerado provisório até que se ajuste ao novo efetivo distribuído.§ 2º Para efeito desta lei são
considerados militares temporários:a) os oficiais da reserva não remunerada,
quando convocados;b) os oficiais e praças de quadros
complementares admitidos ou incorporados por prazos limitados, na forma e condições
estabelecidas pelo Poder Executivo;c) as praças da reserva não remunerada,
quando convocadas ou reincluídas;d) as praças engajadas ou reengajadas por
prazo limitado;e) os incorporados para prestação do
Serviço Militar Inicial.Art. 2º A distribuição dos efetivos de
que trata o art. 1º desta lei é aplicável para fins de promoção.Art. 3º Oinciso
VII, do art. 8º, da Lei nº 7.150, de 1º de dezembro de 1983, passa a vigorar com a
seguinte redação:" Art8º
.......................................................................................................VII - os militares agregados de acordo com os arts. 81 e 82 da Lei nº 6.880, de 9 de
dezembro de 1980."Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação.Art. 5º Revogam-se oart. 7º e seu parágrafo único da Lei nº 7.150, de 1º de
dezembro de 1983, e demais disposições em contrário.Brasília, 17 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralCarlos Tinoco Ribeiro GomesEste texto não substitui
o publicado no D.O.U. de 18.7.1990* |
1,990 | 8.070, de 16.7.90 Publicada no DOU de 17.7.90 | Prorroga a vigência do I Plano Nacional de Informática e Automação - Planin. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8070.htm | L8070Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.070, DE 16 DE JULHO DE
1990.Prorroga a vigência do I Plano Nacional de Informática e Automação -
Planin.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:Art. 1º A vigência do I Plano Nacional de
Informática e Automação - Planin, fica prorrogada até 26 de novembro de 1990.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 16 de julho de 1990; 169º da
Independência e 102º da RepúblicaFERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 17.7.1990* |
1,990 | 8.069, de 13.7.90 Publicada no DOU de 16.7.90 | Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm | L8069Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.Texto
compiladoVigência(Vide Lei nº
14.950, de 2024)Vigência(Vide Lei nº
14.987, de 2024)VigênciaDispõe
sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA:Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:Título IDas Disposições PreliminaresArt. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes
à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a
fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei
aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento,
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição
econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que
diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.Título IIDos Direitos FundamentaisCapítulo IDo Direito à Vida e à SaúdeArt. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento
pré e perinatal.Art. 8º
É
assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da
mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal,
perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo
critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e
hierarquização do Sistema.§ 1º
O
atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a
acompanhou na fase pré-natal.§ 2º
Os
profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no
último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que
dele necessitem.§ 3º
Os
serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 4º
Incumbe ao poder
público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no
período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5º
A assistência
referida no § 4odeste artigo deverá ser também
prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus
filhos para adoção.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5º
A
assistência referida no § 4odeste artigo deverá ser prestada
também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de
liberdade.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 6º
A
gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência
durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 7º
A
gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação
complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o
desenvolvimento integral da criança.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 8º A
gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto
natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 9º
A
atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 10. Incumbe ao poder público
garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem
sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas
sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do
filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao
desenvolvimento integral da criança.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 11. A assistência
psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera deve ser indicada
após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e no puerpério,
com encaminhamento de acordo com o prognóstico.(Incluído pela Lei nº
14.721, de 2023)(Vigência)Art.
8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de
fevereiro, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas
preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da
gravidez na adolescência.(Incluído pela Lei nº
13.798, de 2019)Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto nocaputdeste artigo ficarão a cargo do poder público, em conjunto com
organizações da sociedade civil, e serão dirigidas prioritariamente ao público
adolescente.(Incluído pela Lei nº
13.798, de 2019)Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições
adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.§ 1º
Os
profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas,
individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação
de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação
complementar saudável, de forma contínua.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 2º
Os
serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de
leite humano ou unidade de coleta de leite humano.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes,
públicos e particulares, são obrigados a:I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais,
pelo prazo de dezoito anos;II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e
digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela
autoridade administrativa competente;III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações
quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar,
utilizando o corpo técnico já existente.(Incluído pela Lei nº
13.436, de 2017)(Vigência)VII – desenvolver
atividades de educação, de conscientização e de esclarecimentos a
respeito da saúde mental da mulher no período da gravidez e do
puerpério.(Incluído pela Lei nº
14.721, de 2023)(Vigência)§ 1º Os testes para
o rastreamento de doenças no recém-nascido serão disponibilizados pelo
Sistema Único de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Triagem
Neonatal (PNTN), na forma da regulamentação elaborada pelo Ministério da
Saúde, com implementação de forma escalonada, de acordo com a seguinte
ordem de progressão:(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaI – etapa 1:(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciaa) fenilcetonúria e
outras hiperfenilalaninemias;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciab) hipotireoidismo
congênito;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciac) doença falciforme
e outras hemoglobinopatias;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciad) fibrose cística;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciae) hiperplasia
adrenal congênita;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciaf) deficiência de
biotinidase;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciag) toxoplasmose
congênita;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaII – etapa 2:(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciaa) galactosemias;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciab) aminoacidopatias;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciac) distúrbios do
ciclo da ureia;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigênciad) distúrbios da
betaoxidação dos ácidos graxos;(Incluída pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaIII – etapa 3:
doenças lisossômicas;(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaIV – etapa 4:
imunodeficiências primárias;(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaV – etapa 5: atrofia
muscular espinhal.(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigência§ 2º A delimitação
de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho, no âmbito do PNTN,
será revisada periodicamente, com base em evidências científicas,
considerados os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do
tratamento precoce, priorizando as doenças com maior prevalência no
País, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado
no Sistema Único de Saúde.(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigência§ 3º O rol de
doenças constante do § 1º deste artigo poderá ser expandido pelo poder
público com base nos critérios estabelecidos no § 2º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)Vigência§ 4º Durante os
atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os profissionais de
saúde devem informar a gestante e os acompanhantes sobre a importância
do teste do pezinho e sobre as eventuais diferenças existentes entre as
modalidades oferecidas no Sistema Único de Saúde e na rede privada de
saúde.(Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)VigênciaArt. 11. É assegurado atendimento médico à
criança e ao adolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso
universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde.Art. 11. É assegurado atendimento integral à
saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde,
garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde.(Redação
dada pela Lei nº 11.185, de 2005)Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de
cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema
Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento
especializado.§ 1oA
criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou
segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os
medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou
reabilitação.§ 2oIncumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,
medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao
tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo
com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 3oOs
profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira
infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de
risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se
fizer necessário.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente.Art. 12. Os estabelecimentos de
atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança
ou adolescente.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.Art. 13. Os casos de suspeita ou
confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de
maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao
Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências
legais.(Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014)Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente
encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oAs
gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção
serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância
e da Juventude.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 2oOs
serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de
assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima
prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com
suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto
terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário,
acompanhamento domiciliar.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e
odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados
pelas autoridades sanitárias.§ 1oÉ
obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades
sanitárias.(Renumerado do parágrafo
único pela Lei nº 13.257, de 2016)§ 2oO
Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas
de cuidado direcionadas à mulher e à criança.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 3oA
atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada,
inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre
saúde bucal.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 4oA
criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo
Sistema Único de Saúde.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 5ºÉ obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros
dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a
finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da
criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico.(Incluído pela Lei nº
13.438, de 2017)(Vigência)Capítulo IIDo Direito à Liberdade, ao Respeito e à
DignidadeArt. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;II - opinião e expressão;III - crença e culto religioso;IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;VI - participar da vida política, na forma da lei;VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os
a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o
direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores
de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar
deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)Parágrafo único. Para os fins desta Lei,
considera-se:(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)I - castigo físico: ação de natureza
disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)a) sofrimento físico; ou(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)b) lesão;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)II - tratamento cruel ou degradante: conduta
ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)a) humilhe; ou(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)b) ameace gravemente; ou(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)c) ridicularize.(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)Art. 18-B. Os pais, os integrantes da
família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de
medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que
utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas,
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)I - encaminhamento a
programa oficial ou comunitário de proteção à família;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)II - encaminhamento a tratamento psicológico
ou psiquiátrico;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)III - encaminhamento a cursos ou programas de
orientação;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)IV - obrigação de encaminhar a criança a
tratamento especializado;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)V - advertência.(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)VI - garantia
de tratamento de saúde especializado à vítima.(Incluído pela Lei nº
14.344, de 2022)VigênciaParágrafo único. As medidas previstas neste
artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
providências legais.(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)Capítulo IIIDo Direito à Convivência Familiar e
ComunitáriaSeção IDisposições GeraisArt. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias
entorpecentes.Art. 19. É direito da criança e
do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente,
em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 1oToda criança ou
adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis)
meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório
elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de
forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas
no art. 28 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oToda
criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar
ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por
equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta,
em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.(Redação dada pela
Lei nº 13.509, de 2017)§ 2oA permanência da
criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se
prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oA permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária.(Redação dada pela
Lei nº 13.509, de 2017)§ 3oA manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família
terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que
será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do
parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e
dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oA manutenção ou a
reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em
relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1odo art. 23, dos incisos I e IV docaputdo art. 101 e dos
incisos I a IV docaputdo art. 129 desta Lei.(Redação dada pela
Lei nº 13.257, de 2016)§
4oSerá garantida a convivência da criança e do
adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas
periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento
institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)§ 5oSerá garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente
que estiver em acolhimento institucional.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 6oA mãe
adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 19-A. A gestante ou mãe
que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 1oA
gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância
e da Juventude, que apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando
inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2oDe
posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento
da gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde
e assistência social para atendimento especializado.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oA
busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art.
25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por
igual período.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oNa
hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro
representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade
judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar
a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a
adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou
institucional.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 5oApós o
nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai
registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o §
1odo art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 6o(VETADO).(Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)§ 6º Na hipótese de não
comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade
judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a criança será colocada sob a
guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 7oOs
detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de
adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 8oNa
hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a
equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança
será mantida com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da
Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 9oÉ
garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no
art. 48 desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)§ 10. (VETADO).(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 10. Serão cadastrados
para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias
no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 19-B. A criança e o
adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão
participar de programa de apadrinhamento.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 1oO
apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente
vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária
e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico,
cognitivo, educacional e financeiro.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2o(VETADO).(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2º Podem ser
padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas nos
cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oPessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar
para o seu desenvolvimento.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oO
perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de
cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes
com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 5oOs
programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da
Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da
sociedade civil.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 6oSe
ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e
pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade
judiciária competente.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão
os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.Art. 21. Opátrio poderpoder familiarserá exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela
mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito
de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a
solução da divergência.(Expressão
substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.Parágrafo único. A mãe
e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades
compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o
direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os
direitos da criança estabelecidos nesta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão dopátrio poderpoder familiar.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação
da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual
deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.§ 1oNão existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da
medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de
origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas
oficiais de auxílio.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014§ 1oNão
existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança
ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá
obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção,
apoio e promoção.(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)§ 2oA
condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do
poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso,
sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a
destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por
crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular
do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.(Redação dada pela Lei nº
13.715, de 2018)Art. 24. A perda e a suspensão dopátrio poderpoder familiarserão decretadas judicialmente,
em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil,
bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e
obrigações a que alude o art. 22.(Expressão substituída
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaSeção IIDa Família NaturalArt. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer
deles e seus descendentes.Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou
ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade
do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais,
conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe
ao falecimento, se deixar descendentes.Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo,
indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros,
sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.Seção IIIDa Família SubstitutaSubseção IDisposições GeraisArt. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou
adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos
desta Lei.§ 1º Sempre que possível, a criança ou adolescente deverá ser previamente ouvido e
a sua opinião devidamente considerada.§ 1oSempre que possível,
a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião
devidamente considerada.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a
relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as conseqüências
decorrentes da medida.§ 2oTratando-se de maior
de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido
em audiência.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 3oNa apreciação do
pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade
ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências
decorrentes da medida.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 4oOs grupos de irmãos
serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou
outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo
dos vínculos fraternais.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5oA colocação da
criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua
preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da
política municipal de garantia do direito à convivência familiar.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 6oEm se tratando de
criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade
remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - que sejam consideradas e respeitadas sua
identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como
suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaII - que a colocação familiar ocorra
prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma
etnia;(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIII - a intervenção e oitiva de
representantes do órgão federal responsável pela política indigenista,
no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante
a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o
caso.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por
qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente
familiar adequado.Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança
ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial.Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,
somente admissível na modalidade de adoção.Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo
nos autos.Subseção IIDa GuardaArt. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à
criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros,
inclusive aos pais.(Vide
Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar
ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para
todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.§ 4oSalvo expressa e fundamentada
determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de
criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 34. O poder público estimulará, através de assistência jurídica, incentivos
fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente
órfão ou abandonado.Art. 34. O poder público estimulará, por
meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado
do convívio familiar.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 1oA inclusão da criança
ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a
seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)§ 2oNa hipótese do § 1odeste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento
familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda,
observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§
3oA União apoiará a implementação de serviços de
acolhimento em família acolhedora como política pública, os quais
deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de
crianças e de adolescentes em residências de famílias selecionadas,
capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção.(Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)§
4oPoderão ser utilizados recursos federais,
estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços de
acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos
para a própria família acolhedora.(Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público.Subseção IIIDa TutelaArt. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até vinte e um
anos incompletos.Art. 36. A tutela será deferida, nos termos
da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaParágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda
ou suspensão dopátrio poderpoder familiare implica necessariamente o dever de guarda.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 37. A especialização de hipoteca legal será dispensada, sempre que o tutelado
não possuir bens ou rendimentos ou por qualquer outro motivo relevante.Parágrafo único. A especialização de hipoteca legal será também dispensada se os
bens, porventura existentes em nome do tutelado, constarem de instrumento público,
devidamente registrado no registro de imóveis, ou se os rendimentos forem suficientes
apenas para a mantença do tutelado, não havendo sobra significativa ou provável.Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou
qualquer documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único doart. 1.729 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002
- Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da
sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato,
observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaParágrafo único. Na apreciação do pedido,
serão observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei,
somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de
última vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao
tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de
assumi-la.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24.Subseção IVDa AdoçãoArt. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta
Lei.Parágrafo único. É vedada a adoção por procuração.§ 1oA adoção é medida
excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2oÉ vedada a adoção por procuração.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 3oEm caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras
pessoas, inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e
os interesses do adotando.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo
se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais.§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os
vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os
respectivos parentes.§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o
adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem
de vocação hereditária.Art. 42. Podem adotar os maiores de vinte e um anos, independentemente de estado civil.Art. 42. Podem adotar os maiores de 18
(dezoito) anos, independentemente do estado civil.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.§ 2º A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá ser formalizada, desde
que um deles tenha completado vinte e um anos de idade, comprovada a estabilidade da
família.§ 2oPara adoção conjunta,
é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham
união estável, comprovada a estabilidade da família.(Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009)Vigência§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.§ 4º Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar conjuntamente,
contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de
convivência tenha sido iniciado na constância da sociedade conjugal.§ 4oOs divorciados, os
judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade
e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a
excepcionalidade da concessão.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca
manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a
sentença.§ 5oNos casos do § 4odeste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será
assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto noart. 1.584 da
Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 6oA adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca
manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes
de prolatada a sentença.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e
fundar-se em motivos legítimos.Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do
adotando.§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos
pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos dopátrio poderpoder familiar.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também
necessário o seu consentimento.Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades
do caso.Art. 46. A adoção será
precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo
máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando não tiver mais
de um ano de idade ou se, qualquer que seja a sua idade, já estiver na companhia do
adotante durante tempo suficiente para se poder avaliar a conveniência da constituição
do vínculo.§ 1oO estágio de
convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela
ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja
possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2º Em caso de adoção por estrangeiro residente ou domiciliado fora do País, o
estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de no mínimo quinze
dias para crianças de até dois anos de idade, e de no mínimo trinta dias quando se
tratar de adotando acima de dois anos de idade.§ 2oA simples guarda de
fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
convivência.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2o-A. O prazo máximo
estabelecido nocaputdeste artigo pode ser prorrogado por até
igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oEm caso de adoção por
pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de
convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30
(trinta) dias(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 3oEm caso de adoção por
pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de
convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única
vez, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3o-A. Ao
final do prazo previsto no § 3odeste artigo, deverá ser
apresentado laudo fundamentado pela equipe mencionada no § 4odeste artigo, que recomendará ou não o deferimento da adoção à autoridade
judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oO estágio de
convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da
Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos
técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à
convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da
conveniência do deferimento da medida.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5oO estágio de
convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na
comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz,
em cidade limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência do
juízo da comarca de residência da criança.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita
no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de
seus ascendentes.§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do
adotado.§ 3º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do
registro.§ 3oA pedido do adotante,
o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do
Município de sua residência.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 4º A critério da autoridade judiciária, poderá ser fornecida certidão para a
salvaguarda de direitos.§ 4oNenhuma observação
sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido deste, poderá
determinar a modificação do prenome.§ 5oA sentença conferirá
ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá
determinar a modificação do prenome.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 6º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença,
exceto na hipótese prevista no art. 42, § 5º, caso em que terá força retroativa à
data do óbito.§ 6oCaso a modificação de
prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do
adotando, observado o disposto nos §§ 1oe 2odo art. 28 desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 7oA adoção produz seus
efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto
na hipótese prevista no § 6odo art. 42 desta Lei,
caso em que terá força retroativa à data do óbito.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 8oO processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão
mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por
outros meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer
tempo.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 9º Terão prioridade de
tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou
adolescente com deficiência ou com doença crônica.(Incluído pela Lei
nº 12.955, de 2014)§ 10. O prazo máximo
para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão
fundamentada da autoridade judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 48. A adoção é irrevogável.Art. 48. O adotado tem direito de conhecer
sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no
qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar
18 (dezoito) anos.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaParágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também
deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada
orientação e assistência jurídica e psicológica.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 49. A morte dos adotantes não restabelece opátrio poderpoder familiardos pais naturais.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um
registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas
interessadas na adoção.(Vide Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos
técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público.§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfizer os requisitos
legais, ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29.§ 3oA inscrição de
postulantes à adoção será precedida de um período de preparação
psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da
Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 4oSempre que possível e
recomendável, a preparação referida no § 3odeste
artigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento
familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser
realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis
pelo programa de acolhimento e pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5oSerão criados e
implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e adolescentes
em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à
adoção.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5º Serão criados e implementados cadastros estaduais, distrital e nacional
de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou
casais habilitados à adoção, que deverão obrigatoriamente ser consultados
pela autoridade judiciária em qualquer procedimento de adoção, ressalvadas
as hipóteses do § 13 deste artigo e as particularidades das crianças e
adolescentes indígenas ou provenientes de comunidade remanescente de
quilombo previstas no inciso II do § 6º do art. 28 desta Lei.(Redação dada pela Lei
nº 14.979, de 2024)§ 6oHaverá cadastros
distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente
serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados
nos cadastros mencionados no § 5odeste artigo.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 7oAs autoridades
estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral aos
cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua,
para melhoria do sistema.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 8oA autoridade
judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a
inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que
não tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou
casais que tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros
estadual e nacional referidos no § 5odeste artigo,
sob pena de responsabilidade.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 9oCompete à Autoridade
Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação dos
cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal
Brasileira.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 10. A adoção internacional somente será
deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados
à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na comarca,
bem como aos cadastros estadual e nacional referidos no § 5odeste artigo, não for encontrado interessado com residência permanente
no Brasil.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 10. Consultados os
cadastros e verificada a ausência de pretendentes habilitados residentes
no País com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção de
criança ou adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado
o encaminhamento da criança ou adolescente à adoção internacional.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou
casal interessado em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que
possível e recomendável, será colocado sob guarda de família cadastrada
em programa de acolhimento familiar.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 12. A alimentação do cadastro e a
convocação criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo
Ministério Público.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em
favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos
termos desta Lei quando:(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - se tratar de pedido de adoção
unilateral;(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaII - for formulada por parente com o qual a
criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIII - oriundo o pedido de quem detém a tutela
ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde
que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de
afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou
qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§
14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato
deverá comprovar, no curso do procedimento, que preenche os requisitos
necessários à adoção, conforme previsto nesta Lei.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a
pessoas interessadas em adotar criança ou adolescente com deficiência,
com doença crônica ou com necessidades específicas de saúde, além de
grupo de irmãos.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 51 Cuidando-se de pedido de adoção formulado por estrangeiro residente ou
domiciliado fora do País, observar-se-á o disposto no art. 31.Art. 51. Considera-se adoção internacional
aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado
fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de
29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em
Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo no1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada peloDecreto no3.087, de 21 de junho de 1999.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 51. Considera-se adoção internacional aquela
na qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das
Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada
peloDecreto no3.087,
de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 1º O candidato deverá comprovar, mediante documento expedido pela autoridade
competente do respectivo domicílio, estar devidamente habilitado à adoção, consoante
as leis do seu país, bem como apresentar estudo psicossocial elaborado por agência
especializada e credenciada no país de origem.§ 1oA adoção
internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no
Brasil somente terá lugar quando restar comprovado:(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - que a colocação em família substituta é a
solução adequada ao caso concreto;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI
- que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso
concreto;(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)II - que foram esgotadas todas as
possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família
substituta brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art.
50 desta Lei;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaII - que foram
esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente
em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos,
da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil
compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros
mencionados nesta Lei;(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)III - que, em se tratando de adoção de
adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de
desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante
parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos
§§ 1oe 2odo art. 28 desta Lei.(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento do Ministério Público,
poderá determinar a apresentação do texto pertinente à legislação estrangeira,
acompanhado de prova da respectiva vigência.§ 2oOs brasileiros
residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de
adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 3º Os documentos em língua estrangeira serão juntados aos autos, devidamente
autenticados pela autoridade consular, observados os tratados e convenções
internacionais, e acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público
juramentado.§ 3oA adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais
Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional.(Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 4º Antes de consumada a adoção não será permitida a saída do adotando do
território nacional.(Revogado pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 52. A adoção internacional poderá ser condicionada a estudo prévio e análise
de uma comissão estadual judiciária de adoção, que fornecerá o respectivo laudo de
habilitação para instruir o processo competente.Parágrafo único. Competirá à comissão manter registro centralizado de interessados
estrangeiros em adoção.Art. 52. A adoção internacional observará o
procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes
adaptações:(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - a pessoa ou casal estrangeiro,
interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá formular
pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria
de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde
está situada sua residência habitual;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaII - se a Autoridade Central do país de
acolhida considerar que os solicitantes estão habilitados e aptos para
adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a
identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para
adotar, sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os
motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção
internacional;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIII - a Autoridade Central do país de
acolhida enviará o relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia
para a Autoridade Central Federal Brasileira;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIV - o relatório será instruído com toda a
documentação necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por
equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da legislação
pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaV - os documentos em língua estrangeira serão
devidamente autenticados pela autoridade consular, observados os
tratados e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva
tradução, por tradutor público juramentado;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaVI - a Autoridade Central Estadual poderá
fazer exigências e solicitar complementação sobre o estudo psicossocial
do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de acolhida;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaVII - verificada, após estudo realizado pela
Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira
com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à medida
dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento,
tanto à luz do que dispõe esta Lei como da legislação do país de
acolhida, será expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que
terá validade por, no máximo, 1 (um) ano;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaVIII - de posse do laudo de habilitação, o
interessado será autorizado a formalizar pedido de adoção perante o
Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança
ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade Central
Estadual.(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 1oSe a legislação do
país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de
habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos
credenciados.(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2oIncumbe à Autoridade
Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos nacionais e
estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção
internacional, com posterior comunicação às Autoridades Centrais
Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio
próprio da internet.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 3oSomente será
admissível o credenciamento de organismos que:(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - sejam oriundos de países que ratificaram
a Convenção de Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade
Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida do
adotando para atuar em adoção internacional no Brasil;(Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaII - satisfizerem as condições de integridade
moral, competência profissional, experiência e responsabilidade exigidas
pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIII - forem qualificados por seus padrões
éticos e sua formação e experiência para atuar na área de adoção
internacional;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIV - cumprirem os requisitos exigidos pelo
ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela
Autoridade Central Federal Brasileira.(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 4oOs organismos
credenciados deverão ainda:(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaI - perseguir unicamente fins não lucrativos,
nas condições e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes
do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela Autoridade
Central Federal Brasileira;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaII - ser dirigidos e administrados por
pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada
formação ou experiência para atuar na área de adoção internacional,
cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela
Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicação de portaria
do órgão federal competente;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIII - estar submetidos à supervisão das
autoridades competentes do país onde estiverem sediados e no país de
acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e situação
financeira;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaIV - apresentar à Autoridade Central Federal
Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas,
bem como relatório de acompanhamento das adoções internacionais
efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de
Polícia Federal;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaV - enviar relatório pós-adotivo semestral
para a Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central
Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do
relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do registro
civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida para o adotado;(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaVI - tomar as medidas necessárias para
garantir que os adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal
Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento estrangeira e do
certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos.(Incluída
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 5oA não apresentação
dos relatórios referidos no § 4odeste artigo pelo
organismo credenciado poderá acarretar a suspensão de seu
credenciamento.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 6oO credenciamento de
organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de
adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 7oA renovação do
credenciamento poderá ser concedida mediante requerimento protocolado na
Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores
ao término do respectivo prazo de validade.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 8oAntes de transitada
em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será
permitida a saída do adotando do território nacional.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 9oTransitada em julgado
a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de alvará com
autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente adotado,
como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como
foto recente e a aposição da impressão digital do seu polegar direito,
instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e certidão de
trânsito em julgado.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 10. A Autoridade Central Federal
Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a
situação das crianças e adolescentes adotados(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 11. A cobrança de valores por parte dos
organismos credenciados, que sejam considerados abusivos pela Autoridade
Central Federal Brasileira e que não estejam devidamente comprovados, é
causa de seu descredenciamento.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não
podem ser representados por mais de uma entidade credenciada para atuar
na cooperação em adoção internacional.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 13. A habilitação de postulante
estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um)
ano, podendo ser renovada.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 14. É vedado o contato direto de
representantes de organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com
dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim
como com crianças e adolescentes em condições de serem adotados, sem a
devida autorização judicial.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira
poderá limitar ou suspender a concessão de novos credenciamentos sempre
que julgar necessário, mediante ato administrativo fundamentado.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 52-A.É vedado, sob pena de responsabilidade e
descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de organismos
estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção internacional
a organismos nacionais ou a pessoas físicas.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaParágrafo único. Eventuais repasses somente
poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de Direitos da
Criança e do Adolescente(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 52-B. A adoção por brasileiro
residente no exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo
processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a
legislação vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea
“c” do Artigo 17 da referida Convenção, será automaticamente
recepcionada com o reingresso no Brasil.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 1oCaso não tenha sido
atendido o disposto na Alínea “c”do Artigo 17 da Convenção de
Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de
Justiça.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2oO pretendente
brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção de
Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da
sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 52-C. Nas adoções internacionais,
quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da autoridade
competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida
pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de
habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade
Central Federal e determinará as providências necessárias à expedição do
Certificado de Naturalização Provisório.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 1oA Autoridade Central
Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de reconhecer os
efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao interesse
superior da criança ou do adolescente.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de
2009)Vigência§ 2oNa hipótese de não
reconhecimento da adoção, prevista no § 1odeste
artigo, o Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de
direito para resguardar os interesses da criança ou do adolescente,
comunicando-se as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade
Central do país de origem.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaArt. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país
de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país de origem porque
a sua legislação a delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese
de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país
que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
as regras da adoção nacional.(Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaCapítulo IVDo Direito à Educação, à Cultura, ao
Esporte e ao LazerArt. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - direito de ser respeitado por seus educadores;III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.V -
acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência,
garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem
a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.(Redação dada pela Lei nº
13.845, de 2019)Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.Art. 53-A. É
dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de
estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização,
prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.(Incluído pela
Lei nº 13.840, de 2019)Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças
de zero a cinco anos de idade;(Redação dada pela Lei nº
13.306, de 2016)V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador;VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta
irregular importa responsabilidade da autoridade competente.§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou
pupilos na rede regular de ensino.Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de:I - maus-tratos envolvendo seus alunos;II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;III - elevados níveis de repetência.Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas
relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental
obrigatório.Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a
estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão
a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer
voltadas para a infância e a juventude.Art. 59-A. As instituições sociais públicas ou
privadas que desenvolvam atividades com crianças e adolescentes e
que recebam recursos públicos deverão exigir e manter certidões de
antecedentes criminais de todos os seus colaboradores, as quais
deverão ser atualizadas a cada 6 (seis) meses.(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)Parágrafo único. Os estabelecimentos educacionais e similares,
públicos ou privados, que desenvolvem atividades com crianças e
adolescentes, independentemente de recebimento de recursos públicos,
deverão manter fichas cadastrais e certidões de antecedentes
criminais atualizadas de todos os seus colaboradores.(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)Capítulo VDo Direito à Profissionalização e à
Proteção no TrabalhoArt. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.(Vide Constituição Federal)Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação
especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;III - horário especial para o exercício das atividades.Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de
aprendizagem.Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de
escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia
seguinte;II - perigoso, insalubre ou penoso;III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social;IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob
responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos,
deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o
exercício de atividade regular remunerada.§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em
que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando
prevalecem sobre o aspecto produtivo.§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a
participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,
observados os seguintes aspectos, entre outros:I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.Título IIIDa PrevençãoCapítulo IDisposições GeraisArt. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos
da criança e do adolescente.Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas
não violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como
principais ações:(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)I - a promoção de campanhas educativas
permanentes para a divulgação do direito da criança e do adolescente de
serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento
cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)II - a integração com os órgãos do Poder
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, com o
Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e com as entidades não governamentais que atuam na promoção,
proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)III - a formação continuada e a capacitação
dos profissionais de saúde, educação e assistência social e dos demais
agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança
e do adolescente para o desenvolvimento das competências necessárias à
prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao
enfrentamento de todas as formas de violência contra a criança e o
adolescente;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)IV - o apoio e o incentivo às práticas de
resolução pacífica de conflitos que envolvam violência contra a criança
e o adolescente;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)V - a inclusão, nas políticas públicas, de
ações que visem a garantir os direitos da criança e do adolescente,
desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis
com o objetivo de promover a informação, a reflexão, o debate e a
orientação sobre alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento
cruel ou degradante no processo educativo;(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)VI - a promoção de espaços intersetoriais
locais para a articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
conjunta focados nas famílias em situação de violência, com participação
de profissionais de saúde, de assistência social e de educação e de
órgãos de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do
adolescente.(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)VII - a
promoção de estudos e pesquisas, de estatísticas e de outras
informações relevantes às consequências e à frequência das formas de
violência contra a criança e o adolescente para a sistematização de
dados nacionalmente unificados e a avaliação periódica dos
resultados das medidas adotadas;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaVIII - o
respeito aos valores da dignidade da pessoa humana, de forma a
coibir a violência, o tratamento cruel ou degradante e as formas
violentas de educação, correção ou disciplina;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaIX - a
promoção e a realização de campanhas educativas direcionadas ao
público escolar e à sociedade em geral e a difusão desta Lei e dos
instrumentos de proteção aos direitos humanos das crianças e dos
adolescentes, incluídos os canais de denúncia existentes;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaX - a
celebração de convênios, de protocolos, de ajustes, de termos e de
outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos
governamentais ou entre estes e entidades não governamentais, com o
objetivo de implementar programas de erradicação da violência, de
tratamento cruel ou degradante e de formas violentas de educação,
correção ou disciplina;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXI - a
capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda
Municipal, do Corpo de Bombeiros, dos profissionais nas escolas, dos
Conselhos Tutelares e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às
áreas referidos no inciso II destecaput, para que
identifiquem situações em que crianças e adolescentes vivenciam
violência e agressões no âmbito familiar ou institucional;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXII - a
promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de
irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana, bem como de
programas de fortalecimento da parentalidade positiva, da educação
sem castigos físicos e de ações de prevenção e enfrentamento da
violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXIII - o
destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, dos
conteúdos relativos à prevenção, à identificação e à resposta à
violência doméstica e familiar.(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaParágrafo único. As famílias com crianças e
adolescentes com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
políticas públicas de prevenção e proteção.(Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)Art. 70-B.
As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas a que se refere o art.
71, dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a
reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos
praticados contra crianças e adolescentes.(Incluído pela Lei
nº 13.046, de 2014)Art. 70-B.
As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas da saúde e da
educação, além daquelas às quais se refere o art. 71 desta Lei,
entre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas
a reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de
crimes praticados contra a criança e o adolescente.(Redação dada pela Lei
nº 14.344, de 2022)VigênciaParágrafo único. São igualmente
responsáveis pela comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas,
por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação, do
cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma
deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.(Incluído pela Lei
nº 13.046, de 2014)Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer,
esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento.Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção especial
outras decorrentes dos princípios por ela adotados.Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade da
pessoa física ou jurídica, nos termos desta Lei.Capítulo IIDa Prevenção EspecialSeção IDa informação, Cultura, Lazer, Esportes,
Diversões e EspetáculosArt. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e
espetáculos públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não
se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão
afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição,
informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no
certificado de classificação.Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos
públicos classificados como adequados à sua faixa etária.Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou
responsável.Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado
para o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas,
culturais e informativas.Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que
explorem a venda ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não
haja venda ou locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão
competente.Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro,
informação sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a
crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a
advertência de seu conteúdo.Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não
poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas
alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais
da pessoa e da família.Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar,
sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda
que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de
crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público.Seção IIDos Produtos e ServiçosArt. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:I - armas, munições e explosivos;II - bebidas alcoólicas;III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda
que por utilização indevida;IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial
sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;V - revistas e publicações a que alude o art. 78;VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão
ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou
responsável.Seção IIIDa Autorização para ViajarArt. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá
viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos
responsáveis sem expressa autorização judicial.(Redação dada pela Lei nº
13.812, de 2019)§ 1º A autorização não será exigida quando:a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;a)
tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor
de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma
região metropolitana;(Redação dada pela Lei nº
13.812, de 2019)b) a criança estiver acompanhada:b) a
criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado:(Redação dada pela Lei nº
13.812, de 2019)1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o
parentesco;2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder
autorização válida por dois anos.Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a
criança ou adolescente:I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através
de documento com firma reconhecida.Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente
nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
residente ou domiciliado no exterior.Parte EspecialTítulo IDa Política de AtendimentoCapítulo IDisposições GeraisArt. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á
através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:I - políticas sociais básicas;II - políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles
que deles necessitemII - serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e redução de
violações de direitos, seus agravamentos ou reincidências;(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e
adolescentes desaparecidos;V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do
adolescente.VI - políticas e programas destinados a
prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a
garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de
crianças e adolescentes;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de
crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à adoção,
especificamente inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes,
com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de
irmãos.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. A linha de ação da política de
atendimento a que se refere o inciso IV docaputdeste artigo será
executada em cooperação com o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas,
criado pelaLei nº 13.812, de 16 de março de 2019,
com o Cadastro Nacional deCriançase Adolescentes Desaparecidos, criado pelaLei nº 12.127, de 17
de dezembro de 2009, e com os demais cadastros, sejam eles nacionais,
estaduais ou municipais.(Incluído pela Lei nº
14.548, de 2023)Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:I - municipalização do atendimento;II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e
do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis,
assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas,
segundo leis federal, estaduais e municipais;III - criação e manutenção de programas específicos, observada a
descentralização político-administrativa;IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos
conselhos dos direitos da criança e do adolescente;V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público,
Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo
local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua
autoria de ato infracional;VI - mobilização da opinião pública no sentido da indispensável participação dos
diversos segmentos da sociedade.VI - integração operacional de órgãos do
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência
social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de
adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou
institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem
ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28
desta Lei;(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)VigênciaVII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação
dos diversos segmentos da sociedade.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVIII - especialização e
formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da
atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da
criança e sobre desenvolvimento infantil;(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)IX - formação profissional com
abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a
intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu
desenvolvimento integral;(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)X - realização e divulgação de
pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e
municipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público
relevante e não será remunerada.Capítulo IIDas Entidades de AtendimentoSeção IDisposições GeraisArt. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e
sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:(Vide)I - orientação e apoio sócio-familiar;II - apoio sócio-educativo em meio aberto;III - colocação familiar;IV - abrigo;IV - acolhimento institucional;(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaV - liberdade assistida;V - prestação de serviços à comunidade;(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)VI - semi-liberdade;VI - liberdade assistida;(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)VII - internação.VII - semiliberdade; e(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)VIII - internação.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais deverão proceder
à inscrição de seus programas, especificando os regimes de atendimento, na forma
definida neste artigo, junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que
fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.§ 1oAs entidades
governamentais e não governamentais deverão proceder à inscrição de seus
programas, especificando os regimes de atendimento, na forma definida
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas
alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade
judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oOs recursos destinados
à implementação e manutenção dos programas relacionados neste artigo
serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos
encarregados das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre
outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à criança e ao
adolescente preconizado pelo caput doart. 227 da Constituição Federale
pelo caput e parágrafo único do art. 4odesta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oOs programas em
execução serão reavaliados pelo Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos,
constituindo-se critérios para renovação da autorização de
funcionamento:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - o efetivo respeito às regras e princípios
desta Lei, bem como às resoluções relativas à modalidade de atendimento
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - a qualidade e eficiência do trabalho
desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e
pela Justiça da Infância e da Juventude;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - em se tratando de programas de acolhimento institucional ou
familiar, serão considerados os índices de sucesso na reintegração
familiar ou de adaptação à família substituta, conforme o caso.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 91. As entidades não-governamentais somente poderão funcionar depois de
registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva
localidade.Parágrafo único. Será negado o registro à entidade que:§ 1oSerá negado o
registro à entidade que:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigênciaa) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade,
higiene, salubridade e segurança;b) não apresente plano de trabalho compatível com os princípios desta Lei;c) esteja irregularmente constituída;d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.e) não se adequar ou deixar de cumprir as
resoluções e deliberações relativas à modalidade de atendimento prestado
expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, em
todos os níveis.(Incluída
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oO registro terá
validade máxima de 4 (quatro) anos, cabendo ao Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o
cabimento de sua renovação, observado o disposto no § 1odeste artigo.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 92. As entidades que desenvolvam programas de abrigo deverão adotar os seguintes
princípios:Art. 92. As entidades que desenvolvam
programas de acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
seguintes princípios:(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - preservação dos vínculos familiares;I - preservação dos vínculos familiares e
promoção da reintegração familiar;(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - integração em família substituta, quando
esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa;(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção
na família de origem;III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;V - não desmembramento de grupos de irmãos;VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças
e adolescentes abrigados;VII - participação na vida da comunidade local;VIII - preparação gradativa para o desligamento;IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.Parágrafo único. O dirigente de entidade de abrigo e equiparado ao guardião, para
todos os efeitos de direito.§ 1oO dirigente de
entidade que desenvolve programa de acolhimento institucional é
equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oOs dirigentes de
entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou
institucional remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6
(seis) meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada
criança ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação
prevista no § 1odo art. 19 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oOs entes federados,
por intermédio dos Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
conjuntamente a permanente qualificação dos profissionais que atuam
direta ou indiretamente em programas de acolhimento institucional e
destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, incluindo
membros do Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4oSalvo determinação em
contrário da autoridade judiciária competente, as entidades que
desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional, se
necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de assistência
social, estimularão o contato da criança ou adolescente com seus pais e
parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do caput deste
artigo.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5oAs entidades que
desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional somente
poderão receber recursos públicos se comprovado o atendimento dos
princípios, exigências e finalidades desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 6oO descumprimento das disposições desta Lei pelo dirigente de entidade
que desenvolva programas de acolhimento familiar ou institucional é
causa de sua destituição, sem prejuízo da apuração de sua
responsabilidade administrativa, civil e criminal.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 7oQuando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos em acolhimento
institucional, dar-se-á especial atenção à atuação de educadores de
referência estáveis e qualitativamente significativos, às rotinas
específicas e ao atendimento das necessidades básicas, incluindo as de
afeto como prioritárias.(Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)Art. 93. As entidades que mantenham programas de abrigo poderão, em caráter
excepcional e de urgência, abrigar crianças e adolescentes sem prévia determinação da
autoridade competente, fazendo comunicação do fato até o 2º dia útil imediato.Art. 93. As entidades que mantenham
programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da
autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e
quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de
responsabilidade.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Recebida a comunicação, a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas necessárias para
promover a imediata reintegração familiar da criança ou do adolescente
ou, se por qualquer razão não for isso possível ou recomendável, para
seu encaminhamento a programa de acolhimento familiar, institucional ou
a família substituta, observado o disposto no § 2odo
art. 101 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes
obrigações, entre outras:I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes;II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na
decisão de internação;III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos;IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos vínculos
familiares;VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em que se mostre
inviável ou impossível o reatamento dos vínculos familiares;VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade,
higiene, salubridade e segurança e os objetos necessários à higiene pessoal;VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa etária dos
adolescentes atendidos;IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos;X - propiciar escolarização e profissionalização;XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas
crenças;XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo de seis meses, dando
ciência dos resultados à autoridade competente;XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situação processual;XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos de adolescentes portadores
de moléstias infecto-contagiosas;XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos adolescentes;XVIII - manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de egressos;XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que
não os tiverem;XX - manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento,
nome do adolescente, seus pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
acompanhamento da sua formação, relação de seus pertences e demais dados que
possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento.§ 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes deste artigo às entidades
que mantêm programa de abrigo.§ 1oAplicam-se, no que
couber, as obrigações constantes deste artigo às entidades que mantêm
programas de acolhimento institucional e familiar.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo as entidades utilizarão
preferencialmente os recursos da comunidade.Art. 94-A.
As entidades, públicas ou privadas, que abriguem ou recepcionem crianças e
adolescentes, ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus quadros,
profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar suspeitas
ou ocorrências de maus-tratos.(Incluído pela Lei
nº 13.046, de 2014)Seção IIDa Fiscalização das EntidadesArt. 95. As entidades governamentais e não-governamentais referidas no art. 90 serão
fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas serão apresentados ao
estado ou ao município, conforme a origem das dotações orçamentárias.Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem
obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de
seus dirigentes ou prepostos:I - às entidades governamentais:a) advertência;b) afastamento provisório de seus dirigentes;c) afastamento definitivo de seus dirigentes;d) fechamento de unidade ou interdição de programa.II - às entidades não-governamentais:a) advertência;b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;c) interdição de unidades ou suspensão de programa;d) cassação do registro.Parágrafo único. Em caso de reiteradas infrações cometidas por entidades de
atendimento, que coloquem em risco os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato
comunicado ao Ministério Público ou representado perante autoridade judiciária
competente para as providências cabíveis, inclusive suspensão das atividades ou
dissolução da entidade.§ 1oEm caso de reiteradas
infrações cometidas por entidades de atendimento, que coloquem em risco
os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao
Ministério Público ou representado perante autoridade judiciária
competente para as providências cabíveis, inclusive suspensão das
atividades ou dissolução da entidade.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oAs pessoas jurídicas de direito público e as organizações não
governamentais responderão pelos danos que seus agentes causarem às
crianças e aos adolescentes, caracterizado o descumprimento dos
princípios norteadores das atividades de proteção específica.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaTítulo IIDas Medidas de ProteçãoCapítulo IDisposições GeraisArt. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre
que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;III - em razão de sua conduta.Capítulo IIDas Medidas Específicas de ProteçãoArt. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades
pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e
comunitários.Parágrafo único. São também princípios que
regem a aplicação das medidas:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - condição da criança e do adolescente como
sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos
direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
Federal;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - proteção integral e prioritária: a
interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei
deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que
crianças e adolescentes são titulares;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - responsabilidade primária e solidária
do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças
e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos
casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária
e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da
municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de
programas por entidades não governamentais;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIV - interesse superior da criança e do
adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses
e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que
for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos
interesses presentes no caso concreto;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaV - privacidade: a promoção dos direitos e
proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVI - intervenção precoce: a intervenção das
autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo
seja conhecida;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVII - intervenção mínima: a intervenção deve
ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação
seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
criança e do adolescente;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVIII - proporcionalidade e atualidade: a
intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que
a criança ou o adolescente se encontram no momento em que a decisão é
tomada;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIX - responsabilidade parental: a intervenção
deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a
criança e o adolescente;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaX - prevalência da família: na promoção de
direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família
natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua
integração em família substituta;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaX - prevalência da família: na promoção
de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família
natural ou extensa ou, se isso não for possível, que promovam a sua
integração em família adotiva;(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)XI - obrigatoriedade da informação: a criança
e o adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade
de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados dos seus
direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como
esta se processa;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaXII - oitiva obrigatória e participação: a
criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou
responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na
definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua
opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária competente,
observado o disposto nos §§ 1oe 2odo art. 28 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança
e ao adolescente;IV - inclusão em serviços e
programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
criança e do adolescente;(Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial;VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;VII - abrigo em entidade;VII - acolhimento institucional;(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVIII - colocação em família substituta.VIII - inclusão em programa de acolhimento
familiar;(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIX - colocação em família substituta.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma
de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de
liberdade.§ 1oO acolhimento
institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e
excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração
familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família
substituta, não implicando privação de liberdade.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oSem prejuízo da
tomada de medidas emergenciais para proteção de vítimas de violência ou
abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 desta Lei, o
afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se garanta aos
pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla
defesa.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oCrianças e
adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que
executam programas de acolhimento institucional, governamentais ou não,
por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade
judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - sua identificação e a qualificação
completa de seus pais ou de seu responsável, se conhecidos;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - o endereço de residência dos pais ou do
responsável, com pontos de referência;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - os nomes de parentes ou de terceiros
interessados em tê-los sob sua guarda;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIV - os motivos da retirada ou da não
reintegração ao convívio familiar.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4oImediatamente após o
acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo
programa de acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano
individual de atendimento, visando à reintegração familiar, ressalvada a
existência de ordem escrita e fundamentada em contrário de autoridade
judiciária competente, caso em que também deverá contemplar sua
colocação em família substituta, observadas as regras e princípios desta
Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5oO plano individual
será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo
programa de atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou
do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 6oConstarão do plano
individual, dentre outros:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - os resultados da avaliação
interdisciplinar;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - os compromissos assumidos pelos pais ou
responsável; e(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - a previsão das atividades a serem
desenvolvidas com a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja esta
vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as
providências a serem tomadas para sua colocação em família substituta,
sob direta supervisão da autoridade judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 7oO acolhimento
familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência
dos pais ou do responsável e, como parte do processo de reintegração
familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de origem
será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de
promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança
ou com o adolescente acolhido.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 8oVerificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo
programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata
comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério
Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 9oEm sendo constatada a
impossibilidade de reintegração da criança ou do adolescente à família
de origem, após seu encaminhamento a programas oficiais ou comunitários
de orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a descrição
pormenorizada das providências tomadas e a expressa recomendação,
subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela execução da
política municipal de garantia do direito à convivência familiar, para a
destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 10. Recebido o relatório, o Ministério
Público terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a ação de
destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a realização
de estudos complementares ou outras providências que entender
indispensáveis ao ajuizamento da demanda.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 10. Recebido o
relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o
ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo se entender
necessária a realização de estudos complementares ou de outras
providências indispensáveis ao ajuizamento da demanda.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 11. A
autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um
cadastro contendo informações atualizadas sobre as crianças e
adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional sob sua
responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre a situação
jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para sua
reintegração familiar ou colocação em família substituta, em qualquer
das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§
12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho
Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos Municipais
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social, aos
quais incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas que
permitam reduzir o número de crianças e adolescentes afastados do
convívio familiar e abreviar o período de permanência em programa de
acolhimento.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão acompanhadas da
regularização do registro civil.(Vide Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da
criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante
requisição da autoridade judiciária.§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de que trata este
artigo são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.§ 3oCaso ainda não
definida a paternidade, será deflagrado procedimento específico
destinado à sua averiguação, conforme previsto pela Lei no8.560, de 29 de dezembro de 1992.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4oNas hipóteses
previstas no § 3odeste artigo, é dispensável o
ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério
Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em
assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
adoção.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§
5oOs registros e certidões necessários à inclusão, a
qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento são isentos de
multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.(Incluído dada pela
Lei nº 13.257, de 2016)§ 6oSão gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida do reconhecimento de
paternidade no assento de nascimento e a certidão correspondente.(Incluído dada pela Lei nº
13.257, de 2016)Título IIIDa Prática de Ato InfracionalCapítulo IDisposições GeraisArt. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção
penal.Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às
medidas previstas nesta Lei.Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas
previstas no art. 101.Capítulo IIDos Direitos IndividuaisArt. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela
sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido
serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do
apreendido ou à pessoa por ele indicada.Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a
possibilidade de liberação imediata.Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo
de quarenta e cinco dias.Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios
suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação
compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de
confrontação, havendo dúvida fundada.Capítulo IIIDas Garantias ProcessuaisArt. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo
legal.Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação
ou meio equivalente;II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;III - defesa técnica por advogado;IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.Capítulo IVDas Medidas Sócio-EducativasSeção IDisposições GeraisArt. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá
aplicar ao adolescente as seguintes medidas:I - advertência;II - obrigação de reparar o dano;III - prestação de serviços à comunidade;IV - liberdade assistida;V - inserção em regime de semi-liberdade;VI - internação em estabelecimento educacional;VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la,
as circunstâncias e a gravidade da infração.§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de
trabalho forçado.§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão
tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100.Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da
materialidade e indícios suficientes da autoria.Seção IIDa AdvertênciaArt. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a
termo e assinada.Seção IIIDa Obrigação de Reparar o DanoArt. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade
poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída
por outra adequada.Seção IVDa Prestação de Serviços à ComunidadeArt. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas
gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em
programas comunitários ou governamentais.Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente,
devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola
ou à jornada normal de trabalho.Seção VDa Liberdade AssistidaArt. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá
ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente,
a realização dos seguintes encargos, entre outros:I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e
inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e
assistência social;II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula;III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção
no mercado de trabalho;IV - apresentar relatório do caso.Seção VIDo Regime de Semi-liberdadeArt. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como
forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades
externas, independentemente de autorização judicial.§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre
que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as
disposições relativas à internação.Seção VIIDa InternaçãoArt. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe
técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser
reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser
liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização
judicial, ouvido o Ministério Público.§ 7oA determinação
judicial mencionada no § 1opoderá ser revista a
qualquer tempo pela autoridade judiciária.(Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a
pessoa;II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser
superior a três meses.§ 1oO prazo de internação
na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3
(três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo
legal.(Redação dada pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida
adequada.Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes,
em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão
obrigatórias atividades pedagógicas.Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os
seguintes:I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;III - avistar-se reservadamente com seu defensor;IV - ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;V - ser tratado com respeito e dignidade;VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de
seus pais ou responsável;VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;XI - receber escolarização e profissionalização;XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o
deseje;XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los,
recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade;XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à
vida em sociedade.§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive
de pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade
aos interesses do adolescente.Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos,
cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.Capítulo VDa RemissãoArt. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional,
o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de
exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao
contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor
participação no ato infracional.Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade
judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da
responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente
a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de
semi-liberdade e a internação.Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente,
a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal,
ou do Ministério Público.Título IVDas Medidas Pertinentes aos Pais ou
ResponsávelArt. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;I - encaminhamento a serviços
e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família;(Redação dada dada pela Lei
nº 13.257, de 2016)II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar;VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;VII - advertência;VIII - perda da guarda;IX - destituição da tutela;X - suspensão ou destituição dopátrio poderpoder familiar.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste
artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos
pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida
cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum.Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda,
a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente
dependentes do agressor.(Incluído
pela Lei nº 12.415, de 2011)Título VDo Conselho TutelarCapítulo IDisposições GeraisArt. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei.Art. 132. Em cada Município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto
de cinco membros, eleitos pelos cidadãos locais para mandato de três anos, permitida uma
reeleição.Art. 132. Em cada Município haverá, no mínimo, um Conselho
Tutelar composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de três
anos, permitida uma recondução.(Redação dada pela Lei nº
8.242, de 12.10.1991)Art. 132. Em cada
Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo,
1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.(Redação dada pela Lei nº 12.696,
de 2012)Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da
administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela
população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos
processos de escolha.(Redação dada pela Lei nº
13.824, de 2019)Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
requisitos:I - reconhecida idoneidade moral;II - idade superior a vinte e um anos;III - residir no município.Art. 134. Lei municipal disporá sobre local, dia e horário de funcionamento do
Conselho Tutelar, inclusive quanto a eventual remuneração de seus membros.Art. 134. Lei municipal
ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do
Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros,
aos quais é assegurado o direito a:(Redação dada pela Lei nº
12.696, de 2012)I - cobertura previdenciária;(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas
de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal;(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)III - licença-maternidade;(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)IV - licença-paternidade;(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)V - gratificação natalina.(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal previsão dos recursos
necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar.Parágrafo único. Constará da lei
orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos
necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação
continuada dos conselheiros tutelares.(Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço
público relevante, estabelecerá presunção de idoneidade moral e assegurará prisão
especial, em caso de crime comum, até o julgamento definitivo.Art. 135. O exercício
efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e
estabelecerá presunção de idoneidade moral.(Redação dada pela Lei nº 12.696,
de 2012)Capítulo IIDas Atribuições do ConselhoArt. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105,
aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social,
previdência, trabalho e segurança;b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento
injustificado de suas deliberações.IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as
previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;VII - expedir notificações;VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente
quando necessário;IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos
previstos noart. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou
suspensão do pátrio poder.XI - representar ao Ministério Público para
efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas
as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à
família natural.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaXII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais,
ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de
maus-tratos em crianças e adolescentes.(Incluído pela Lei
nº 13.046, de 2014)XIII -
adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas
direcionadas à identificação da agressão, à agilidade no atendimento
da criança e do adolescente vítima de violência doméstica e familiar
e à responsabilização do agressor;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXIV - atender
à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência
doméstica e familiar, ou submetido a tratamento cruel ou degradante
ou a formas violentas de educação, correção ou disciplina, a seus
familiares e a testemunhas, de forma a prover orientação e
aconselhamento acerca de seus direitos e dos encaminhamentos
necessários;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXV -
representar à autoridade judicial ou policial para requerer o
afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de
convivência com a vítima nos casos de violência doméstica e familiar
contra a criança e o adolescente;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXVI -
representar à autoridade judicial para requerer a concessão de
medida protetiva de urgência à criança ou ao adolescente vítima ou
testemunha de violência doméstica e familiar, bem como a revisão
daquelas já concedidas;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXVII -
representar ao Ministério Público para requerer a propositura de
ação cautelar de antecipação de produção de prova nas causas que
envolvam violência contra a criança e o adolescente;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXVIII - tomar
as providências cabíveis, na esfera de sua competência, ao receber
comunicação da ocorrência de ação ou omissão, praticada em local
público ou privado, que constitua violência doméstica e familiar
contra a criança e o adolescente;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXIX - receber
e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por
noticiantes ou denunciantes relativas à prática de violência, ao uso
de tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas de
educação, correção ou disciplina contra a criança e o adolescente;(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaXX -
representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público para
requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante de
informações de crimes que envolvam violência doméstica e familiar
contra a criança e o adolescente.(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaParágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho
Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar,
comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências
tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela
autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.Capítulo IIIDa CompetênciaArt. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147.Capítulo IVDa Escolha dos ConselheirosArt. 139. O processo eleitoral para a escolha dos membros do Conselho Tutelar
será estabelecido em Lei Municipal e realizado sob a presidência de Juiz eleitoral e a
fiscalização do Ministério Público.Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho
Tutelar será estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério
Público.(Redação dada pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)§ 1oO processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do
ano subsequente ao da eleição presidencial.(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)§ 2oA posse dos conselheiros
tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de
escolha.(Incluído
pela Lei nº 12.696, de 2012)§ 3oNo processo de
escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de
qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor.(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)Capítulo VDos ImpedimentosArt. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em
relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com
atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional
ou distrital.Título VIDo Acesso à JustiçaCapítulo IDisposições GeraisArt. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública,
ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem,
através de defensor público ou advogado nomeado.§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude
são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis e
menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
legislação civil ou processual.Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou
adolescente, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou
responsável, ou quando carecer de representação ou assistência legal ainda que
eventual.Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e
administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de
ato infracional.Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá
identificar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido,
filiação, parentesco e residência.Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não
poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome,
apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.(Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se refere o artigo
anterior somente será deferida pela autoridade judiciária competente, se demonstrado o
interesse e justificada a finalidade.Capítulo IIDa Justiça da Infância e da JuventudeSeção IDisposições GeraisArt. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e
exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o
atendimento, inclusive em plantões.Seção IIDo JuizArt. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da Infância e da Juventude,
ou o juiz que exerce essa função, na forma da lei de organização judiciária local.Art. 147. A competência será determinada:I - pelo domicílio dos pais ou responsável;II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou
responsável.§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação
ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da
residência dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a
criança ou adolescente.§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou
televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da
penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo
a sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração
de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos
afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de
proteção à criança ou adolescente;VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art.
98, é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;b) conhecer de ações de destituição dopátrio poderpoder familiar, perda ou modificação da
tutela ou guarda;(Expressão
substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigênciac) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao
exercício dopátrio poderpoder familiar;(Expressão substituída pela
Lei nº 12.010, de 2009)Vigênciae) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação,
ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança
ou adolescente;g) conhecer de ações de alimentos;h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de
nascimento e óbito.Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou
autorizar, mediante alvará:I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou
responsável, em:a) estádio, ginásio e campo desportivo;b) bailes ou promoções dançantes;c) boate ou congêneres;d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.II - a participação de criança e adolescente em:a) espetáculos públicos e seus ensaios;b) certames de beleza.§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade judiciária levará em
conta, dentre outros fatores:a) os princípios desta Lei;b) as peculiaridades locais;c) a existência de instalações adequadas;d) o tipo de freqüência habitual ao local;e) a adequação do ambiente a eventual participação ou freqüência de crianças e
adolescentes;f) a natureza do espetáculo.§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas,
caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.Seção IIIDos Serviços AuxiliaresArt. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária,
prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a
Justiça da Infância e da Juventude.Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem
reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento,
orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de
servidores públicos integrantes do Poder Judiciário responsáveis pela realização
dos estudos psicossociais ou de quaisquer outras espécies de avaliações técnicas
exigidas por esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade judiciária
poderá proceder à nomeação de perito, nos termos doart. 156 da Lei no 13.105,
de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Capítulo IIIDos ProcedimentosSeção IDisposições GeraisArt. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas
gerais previstas na legislação processual pertinente.Parágrafo único. É assegurada, sob pena de
responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos processos e
procedimentos previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e diligências
judiciais a eles referentes.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1ºÉ assegurada, sob pena de responsabilidade, prioridade absoluta na
tramitação dos processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim como
na execução dos atos e diligências judiciais a eles referentes.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e
aplicáveis aos seus procedimentos são contados em dias corridos,
excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo
em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder a procedimento previsto
nesta ou em outra lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de
ofício as providências necessárias, ouvido o Ministério Público.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
aplica para o fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua família de
origem e em outros procedimentos necessariamente contenciosos.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214.Seção IIDa Perda e da Suspensão doPátrio PoderPoder Familiar(Expressão
substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão dopátrio poderpoder familiarterá início
por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 156. A petição inicial indicará:I - a autoridade judiciária a que for dirigida;II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido,
dispensada a qualificação em se tratando de pedido formulado por representante do
Ministério Público;III - a exposição sumária do fato e o pedido;IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de testemunhas e
documentos.Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
Público, decretar a suspensão dopátrio poderpoder familiar, liminar ou incidentalmente, até o
julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa
idônea, mediante termo de responsabilidade.(Expressão substituída pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oRecebida a petição inicial, a autoridade judiciária determinará,
concomitantemente ao despacho de citação e independentemente de requerimento do
interessado, a realização de estudo social ou perícia por equipe
interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a presença de uma das
causas de suspensão ou destituição do poder familiar, ressalvado o disposto no §
10 do art. 101 desta Lei, e observada aLei no13.431, de 4 de abril de 2017.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2oEm
sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, é ainda obrigatória a
intervenção, junto à equipe interprofissional ou multidisciplinar referida no §
1odeste artigo, de representantes do órgão federal
responsável pela política indigenista, observado o disposto no § 6odo art. 28 desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3º A concessão
da liminar será, preferencialmente, precedida de entrevista da criança ou do
adolescente perante equipe multidisciplinar e de oitiva da outra parte, nos
termos daLei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.(Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)§ 4º Se houver
indícios de ato de violação de direitos de criança ou de adolescente, o juiz
comunicará o fato ao Ministério Público e encaminhará os documentos
pertinentes.(Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta
escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo desde logo o rol de
testemunhas e documentos.Parágrafo único. Deverão ser esgotados todos os meios para a citação pessoal.§ 1oA
citação será pessoal, salvo se esgotados todos os meios para sua
realização.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)§ 2oO
requerido privado de liberdade deverá ser citado pessoalmente.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)§ 3oQuando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o
citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo
suspeita de ocultação, informar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho do dia útil em que voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar, nos termos doart. 252 e
seguintes da Lei no13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil).(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oNa
hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão
citados por edital no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o
envio de ofícios para a localização.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir advogado, sem prejuízo
do próprio sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório, que lhe seja
nomeado dativo, ao qual incumbirá a apresentação de resposta, contando-se o prazo a
partir da intimação do despacho de nomeação.Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de liberdade, o
oficial de justiça deverá perguntar, no momento da citação pessoal, se deseja
que lhe seja nomeado defensor.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária requisitará de qualquer
repartição ou órgão público a apresentação de documento que interesse à causa, de
ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério Público.Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade judiciária dará vista dos
autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for o requerente,
decidindo em igual prazo.Art. 161. Se não for
contestado o pedido e tiver sido concluído o estudo social ou a perícia
realizada por equipe interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade
judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, salvo
quando este for o requerente, e decidirá em igual prazo.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 1º Havendo necessidade, a autoridade judiciária poderá determinar a realização
de estudo social ou perícia por equipe interprofissional, bem como a oitiva de
testemunhas.§ 1oA autoridade
judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério
Público, determinará a realização de estudo social ou perícia por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, bem como a oitiva de testemunhas
que comprovem a presença de uma das causas de suspensão ou destituição
do poder familiar previstas nosarts. 1.637e1.638 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou no art. 24 desta
Lei.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a
requerimento das partes ou do Ministério Público, determinará a oitiva
de testemunhas que comprovem a presença de uma das causas de suspensão
ou destituição do poder familiar previstas nosarts. 1.637 e 1.638 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), ou no art. 24 desta
Lei.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2º Se o pedido importar em modificação de guarda, será obrigatória, desde que
possível e razoável, a oitiva da criança ou adolescente.§ 2oEm sendo os pais
oriundos de comunidades indígenas, é ainda obrigatória a intervenção,
junto à equipe profissional ou multidisciplinar referida no § 1odeste artigo, de representantes do órgão federal responsável pela
política indigenista, observado o disposto no § 6odo
art. 28 desta Lei.(Redação
dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2o(Revogado).(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oSe o pedido importar
em modificação de guarda, será obrigatória, desde que possível e
razoável, a oitiva da criança ou adolescente, respeitado seu estágio de
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4oÉ obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem identificados e
estiverem em local conhecido.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que
eles forem identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os
casos de não comparecimento perante a Justiça quando devidamente
citados.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 5oSe o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a autoridade judicial
requisitará sua apresentação para a oitiva.(Incluído
pela Lei
nº 12.962, de 2014)Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária dará vista dos autos ao
Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for o requerente, designando,
desde logo, audiência de instrução e julgamento.§ 1º A requerimento de qualquer das partes, do Ministério Público, ou de ofício, a
autoridade judiciária poderá determinar a realização de estudo social ou, se
possível, de perícia por equipe interprofissional.§ 1º(Revogado).(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2º Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público, serão ouvidas as
testemunhas, colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando apresentado por
escrito, manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e o Ministério
Público, pelo tempo de vinte minutos cada um, prorrogável por mais dez. A decisão será
proferida na audiência, podendo a autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data
para sua leitura no prazo máximo de cinco dias.§ 2oNa
audiência, presentes as partes e o Ministério Público, serão ouvidas as
testemunhas, colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando apresentado
por escrito, manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e o
Ministério Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos cada um, prorrogável por
mais 10 (dez) minutos.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oA decisão será proferida na audiência, podendo a autoridade judiciária,
excepcionalmente, designar data para sua leitura no prazo máximo de 5 (cinco)
dias.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oQuando o procedimento de destituição de poder familiar for iniciado pelo
Ministério Público, não haverá necessidade de nomeação de curador especial em
favor da criança ou adolescente.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 163. A sentença que decretar a perda ou a suspensão do pátrio poderpoder familiarserá
averbada à margem do registro de nascimento da criança ou adolescente.(Expressão substituída pela
Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de
120 (cento e vinte) dias.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 163. O prazo máximo para conclusão do
procedimento será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso
de notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir
esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à colocação
em família substituta.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a suspensão do
poder familiar será averbada à margem do registro de nascimento da
criança ou do adolescente.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaSeção IIIDa Destituição da TutelaArt. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o procedimento para a remoção de
tutor previsto na lei processual civil e, no que couber, o disposto na seção anterior.Seção IVDa Colocação em Família SubstitutaArt. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de colocação em família
substituta:I - qualificação completa do requerente e de seu eventual cônjuge, ou companheiro,
com expressa anuência deste;II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu cônjuge, ou
companheiro, com a criança ou adolescente, especificando se tem ou não parente vivo;III - qualificação completa da criança ou adolescente e de seus pais, se conhecidos;IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexando, se possível, uma
cópia da respectiva certidão;V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou rendimentos relativos à
criança ou ao adolescente.Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão também os requisitos
específicos.Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do pátrio
poderpoder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta,
este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios
requerentes.(Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Na hipótese de concordância dos pais, eles serão ouvidos pela
autoridade judiciária e pelo representante do Ministério Público, tomando-se por termo
as declarações.Art. 166. Se os pais forem falecidos,
tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem
aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este
poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos
próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado.(Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oNa hipótese de
concordância dos pais, esses serão ouvidos pela autoridade judiciária e
pelo representante do Ministério Público, tomando-se por termo as
declarações.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oNa hipótese de
concordância dos pais, o juiz:(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)I - na presença do Ministério
Público, ouvirá as partes, devidamente assistidas por advogado ou por defensor
público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo máximo de 10
(dez) dias, contado da data do protocolo da petição ou da entrega da criança em
juízo, tomando por termo as declarações; e(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)II - declarará a extinção do
poder familiar.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2oO consentimento dos
titulares do poder familiar será precedido de orientações e
esclarecimentos prestados pela equipe interprofissional da Justiça da
Infância e da Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre a
irrevogabilidade da medida.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oO consentimento dos
titulares do poder familiar será colhido pela autoridade judiciária
competente em audiência, presente o Ministério Público, garantida a
livre manifestação de vontade e esgotados os esforços para manutenção da
criança ou do adolescente na família natural ou extensa.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 3oSão garantidos a livre
manifestação de vontade dos detentores do poder familiar e o direito ao
sigilo das informações.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oO consentimento
prestado por escrito não terá validade se não for ratificado na
audiência a que se refere o § 3odeste artigo.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 4oO consentimento
prestado por escrito não terá validade se não for ratificado na
audiência a que se refere o § 1odeste artigo.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 5oO consentimento é
retratável até a data da publicação da sentença constitutiva da adoção.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5oO consentimento é
retratável até a data da realização da audiência especificada no § 1odeste artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10
(dez) dias, contado da data de prolação da sentença de extinção do poder
familiar.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 6oO consentimento
somente terá valor se for dado após o nascimento da criança.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 7oA família substituta
receberá a devida orientação por intermédio de equipe técnica
interprofissional a serviço do Poder Judiciário, preferencialmente com
apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência§ 7oA família natural e a
família substituta receberão a devida orientação por intermédio de
equipe técnica interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
execução da política municipal de garantia do direito à convivência
familiar.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do
Ministério Público, determinará a realização de estudo social ou, se possível,
perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre a concessão de guarda provisória,
bem como, no caso de adoção, sobre o estágio de convivência.Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda provisória ou do estágio
de convivência, a criança ou o adolescente será entregue ao interessado,
mediante termo de responsabilidade.(Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009)VigênciaArt. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e ouvida, sempre que
possível, a criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério Público,
pelo prazo de cinco dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a perda ou a suspensão dopátrio poderpoder familiarconstituir pressuposto lógico da medida principal de colocação em
família substituta, será observado o procedimento contraditório previsto nas Seções
II e III deste Capítulo.(Expressão substituída pela
Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá ser decretada nos
mesmos autos do procedimento, observado o disposto no art. 35.Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o disposto no art. 32, e,
quanto à adoção, o contido no art. 47.Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob a guarda de
pessoa inscrita em programa de acolhimento familiar será comunicada pela
autoridade judiciária à entidade por este responsável no prazo máximo de 5
(cinco) dias.(Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009)VigênciaSeção VDa Apuração de Ato Infracional Atribuído a
AdolescenteArt. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente.Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de
adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior,
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências
necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave
ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106,
parágrafo único, e 107, deverá:I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;II - apreender o produto e os instrumentos da infração;III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade
e autoria da infração.Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser
substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade
de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo
impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato
infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para
garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo,
o adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de
apreensão ou boletim de ocorrência.§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará
o adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do
Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação
far-se-á pela autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o
adolescente aguardará a apresentação em dependência separada da destinada a maiores,
não podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior.Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial encaminhará
imediatamente ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou
boletim de ocorrência.Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de
adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao
representante do Ministério Público relatório das investigações e demais documentos.Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser
conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou
mental, sob pena de responsabilidade.Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo
dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial,
devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do
adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de
seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o representante do Ministério
Público notificará os pais ou responsável para apresentação do adolescente, podendo
requisitar o concurso das polícias civil e militar.Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do
Ministério Público poderá:I - promover o arquivamento dos autos;II - conceder a remissão;III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida
sócio-educativa.Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a remissão pelo
representante do Ministério Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo
dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para homologação.§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a autoridade judiciária determinará,
conforme o caso, o cumprimento da medida.§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos autos ao
Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho fundamentado, e este oferecerá
representação, designará outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou
ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a autoridade judiciária
obrigada a homologar.Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério Público não
promover o arquivamento ou conceder a remissão, oferecerá representação à autoridade
judiciária, propondo a instauração de procedimento para aplicação da medida
sócio-educativa que se afigurar a mais adequada.§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o breve resumo dos
fatos e a classificação do ato infracional e, quando necessário, o rol de testemunhas,
podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela autoridade judiciária.§ 2º A representação independe de prova pré-constituída da autoria e
materialidade.Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o
adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária designará audiência
de apresentação do adolescente, decidindo, desde logo, sobre a decretação ou
manutenção da internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão cientificados do teor da
representação, e notificados a comparecer à audiência, acompanhados de advogado.§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a autoridade judiciária
dará curador especial ao adolescente.§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade judiciária expedirá mandado
de busca e apreensão, determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva
apresentação.§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a sua apresentação, sem
prejuízo da notificação dos pais ou responsável.Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não
poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as características definidas no art. 123, o
adolescente deverá ser imediatamente transferido para a localidade mais próxima.§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua
remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com
instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob
pena de responsabilidade.Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou responsável, a autoridade
judiciária procederá à oitiva dos mesmos, podendo solicitar opinião de profissional
qualificado.§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a remissão, ouvirá o
representante do Ministério Público, proferindo decisão.§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de internação ou
colocação em regime de semi-liberdade, a autoridade judiciária, verificando que o
adolescente não possui advogado constituído, nomeará defensor, designando, desde logo,
audiência em continuação, podendo determinar a realização de diligências e estudo do
caso.§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo de três dias contado da
audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas.§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas arroladas na
representação e na defesa prévia, cumpridas as diligências e juntado o relatório da
equipe interprofissional, será dada a palavra ao representante do Ministério Público e
ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por
mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão.Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer, injustificadamente
à audiência de apresentação, a autoridade judiciária designará nova data,
determinando sua condução coercitiva.Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser
aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença.Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que reconheça
na sentença:I - estar provada a inexistência do fato;II - não haver prova da existência do fato;III - não constituir o fato ato infracional;IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infracional.Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o adolescente internado, será
imediatamente colocado em liberdade.Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de internação ou regime de
semi-liberdade será feita:I - ao adolescente e ao seu defensor;II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou responsável, sem
prejuízo do defensor.§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á unicamente na pessoa do
defensor.§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá este manifestar se
deseja ou não recorrer da sentença.Seção V-A(Incluído pela Lei nº 13.441,
de 2017)Da Infiltração de Agentes de Polícia para a
Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente”Art. 190-A. A infiltração de
agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes previstos nosarts. 240,241,241-A,241-B,241-Ce241-D desta Leie nosarts. 154-A,217-A,218,218-Ae218-B do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), obedecerá
às seguintes regras:(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)I – será precedida de autorização judicial
devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da
infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público;(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério
Público ou representação de delegado de polícia e conterá a demonstração de sua
necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que
permitam a identificação dessas pessoas;(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa)
dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda a 720
(setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério
da autoridade judicial.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)§ 1ºA autoridade judicial e o Ministério
Público poderão requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes
do término do prazo de que trata o inciso II do § 1ºdeste artigo.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)§ 2ºPara efeitos do disposto no inciso I do §
1ºdeste artigo, consideram-se:(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)I – dados de conexão: informações referentes a hora,
data, início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet (IP) utilizado
e terminal de origem da conexão;(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)II – dados cadastrais: informações referentes a nome
e endereço de assinante ou de usuário registrado ou autenticado para a conexão a
quem endereço de IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
atribuído no momento da conexão.§ 3ºA infiltração de agentes de polícia na
internet não será admitida se a prova puder ser obtida por outros meios.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Art. 190-B. As informações da operação de
infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela autorização
da medida, que zelará por seu sigilo.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o
acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de
polícia responsável pela operação, com o objetivo de garantir o sigilo das
investigações.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a
sua identidade para, por meio da internet, colher indícios de autoria e
materialidade dos crimes previstos nosarts. 240,241,241-A,241-B,241-Ce241-D desta Leie nosarts. 154-A,217-A,218,218-Ae218-B do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Parágrafo único. O agente policial infiltrado que
deixar de observar a estrita finalidade da investigação responderá pelos
excessos praticados.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante procedimento sigiloso e
requisição da autoridade judicial, as informações necessárias à efetividade da
identidade fictícia criada.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata
esta Seção será numerado e tombado em livro específico.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser registrados, gravados,
armazenados e encaminhados ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com
relatório circunstanciado.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados
citados nocaputdeste artigo serão reunidos em autos apartados e
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito policial,
assegurando-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a
intimidade das crianças e dos adolescentes envolvidos.(Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017)Seção VIDa Apuração de Irregularidades em Entidade
de AtendimentoArt. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e
não-governamental terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou
representação do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
necessariamente, resumo dos fatos.Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o
Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
entidade, mediante decisão fundamentada.Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer
resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária
designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão
cinco dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual
prazo.§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade
governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa
imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a substituição.§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar
prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o
processo será extinto, sem julgamento de mérito.§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou programa de
atendimento.Seção VIIDa Apuração de Infração Administrativa às
Normas de Proteção à Criança e ao AdolescenteArt. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração
às normas de proteção à criança e ao adolescente terá início por representação do
Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor
efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por duas testemunhas, se possível.§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração, poderão ser usadas fórmulas
impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do
auto, certificando-se, em caso contrário, dos motivos do retardamento.Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de defesa, contado da
data da intimação, que será feita:I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido;II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entregará
cópia do auto ou da representação ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando
certidão;III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for encontrado o requerido ou
seu representante legal;IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sabido o paradeiro do
requerido ou de seu representante legal.Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autoridade judiciária
dará vista dos autos do Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária procederá na conformidade do
artigo anterior, ou, sendo necessário, designará audiência de instrução e julgamento.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão sucessivamente o Ministério
Público e o procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida
proferirá sentença.Seção VIII(Incluída
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaDa Habilitação de Pretendentes à AdoçãoArt. 197-A. Os postulantes à adoção,
domiciliados no Brasil, apresentarão petição inicial na qual conste:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - qualificação completa;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - dados familiares;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - cópias autenticadas de certidão de
nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao período de união
estável;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIV - cópias da cédula de identidade e
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaV - comprovante de renda e domicílio;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVI - atestados de sanidade física e mental(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVII - certidão de antecedentes criminais;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVIII - certidão negativa de distribuição
cível.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 197-B. A autoridade judiciária, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério
Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaI - apresentar quesitos a serem respondidos
pela equipe interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a
que se refere o art. 197-C desta Lei;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaII - requerer a designação de audiência para
oitiva dos postulantes em juízo e testemunhas;(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaIII - requerer a juntada de documentos
complementares e a realização de outras diligências que entender
necessárias.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 197-C. Intervirá no feito,
obrigatoriamente, equipe interprofissional a serviço da Justiça da
Infância e da Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que
conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o preparo dos
postulantes para o exercício de uma paternidade ou maternidade
responsável, à luz dos requisitos e princípios desta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oÉ obrigatória a
participação dos postulantes em programa oferecido pela Justiça da
Infância e da Juventude preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar, que inclua preparação psicológica, orientação e
estímulo à adoção inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes,
com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de
irmãos.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oÉ obrigatória a participação dos postulantes em programa oferecido pela
Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos
técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do
direito à convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção
devidamente habilitados perante a Justiça da Infância e da Juventude,
que inclua preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção
inter-racial, de crianças ou de adolescentes com deficiência, com
doenças crônicas ou com necessidades específicas de saúde, e de grupos
de irmãos.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 2oSempre que possível e
recomendável, a etapa obrigatória da preparação referida no § 1odeste artigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a
ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica
da Justiça da Infância e da Juventude, com o apoio dos técnicos
responsáveis pelo programa de acolhimento familiar ou institucional e
pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência
familiar.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oSempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória da preparação
referida no § 1odeste artigo incluirá o contato com
crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar ou
institucional, a ser realizado sob orientação, supervisão e avaliação da
equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de
apoio à adoção, com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de
acolhimento familiar e institucional e pela execução da política
municipal de garantia do direito à convivência familiar.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oÉ recomendável que as
crianças e os adolescentes acolhidos institucionalmente ou por família
acolhedora sejam preparados por equipe interprofissional antes da inclusão em
família adotiva.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 197-D. Certificada nos autos a
conclusão da participação no programa referido no art. 197-C desta Lei,
a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
decidirá acerca das diligências requeridas pelo Ministério Público e
determinará a juntada do estudo psicossocial, designando, conforme o
caso, audiência de instrução e julgamento.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Caso não sejam requeridas
diligências, ou sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária
determinará a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em igual
prazo.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 197-E. Deferida a habilitação, o
postulante será inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei,
sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem
cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de crianças ou
adolescentes adotáveis.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1oA ordem cronológica
das habilitações somente poderá deixar de ser observada pela autoridade
judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
comprovado ser essa a melhor solução no interesse do adotando.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oA recusa sistemática
na adoção das crianças ou adolescentes indicados importará na
reavaliação da habilitação concedida.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 2oA habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo trienalmente
mediante avaliação por equipe interprofissional.(Redação dada
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 3oQuando o adotante candidatar-se a uma nova adoção, será dispensável a renovação
da habilitação, bastando a avaliação por equipe interprofissional.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 4oApós
3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à adoção de crianças ou
adolescentes indicados dentro do perfil escolhido, haverá reavaliação da
habilitação concedida.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)§ 5oA
desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a
devolução da criança ou do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença
de adoção importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação de
renovação da habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem prejuízo das
demais sanções previstas na legislação vigente.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Art. 197-F. O prazo máximo
para conclusão da habilitação à adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.(Incluído
pela Lei
nº 13.509, de 2017)Capítulo IVDos RecursosArt. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude
fica adotado o sistema recursal doCódigo de Processo Civil,
aprovado pela Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e suas alterações
posteriores, com as seguintes adaptações:Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça
da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das
medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal daLei no5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as
seguintes adaptações:(Redação dada pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo;II - em todos os recursos, salvo o de agravo de instrumento e de embargos de
declaração, o prazo para interpor e para responder será sempre de dez dias;II - em todos os recursos, salvo nos embargos
de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será
sempre de 10 (dez) dias;(Redação dada pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;IV - o agravado será intimado para, no prazo de cinco dias, oferecer resposta e
indicar as peças a serem trasladadas;(Revogado pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaV - será de quarenta e oito horas o prazo para a extração, a conferência e o
conserto do traslado;(Revogado pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVI - a apelação será recebida em seu efeito devolutivo. Será também
conferido efeito suspensivo quando interposta contra sentença que deferir a adoção por
estrangeiro e, a juízo da autoridade judiciária, sempre que houver perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação;(Revogado pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaVII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de
apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá
despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o
instrumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, independentemente de
novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido
expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados
da intimação.Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de
apelação.Art. 199-A. A sentença que deferir a
adoção produz efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será
recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação ao adotando.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 199-B. A sentença que destituir
ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a
apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 199-C. Os recursos nos
procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar, em face da
relevância das questões, serão processados com prioridade absoluta,
devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em
qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para
julgamento sem revisão e com parecer urgente do Ministério Público.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 199-D. O relator deverá colocar o
processo em mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
contado da sua conclusão.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. O Ministério Público
será intimado da data do julgamento e poderá na sessão, se entender
necessário, apresentar oralmente seu parecer.(Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 199-E. O Ministério Público poderá
requerer a instauração de procedimento para apuração de
responsabilidades se constatar o descumprimento das providências e do
prazo previstos nos artigos anteriores.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaCapítulo VDo Ministério PúblicoArt. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei serão exercidas nos
termos da respectiva lei orgânica.Art. 201. Compete ao Ministério Público:I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas a
adolescentes;III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos de suspensão e
destituição dopátrio poderpoder familiar, nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães,
bem como oficiar em todos os demais procedimentos da competência da Justiça da Infância
e da Juventude;(Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaIV - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a especialização e a
inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e quaisquer
administradores de bens de crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98;V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos
interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência,
inclusive os definidos noart. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal;VI - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los:a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não
comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela polícia
civil ou militar;b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais,
estaduais e federais, da administração direta ou indireta, bem como promover inspeções
e diligências investigatórias;c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições privadas;VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a
instauração de inquérito policial, para apuração de ilícitos ou infrações às
normas de proteção à infância e à juventude;VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às
crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas corpus, em qualquer juízo,
instância ou tribunal, na defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis
afetos à criança e ao adolescente;X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infrações
cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, sem prejuízo da
promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de
que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais
necessárias à remoção de irregularidades porventura verificadas;XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos,
hospitalares, educacionais e de assistência social, públicos ou privados, para o
desempenho de suas atribuições.XIII -
intervir, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais
decorrentes de violência doméstica e familiar contra a criança e o
adolescente.(Incluído pela Lei nº
14.344, de 2022)Vigência§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuserem a
Constituição e esta Lei.§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que
compatíveis com a finalidade do Ministério Público.§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá
livre acesso a todo local onde se encontre criança ou adolescente.§ 4º O representante do Ministério Público será responsável pelo uso indevido das
informações e documentos que requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII deste artigo,
poderá o representante do Ministério Público:a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o competente
procedimento, sob sua presidência;b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade reclamada, em dia, local e
horário previamente notificados ou acertados;c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância
pública afetos à criança e ao adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
adequação.Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente
o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei,
hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos e
requerer diligências, usando os recursos cabíveis.Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita
pessoalmente.Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do
feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.Art. 205. As manifestações processuais do representante do Ministério Público
deverão ser fundamentadas.Capítulo VIDo AdvogadoArt. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que
tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que
trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para todos os atos,
pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o segredo de justiça.Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles
que dela necessitarem.Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, ainda que
ausente ou foragido, será processado sem defensor.§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o
direito de, a todo tempo, constituir outro de sua preferência.§ 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento de nenhum ato do processo,
devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado ou,
sido constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da
autoridade judiciária.Capítulo VIIDa Proteção Judicial dos Interesses
Individuais, Difusos e ColetivosArt. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por
ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não
oferecimento ou oferta irregular:I - do ensino obrigatório;II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de
idade;III – de atendimento em
creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;(Redação dada pela Lei nº
13.306, de 2016)IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e
assistência à saúde do educando do ensino fundamental;VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à
maternidade, à infância e à adolescência, bem como ao amparo às crianças e
adolescentes que dele necessitem;VII - de acesso às ações e serviços de saúde;VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de
liberdade.IX - de ações, serviços e programas de
orientação, apoio e promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício
do direito à convivência familiar por crianças e adolescentes.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaX - de programas de atendimento para a
execução das medidas socioeducativas e aplicação de medidas de proteção.(Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)XI - de políticas e programas integrados de
atendimento à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência.(Incluído pela Lei nº
13.431, de 2017)(Vigência)Parágrafo único. As hipóteses previstas neste
artigo não excluem da proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos pela Constituição e
pela lei.§ 1oAs hipóteses previstas
neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos pela Constituição e
pela Lei.(Renumerado do Parágrafo
único pela Lei nº 11.259, de 2005)§ 2oA investigação do
desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada imediatamente após
notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos,
aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e
internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do
desaparecido.(Incluído pela Lei nº
11.259, de 2005)§ 3º A
notificação a que se refere o § 2º deste artigo será imediatamente
comunicada ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e ao Cadastro
Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, que deverão ser
prontamente atualizados a cada nova informação.(Incluído pela Lei nº
14.548, de 2023)Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde
ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para
processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência
originária dos tribunais superiores.Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos,
consideram-se legitimados concorrentemente:I - o Ministério Público;II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios;III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam
entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei,
dispensada a autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária.§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da
União e dos estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei.§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o
Ministério Público ou outro legitimado poderá assumir a titularidade ativa.Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso
de ajustamento de sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título
executivo extrajudicial.Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei, são
admissíveis todas as espécies de ações pertinentes.§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas do Código de
Processo Civil.§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do poder público, que lesem direito líquido e
certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei
do mandado de segurança.Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências
que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de
ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou
após justificação prévia, citando o réu.§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa
diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível
com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença
favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o
descumprimento.Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos
da Criança e do Adolescente do respectivo município.§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito em julgado da
decisão serão exigidas através de execução promovida pelo Ministério Público, nos
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em
estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária.Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano
irreparável à parte.Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao poder público,
o juiz determinará a remessa de peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória
sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu os honorários
advocatícios arbitrados na conformidade do§ 4º do
art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), quando reconhecer que a pretensão é
manifestamente infundada.Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os
diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados ao
décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por perdas e danos.Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa
do Ministério Público, prestando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto de
ação civil, e indicando-lhe os elementos de convicção.Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e tribunais tiverem
conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças
ao Ministério Público para as providências cabíveis.Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às
autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão
fornecidas no prazo de quinze dias.Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito
civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões,
informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser
inferior a dez dias úteis.§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se
convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação cível, promoverá o
arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
fundamentadamente.§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação arquivados serão
remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao Conselho
Superior do Ministério Público.§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, em sessão
do Conselho Superior do Ministério público, poderão as associações legitimadas
apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou
anexados às peças de informação.§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho
Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu regimento.§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento,
designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da
ação.Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições daLei n.º
7.347, de 24 de julho de 1985.Título VIIDos Crimes e Das Infrações AdministrativasCapítulo IDos CrimesSeção IDisposições GeraisArt. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra a criança e o
adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo do disposto na legislação penal.Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código
Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo
Penal.§ 1º Aos
crimes cometidos contra a criança e o adolescente, independentemente
da pena prevista, não se aplica aLei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995.(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)Vigência§ 2º Nos
casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o
adolescente, é vedada a aplicação de penas de cesta básica ou de
outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa.(Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022)VigênciaArt. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada.Art.
227-A Os efeitos da condenação prevista noinciso I docaputdo art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código
Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados por
servidores públicos com abuso de autoridade, são condicionados à
ocorrência de reincidência.(Incluído pela Lei nº
13.869. de 2019)Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da função, nesse
caso, independerá da pena aplicada na reincidência.(Incluído pela Lei nº
13.869. de 2019)Seção IIDos Crimes em EspécieArt. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de
atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma
e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu
responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Parágrafo único. Se o crime é culposo:Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à
saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do
parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Parágrafo único. Se o crime é culposo:Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua
apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da
autoridade judiciária competente:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem
observância das formalidades legais.Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou
adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à
família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a
vexame ou a constrangimento:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Art. 233. Submeter criança ou adolescente sob sua
autoridade, guarda ou vigilância a tortura:(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997Pena - reclusão de um a cinco anos.(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:§ 1º Se resultar lesão corporal grave:(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:Pena - reclusão de dois a oito anos.(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:§ 2º Se resultar lesão corporal gravíssima:(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:Pena - reclusão de quatro a doze anos.(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:§ 3º Se resultar morte:(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:Pena - reclusão de quinze a trinta anos.(Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997:Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata
liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da
apreensão:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de
adolescente privado de liberdade:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho
Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta
Lei:Pena - detenção de seis meses a dois anos.Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em
virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga
ou recompensa:Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou
recompensa.Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao
envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades
legais ou com o fito de obter lucro:Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou
fraude:(Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à
violência.Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva ou película
cinematográfica, utilizando-se de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou
pornográfica:Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
nas condições referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente.Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral,
televisiva, cinematográfica, atividade fotográfica ou de qualquer outro meio visual,
utilizando-se de criança ou adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou
vexatória:(Redação dada pela Lei nº 10.764, de
12.11.2003)Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.§ 1oIncorre na mesma pena quem, nas condições referidas neste
artigo, contracena com criança ou adolescente.(Renumerado
do parágrafo único, pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)§ 2oA pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos:(Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)I - se o agente comete o crime no exercício de cargo ou função;II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem
patrimonial.Art. 240.
Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:(Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)§ 1oIncorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou
adolescente nas cenas referidas nocaputdeste artigo, ou ainda quem com esses contracena.(Redação
dada pela Lei nº 11.829, de 2008)§ 1º Incorre nas mesmas penas quem:(Redação
dada pela Lei nº 14.811, de 2024)I - agencia, facilita, recruta, coage ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas
referidas nocaputdeste artigo, ou ainda quem com esses
contracena;(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)II - exibe, transmite, auxilia ou facilita a exibição ou
transmissão, em tempo real, pela internet, por aplicativos, por meio
de dispositivo informático ou qualquer meio ou ambiente digital, de
cena de sexo explícito ou pornográfica com a participação de criança
ou adolescente.(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)§ 2oAumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o
crime:(Redação dada
pela Lei nº 11.829, de 2008)I – no
exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la;(Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)II –
prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou(Redação dada pela
Lei nº 11.829, de 2008)III – prevalecendo-se de relações
de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor,
curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título,
tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Art. 241. Fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:Pena - reclusão de um a quatro anos.Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou
publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou
internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo
criança ou adolescente:(Redação dada pela Lei nº
10.764, de 12.11.2003)Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.§ 1oIncorre na mesma pena quem:(Incluído
pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participação de
criança ou adolescente em produção referida neste artigo;II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens produzidas na forma do caput deste artigo;III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou
internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste
artigo.§ 2oA pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos:(Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função;II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem
patrimonial.Art. 241.
Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:(Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8
(oito) anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)Art. 241-A.
Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar
por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)§ 1oNas mesmas penas incorre quem:(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens de que trata ocaputdeste artigo;(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às
fotografias, cenas ou imagens de que trata ocaputdeste artigo.(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)§ 2oAs condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1odeste artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação do serviço,
oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de
que trata ocaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia,
vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente:(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)§ 1oA pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de
pequena quantidade o material a que se refere ocaputdeste artigo.(Incluído pela
Lei nº 11.829, de 2008)§ 2oNão há crime se a posse ou o armazenamento tem a
finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas
descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for
feita por:(Incluído pela
Lei nº 11.829, de 2008)I – agente público no exercício de suas funções;(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas
finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de
notícia dos crimes referidos neste parágrafo;(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou
serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao
Poder Judiciário.(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)§ 3oAs pessoas referidas no § 2odeste
artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo
explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.(Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008)Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui
ou armazena o material produzido na forma docaputdeste artigo.(Incluído pela
Lei nº 11.829, de 2008)Art.
241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso:(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo
explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso;(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)II – pratica as condutas descritas nocaputdeste artigo com o fim de induzir criança a se
exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita.(Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)Art.
241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de
sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança
ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição
dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente
sexuais.(Incluído pela Lei
nº 11.829, de 2008)Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de
qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo:Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.(Redação
dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos
componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização
indevida:Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que
gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica
ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência
física ou psíquica:(Redação dada pela Lei nº
13.106, de 2015)Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.(Redação dada pela Lei nº
13.106, de 2015)Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
utilização indevida:Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos
nocaputdo art. 2odesta Lei, à prostituição ou à
exploração sexual:(Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da
perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Distrito
Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de
boa-fé.(Redação dada pela Lei nº
13.440, de 2017)§ 1oIncorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o
responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às
práticas referidas nocaputdeste artigo.(Incluído pela Lei
nº 9.975, de 23.6.2000)§ 2oConstitui efeito obrigatório da condenação a cassação da
licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído
pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)Art. 244-B.
Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com
ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:(Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)§ 1oIncorre nas penas
previstas nocaputdeste artigo quem pratica as condutas
ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive
salas de bate-papo da internet.(Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)§ 2oAs penas previstas nocaputdeste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol doart. 1oda Lei no8.072, de 25 de julho de 1990.(Incluído pela Lei
nº 12.015, de 2009)Art. 244-C. Deixar o pai, a mãe ou o
responsável legal, de forma dolosa, de comunicar à autoridade
pública o desaparecimento de criança ou adolescente:(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)Capítulo IIDas Infrações AdministrativasArt. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção
à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade
competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
maus-tratos contra criança ou adolescente:Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o
exercício dos direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta
Lei:Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio
de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou
judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança
ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga
respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua
identificação, direta ou indiretamente.§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe ou transmite imagem, vídeo ou
corrente de vídeo de criança ou adolescente envolvido em ato
infracional ou em outro ato ilícito que lhe seja atribuído, de forma
a permitir sua identificação.(Redação
dada pela Lei nº 14.811, de 2024)§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou
televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá
determinar a apreensão da publicaçãoou a suspensão da programação da emissora até
por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números.(Expressão declarada inconstitucional pela ADIN 869).Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de
cinco dias, com o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a
prestação de serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou responsável:(Vide Lei nº 13.431, de
2017)(Vigência)(Revogado pela Lei nº
13.431, de 2017)(Vigência)Pena
- multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência, independentemente das despesas de retorno do adolescente, se for o
caso.(Revogado pela Lei nº
13.431, de 2017)(Vigência)Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes aopátrio poderpoder familiarou
decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou
Conselho Tutelar:(Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaPena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.Art. 250. Hospedar criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável ou
sem autorização escrita destes, ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel
ou congênere:Pena - multa de dez a cinqüenta salários de referência; em caso de reincidência, a
autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze
dias.Art. 250.
Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem
autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel
ou congênere:(Redação dada
pela Lei nº 12.038, de 2009).Pena – multa.(Redação dada pela Lei nº
12.038, de 2009).§ 1ºEm caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária
poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias.(Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).§ 2ºSe comprovada a reincidência em
período inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente
fechado e terá sua licença cassada.(Incluído pela Lei nº
12.038, de 2009).Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância do
disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em
lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação
destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no
certificado de classificação:Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou
espetáculos, sem indicar os limites de idade a que não se recomendem:Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada em caso de
reincidência, aplicável, separadamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de
divulgação ou publicidade.Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculoem horário diverso
do autorizadoou sem aviso de sua classificação:(Expressão declarada inconstitucional pela ADI
2.404).Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em caso de
reincidência a autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da programação da
emissora por até dois dias.Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão
competente como inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na reincidência, a autoridade
poderá determinar a suspensão do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até
quinze dias.Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, em
desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente:Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a
autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze
dias.Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 desta Lei:Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicando-se a pena em caso de
reincidência, sem prejuízo de apreensão da revista ou publicação.Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o que
dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou
sobre sua participação no espetáculo:Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a
autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze
dias.Art. 258-A.Deixar
a autoridade competente de providenciar a instalação e operacionalização
dos cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaPena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
3.000,00 (três mil reais).(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Incorre nas mesmas penas a
autoridade que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas ou casais
habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em regime de
acolhimento institucional ou familiar.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou
dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de que tenha
conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para
adoção:(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaPena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
3.000,00 (três mil reais).(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)VigênciaParágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de programa
oficial ou comunitário destinado à garantia do direito à convivência
familiar que deixa de efetuar a comunicação referida no caput deste
artigo.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)VigênciaArt. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II do art. 81:(Redação dada pela Lei nº
13.106, de 2015)Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais);(Redação dada pela Lei nº
13.106, de 2015)Medida Administrativa - interdição
do estabelecimento comercial até o recolhimento da multa aplicada.(Redação dada pela Lei nº
13.106, de 2015)Disposições Finais e TransitóriasArt. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da publicação deste Estatuto,
elaborará projeto de lei dispondo sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às
diretrizes da política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabelece o Título V
do Livro II.Parágrafo único. Compete aos estados e municípios promoverem a adaptação de seus
órgãos e programas às diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei.Art. 260. Os contribuintes do imposto de renda poderão abater da renda bruta
100% (cem por cento) do valor das doações feitas aos fundos controlados pelos Conselhos
Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, observado o
seguinte:I - limite de 10% (dez por cento) da renda bruta para pessoa física;II - limite de 5% (cinco por cento) da renda bruta para pessoa jurídica.Art. 260. Os contribuintes poderão deduzir do imposto devido, na
declaração do Imposto sobre a Renda, o total das doações feitas aos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente - nacional, estaduais ou municipais - devidamente
comprovadas, obedecidos os limites estabelecidos em Decreto do Presidente da República.(Redação dada pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)(Vide)Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar
doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas, sendo essas
integralmente deduzidas do imposto de renda, obedecidos os seguintes
limites:(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda
devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real; e(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a
renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual,
observado o disposto noart. 22 da Lei no9.532, de 10
de dezembro de 1997.(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 1º - As deduções a que se refere este artigo não
estão sujeitas a outros limites estabelecidos na legislação do imposto de renda, nem
excluem ou reduzem outros benefícios ou abatimentos e deduções em vigor, de maneira
especial as doações a entidades de utilidade pública.(Revogado
pela Lei nº 9.532, de 1997)(Produção de efeito)§ 1o-A.Na definição das prioridades a serem
atendidas com os recursos captados pelos Fundos Nacional, Estaduais e
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, serão consideradas
as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos
Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar, bem como as
regras e princípios relativos à garantia do direito à convivência
familiar previstos nesta Lei.(Incluído
pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 1o-A.
Na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos
fundos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do
adolescente, serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção,
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e
Comunitária e as do Plano Nacional pela Primeira Infância.(Redação dada dada pela Lei
nº 13.257, de 2016)§ 2º Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente fixarão critérios de utilização, através de planos de aplicação das
doações subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para
incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente, órfãos ou
abandonado, na forma do disposto noart. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal.§ 2oOs
conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do
adolescente fixarão critérios de utilização, por meio de planos de aplicação,
das dotações subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual
para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de crianças e adolescentes
e para programas de atenção integral à primeira infância em áreas de maior
carência socioeconômica e em situações de calamidade.(Redação dada dada pela Lei
nº 13.257, de 2016)§ 2º-A. O contribuinte poderá indicar o projeto que
receberá a destinação de recursos, entre os projetos aprovados por conselho
dos direitos da criança e do adolescente.(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)§ 2º-B. É facultado aos conselhos chancelar projetos
ou banco de projetos, por meio de regulamentação própria, observadas as
seguintes regras:(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)I -
a chancela deverá ser entendida como a autorização para captação de recursos
por meio dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente com a
finalidade de viabilizar a execução dos projetos aprovados pelos conselhos;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)II -
os projetos deverão garantir os direitos fundamentais e humanos das crianças
e dos adolescentes;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)III
- a captação de recursos por meio do Fundo dos Direitos da Criança e do
Adolescente deverá ser realizada pela instituição proponente para o
financiamento do respectivo projeto;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)IV -
os recursos captados serão repassados para a instituição proponente mediante
formalização de instrumento de repasse de recursos, conforme a legislação
vigente;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)V -
os conselhos deverão fixar percentual de retenção dos recursos captados, em
cada chancela, que serão destinados ao Fundo dos Direitos da Criança e do
Adolescente;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)VI -
o tempo de duração entre a aprovação do projeto e a captação dos recursos
deverá ser de 2 (dois) anos e poderá ser prorrogado por igual período;(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)VII
- a chancela do projeto não deverá obrigar seu financiamento pelo Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente, caso não tenha sido captado valor
suficiente.(Incluído pela Lei nº
14.692,
de 2023)§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a comprovação das doações feitas aos
fundos, nos termos deste artigo.(Incluído pela Lei nº 8.242,
de 12.10.1991)§ 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a
forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, dos incentivos fiscais referidos neste artigo.(Incluído
pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)§ 5oA destinação de
recursos provenientes dos fundos mencionados neste artigo não desobriga
os Entes Federados à previsão, no orçamento dos respectivos órgãos
encarregados da execução das políticas públicas de assistência social,
educação e saúde, dos recursos necessários à implementação das ações,
serviços e programas de atendimento a crianças, adolescentes e famílias,
em respeito ao princípio da prioridade absoluta estabelecido pelo caput
doart. 227 da Constituição Federale pelo caput e parágrafo único do
art. 4odesta Lei.(Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009)Vigência§ 5oObservado o disposto
no§ 4odo art. 3oda Lei no9.249, de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I docaput:(Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)I - será considerada isoladamente, não se
submetendo a limite em conjunto com outras deduções do imposto; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - não poderá ser computada como despesa
operacional na apuração do lucro real.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-A.A partir do exercício de 2010, ano-calendário
de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata o inciso
II docaputdo art. 260 diretamente em sua Declaração de Ajuste
Anual.(Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)§ 1oA doação de que trata
ocaputpoderá ser deduzida até os seguintes percentuais
aplicados sobre o imposto apurado na declaração:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - (VETADO);(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - (VETADO);(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - 3% (três por cento) a partir do
exercício de 2012.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 2oA dedução de que trata
ocaput:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - está sujeita ao limite de 6% (seis por
cento) do imposto sobre a renda apurado na declaração de que trata o
inciso II docaputdo art. 260;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - não se aplica à pessoa física que:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)a) utilizar o desconto simplificado;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)b) apresentar declaração em formulário; ou(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)c) entregar a declaração fora do prazo;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - só se aplica às doações em espécie; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou
deduções em vigor.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 3oO pagamento da doação
deve ser efetuado até a data de vencimento da primeira quota ou quota
única do imposto, observadas instruções específicas da Secretaria da
Receita Federal do Brasil.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 4oO não pagamento da
doação no prazo estabelecido no § 3oimplica a glosa
definitiva desta parcela de dedução, ficando a pessoa física obrigada ao
recolhimento da diferença de imposto devido apurado na Declaração de
Ajuste Anual com os acréscimos legais previstos na legislação.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 5oA pessoa física poderá
deduzir do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual as doações
feitas, no respectivo ano-calendário, aos fundos controlados pelos
Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente municipais,
distrital, estaduais e nacional concomitantemente com a opção de que
trata ocaput, respeitado o limite previsto no inciso II do art.
260.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I
do art. 260 poderá ser deduzida:(Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)(Vide)I - do imposto devido no trimestre, para as
pessoas jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - do imposto devido mensalmente e no ajuste
anual, para as pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada
dentro do período a que se refere a apuração do imposto.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-C. As doações de que trata o art.
260 desta Lei podem ser efetuadas em espécie ou em bens.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Parágrafo único. As doações efetuadas em
espécie devem ser depositadas em conta específica, em instituição
financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o
art. 260.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela
administração das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir
recibo em favor do doador, assinado por pessoa competente e pelo
presidente do Conselho correspondente, especificando:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - número de ordem;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) e endereço do emitente;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) do doador;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)IV - data da doação e valor efetivamente
recebido; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)V - ano-calendário a que se refere a doação.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 1oO comprovante de que
trata ocaputdeste artigo pode ser emitido anualmente, desde que
discrimine os valores doados mês a mês.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)§ 2oNo caso de doação em
bens, o comprovante deve conter a identificação dos bens, mediante
descrição em campo próprio ou em relação anexa ao comprovante,
informando também se houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e endereço dos
avaliadores.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o
doador deverá:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
documentação hábil;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - baixar os bens doados na declaração de
bens e direitos, quando se tratar de pessoa física, e na escrituração,
no caso de pessoa jurídica; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - considerar como valor dos bens doados:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)a) para as pessoas físicas, o valor constante
da última declaração do imposto de renda, desde que não exceda o valor
de mercado;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil
dos bens.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Parágrafo único. O preço obtido em caso de
leilão não será considerado na determinação do valor dos bens doados,
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-F. Os documentos a que se referem
os arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo
de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução perante a Receita
Federal do Brasil.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela
administração das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais devem:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - manter conta bancária específica destinada
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - manter controle das doações recebidas; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - informar anualmente à Secretaria da
Receita Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando
os seguintes dados por doador:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)a) nome, CNPJ ou CPF;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)b) valor doado, especificando se a doação foi
em espécie ou em bens.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-H. Em caso de descumprimento das
obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais
divulgarão amplamente à comunidade:(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)I - o calendário de suas reuniões;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)II - as ações prioritárias para aplicação das
políticas de atendimento à criança e ao adolescente;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)III - os requisitos para a apresentação de
projetos a serem beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou municipais;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)IV - a relação dos projetos aprovados em cada
ano-calendário e o valor dos recursos previstos para implementação das
ações, por projeto;(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)V - o total dos recursos recebidos e a
respectiva destinação, por projeto atendido, inclusive com cadastramento
na base de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a
Adolescência; e(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)VI - a avaliação dos resultados dos projetos
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-J. O Ministério Público
determinará, em cada Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos
incentivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Parágrafo único. O descumprimento do disposto
nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de ofício, a
requerimento ou representação de qualquer cidadão.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Receita
Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo eletrônico
contendo a relação atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente nacional, distrital, estaduais e municipais, com a indicação
dos respectivos números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias
específicas mantidas em instituições financeiras públicas, destinadas
exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal
do Brasil expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto nos arts.260 a 260-K.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide)Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente,
os registros, inscrições e alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo único,
e 91 desta Lei serão efetuados perante a autoridade judiciária da comarca a que
pertencer a entidade.Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos estados e municípios, e os
estados aos municípios, os recursos referentes aos programas e atividades previstos nesta
Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direitos da criança e do adolescente nos
seus respectivos níveis.Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles
conferidas serão exercidas pela autoridade judiciária.Art. 263. ODecreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal),passa a vigorar com as seguintes alterações:1) Art. 121
............................................................§ 4ºNo homicídio culposo, a pena é
aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima,
não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é
praticado contra pessoa menor de catorze anos.2) Art. 129
...............................................................§ 7ºAumenta-se a pena de um terço, se
ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.§ 8º Aplica-se à lesão
culposa o disposto no § 5º do art. 121.3) Art.
136.................................................................§ 3ºAumenta-se a pena de um terço, se
o crime é praticado contra pessoa menor de catorze anos.4) Art. 213
..................................................................Parágrafo único.Se a ofendida é menor de
catorze anos:Pena - reclusão de quatro a dez
anos.5) Art.
214...................................................................Parágrafo único.Se o ofendido é menor de
catorze anos:Pena - reclusão de três a nove
anos.»Art. 264. O
art. 102 daLei n.º
6.015, de 31 de dezembro de 1973, fica acrescido do seguinte item:"Art. 102
....................................................................6º)a perda e a suspensão do
pátrio poder. "Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da administração direta
ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal
promoverão edição popular do texto integral deste Estatuto, que será posto à
disposição das escolas e das entidades de atendimento e de defesa dos direitos da
criança e do adolescente.Art. 265-A. O poder público
fará periodicamente ampla divulgação dos direitos da criança e do adolescente
nos meios de comunicação social.(Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)Parágrafo único. A divulgação
a que se refere ocaputserá veiculada em linguagem clara,
compreensível e adequada a crianças e adolescentes, especialmente às crianças
com idade inferior a 6 (seis) anos.(Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser promovidas atividades e
campanhas de divulgação e esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.Art. 267. Revogam-se asLeis n.º
4.513, de 1964, e6.697,
de 10 de outubro de 1979(Código de Menores), e as demais disposições em
contrário.Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralCarlos ChiarelliAntônio MagriMargarida ProcópioEste texto não substitui o
publicado no DOU 16.7.1990 eretificado em 27.9.1990* |
1,990 | 8.068, de 13.7.90 Publicada no DOU de 16.7.90 | Acrescenta parágrafo ao art. 6º da Lei nº 8.025, de 12 de abril de 1990. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8068.htm | L8068Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.068, DE 13 DE JULHO DE 1990.Acrescenta
parágrafo ao art. 6º da Lei nº 8.025, de 12 de abril de 1990.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1º Oart. 6º da Lei nº 8.025, de 12 de abril de
1990, fica acrescido do seguinte parágrafo:"Art. 6º. ...................................................................................................................................................§ 5º Considera-se legítimo ocupante, nos termos deste artigo, o servidor que no momento
da aposentadoria ocupava regularmente o imóvel funcional ou, na mesma condição, o
cônjuge ou companheira enviuvado e que permaneça nele residindo na data da publicação
desta lei."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 13 de julho de 1990;
169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U de 16.7.1990* |
1,990 | 8.067, de 12.7.90 Publicada no DOU de 13.7.90 | Altera dispositivo da Lei nº 6.389, de 9 de dezembro de 1976, que fixa as referências de salário dos empregados do Grupo-Processamento de Dados. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8067.htm | L8067Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.067, DE 12 DE JULHO DE
1990.Altera dispositivo da Lei nº 6.389, de 9 de dezembro de 1976, que fixa as
referências de salário dos empregados do Grupo-Processamento de Dados.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º A alínea a do parágrafo único do
art. 5º daLei nº 6.389, de 9 de dezembro de 1976, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art.
5º ...........................................................................................................................Parágrafo
único. .............................................................................................................a)diploma de um dos cursos superiores de
Processamento de Dados, Administração, Economia, Engenharia, Ciências Contábeis e
Atuariais, Estatística ou Matemática, para a Categoria Funcional de Analista de
Sistemas;........................................................................................................................................"Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 12 de julho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 13.7.1990* |
1,990 | 8.066, de 6.7.90 Publicada no DOU de 9.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar de Cr$ 4.100.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8066.htm | L8066Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.066, DE 6 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
suplementar de Cr$ 4.100.000.000,00, para os fins que especifica.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICAno exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º É o Poder executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União (Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990), crédito suplementar no valor de Cr$ 4.100.000.000,00
(quatro bilhões e cem milhões de cruzeiros), para atender à programação constante do
Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, §§ 1º, inciso II,e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 6 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.ITAMAR FRANCOEduardo de Freitas TeixeiraEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 9.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.065, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito especial de Cr$ 12.000.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8065.htm | L8065Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.065, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
especial de Cr$ 12.000.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União (Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem, crédito especial no valor de Cr$ 12.000.000.000,00 (doze bilhões de cruzeiros),
para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, §§ 1º, inciso II, e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.064, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da União crédito suplementar de Cr$ 3.300.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8064.htm | L8064Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.064, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da
União crédito suplementar de Cr$ 3.300.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da
União (Lei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Educação,
crédito suplementar no valor de Cr$ 3.300.000.000,00 (três bilhões e trezentos milhões
de cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, §§ 1º, inciso II,e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.063, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar de Cr$ 5.154.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8063.htm | L8063Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.063, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
suplementar de Cr$ 5.154.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União (Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor da Justiça Eleitoral, crédito suplementar no
valor de Cr$ 5.154.000.000,00 (cinco bilhões, cento e cinqüenta e quatro milhões de
cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, §§ 1º, inciso II,e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.062, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar de Cr$ 5.800.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8062.htm | L8062Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.062, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito
suplementar de Cr$ 5.800.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União (Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Educação e da Presidência
da República, crédito suplementar no valor de Cr$ 5.800.000.000,00 (cinco bilhões e
oitocentos milhões de cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I
desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, §§ 1º, inciso II, e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.061, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar de Cr$ 10.000.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8061.htm | L8061Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.061, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza
o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União crédito suplementar de Cr$
10.000.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da Seguridade Social da
União (Lei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990), em favor do Ministério da Ação
Social, crédito suplementar no valor de Cr$ 10.000.000.000,00 (dez bilhões de
cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional, nos termos doart. 43, § 1º, inciso II, e3º, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.060, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União o crédito suplementar de Cr$ 358.098.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8060.htm | L8060Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.060, DE 4 DE JULHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União o
crédito suplementar de Cr$ 358.098.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento Fiscal da União,Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990, em favor do Ministério da Economia, Fazenda e
Planejamento, o crédito suplementar de Cr$ 358.098.000,00 (trezentos e cinqüenta e oito
milhões e noventa e oito mil cruzeiros), para atender à programação constante do Anexo
I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
da incorporação do excesso de arrecadação de recursos vinculados do Tesouro nacional e
de saldos de exercícios anteriores da entidade de Administração Federal indireta, na
forma do Anexo II desta lei.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 5.7.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.059, de 4.7.90 Publicada no DOU de 5.7.90 | Dispõe sobre a pensão especial devida aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e a seus dependentes. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8059.htm | L8059Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.059, DE 4 DE JULHO DE 1990.(Vide Lei nº 13.954, de
2019)Dispõe
sobre a pensão especial devida aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e a seus
dependentes.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1º Esta lei regula
a pensão especial devida a quem tenha participado de operações bélicas durante a
Segunda Guerra Mundial, nos termos daLei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, e aos
respectivos dependentes (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 53, IIeIII).Art. 2º Para os efeitos
desta lei, considera-se:I - pensão especial o
benefício pecuniário pago mensalmente ao ex-combatente ou, em caso de falecimento, a
seus dependentes;II - pensionista especial
o ex-combatente ou dependentes, que percebam pensão especial;III - pensão-tronco a
pensão especial integral;IV - cota-parte cada
parcela resultante da participação da pensão-tronco entre dependentes;V - viúva a mulher com
quem o ex-combatente estava casado quando falecera, e que não voltou a casar-se;VI - ex-esposa a pessoa
de quem o ex-combatente tenha-se divorciado, desquitado ou separado por sentença
transitada em julgado;VII - companheira que
tenha filho comum com o ex-combatente ou com ele viva no mínimo há cinco anos, em união
estável;VIII - concessão
originária a relativa ao ex-combatente;IX - reversão a
concessão da pensão especial aos dependentes do ex-combatente, por ocasião de seu
óbito.Art. 3º A pensão
especial corresponderá à pensão militar deixada por segundo-tenente das Forças
Armadas.Vide Decreto nº 4.307, de 2002Art. 4º A pensão é inacumulável com quaisquer rendimentos percebidos dos cofres públicos, exceto os
benefícios previdenciários.§ 1º O ex-combatente,
ou dependente legalmente habilitado, que passar a receber importância dos cofres
públicos perderá o direito à pensão especial pelo tempo em que permanecer nessa
situação, não podendo a sua cota-parte ser transferida a outros dependentes.§ 2º Fica assegurado ao
interessado que perceber outros rendimentos pagos pelos cofres públicos o direito de
optar pela pensão ou por esses rendimentos.Art. 5º Consideram-se
dependentes do ex-combatente para fins desta lei:I - a viúva;II - a companheira;III - o filho e a filha
de qualquer condição, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos;IV - o pai e a mãe
inválidos; eV - o irmão e a irmã,
solteiros, menores de 21 anos ou inválidos.Parágrafo único. Os
dependentes de que tratam os incisos IV e V só terão direito à pensão se viviam sob a
dependência econômica do ex-combatente, por ocasião de seu óbito.Art. 6º A pensão
especial é devida ao ex-combatente e somente em caso de sua morte será revertida aos
dependentes.Parágrafo único. Na
reversão, a pensão será dividida entre o conjunto dos dependentes habilitáveis (art.
5º, I a V), em cotas-partes iguais.Art. 7º A condição de
dependentes comprova-se:I - por meio de
certidões do registro civil;II - por declaração
expressa do ex-combatente, quando em vida;III - por qualquer meio
de prova idôneo, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial.Art. 8º A pensão
especial não será deferida:I - à ex-esposa que não
tenha direito a alimentos;II - à viúva que
voluntariamente abandonou o lar conjugal há mais de cinco anos ou que, mesmo por tempo
inferior, abandonou-o e a ele recusou-se a voltar, desde que esta situação tenha sido
reconhecida por sentença judicial transitada em julgado;III - à companheira,
quando, antes da morte do ex-combatente, houver cessado a dependência, pela ruptura da
relação concubinária;IV - ao dependente que
tenha sido condenado por crime doloso, do qual resulte a morte do ex-combatente ou de
outro dependente.Art. 9º Até o valor de
que trata o art. 3º desta lei, a ex-esposa que estiver percebendo alimentos por força de
decisão judicial terá direito a pensão especial no valor destes.§ 1º Havendo excesso,
este se destinará aos demais dependentes.§ 2º A falta de
dependentes habilitados não prejudicará o direito à pensão da ex-esposa.§ 3º O direito à
parcela da pensão especial, nos termos deste artigo, perdurará enquanto a ex-esposa não
contrair novas núpcias.Art. 10. A pensão
especial pode ser requerida a qualquer tempo.Art. 11. O benefício
será pago mediante requerimento, devidamente instruído, em qualquer organização
militar do ministério competente (art. 12), se na data do requerimento o ex-combatente,
ou o dependente, preencher os requisitos desta lei.Art. 12. É da
competência do Ministério Militar ao qual esteve vinculado o ex-combatente durante a
Segunda Guerra Mundial o processamento da pensão especial, desde a habilitação até o
pagamento, inclusive nos casos de substituição a outra pensão ou reversão.Art. 13. Estando o
processo devidamente instruído, a autoridade designada pelo Ministro competente
autorizará o pagamento da pensão especial, em caráter temporário, até a apreciação
da legalidade da concessão e registro pelo Tribunal de Contas da União.§ 1º O pagamento da
pensão especial será efetuado em caráter definitivo, após o registro pelo Tribunal de
Contas da União.§ 2º As dívidas por
exercícios anteriores são pagas pelo ministério a que estiver vinculado o pensionista.Art. 14. A cota-parte da
pensão dos dependentes se extingue:I - pela morte do
pensionista;II - pelo casamento do
pensionista;III - para o filho,
filha, irmão e irmã, quando, não sendo inválidos, completam 21 anos de idade;IV - para o pensionista
inválido, pela cessação da invalidez.Parágrafo único. A
ocorrência de qualquer dos casos previstos neste artigo não acarreta a transferência da
cota-parte aos demais dependentes.Art. 15. A pensão
especial não está sujeita a penhora, seqüestro ou arresto, exceto nos casos especiais
previstos ou determinados em lei.Parágrafo único.
Somente após o registro em caráter definitivo, nos termos do § 1º do art. 13 desta
lei, é que poderá haver consignação nos benefícios dos pensionistas.Art. 16. No que se refere
ao pagamento da pensão, aplicar-se-ão as regras do Código Civil relativas à ausência,
quando se verificar o desaparecimento de pensionista especial.Art. 17. Os pensionistas
beneficiados peloart. 30 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, que não se
enquadrarem entre os beneficiários da pensão especial de que trata esta lei,
continuarão a receber os benefícios assegurados pelo citado artigo, até que se extingam
pela perda do direito, sendo vedada sua transmissão, assim por reversão como por
transferência.Art. 18. Os créditos
referentes ao pagamento da pensão especial somente poderão ser feitos em agências
bancárias localizadas no País.Art. 19. Os Ministros de
Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nas áreas de suas respectivas
competências, adotarão as medidas necessárias à execução desta lei.Art. 20. Mediante
requerimento do interessado, qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente ou
dependente que preencha os requisitos poderá ser substituída pela pensão especial de
que trata esta lei, para todos os efeitos.Art. 21. É assegurado o
direito à pensão especial aos dependentes de ex-combatente falecido e não pensionista,
observado o disposto no art. 11 desta lei. Neste caso, a habilitação é considerada
reversão.Art. 22. O valor do
benefício da pensão especial será revisto, na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificarem os vencimentos dos servidores militares, tomando-se por base a pensão-tronco.Art. 23. As despesas
decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações consignadas no
Orçamento Geral da União.Art. 24. Esta lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art. 25. Revogam-se oart. 30 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, aLei nº 6.592, de 17 de novembro de
1978,aLei nº 7.424, de 17 de dezembro de 1985, e demais disposições em contrário.Brasília, 4 de julho de
1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORMário César FloresCarlos Tinoco Ribeiro GomesSócrates da Costa MonteiroEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 5.7.1990* |
1,990 | 8.058, de 2.7.90 Publicada no DOU de 3.7.90 | Isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as saídas de veículos automotores, máquinas, equipamentos, bem como de suas partes e peças separadas, quando destinados à utilização nas atividades dos Corpos de Bombeiros, em todo o território nacional. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8058.htm | L8058Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.058, DE 2 DE JULHO DE
1990.Isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as saídas de
veículos automotores, máquinas, equipamentos, bem como de suas partes e peças
separadas, quando destinados à utilização nas atividades dos Corpos de Bombeiros, em
todo o território nacional.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:Art. 1º Ficam isentas do Imposto sobre
Produtos Industrializados - IPI as saídas de veículos automotores de qualquer natureza,
máquinas, equipamentos, bem como de suas partes e peças separadas, quando destinados à
utilização nas atividades dos Corpos de Bombeiros, em todo o território nacional.Parágrafo único. É vedada a manutenção do
crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente nas aquisições dos
insumos utilizados na fabricação dos produtos especificados no caput.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 2 de julho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 3.7.1990* |
1,990 | 8.057, de 29.6.90 Publicada no DOU de 2.7.90 | Dispõe sobre a competência das autoridades que menciona e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8057.htm | L8057Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.057, DE 29 DE JUNHO DE
1990.Conversão da Mpv nº 187, de 1990Dispõe sobre a competência das autoridades que menciona e dá outras
providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º As competências previstas na
legislação comum e na especial, atribuídas aos titulares dos cargos extintos por força
do disposto noart. 25 da Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, consideram-se, desde
logo, transferidas aos titulares dos órgãos a que alude o art. 1º, parágrafo único,
alínea c, bem assim aos ocupantes dos cargos referidos nosarts. 24 e 26, incisos I a IV,
da mesma Lei nº 8.028.Art. 2º As autarquias e as fundações
instituídas ou mantidas pela União ficam autorizadas a proceder, com base nos termos dasLeis nºs 8.011, de 4 de abril de 1990, e8.025, de 12 de abril de 1990, aos atos legais e
administrativos necessários à alienação dos imóveis residenciais de sua propriedade,
terrenos e edificações não vinculados às suas atividades operacionais.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 29 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 2.7.1990* |
1,990 | 8.056, de 28.6.90 Publicada no DOU de 29.7.90 | Prorroga a vigência dos dispositivos que hajam atribuído ou delegado competência normativa aos órgãos que menciona, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8056.htm | L8056Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.056, DE 28 DE JUNHO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 188, de
1990Revogada pela Lei nº
8.646, de 7.4.1993Texto para
impressãoProrroga
a vigência dos dispositivos que hajam atribuído ou delegado competência normativa aos
órgãos que menciona, e dá outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 188, de 1990,
que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal,
para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal,
promulgo a seguinte lei:Art. 1º É prorrogada, até o dia 31 de
dezembro de 1990, a vigência dos dispositivos legais que hajam atribuído ou delegado, ao
Conselho Monetário Nacional e ao Conselho Nacional de Seguros Privados, competências
assinaladas, pela Constituição, ao Congresso Nacional.(Vide Lei 8.127, de 1990)(Vide Lei 8.201, de 1991)(Vide Lei 8.392, de 1991)Art. 2º O Conselho Monetário Nacional
será integrado pelos seguintes membros:I - Ministro de Estado da Economia, Fazenda
e Planejamento, na qualidade de presidente;II - Ministro de Estado da Infra-Estrutura,
na qualidade de vice-presidente;III - Ministro de Estado da Agricultura e
Reforma Agrária;IV - Ministro de Estado do Trabalho e
Previdência Social;V - Presidente do Banco Central do Brasil;VI - Presidente do Banco do Brasil S.A.;VII - Presidente da Caixa Econômica
Federal;VIII - Presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social;IX - Presidente da Comissão de Valores
Mobiliários;X - Presidente do Banco do Nordeste do
Brasil S.A.;XI - um representante das classes
trabalhadoras, nomeado pelo Presidente da República; eXII - seis membros nomeados pelo Presidente
da República entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade em assuntos
econômico-financeiros.§ 1º Os membros referidos nos incisos XI
e XII terão mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos.§ 2º O Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria de votos, com a presença
de, no mínimo, nove membros, cabendo também ao Presidente o voto de qualidade e a
prerrogativa de deliberar, nos casos de urgência e relevante interesse,adreferendumdo
plenário.§ 3º Quando deliberaradreferendumdo Conselho, o Presidente submeterá a decisão ao colegiado, na
primeira reunião posterior à prática do ato.§ 4º Os diretores do Banco Central do
Brasil participarão das reuniões do Conselho sem direito de voto.§ 5º O Presidente do Conselho poderá
convidar outros Ministros de Estado, bem assim representantes de entidades públicas ou
privadas, para participar das reuniões, não lhes sendo permitido, porém, o direito de
voto.§ 6º O Conselho reunir-se-á,
ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre que for convocado por seu
Presidente ou a requerimento de, pelo menos, nove de seus membros.§ 7º De cada reunião do Conselho será
lavrada a respectiva ata.§ 8º O Banco Central do Brasil
funcionará como secretaria-executiva do Conselho.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, em 28 de junho de 1990;
169º da Independência e 102º da República.SENADOR NELSON CARNEIROPRESIDENTEEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 29.6.1990* |
1,990 | 8.055, de 21.6.90 Publicada no DOU de 22.6.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União o crédito suplementar de Cr$ 354.231.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8055.htm | L8055Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.055, DE 21 DE JUNHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União o crédito
suplementar de Cr$ 354.231.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da União,Lei nº 7.999,
de 31 de janeiro de 1990, em favor do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, o
crédito suplementar de Cr$ 354.231.000,00 (trezentos e cinqüenta e quatro milhões,
duzentos e trinta e um mil cruzeiros), para atender a programação constante do anexo I
desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
da incorporação do excesso de arrecadação dos recursos vinculados do Tesouro Nacional
e de Saldos de Exercícios Anteriores da entidade da Administração Federal Indireta, na
forma do Anexo II desta lei.Art. 3º Os valores constantes desta lei foram calculados com base na Unidade de
Referência Orçamentária, relativa ao mês de janeiro de 1990.Art. 4º De acordo com o disposto noart. 53, da Lei nº 7.800, de 10 de julho de 1989é
o Poder Executivo autorizado a empenhar o total da dotação para realização da despesa
estabelecida nesta lei.Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 21 de junho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 22.6.1990Download para anexos* |
1,990 | 8.054, de 21.6.90 Publicada no DOU de 22.6.90 | Prorroga o prazo de vencimento do registro de partidos com representação parlamentar, federal ou estadual. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8054.htm | L8054Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.054, DE 21 DE JUNHO DE
1990.(Revogada
pela Lei nº
9.096, de 1995)Texto para
impressãoProrroga o prazo de vencimento do registro de partidos com representação
parlamentar, federal ou estadual.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º O partido com representação
parlamentar, federal ou estadual, terá prorrogado por 12 (doze) meses o prazo previsto noart. 12 da Lei nº 5.682, de 21 de julho de 1971,modificado peloart. 1º da Lei nº.
6.767, de 20 de dezembro de 1979, quando seu vencimento se der em ano eleitoral até 90
(noventa) dias antes da realização das eleições, revalidando-se os efeitos dos atos
preliminares praticados.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 21 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 22.6.1990* |
1,990 | 8.053, de 21.6.90 Publicada no DOU de 22.6.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União o crédito suplementar de Cr$ 6.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8053.htm | L8053Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.053, DE 21 DE JUNHO DE
1990.Autoriza
o Poder Executivo a abrir ao Orçamento Fiscal da União o crédito suplementar de Cr$
6.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da União, em favor do
Estado-Maior das Forças Armadas, o crédito suplementar de Cr$ 6.000.000,00 (seis
milhões de cruzeiros), para atender a programação relacionada no anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior
decorrerão de anulação parcial da dotação indicada no anexo II desta lei.Art. 3º Os valores constantes desta lei foram calculados com base na Unidade de
Referência Orçamentária, relativa ao mês de janeiro de 1990.Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 21 de junho de 1990; 160º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 22.6.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.052, de 20.6.90 Publicada no DOU de 21.6.90 | Altera a Lei nº 5.108, de 21 de setembro de 1966, que dispõe sobre o Código Nacional de Trânsito. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8052.htm | L8052Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.052, DE 20 DE JUNHO DE
1990.Altera
a Lei nº 5.108, de 21 de setembro de 1966, que dispõe sobre o Código Nacional de
Trânsito.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º O art. 38 daLei nº 5.108, de 21 de
setembro de 1966, que institui o Código Nacional de Trânsito, passa a vigorar com a
seguinte redação:"Art. 38.Os veículos serão
identificados por meio de placas dianteiras e traseiras, obedecidos os modelos e
especificações instituídos pelo Conselho Nacional de Trânsito e as disposições
previstas no Regulamento deste Código.§
1º A exigência deste artigo não se aplica às viaturas militares.§
2º É proibido o uso de placas oficiais em carros particulares, bem como o de placas
particulares em carros oficiais.§
3º A proibição constante do parágrafo não se aplica aos veículos utilizados em
serviços de natureza policial, ou vinculados à segurança da sociedade e do
Estado."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 20 de junho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 21.6.1990* |
1,990 | 8.051, de 20.6.90 Publicada no DOU de 21.6.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir, ao Orçamento da União, crédito suplementar no valor de Cr$ 40.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8051.htm | L8051Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.051, DE 20 DE JUNHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir, ao Orçamento da União, crédito
suplementar no valor de Cr$ 40.000.000,00, para os fins que especifica.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da União(Lei nº
7.999, de 31 de janeiro de 1990)crédito suplementar no valor de Cr$ 40.000.000,00
(quarenta milhões de cruzeiros), de conformidade com a programação constante do anexo I
desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior
decorrerão do cancelamento de dotação constante no anexo II desta lei e no montante
especificado.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 20 de junho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.6.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.050, de 20.6.90 Publicada no DOU de 21.6.90 | Dá nova redação ao art. 52, § 2º, da Lei nº 7.800, de 10 de julho de 1989. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8050.htm | L8050Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.050, DE 20 DE JUNHO DE
1990.Dá nova redação ao art. 52, § 2º, da Lei nº 7.800, de 10 de julho de
1989.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º O
art. 52, § 2º, daLei
nº 7.800, de 10 de julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:"§ 2ºAté 30 de junho de 1990,
serão indicados e totalizados com os valores orçamentários, para cada órgão e suas
entidades, a nível da menor categoria de programação possível, os saldos dos créditos
especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício
financeiro de 1989, e reabertos, na forma do disposto no art. 167, § 2º, da
Constituição Federal."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data
de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 20 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 21.6.1990* |
1,990 | 8.049, de 20.6.90 Publicada no DOU de 21.6.90 | Altera dispositivos da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil Brasileiro, que dispõem sobre a herança jacente e a sucessão legítima. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8049.htm | L8049Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.049, DE 20 DE JUNHO DE
1990.Altera
dispositivos da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil Brasileiro, que
dispõem sobre a herança jacente e a sucessão legítima.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º Os arts. 1.594, 1.603 e 1.619 daLei
nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil Brasileiro, passam a vigorar com
a seguinte redação:"Art. 1.594.A declaração da
vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas,
decorridos 5 (cinco) anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao
domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas
circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território
federal.........................................................................................................................................Art. 1.603.A sucessão legítima defere-se
na ordem seguinte:........................................................................................................................................V -aos Municípios, ao Distrito Federal ou
à União.........................................................................................................................................Art. 1.619.Não sobrevivendo cônjuge, nem
parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado à herança, esta se devolve ao
Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à
União, quando situada em território federal."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data
de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 20 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no DOUde 21.6.1990* |
1,990 | 8.048, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Concede anistia às pessoas envolvidas nos fatos que menciona. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8048.htm | L8048Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.048, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Concede anistia às pessoas envolvidas nos fatos que menciona.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º É concedida anistia a todas as
pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, nos episódios ocorridos na cidade do Rio de
Janeiro, no dia 25 de junho de 1987, relacionados com o atentado ao Presidente da
República e sua comitiva, que possam configurar infrações penais de qualquer natureza,
capituladas na Lei de Segurança Nacional.Parágrafo único. Em decorrência do disposto
neste artigo, serão arquivados os procedimentos policiais e judiciais em andamento.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data
de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralMário César FloresCarlos Tinoco Ribeiro GomesFrancisco RezekCarlos ChiarelliSócrates da Costa MonteiroAlceni GuerraZélia M. Cardoso de MelloAntonio Cabrera Mano FilhoAntonio MagriOzires SilvaMargarida ProcópioEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 19.6.1990* |
1,990 | 8.047, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Autoriza a doação ao Centro dos Estudantes de Santos, com sede em Santos, Estado de São Paulo, dos direitos e obrigações relativos ao imóvel que menciona. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8047.htm | L8047Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.047, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Autoriza a doação ao Centro dos Estudantes de Santos, com sede em
Santos, Estado de São Paulo, dos direitos e obrigações relativos ao imóvel que
menciona.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º É a Fundação Universidade
Federal de São Carlos autorizada a doar, ao Centro dos Estudantes de Santos, com sede em
Santos, Estado de São Paulo, os direitos e obrigações relativos ao imóvel situado na
Avenida Ana Costa, nº 308, naquela cidade, objeto da Averbação nº 1, à margem da
inscrição nº 7.993, no 3º Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Santos,
Estado de São Paulo.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data
de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORCarlos ChiarelliEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 16.6.1990* |
1,990 | 8.046, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Dispõe sobre a transferência de bens imóveis para o patrimônio das Instituições de Ensino Superior que menciona, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8046.htm | L8046Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.046, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Dispõe sobre a transferência de bens imóveis para o patrimônio das
Instituições de Ensino Superior que menciona, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Serviço do Patrimônio da União
autorizado a transferir, para o patrimônio das Instituições de Ensino Superior Federais
adiante indicadas, os seguintes bens imóveis destinados ao desenvolvimento de suas
atividades de ensino e que estão registrados em nome da União, de acordo com a
discriminação abaixo:I - para o patrimônio da Escola Superior de
Agricultura de Lavras:a) uma área de terra situada no lugar
denominado "Maniçoba" em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo 253.372,00m2
(duzentos e cinqüenta e três mil, trezentos e setenta e dois metros quadrados), conforme
descrição feita na escritura de desapropriação amigável, constante do Livro 211, fls.
226/273, do Cartório do 2° Tabelião Ruy Rodarte e transcrita no Livro 3-AD, fls. 70,
sob o n° 28.411, do Cartório de Registro de Imóveis de Lavras;b) uma área de terra situada no local indicado
na alínea anterior, medindo 175.200,00m2 (cento e setenta e cinco mil e duzentos metros
quadrados), conforme descrição feita na escritura de desapropriação amigável, lavrada
e registrada nos livros mencionados na alínea anterior, correspondente ao Cartório do
2° Tabelião Ruy Rodarte e Cartório de Registro de Imóveis e Lavras;c) uma área de terra situada no lugar
denominado "Maniçoba", em Lavras, Estado de Minas, medindo 94.571,00m2 (noventa
e quatro mil, quinhentos e setenta e um metros quadrados), conforme descrição feita na
escritura de desapropriação amigável, lavrada no Cartório do 2° Tabelião Ruy Rodarte
e transcrita no Livro 3-AE, fls. 66, sob o n° 29.387, do Cartório do Registro de
Imóveis de Lavras;d) uma área de terra situada no lugar
denominado "Pasto Fechado", em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo
82.289,00m2 (oitenta e dois mil, duzentos e oitenta e nove metros quadrados), cuja
descrição encontra-se na escritura de desapropriação amigável lavrada no Livro 214-A,
fls. 19 a 29v, do Cartório do 2° Tabelião Ruy Rodarte e transcrita no Livro 3-AF, fls.
11, sob o n° 30.330, do Cartório de Registro de Imóveis de Lavras;e) uma área de terra situada na localidade
denominada "Maniçoba", medindo 116.528,00m2 (cento e dezesseis mil, quinhentos
e vinte e oito metros quadrados), confrontando com a Escola Superior de Agricultura de
Lavras, com Sebastião Leite, Ival de Souza Arantes e Sebastião Carlos de Oliveira; outra
área, situada na localidade denominada "Pasto Fechado", medindo 18.438,00m2
(dezoito mil, quatrocentos e trinta e oito metros quadrados), confrontando com Júlio
Fonseca de Azevedo, José Matiolli, e com a Subestação Experimental de Lavras; e outra
área de terra de cerrado e cultura, situada no local denominado "Capoeirão",
medindo 139.830,00m2 (cento e trinta e nove mil, oitocentos e trinta metros quadrados),
confrontando com Júlio de Azevedo, Escola Superior de Agricultura de Lavras, Geraldo
Bento, Sebastião Oliveira Leite, Carlos Matiolli, Emílio Matiolli e Ival de Souza
Arantes, tudo descrito na escritura de desapropriação amigável lavrada no Cartório do
2° Tabelião Ruy Rodarte e transcrita no Registro de Imóveis de Lavras, nos livros
indicados na alínea d;f) uma área de terra situada no local
denominado "Maniçoba", em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo 7.064,00m2
(sete mil e sessenta e quatro metros quadrados), confrontando com Júlio Fonseca de
Azevedo, Sebastião Carlos de Oliveira, Emílio Matiolli e o espólio de Juvenal Alves da
Silva, descrita na escritura de desapropriação amigável lavrada no Cartório do 2º
Tabelião Ruy Rodarte e transcrita no Livro 3-AE, fls. 66, sob o n° 29.388, do Cartório
de Registro de Imóveis de Lavras;g) uma área de terra situada na localidade
denominada "Maniçoba", ou "Baunilha", medindo 161.987,00m2 (cento e
sessenta e um mil, novecentos e oitenta e sete metros quadrados) e confrontando com a
Escola Superior de Agricultura de Lavras, Subestação Experimental, com os transmitentes
Sebastião Carlos de Oliveira, espólio de Juvenal Alves Batista, com a Viação Férrea
Centro-Oeste e José Marques Vilas Boas, tudo conforme descrição contida na escritura
pública de desapropriação amigável lavrada no Livro 213, fls. 109/113 do Cartório do
2° Tabelião Ruy Rodarte e devidamente transcrita no Livro 3-AE, fls. 66, sob o nº
29.386, do Cartório de Registro de Imóveis de Lavras;h ) uma área de terra situada na localidade
denominada "Maniçoba", em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo 163.884,00m2
(cento e sessenta e três mil, oitocentos e oitenta e quatro metros quadrados) e
confrontando com a Viação Férrea Centro-Oeste, Júlio Fonseca Azevedo, Sebastião
Carlos de Oliveira e Emílio Matiolli, tudo conforme descrição feita na Carta extraída
dos autos de desapropriação judicial, pelo Escrivão do 2° Ofício Ruy Rodarte e
assinada pelo Juiz de Direito Dr. José Zaroni e devidamente transcrita no Livro 3-AE,
fls. 287, sob o n° 30.234, do Cartório de Registro de Imóveis de Lavras;i) as áreas de terra adquiridas de vários
proprietários, mediante escritura pública única de desapropriação amigável, lavrada
no Livro 216, fls. 193 a 198, em 11 de dezembro de 1972, no Cartório do 2° Tabelião Ruy Rodarte, devidamente transcrita no Cartório de Registro de Imóveis de Lavras, Livro n°
3-AI, fls. 121, sob o n° 33.521;j) uma área de terra situada no lugar
denominado "Fazenda Ceres", em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo
1.383.350,00m2 (um milhão, trezentos e oitenta e três mil, trezentos e cinqüenta metros
quadrados), com várias benfeitorias, incluindo prédios nela edificados, tudo conforme
descrição feita na escritura pública de efetivação de transferência feita pela
Igreja Presbiteriana do Brasil à União Federal, lavrada no Cartório do 2° Tabelião
Ruy Rodarte no Livro 203-A, fls. 107v e 120v e, bem assim, na escritura pública de
aditamento e ratificação de transferência, lavrada no mesmo Cartório, no Livro 208-A,
fls. 148v a 151, devidamente registradas no Livro 3-Z, fls. 49 a 50, n° 24.704, conforme
certidão passada pelo Oficial de Registro de Imóveis José Maria de Azevedo, de Lavras,
em 1° de outubro de 1964;l) uma área de terra situada na localidade
denominada "Baunilha", em Lavras, Estado de Minas Gerais, medindo 204.375,00m2
(duzentos e quatro mil, trezentos e setenta e cinco metros quadrados), conforme está
descrito na escritura de aquisição por desapropriação amigável feita entre a União
Federal - Escola Superior de Agricultura de Lavras, do Ministério da Educação e
Cultura, e Carlos Matiolli, lavrada no Cartório do 2° Tabelião Ruy Rodarte, Livro
225-A, fls. 15 a 17v., devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis no
Livro 2H, fls. 238, n° 1-2.913, de 15 de março de 1978, em Lavras, Estado de Minas
Gerais;m) uma área remanescente de terra, medindo
780.812,00m2 (setecentos e oitenta mil, oitocentos e doze metros quadrados), situada no
Município de Lavras, Estado de Minas Gerais, nos lugares denominados "Pinhal" e
"Pasto Fechado", "Roça Grande" e "Gordura", confrontando
com Cícero Fonseca de Azevedo, Júlio Fonseca de Azevedo, José Francisco Elói, Geraldo
Adão, José Coelho e Subestação Experimental de Lavras, conforme está descrito nos
autos de Desapropriação Judicial, julgada por Sentença de 18 de março de 1957, do MM.
Juiz de Direito da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte,
Dr. Gorazil de Faria Alvim, sendo adquirente a União Federal e transmitente Cícero
Fonseca de Azevedo, registrado no Cartório de Registro de Imóveis de Lavras, Livro 2-E,
fls. 22, n° 1.986;II - para o patrimônio da Faculdade Federal de
Odontologia de Diamantina:a) uma área de terra situada na cidade de
Diamantina, Estado de Minas Gerais, medindo 2.795,45m2 (dois mil, setecentos e noventa e
cinco metros quadrados e quarenta e cinco decímetros quadrados), onde estão edificados
os prédios da Faculdade e do Auditório, conforme está descrito no Livro de Notas n°
42-A, fls. 19 a 22v do Cartório Felício dos Santos, devidamente transcrito no Livro 3-M,
fls. 49, n° 12.755, do Cartório de Registro de Imóveis Anísia Moreira Neves, tendo
sido transmitente o Estado de Minas Gerais e adquirente a União Federal;b) um lote de terreno localizado nos fundos do
prédio da Faculdade de Odontologia, situado na Rua da Glória, em Diamantina, Estado de
Minas Gerais, medindo 1.079,40m2 (um mil e setenta e nove metros quadrados e quarenta
decímetros quadrados), adquirido mediante compra e venda pela União Federal, sendo
outorgante vendedora a Santa Casa de Caridade de Diamantina, conforme escritura lavrada
pela 1ª Tabeliã e Escrivã do Cível da Comarca de Diamantina, Maria Elza Souto e Souza,
conforme Livro 65, fls. 27v a 29, registrada no Livro 3-U, fls. 295, n° 20.443, do
Cartório de Imóveis Anísia Moreira Neves;III - para o patrimônio da Escola de Farmácia
e Odontologia de Alfenas, um prédio, com dois pavimentos e respectivo terreno, com área
de 932,30m2 (novecentos e trinta e dois metros quadrados e trinta decímetros quadrados),
situado na Praça Emílio Silveira, esquina com a Rua Presidente Arthur Bernardes,
adquirida pela União Federal por transmissão feita pela antiga Escola de Farmácia e
Odontologia de Alfenas (à época, entidade estadual), conforme escritura pública
constante do Livro 239-D, fls. 155 a 160, do Cartório do 1° Ofício de Notas, de Belo
Horizonte posteriormente retificada e ratificada, conforme Livro 243, fls. 127 a 129, do
mesmo Cartório e devidamente registrada no Livro 3-U, fls. 161, sob o n° 904, no
Cartório de Registro de Imóveis do 1° Ofício, em Alfenas, Estado de Minas Gerais.Art. 2° A transferência dos imóveis de que
tratam os incisos I, II e III do art. 1° desta lei efetivar-se-á mediante termo a
lavrar-se em livro próprio da Delegacia do Serviço do Patrimônio da União no Estado de
Minas Gerais.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169° da
Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORCarlos ChiarelliEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 16.6.1990* |
1,990 | 8.045, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Cria a Delegacia do Ministério da Educação - MEC, no Estado de Tocantins, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8045.htm | L8045Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.045, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Cria a Delegacia do Ministério da Educação - MEC, no Estado de
Tocantins, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º É criada a Delegacia do Ministério
da Educação em Tocantins - DEMEC-TO, com sede na Capital do Estado.Art. 2º É aprovado o seguinte quadro de
funções de confiança para a DEMEC-TO:01
Delegado........................................................................................... LD
DAS 101.203 Secretários
Administrativos................................................................ DAI
111.1(NM)02
Assistentes........................................................................................ DAI
112.3 (NS)01 Chefe do Serviço de Programação e Apoio
Técnico .......................... DAI 111.3(NS)01 Chefe do Serviço de Atividades Auxiliares
........................................ DAI 111.3 (NS)Art. 3º As despesas decorrentes desta Lei
correrão por conta das dotações próprias do Ministério da Educação.Art. 4º Esta lei entra em vigor da data
de sua publicação.Art. 5º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORCarlos ChiarelliEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 16.6.1990* |
1,990 | 8.044, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos adicionais até o limite de Cr$ 866.675.910.000,00, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8044.htm | L8044Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.044, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Autoriza o Poder Executivo a abrir aos Orçamentos da União créditos
adicionais até o limite de Cr$ 866.675.910.000,00, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a abrir aos orçamentos da União(Lei n° 7.999,
de 31 de janeiro de 1990)créditos adicionais até o limite de Cr$ 866.675.910.000,00
(oitocentos e sessenta e seis bilhões, seiscentos e setenta e cinco milhões, novecentos
e dez mil cruzeiros), para atender despesa com pessoal e encargos sociais, conforme
indicado no Anexo I a esta lei, sendo:I - Créditos suplementares: Cr$ 866.302.339.000,00II - Créditos especiais: Cr$ 373.571.000,00Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do disposto neste artigo são
provenientes do excesso de arrecadação das receitas do Tesouro Nacional a teor doart.
43, § 1°, inciso II, e§ 3°, da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964.Art. 2° Respeitado o limite global fixado, é o Poder Executivo autorizado, na abertura
dos créditos adicionais de que trata o artigo anterior, a alterar, em até 10% (dez por
cento), as dotações consignadas no Anexo I desta lei.Art. 3° O disposto noart. 6° caput e seus §§ 1° a 5°, da Lei n° 7.999, de 1990,
não se aplica aos créditos abertos na forma autorizada nesta lei.Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 5° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 16.6.1990Download para
anexos* |
1,990 | 8.043, de 15.6.90 Publicada no DOU de 16.6.90 | Dispõe sobre a desapropriação de imóvel no Município de Jaboatão, Estado de Pernambuco, para atender ao deslocamento das famílias que atualmente residem em áreas do Parque Histórico Nacional dos Guararapes. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8043.htm | L8043Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.043, DE 15 DE JUNHO DE
1990.Mensagem de vetoDispõe sobre a desapropriação de imóvel no Município de Jaboatão,
Estado de Pernambuco, para atender ao deslocamento das famílias que atualmente residem em
áreas do Parque Histórico Nacional dos Guararapes.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1° O Poder Executivo, no prazo de noventa dias a partir da publicação da presente
lei, desapropriará imóvel no Município de Jaboatão, Estado de
Pernambuco, para atender ao deslocamento das famílias que atualmente residem em
áreas do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, situado naquele Município.Parágrafo único. Após a desapropriação deverá recair, preferencialmente, sobre
imóvel no Distrito de Prazeres, do Município de Jaboatão, ou nas suas proximidades.Art. 2° Após a desapropriação a que se refere o artigo anterior, o Poder Executivo
providenciará o loteamento do imóvel e a execução dos serviços básicos para sua
urbanização.Art. 3° Os lotes de terreno do imóvel desapropriado serão transferidos, gratuitamente,
aos atuais ocupantes de habitações existentes na área do Parque Histórico Nacional dos
Guararapes cuja renda familiar seja insuficiente para a aquisição de casa pelo Sistema
Financeiro de Habitação.Parágrafo único. A doação prevista neste artigo será gravada com a cláusula de
inalienabilidade.Art. 4° O Poder Executivo fica autorizado a celebrar, com o Estado de Pernambuco e o
Município de Jaboatão os convênios que se façam necessários para o cumprimento desta
lei.Art. 5°(Vetado).Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 15 de junho de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 16.6.1990* |
1,990 | 8.042, de 13.6.90 Publicada no DOU de 15.6.90 | Cria os Conselhos Federal e Regionais de Economistas Domésticos, regula seu funcionamento, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8042.htm | L8042Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.042, DE 13 DE JUNHO DE
1990.Mensagem de vetoCria os Conselhos Federal e Regionais de Economistas Domésticos, regula
seu funcionamento, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:CAPÍTULO IDos Conselhos Federal e Regionaisde Economia DomésticosArt. 1° Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Economistas
Domésticos com a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da
profissão de Economista Doméstico, definida naLei n° 7.387, de 21 de outubro de 1985.Art. 2° Aplicam-se, no que couber, as disposições daLei n° 7.387, de 21 de outubro de
1985, com as modificações introduzidas por esta lei, aos técnicos de 2° grau da área
de Economia Doméstica, portadores de diploma, título ou certificado expedidos por
estabelecimentos de ensino de 2° grau, oficiais ou reconhecidos, e devidamente
registrados no órgão competente.Art. 3° As atribuições dos técnicos de 2° grau da área de Economia Doméstica serão
disciplinadas em resolução do Conselho Federal tendo em vista seus currículos.Art. 4° O Conselho Federal, assim como os Conselhos Regionais de Economistas Domésticos
servirão de órgão de consulta dos governos da União, dos Estados, dos Municípios e
dos Territórios, em todos os assuntos relativos ao exercício profissional da Economia
Doméstica.Art. 5° O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Economistas Domésticos
constituem, no seu conjunto, uma autarquia federal, com personalidade jurídica de direito
público e autonomia administrativa e financeira.Art. 6° O Conselho Federal de Economistas Domésticos terá sede e foro no Distrito
Federal e jurisdição em todo o País, a ele subordinando-se os Conselhos Regionais com
sede no Distrito Federal e nas capitais dos Estados.Art. 7° O exercício do mandato de 3 (três) anos de membro do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais de Economistas Domésticos, assim como a respectiva eleição, mesmo
na condição de suplente, ficarão subordinados às exigências constantes do art. 530 da
Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar, e ainda, ao preenchimento
dos seguintes requisitos e condições:I - cidadania brasileira;II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor;III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos.Parágrafo único. Será permitida uma reeleição para os membros dos Conselhos Federal e
Regionais de Economistas Domésticos.Art. 8° O Conselho Federal de Economistas Domésticos compor-se-á de Presidente,
Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro e um mínimo de 6 (seis) Conselheiros, eleitos em
escrutínio secreto, por maioria absoluta das delegações formadas por, no mínimo, 1
(um) representante de cada Conselho Regional, realizando-se tantos escrutínios quantos
necessários para obtenção desse quorum.§ 1° Na mesma eleição deverão ser eleitos os suplentes dos Conselheiros, que serão
convocados na ordem de votação.§ 2° O Colégio Eleitoral convocado para a eleição do Conselho Federal reunir-se-á,
preliminarmente, para exame, discussão, aprovação e registro das chapas concorrentes,
realizando-se a eleição 24 (vinte e quatro) horas após a sessão preliminar.§ 3° Os membros dos Conselhos Regionais de Economistas Domésticos e respectivos
suplentes serão eleitos pelo sistema de eleição direta, por meio de voto pessoal,
secreto e obrigatório dos profissionais registrados no respectivo Conselho.§ 4° Os profissionais que se encontrarem fora da sede do Órgão Regional, por ocasião
de eleição, poderão colocar seu voto em envelope fechado, remetendo-o por carta ao
Presidente do Conselho Regional respectivo.§ 5° Os votos por correspondência só serão computados se entregues ao Conselho
Regional até o momento da abertura dos trabalhos da eleição a que se destinam.§ 6° Aplicar-se-á pena de multa em importância não excedente ao valor da anuidade ao
profissional que deixar de votar sem causa justificada.§ 7° São dispensados das obrigações de votar os profissionais remidos e os que
estiverem no exterior.Art. 9º O regulamento disporá sobre as eleições dos Conselhos Federais e Regionais de
Economistas Domésticos.Art. 10. A extinção ou perda de mandato de membros do Conselho ou dos Conselhos
Regionais ocorrerá:I - por renúncia;II - por superveniência de causa de que resulte a inabilidade para o exercício da
profissão;III - por condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada
em julgado;IV - por destituição de cargo, função ou emprego, decorrente da prática de ato de
improbidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em
julgado;V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis)
intercaladas, durante o ano.Art. 11. Compete ao Conselho Federal:I - eleger, dentre os seus membros, o seu presidente, o vice-presidente, o secretário e o
tesoureiro;II - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execução
do disposto nesta lei e à fiscalização do exercício profissional, adotando
providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais;III - orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de Economista
Doméstico em todo o Território Nacional, bem como o dos técnicos de 2° grau dessa
área;IV - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o território
nacional;V - organizar, instalar, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais e examinar suas
prestações de contas, nelas intervindo desde que indispensável ao restabelecimento de
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia de efetividade do princípio de
hierarquia institucional;VI - elaborar seu regimento;VII - aprovar os Regimentos Internos dos Conselhos Regionais;VIII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e prestar-lhes
assistência técnica permanente;IX -(vetado)X - fixar valores das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidas pelos profissionais e
empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados, nos termos daLei n°
6.994, de 26 de maio de 1982;XI - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais,
bem como operações referentes a mutações patrimoniais;XII - criar e dispor sobre o Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunal de
Ética Profissional;XIII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e bom
nome dos que a exercem;XIV - instituir o modelo da Carteira de Identidade Profissional e do Cartão de
Identificação;XV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;XVI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;XVII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais ou
balanços, a execução orçamentária, o relatório de suas atividades e, periodicamente,
até o prazo de 5 (cinco) anos no máximo, a relação de todos os profissionais
inscritos;XVIII - propor ao Governo Federal as alterações desta lei, bem como de seus instrumentos
executórios, sobretudo quanto à fiscalização do exercício profissional;XIX -(vetado)XX - julgar, em última instância, os recursos das deliberações dos Conselhos Regionais
de Economistas Domésticos;XXI - deliberar sobre instituições de prêmios, reconhecimentos, títulos e anúncio de
especialidade dos profissionais inscritos nos Conselhos Regionais;XXII - contratar e demitir o pessoal administrativo necessário ao bom funcionamento do
Conselho Federal;XXIII - realizar periodicamente reuniões de Conselhos Federal e Regionais para fixar
diretrizes sobre assunto da profissão;Parágrafo único. As questões referentes às atividades-afins com outras profissões
serão resolvidas por meio de entendimentos com as entidades reguladoras dessas
profissões.Art. 12. Compete aos Conselhos Regionais:I - eleger, dentre os seus membros, o seu presidente, o vice-presidente, o secretário e o
tesoureiro;II - expedir Carteira de Identidade Profissional e Cartão de Identificação aos
profissionais residentes em sua jurisdição;III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, representando às
autoridades competentes sobre os fatos que apurar e cuja solução ou repressão não seja
de sua alçada;IV - cumprir e fazer cumprir as disposições desta lei, do regulamento, do regimento, das
resoluções e das demais normas baixadas pelo Conselho Federal;V - funcionar como Tribunal Regional de Ética, conhecendo, processando e decidindo os
casos que lhes forem submetidos;VI - elaborar a proposta de seu regimento, bem como as alterações ao mesmo,
submetendo-as ao Conselho Federal;VII - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao aprimoramento dos serviços e
do sistema de fiscalização do exercício profissional e sugerir-lhe que proponha à
autoridade competente as alterações desta lei que julgar conveniente, principalmente as
que visem melhorar a regulamentação do exercício da profissão de Economista
Doméstico;VIII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais e
as operações referentes a mutações patrimoniais;IX - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;X - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas
à efetivação de sua receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as
importâncias correspondentes à sua participação legal;XI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias correspondentes
a anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de cobrança amigável;XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e bom
conceito dos que a exercem;XIII - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta lei em normas
complementares do Conselho Federal;XIV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;XV - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os
balanços, a execução orçamentária, o relatório de suas atividades e a relação de
profissionais registrados;XVI - contratar e demitir o pessoal administrativo necessário ao funcionamento do
respectivo Conselho Regional;XVII - eleger delegado-eleitor para a reunião a que se refere o art. 8° desta lei.Art. 13. O exercício do cargo de membro do Conselho Regional é incompatível com o de
membro do Conselho Federal.Art. 14. O Economista Doméstico que, inscrito no Conselho Regional de um Estado, passar a
exercer atividades em outro Estado, em caráter permanente, assim entendido o exercício
da profissão por mais de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, ficará obrigado a
requerer inscrição secundária no quadro respectivo ou para ele transferir-se.Art. 15. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Economistas Domésticos não
poderão deliberar senão com a maioria absoluta de seus membros.CAPÍTULO IIDas Anuidades e TaxasArt. 16. O Economista Doméstico, para o exercício de sua profissão, é obrigado a se
inscrever no Conselho de Economistas Domésticos a cuja jurisdição estiver sujeito e
pagará uma anuidade ao respectivo Conselho, até o dia 31 de março de cada ano,
acrescida de 20% (vinte por cento) quando fora deste prazo.Parágrafo único. O Economista Doméstico ausente do País não fica isento do pagamento
da anuidade, que poderá ser paga, no seu regresso, sem acréscimo dos 20% (vinte por
cento) referidos neste artigo.Art. 17. O Conselho Federal ou Conselhos Regionais de Economistas Domésticos cobrarão
taxa pela expedição ou substituição de carteira profissional, pela certidão referente
à anotação de função técnica ou registro da empresa.Art. 18. A carteira profissional contará com uma folha onde será feito registro do
pagamento das anuidades por um período mínimo de 10 (dez) anos.Parágrafo único. A carteira a que se refere o caput deste artigo será expedida pelo
Conselho Federal de Economistas Domésticos - CFED ou Conselhos Regionais de Economistas
Domésticos - CRED servindo como documento de identificação e terá fé pública.Art. 19. Constituem renda do Conselho Federal:I - 20% (vinte por cento) do produto de arrecadação de anuidades, taxas de expedição
de carteira profissional, emolumentos e multas de cada Conselho Regional;II - legados, doações e subvenções;III - rendas patrimoniais;IV - 20% (vinte por cento) do valor das certidões solicitadas por profissionais ou
empresas.Art. 20. Constitui renda dos Conselhos Regionais:I - 80% (oitenta por cento) do produto de arrecadação de anuidades, taxas de expedição
de carteira profissional, emolumentos e multas;II - legados, doações e subvenções;III - rendas patrimoniais;IV - 80% (oitenta por cento) do valor das certidões solicitadas por profissionais ou
empresas.Art. 21. As taxas, anuidades ou quaisquer emolumentos, cuja cobrança esta lei autoriza,
serão fixadas pelo Conselho Federal de Economistas Domésticos - CFED.Art. 22. A renda dos Conselhos Federal e Regionais só poderá ser aplicada na
organização e funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício
profissional, em serviço de caráter assistencial, quando solicitado por entidades
sindicais, bem como no aprimoramento profissional previsto no art. 32 desta lei.Art. 23. As firmas de profissionais de Economia Doméstica, as associações, empresas ou
quaisquer estabelecimentos cuja atividade seja passível de ação de Economistas
Domésticos, deverão, sempre que se tornar necessário, fazer prova de que para este
efeito têm, a seu serviço, profissional habilitado na forma desta lei.Parágrafo único. Aos infratores das normas contidas neste artigo será aplicada, pelo
Conselho Regional de Economistas Domésticos a que estiverem subordinados, multa que
variará de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do valor da anuidade,
independentemente de outras sanções legais.Art. 24. É obrigatório o registro nos Conselhos Regionais das empresas que
desenvolvem programas de atendimento às necessidades básicas da família e outros
grupos, bem como programas de orientação ao consumidor previsto noart. 2° da Lei n° 7.387, de 21 de
outubro de 1985, na forma estabelecida em regulamento.Art. 25. As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham
atividades de Economia Doméstica, ou se utilizam de trabalhos de profissionais dessa
categoria, são obrigados, sempre que solicitados, a fazer prova de que têm, a seu
serviço, profissional habilitado na forma desta lei.Art. 26. Para o exercício da profissão na Administração Pública ou exercício de
cargo, função ou emprego em empresas públicas ou privadas, de assessoramento, chefia ou
direção, será exigida, como condição essencial, a apresentação de Carteira de
Identidade Profissional de Economista Doméstico.Parágrafo único. A inscrição em concurso público dependerá da prévia apresentação
de Carteira de Identidade Profissional ou Certidão de Conselho Regional de que o
profissional está no exercício de seus direitos.Art. 27. O Poder de disciplinar e aplicar penalidades compete, exclusivamente, ao Conselho
Regional em que estejam inscritos os profissionais e as pessoas jurídicas ao tempo do
fato punível.Parágrafo único. Sem prejuízo das penas disciplinares aludidas no art. 30 desta Lei, o
exercício ilegal da profissão será punido na forma prevista noart. 282 do Código
Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940.Art. 28. O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, em área de
jurisdição de dois ou mais Conselhos Regionais, submeterá o profissional de que trata
esta Lei às exigências e formalidades estabelecidas pelo Conselho Federal.CAPÍTULO IIIDas Infrações e PenalidadesArt. 29. Constitui infração disciplinar:I - transgredir preceito ou Código de Ética Profissional;II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o
seu exercício aos não inscritos ou aos leigos;III -(VETADO)IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato definido como crime ou
contravenção;V - revelar segredo que, em razão da profissão, lhe seja confiado;VI - não cumprir, no prazo assinalado, determinações emanadas de órgão ou autoridade
do Conselho Regional, em matéria de competência deste, após regularmente notificado;VII - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional as contribuições a que está
obrigado;VIII - faltar a qualquer dever profissional estabelecido em lei;IX - manter conduta incompatível com o exercício da profissão.Parágrafo único. As faltas serão apuradas, levando-se em conta a natureza do ato e as
circunstâncias de cada caso.Art. 30. As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais são as seguintes:I - advertência;II - repreensão;III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da anuidade;IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até 3 (três) anos;V - cancelamento da inscrição e proibição do exercício profissional.§ 1° Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência, a imposição das
penalidades obedecerá à graduação deste artigo, observadas as normas estabelecidas
pelo Conselho Federal para disciplina do processo de julgamento das infrações.§ 2° Na fixação da pena serão considerados os antecedentes profissionais do infrator,
o seu grau de culpa, as circunstâncias de cada caso.§ 3° As penas de advertência, repreensão e multa serão comunicadas ao infrator pelo
Conselho Regional, em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do
profissional punido, senão em caso reincidência.§ 4° Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao
Conselho Federal:I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência de decisões;II - ex officio, nas hipóteses dos incisos IV e V do caput deste artigo, no prazo de 30
(trinta) dias a contar da decisão.§ 5° As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação
do denunciante, e acompanhadas da indicação dos elementos comprobatórios do alegado.§ 6° A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas só cessará com
a satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição profissional após
decorridos 3 (três) anos.§ 7° É lícito ao profissional punido requerer, à instância superior, revisão do
processo, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.§ 8° Das decisões do Conselho Regional ou de seu Presidente, por força de competência
privativa, caberá recursos, em 30 (trinta) dias, contados da ciência, para o Conselho
Federal.§ 9° Além do recurso previsto no parágrafo anterior, não caberá qualquer outro de
natureza administrativa, assegurada aos interessados a via judicial.§ 10. As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões.CAPÍTULO IVDisposições GeraisArt. 31. Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Economistas Domésticos
aplica-se o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.Art. 32. Os Conselhos Regionais de Economistas Domésticos estimularão, por todos os
meios, inclusive mediante concessão de auxílio, segundo normas aprovadas pelo Conselho
Federal, as realizações de natureza cultural e técnico-científica, visando ao
aprimoramento profissional e à classe.Art. 33. Os casos omissos verificados na execução desta lei serão resolvidos pelo
Conselho Federal de Economistas Domésticos (CFED).Art. 34. Nenhum órgão ou estabelecimento público, autárquico, paraestatal, de economia
mista ou particular poderá ter a denominação de economia doméstica se, na execução
de seu trabalho, não observar os princípios da economia doméstica e não empregar
economistas domésticos.CAPÍTULO VDisposições TransitóriasArt. 35. A escolha dos primeiros membros efetivos do Conselho Federal de Economistas
Domésticos e seus suplentes será feita pela Assembléia Geral Representativa convocada
pela Associação Brasileira de Economistas Domésticos - ABED.Parágrafo único. A Assembléia de que trata este artigo será realizada dentro de 90
(noventa) dias contados da data de publicação desta lei.Art. 36. Os primeiros Conselhos Regionais de Economistas Domésticos, após criados pelo
Conselho Federal, serão constituídos pelos sócios da Assembléia Brasileira de
Economistas Domésticos - ABED, na forma que dispuser o regulamento desta lei.Art. 37. A carteira de identidade profissional de que trata o Capítulo II somente será
exigível a partir de 180 (cento e oitenta) dias contados da instalação do respectivo
Conselho Regional.Art. 38.(VETADO)Art. 39. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 40. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 13 de junho de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 15.6.1990* |
1,990 | 8.041, de 5.6.90 Publicada no DOU de 6.6.90 | Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho da República. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8041.htm | L8041Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.041, DE 5 DE JUNHO DE 1990.Vide
Lei nº 8.490, de 1992Vide Medida Provisória nº 813, de
1995Dispõe
sobre a organização e o funcionamento do Conselho da República.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1º O Conselho da
República, órgão superior de consulta do Presidente da República, tem sua
organização e funcionamento estabelecidos nesta lei.Art. 2º Compete ao
Conselho da República pronunciar-se sobre:I - intervenção
federal, estado de defesa e estado de sítio;II - as questões
relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.Art. 3º O Conselho da
República é presidido pelo Presidente da República e dele participam:I - o Vice-Presidente da
República;II - o Presidente da
Câmara dos Deputados;III - o Presidente do
Senado Federal;IV - os líderes da
maioria e da minoria na Câmara dos Deputados, designados na forma regimental;V - os líderes da
maioria e da minoria no Senado Federal, designado na forma regimental;VI - o Ministro da
Justiça;VII - 6 (seis) cidadãos
brasileiros natos, com mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade, todos com mandato de 3
(três) anos, vedada a recondução, sendo:a) 2 (dois) nomeados pelo
Presidente da República;b) 2 (dois) eleitos pelo
Senado Federal: ec) 2 (dois) eleitos pela
Câmara dos Deputados.§ 1º Nos impedimentos,
por motivo de doença ou ausência do País, dos membros referidos nos incisos II a VI
deste artigo, serão convocados os que estiverem no exercício dos respectivos cargos ou
funções.§ 2º Os membros
referidos no inciso VII deste artigo, terão suplentes, com eles juntamente nomeados ou
eleitos, os quais serão convocados nas situações previstas no parágrafo anterior.§ 3º O tempo de mandato
referido no inciso VII deste artigo será contado a partir da data da posse dos
Conselheiro.§ 4º A participação
no Conselho da República é considerada atividade relevante e não remunerada.§ 5º A primeira
nomeação dos membros do Conselho a que se refere o inciso VII deste artigo deverá ser
realizada até 30 (trinta) dias após a entrada em vigor desta lei.§ 6º Até 15 (quinze)
dias antes do término do mandato dos Conselheiros a que se refere o inciso VII deste
artigo, a Presidência da República e cada uma das Casas do Congresso Nacional farão
publicar, respectivamente, o nome dos cidadãos a serem nomeados e os eleitos para o
Conselho da República.Art.
4º Incumbe à Secretaria-Geral da Presidência da República prestar apoio administrativo
ao Conselho da República, cabendo ao Secretário-Geral da Presidência da República
secretariar-lhe as atividades.(Vide Lei nº 9.649, de
27.5.1998)Art. 5º O Conselho da
República reunir-se-á por convocação do Presidente da República.Parágrafo único. O
Ministro de Estado convocado na forma do§ 1º do art. 90 da Constituição Federalnão
terá direito a voto.Art. 6º As reuniões do
Conselho da República serão realizadas com o comparecimento da maioria dos Conselheiros.Art. 7º O Conselho da
República poderá requisitar de órgãos e entidades públicas as informações e estudos
que se fizerem necessários ao exercício de suas atribuições.Art. 8º Esta lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art. 9º Revogam-se as
disposições em contrário.Brasília, 5 de junho de
1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 6.6.1990* |
1,990 | 8.040, de 5.6.90 Publicada no DOU de 6.6.90 | Altera dispositivo da Lei nº 6.265, de 19 de novembro de 1975, que dispõe sobre o ensino no Exército. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8040.htm | L8040Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.040, DE 5 DE JUNHO DE
1990.Revogada pela Lei nº 9.786, de 1999Texto para
impressãoAltera dispositivo da Lei nº 6.265, de 19 de novembro de 1975, que
dispõe sobre o ensino no Exército.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º O
art. 2º daLei nº 6.265, de 19 de
novembro de 1975, que dispõe sobre o ensino no Exército, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 2ºO Exército poderá
ministrar, também, ensino para preparar candidatos à matrícula em suas escolas de
preparação e de formação de oficiais e para proporcionar o ensino assistencial, de
conformidade com o disposto na regulamentação desta lei."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 5 de junho de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORCarlos Tinoco Ribeiro GomesEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 6.6.1990* |
1,990 | 8.039, de 30.5.90 Publicada no DOU de 31.5.90 | Dispõe sobre critérios de reajuste das mensalidades escolares e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8039.htm | L8039Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.039, DE 30 DE MAIO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 183,
de 1990Revogada pela Lei
nº 8.170, de 1991Texto para impressãoDispõe
sobre critérios de reajuste das mensalidades escolares e dá outras providências.O
PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:Art.
1º Os reajustes das mensalidades das escolas particulares de 1º, 2º e 3º graus, bem
assim das pré-escolas, referentes aos serviços prestados a partir de 1º de maio de
1990, serão calculados de acordo com o percentual de reajuste mínimo mensal dos
salários em geral, fixado noinciso II, do art. 2º, da Lei nº 8.030, de 13 de abril de
1990.Art.
2º Os valores das mensalidades escolares de abril de 1990 serão iguais aos praticados no
mês de março anterior, obrigatória a homologação pelos Conselhos Federal e Estaduais
de Educação e pelo Conselho de Educação do Distrito Federal, nos limites de suas
respectivas competências.§
1º Os critérios de fixação de valores das mensalidades devidas até 31 de março de
1990, são os previstos na legislação anteriormente em vigor.§
2º As escolas apresentarão suas planilhas de custos ou complementação às já
entregues, com, no mínimo, os valores das mensalidades cobradas em dezembro de 1988,
julho de 1989, fevereiro e março de 1990, até o dia 7 de maio de 1990.§
3º Às escolas que não apresentarem suas planilhas na forma e prazo previstos no
parágrafo anterior serão aplicadas as penalidades constantes daLei Delegada nº 4, de
26 de setembro de 1962.§
4º Os Conselhos de Educação divulgação os valores das mensalidades de março de 1990,
no âmbito de suas respectivas competências, até o dia 21 de maio de 1990.§
5º Por ocasião do pagamento das mensalidades de junho de 1990, será feita a
compensação dos valores cobrados em desacordo com o valor-teto homologado para os meses
de março, abril e maio, se houver.Art.
3º O valor-teto fixado nos termos desta lei, para o mês de março, constituirá a base
de cálculo para os reajustes de maio de 1990 e assim sucessivamente.Art.
4º Serão nulos, de pleno direito, quaisquer aumentos de mensalidades escolares
autorizados após 15 de março de 1990, em desacordo com a política de estabilização de
preços e salários do Governo.Art.
5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art.
6º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília,
30 de maio de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORCarlos ChiarelliEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 31.5.1990* |
1,990 | 8.038, de 28.5.90 Publicada no DOU de 29.5.90 | Institui normas procedimentais para os processos que especifica, perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8038.htm | L8038Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.038, DE 28 DE MAIO DE 1990.Institui normas procedimentais
para os processos que especifica, perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo
Tribunal Federal.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:TÍTULO IProcessos de Competência OrigináriaCAPÍTULO IAção Penal OrigináriaArt. 1º
- Nos crimes de
ação penal pública, o Ministério Público terá o prazo de quinze dias para
oferecer denúncia ou pedir arquivamento do inquérito ou das peças informativas.(Vide Lei nº 8.658, de 1993)§ 1º
- Diligências
complementares poderão ser deferidas pelo relator, com interrupção do prazo deste
artigo.§ 2º
- Se o indiciado
estiver preso:a) o prazo para
oferecimento da denúncia será de cinco dias;b) as diligências
complementares não interromperão o prazo, salvo se o relator, ao deferi-las, determinar
o relaxamento da prisão.§ 3º Não sendo
o caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstanciadamente a prática de infração penal sem violência ou grave
ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que
necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime, nos
termos doart. 28-A do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Código de Processo Penal).(Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)Art. 2º
- O relator,
escolhido na forma regimental, será o juiz da instrução, que se realizará segundo o
disposto neste capítulo, no Código de Processo Penal, no que for aplicável, e no
Regimento Interno do Tribunal.(Vide Lei nº
8.658, de 1993)Parágrafo único
- O
relator terá as atribuições que a legislação processual confere aos juízes
singulares.Art. 3º
- Compete ao
relator:(Vide Lei nº 8.658, de 1993)I - determinar o
arquivamento do inquérito ou de peças informativas, quando o requerer o Ministério
Público, ou submeter o requerimento à decisão competente do Tribunal;II - decretar a
extinção da punibilidade, nos casos previstos em lei.III –
convocar desembargadores de Turmas Criminais dos Tribunais de Justiça ou dos
Tribunais Regionais Federais, bem como juízes de varas criminais da Justiça dos
Estados e da Justiça Federal, pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogável por
igual período, até o máximo de 2 (dois) anos, para a realização do
interrogatório e de outros atos da instrução, na sede do tribunal ou no local
onde se deva produzir o ato.(Incluído pela Lei nº 12.019, de 2009)Art. 4º
- Apresentada a
denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado para oferecer
resposta no prazo de quinze dias.(Vide Lei nº
8.658, de 1993)§ 1º
- Com a
notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do despacho
do relator e dos documentos por este indicados.§ 2º
- Se desconhecido o
paradeiro do acusado, ou se este criar dificuldades para que o oficial cumpra a
diligência, proceder-se-á a sua notificação por edital, contendo o teor resumido da
acusação, para que compareça ao Tribunal, em cinco dias, onde terá vista dos autos
pelo prazo de quinze dias, a fim de apresentar a resposta prevista neste artigo.Art. 5º
- Se, com a
resposta, forem apresentados novos documentos, será intimada a parte contrária para
sobre eles se manifestar, no prazo de cinco dias.(Vide
Lei nº 8.658, de 1993)Parágrafo único
- Na
ação penal de iniciativa privada, será ouvido, em igual prazo, o Ministério Público.Art. 6º
- A seguir, o
relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da
denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de
outras provas.(Vide Lei nº 8.658, de 1993)§ 1º
- No julgamento de
que trata este artigo, será facultada sustentação oral pelo prazo de quinze
minutos, primeiro à acusação, depois à defesa.§ 2º
- Encerrados os
debates, o Tribunal passará a deliberar, determinando o Presidente as pessoas que
poderão permanecer no recinto, observado o disposto no inciso II do art. 12 desta lei.Art. 7º
- Recebida a
denúncia ou a queixa, o relator designará dia e hora para o interrogatório, mandando
citar o acusado ou querelado e intimar o órgão do Ministério Público, bem como o
querelante ou o assistente, se for o caso.(Vide
Lei nº 8.658, de 1993)Art. 8º
- O prazo para
defesa prévia será de cinco dias, contado do interrogatório ou da intimação do
defensor dativo.(Vide Lei nº 8.658, de 1993)Art. 9º
- A instrução
obedecerá, no que couber, ao procedimento comum do Código de Processo Penal.(Vide Lei nº 8.658, de 1993)§ 1º
- O relator poderá
delegar a realização do interrogatório ou de outro ato da instrução ao juiz ou membro
de tribunal com competência territorial no local de cumprimento da carta de ordem.§ 2º
- Por expressa
determinação do relator, as intimações poderão ser feitas por carta registrada com
aviso de recebimento.Art. 10
- Concluída a
inquirição de testemunhas, serão intimadas a acusação e a defesa, para requerimento
de diligências no prazo de cinco dias.(Vide Lei
nº 8.658, de 1993)Art. 11 - Realizadas as
diligências, ou não sendo estas requeridas nem determinadas pelo relator, serão
intimadas a acusação e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de quinze dias, alegações escritas.(Vide Lei nº 8.658, de 1993)§ 1º
- Será comum o
prazo do acusador e do assistente, bem como o dos co-réus.§ 2º
- Na ação penal de
iniciativa privada, o Ministério Público terá vista, por igual prazo, após as
alegações das partes.§ 3º
- O relator poderá,
após as alegações escritas, determinar de ofício a realização de provas reputadas
imprescindíveis para o julgamento da causa.Art. 12
- Finda a
instrução, o Tribunal procederá ao julgamento, na forma determinada pelo regimento
interno, observando-se o seguinte:(Vide Lei nº
8.658, de 1993)I - a acusação e a
defesa terão, sucessivamente, nessa ordem, prazo de uma hora para sustentação oral,
assegurado ao assistente um quarto do tempo da acusação;II - encerrados os
debates, o Tribunal passará a proferir o julgamento, podendo o Presidente limitar a
presença no recinto às partes e seus advogados, ou somente a estes, se o interesse
público exigir.CAPÍTULO IIReclamaçãoArt. 13
- Para preservar a
competência do Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões, caberá reclamação
da parte interessada ou do Ministério Público.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Parágrafo único
- A
reclamação, dirigida ao Presidente do Tribunal, instruída com prova documental, será
autuada e distribuída ao relator da causa principal, sempre que possível.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 14
- Ao despachar a
reclamação, o relator:(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)I - requisitará
informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato impugnado, que as
prestará no prazo de dez dias;(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)II - ordenará, se
necessário, para evitar dano irreparável, a suspensão do processo ou do ato impugnado.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 15
- Qualquer
interessado poderá impugnar o pedido do reclamante.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 16
- O Ministério
Público, nas reclamações que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 17
- Julgando
procedente a reclamação, o Tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou
determinará medida adequada à preservação de sua competência.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 18
- O Presidente
determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)CAPÍTULO IIIIntervenção FederalArt. 19
- A requisição
de intervenção federal prevista nosincisos IIeIV do art. 36 da Constituição Federalserá promovida:I - de ofício, ou
mediante pedido de Presidente de Tribunal de Justiça do Estado, ou de Presidente de
Tribunal Federal, quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão judicial,
com ressalva, conforme a matéria, da competência do Supremo
Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral;II - de ofício, ou
mediante pedido da parte interessada, quando se tratar de prover a execução de ordem ou
decisão do Superior Tribunal de Justiça;III - mediante
representação do Procurador-Geral da República, quando se tratar de prover a execução
de lei federal.Art. 20
- O Presidente, ao
receber o pedido:I - tomará as
providências que lhe parecerem adequadas para remover, administrativamente, a causa do
pedido;II - mandará
arquivá-lo, se for manifestamente infundado, cabendo do seu despacho agravo regimental.Art. 21
- Realizada a
gestão prevista no inciso I do artigo anterior, solicitadas informações à autoridade
estadual e ouvido o Procurador-Geral, o pedido será distribuído a um relator.Parágrafo único
- Tendo
em vista o interesse público, poderá ser permitida a presença no recinto às partes e
seus advogados, ou somente a estes.Art. 22
- Julgado
procedente o pedido, o Presidente do Superior Tribunal de Justiça comunicará,
imediatamente, a decisão aos órgãos do poder público interessados e requisitará a
intervenção ao Presidente da República.CAPÍTULO IVHabeas CorpusArt. 23
- Aplicam-se ao Habeas Corpus perante o Superior Tribunal de Justiça as normas do Livro III, Título II,
Capítulo X do Código de Processo Penal.CAPÍTULO VOutros ProcedimentosArt. 24
- Na ação
rescisória, nos conflitos de competência, de jurisdição e de atribuições, na
revisão criminal e no mandado de segurança, será aplicada a legislação processual em
vigor.Parágrafo único
- No
mandado de injunção e no habeas data, serão observadas, no que couber, as normas do
mandado de segurança, enquanto não editada legislação específica.Art. 25
- Salvo quando a
causa tiver por fundamento matéria constitucional, compete ao Presidente do Superior
Tribunal de Justiça, a requerimento do Procurador-Geral da República ou da pessoa
jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde,
à segurança e à economia pública, suspender, em despacho fundamentado, a execução de
liminar ou de decisão concessiva de mandado de segurança, proferida, em única ou
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do
Distrito Federal.§ 1º
- O Presidente pode
ouvir o impetrante, em cinco dias, e o Procurador-Geral quando não for o requerente, em
igual prazo.§ 2º
- Do despacho que
conceder a suspensão caberá agravo regimental.§ 3º
- A suspensão de
segurança vigorará enquanto pender o recurso, ficando sem efeito, se a decisão
concessiva for mantida pelo Superior Tribunal de Justiça ou transitar em julgado.TÍTULO IIRecursosCAPÍTULO IRecurso Extraordinário e Recurso EspecialArt. 26
- Os recurso
extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão
interpostos no prazo comum de quinze dias, perante o Presidente do Tribunal
recorrido, em petições distintas que conterão:(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)I - exposição do fato e
do direito;(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)II - a demonstração do
cabimento do recurso interposto;(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)III - as razões do
pedido de reforma da decisão recorrida.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Parágrafo único
- Quando
o recurso se fundar em dissídio entre a interpretação da lei federal adotada pelo
julgado recorrido e a que lhe haja dado outro Tribunal, o recorrente fará a prova da
divergência mediante certidão, ou indicação do número e da página do jornal oficial,
ou do repertório autorizado de jurisprudência, que o houver publicado.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 27
- Recebida a
petição pela Secretaria do Tribunal e aí protocolada, será intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista pelo prazo de quinze dias para apresentar contra-razões.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 1º
- Findo esse prazo,
serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de cinco dias.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 2º
- Os recursos
extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 3º
- Admitidos os
recursos, os autos serão imediatamente remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 4º
- Concluído o
julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal para
apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 5º
- Na hipótese de o
relator do recurso especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial
daquele em decisão irrecorrível, sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao
Supremo Tribunal Federal, para julgar o extraordinário.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 6º
- No caso de
parágrafo anterior, se o relator do recurso extraordinário, em despacho irrecorrível,
não o considerar prejudicial, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça, para
o julgamento do recurso especial.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 28
- Denegado o
recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de
cinco dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça,
conforme o caso.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 1º
- Cada agravo de
instrumento será instruído com as peças que forem indicadas pelo agravante e pelo
agravado, dele constando, obrigatoriamente, além das mencionadas no parágrafo único do
art. 523 do Código de Processo Civil, o acórdão recorrido, a petição de
interposição do recurso e as contra-razões, se houver.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 2º
- Distribuído o
agravo de instrumento, o relator proferirá decisão.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 3º
- Na hipótese de
provimento, se o instrumento contiver os elementos necessários ao julgamento do mérito
do recurso especial, o relator determinará, desde logo, sua inclusão em pauta,
observando-se, daí por diante, o procedimento relativo àqueles recursos, admitida a
sustentação oral.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 4º
- O disposto no
parágrafo anterior aplica-se também ao agravo de instrumento contra denegação de
recurso extraordinário, salvo quando, na mesma causa, houver recurso especial admitido e
que deva ser julgado em primeiro lugar.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)§ 5º
- Da decisão do
relator que negar seguimento ou provimento ao agravo de instrumento, caberá agravo para o
órgão julgador no prazo de cinco dias.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 29
- É embargável,
no prazo de quinze dias, a decisão da turma que, em recurso especial, divergir do
julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial, observando-se o procedimento
estabelecido no regimento interno.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)CAPÍTULO IIRecurso Ordinário em Habeas CorpusArt. 30
- O recurso
ordinário para o Superior Tribunal de Justiça, das decisões denegatórias de Habeas
Corpus, proferidas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do
Distrito Federal, será interposto no prazo de cinco dias, com as razões do pedido de
reforma.(Vide Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 31
- Distribuído o
recurso, a Secretaria, imediatamente, fará os autos com vista ao Ministério Público,
pelo prazo de dois dias.Parágrafo único
-
Conclusos os autos ao relator, este submeterá o feito a julgamento independentemente de
pauta.Art. 32
- Será aplicado,
no que couber, ao processo e julgamento do recurso, o disposto com relação ao pedido
originário de Habeas Corpus.CAPÍTULO IIIRecurso Ordinário em Mandado de SegurançaArt. 33
- O recurso
ordinário para o Superior Tribunal de Justiça, das decisões denegatórias de mandado de
segurança, proferidas em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
Tribunais de Estados e do Distrito Federal, será interposto no prazo de quinze dias, com
as razões do pedido de reforma.Art. 34
- Serão
aplicadas, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento no Tribunal
recorrido, as regras do Código de Processo Civil relativas à apelação.Art. 35
- Distribuído o
recurso, a Secretaria, imediatamente, fará os autos com vista ao Ministério Público,
pelo prazo de cinco dias.Parágrafo único
-
Conclusos os autos ao relator, este pedirá dia para julgamento.CAPÍTULO IVApelação Cível e Agravo de InstrumentoArt. 36
- Nas causas em
que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro,
município ou pessoa domiciliada ou residente no País, caberá:I - apelação da
sentença;II - agravo de
instrumento, das decisões interlocutórias.Art. 37
- Os recursos
mencionados no artigo anterior serão interpostos para o Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, o disposto
no Código de Processo Civil.TÍTULO IIIDisposições GeraisArt. 38
- O Relator, no
Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça, decidirá o pedido ou o
recurso que haja perdido seu objeto, bem como negará seguimento a pedido ou recurso
manifestamente intempestivo, incabível ou, improcedente ou ainda, que contrariar, nas
questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal.(Revogado pela Lei n º 13.105, de
2015)(Vigência)Art. 39
- Da decisão do
Presidente do Tribunal, de Seção, de Turma ou de Relator que causar gravame à parte,
caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no prazo de cinco dias.Art. 40
- Haverá
revisão, no Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes processos:I - ação rescisória;II - ação penal
originária;III - revisão criminal.Art. 41
- Em caso de vaga
ou afastamento de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, por prazo superior a trinta dias, poderá ser convocado Juiz de Tribunal Regional Federal ou Desembargador,
para substituição, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros.Art. 41-A - A decisão de Turma, no Superior Tribunal de
Justiça, será tomada pelo voto da maioria absoluta de seus membros.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998).Parágrafo único
- Emhabeas corpusoriginário ou recursal, havendo empate, prevalecerá a decisão mais favorável ao
paciente.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998).Art. 41-A. A decisão de Turma, no Supremo Tribunal Federal e no
Superior Tribunal de Justiça, será tomada pelo voto da maioria
absoluta de seus membros.(Redação dada
pela Lei nº 14.836, de 2024)Parágrafo único. Em todos os julgamentos em matéria penal ou
processual penal em órgãos colegiados, havendo empate, prevalecerá a
decisão mais favorável ao indivíduo imputado, proclamando-se de
imediato esse resultado, ainda que, nas hipóteses de vaga aberta a
ser preenchida, de impedimento, de suspeição ou de ausência, tenha
sido o julgamento tomado sem a totalidade dos integrantes do
colegiado.(Redação dada
pela Lei nº 14.836, de 2024)Art. 41-B - As despesas do porte de remessa e
retorno dos autos serão recolhidas mediante documento de arrecadação, de conformidade
com instruções e tabela expedidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal
de Justiça.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998).Parágrafo único - A secretaria do tribunal local zelará pelo recolhimento das
despesas postais.(Incluído pela Lei nº 9.756, de
1998).Art.
42 - Os arts. 496, 497, 498, inciso II do art. 500, e 508 daLei nº 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:"Art. 496
-São cabíveis os seguintes recursos:I -apelação;II -agravo de instrumento;III -embargos infringentes;IV -embargos de declaração;V -recurso ordinário;VI -recurso especial;VII -recurso extraordinário.Art. 497
-O
recurso extraordinário e o recurso especial não impedem a execução da sentença; a
interposição do agravo de instrumento não obsta o andamento do processo, ressalvado o
disposto no art. 558 desta lei.Art. 498
-Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento
unânime e forem interpostos simultaneamente embargos infringentes e recurso
extraordinário ou recurso especial, ficarão estes sobrestados até o julgamento daquele.......................................................................Art.
500...................................................................................................II -será
admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no
recurso especial;.......................................................................Art. 508.Na
apelação e nos embargos infringentes, o prazo para interpor e para responder é de quinze dias."Art. 43
- Esta lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art
-
44. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente osarts.
541 a 546 do Código de Processo Civile aLei nº 3.396, de 2 de junho de 1958.Brasília, 28 de maio de
1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
DOU de 29.5.1990* |
1,990 | 8.037, de 25.5.90 Publicada no DOU de 28.5.90 | Altera os arts. 176 e 177 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que instituiu o Código Eleitoral, com as alterações promovidas pelas Leis nºs 6.989, de 5 de maio de 1982 e 7.332, de 1º de julho de 1985, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8037.htm | L8037Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.037, DE 25 DE MAIO DE 1990.Altera
os arts. 176 e 177 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que instituiu o Código
Eleitoral, com as alterações promovidas pelas Leis nºs 6.989, de 5 de maio de 1982 e
7.332, de 1º de julho de 1985, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º Os arts. 176 e 177 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que instituiu o
Código Eleitoral, com as alterações promovidas pelas Leis nºs 6.989, de 5 de maio de
1982 e 7.332, de 1º de julho de 1985, passam a vigorar com a seguinte redação:"Art. 176.Contar-se-á o voto apenas para a legenda,
nas eleições pelo sistema proporcional:I - se o eleitor escrever apenas a sigla
partidária, não indicando o candidato de sua preferência;II - se o eleitor escrever o nome de mais de
um candidato do mesmo Partido;III - se o eleitor, escrevendo apenas os
números, indicar mais de um candidato do mesmo Partido;IV - se o eleitor não indicar o candidato
através do nome ou do número com clareza suficiente para distingui-lo de outro candidato
do mesmo Partido.Art. 177.Na contagem dos votos para as eleições
realizadas pelo sistema proporcional observar-se-ão, ainda, as seguintes normas:I - a inversão, omissão ou erro de grafia do
nome ou prenome não invalidará o voto, desde que seja possível a identificação do
candidato;II - se o eleitor escrever o nome de um
candidato e o número correspondente a outro da mesma legenda ou não, contar-se-á o voto
para o candidato cujo nome foi escrito, bem como para a legenda a que pertence;III - se o eleitor escrever o nome ou o
número de um candidato e a legenda de outro Partido, contar-se-á o voto para o candidato
cujo nome ou número foi escrito;IV - se o eleitor escrever o nome ou o número
de um candidato a Deputado Federal na parte da cédula referente a Deputado Estadual ou
vice-versa, o voto será contado para o candidato cujo nome ou número foi escrito;V - se o eleitor escrever o nome ou o número
de candidatos em espaço da cédula que não seja o correspondente ao cargo para o qual o
candidato foi registrado, será o voto computado para o candidato e respectiva legenda,
conforme o registro."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 25 de maio de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 28.5.1990* |
1,990 | 8.036, de 11.5.90 Publicada no DOU de 14.5.90 Retificada no DOU de 15.5.90 | Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm | L8036consolPresidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.036, DE 11 DE MAIO DE 1990.Texto
compiladoConversão da Medida Provisória nº
177/90Mensagem
de veto(Vide Decreto nº
99.684, de 1990)(Vide Lei nº 9.012, de
1995)(Vide Lei
complementar nº 150, de 2015)(Vide Medida
Provisória nº 1.045, de 2021)(Vide Recurso extraordinário nº 522897)Dispõe sobre o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1º O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), instituído pelaLei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, passa a reger-se por esta
lei.Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta
lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização
monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações.§ 1º Constituem recursos incorporados ao FGTS, nos termos docaputdeste artigo:a) eventuais saldos apurados nos termos do art. 12, § 4º;b) dotações orçamentárias específicas;c) resultados das aplicações dos recursos do FGTS;d) multas, correção monetária e juros moratórios devidos;e) demais receitas patrimoniais e financeiras.§ 2º As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis.Art. 3º O FGTS será regido segundo normas e diretrizes estabelecidas por um
Conselho Curador, integrado por três representantes da categoria dos empregadores, além
de um representante de cada uma das seguintes entidades: Ministério da Economia, Fazenda
e Planejamento; Ministério do Trabalho e da Previdência Social; Ministério da Ação
Social; Caixa Econômica Federal e Banco Central do Brasil.Art. 3oO FGTS será
regido segundo normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, integrado por
três representantes da categoria dos trabalhadores e três representantes da categoria
dos empregadores, além de um representante de cada órgão e entidade a seguir indicados:(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)I - Ministério do Trabalho;(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)II - Ministério do Planejamento e Orçamento;(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)III - Ministério da Fazenda;(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)IV - Ministério da Indústria, do Comércio e do
Turismo;(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)V - Caixa Econômica Federal;(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)VI - Banco Central do Brasil.(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)Art. 3oO
FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto
por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais,
na forma estabelecida pelo Poder Executivo.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)(Vide Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)(Vide Decreto nº 3.101, de 2001)(Vide Decreto nº 11.496, de 2023)§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do Ministério
do Trabalho e da Previdência Social.§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo Ministro de Estado da
Economia ou por representante, por ele indicado, da área fazendária do governo.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida
por representante do Ministério do Trabalho e Previdência.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 1.058, de 2021)§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo Ministro de
Estado do Trabalho e Previdência ou representante por ele indicado.(Redação dada pelo Lei
nº 14.261, de 2021)§
2º Os órgãos oficiais far-se-ão representar, no caso dos Ministérios, pelos Ministros
de Estado e, no caso dos demais órgãos, por seus Presidentes, na qualidade de membros
titulares, cabendo-lhes indicar seus suplentes ao Presidente do Conselho Curador, que os
nomeará.§ 2oOs Ministros de Estado e os Presidentes das entidades mencionadasneste
artigo serão os membros titulares do Conselho Curador, cabendo, a cada um deles, indicar
o seu respectivo suplente ao Presidente do Conselho, que os nomeará.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)(Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes
serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e
nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois)
anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus
suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e
confederações nacionais, serão nomeados pelo Poder Executivo, terão
mandato de 2 (dois) anos e poderão ser reconduzidos uma única vez,
vedada a permanência de uma mesma pessoa como membro titular, como
suplente ou, de forma alternada, como titular e suplente, por período
consecutivo superior a 4 (quatro) anos no Conselho.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 4º O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação
de seu Presidente. Esgotado esse período, não tendo ocorrido convocação, qualquer de
seus membros poderá fazê-la, no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo necessidade, qualquer
membro poderá convocar reunião extraordinária, na forma que vier a ser regulamentada
pelo Conselho Curador.§ 4º-A. As reuniões do Conselho Curador serão públicas, bem como
gravadas e transmitidas ao vivo por meio do sítio do FGTS na internet, o
qual também possibilitará acesso a todas as gravações que tiverem sido
efetuadas dessas reuniões, resguardada a possibilidade de tratamento
sigiloso de matérias assim classificadas na forma da lei.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 5º As decisões do Conselho serão tomadas com a presença, no
mínimo, de 7 (sete) de seus membros, tendo o Presidente voto de qualidade.§ 5oAs
decisões do Conselho serão tomadas com a presença da maioria simples de seus membros,
tendo o Presidente voto de qualidade.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)(Vide Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)§ 6º As despesas porventura exigidas para o comparecimento às reuniões do Conselho
constituirão ônus das respectivas entidades representadas.§ 7º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador,
decorrentes das atividades desse órgão, serão abonadas, computando-se como jornada
efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais.§ 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao
Conselho Curador os meios necessários ao exercício de sua competência, para o que
contará com uma Secretaria Executiva do Conselho Curador do FGTS.§ 8º O Poder Executivo designará, entre os órgãos governamentais com
representação no Conselho Curador do FGTS, aquele que lhe proporcionará
estrutura administrativa de suporte para o exercício de sua competência
e que atuará na função de Secretaria Executiva do colegiado, não
permitido ao Presidente do Conselho Curador acumular a titularidade
dessa Secretaria Executiva.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores,
efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano
após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo
de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical.§ 10. Os membros do Conselho Curador do FGTS serão escolhidos dentre
cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento, e deverão ser
atendidos os seguintes requisitos:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - ter formação acadêmica superior; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nasalíneas “a” a “q” do inciso I docaputdo art. 1º da Lei
Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 4º A gestão da aplicação do FGTS será efetuada pelo Ministério da Ação
Social, cabendo à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente operador.Art. 4º O gestor da aplicação dos recursos do FGTS será o
órgão do Poder Executivo responsável pela política de habitação, e caberá à
Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente operador.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 5º Ao Conselho Curador do FGTS compete:(Vide Lei complementar nº 150, de 2015)I - estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS,
de acordo com os critérios definidos nesta lei, em consonância com a política nacional
de desenvolvimento urbano e as políticas setoriais de habitação popular, saneamento
básico e infra-estrutura urbana estabelecidas pelo Governo Federal;I - estabelecer as diretrizes e os programas de alocação dos
recursos do FGTS, de acordo com os critérios definidos nesta Lei, em
conformidade com a política nacional de desenvolvimento urbano e as
políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico,
microcrédito e infraestrutura urbana estabelecidas pelo Governo
federal;(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)I - estabelecer as diretrizes e os programas de
alocação dos recursos do FGTS, de acordo com os critérios definidos nesta
Lei, em conformidade com a política nacional de desenvolvimento urbano e as
políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico, microcrédito e
infraestrutura urbana estabelecidas pelo governo federal;(Redação dada pela Lei
nº 14.438, de 2022)II - acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como os
ganhos sociais e o desempenho dos programas aprovados;III - apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do FGTS;IV - pronunciar-se sobre as contas do FGTS, antes do seu encaminhamento aos órgãos de
controle interno para os fins legais;IV - aprovar as demonstrações financeiras do FGTS, com base em parecer
de auditoria externa independente, antes de sua publicação e
encaminhamento aos órgãos de controle, bem como da distribuição de
resultados;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)V - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do Ministério da
Ação Social e da Caixa Econômica Federal, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento
das finalidades no que concerne aos recursos do FGTS;V - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do
gestor da aplicação e da CEF que prejudiquem o desempenho e o
cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do FGTS;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)VI - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao FGTS,
nas matérias de sua competência;VII - aprovar seu regimento interno;VIII - fixar as normas e valores de remuneração do agente operador e dos agentes
financeiros;IX - fixar critérios para parcelamento de recolhimentos em atraso;X - fixar critério e valor de remuneração para o exercício da fiscalização;XI - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as decisões proferidas pelo Conselho,
bem como as contas do FGTS e os respectivos pareceres emitidos.XII - fixar critérios e condições para
compensação entre créditos do empregador, decorrentes de depósitos relativos a
trabalhadores não optantes, com contratos extintos, e débitos resultantes de
competências em atraso, inclusive aqueles que forem objeto de composição de dívida com
o FGTS.(Incluído
pela Lei nº 9.711, de 1998)XIII - em relação ao Fundo de Investimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS:(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)a) aprovar
a política de investimento do FI-FGTS, por proposta do Comitê de Investimento;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)b) decidir
sobre o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do FI-FGTS,
em cada exercício;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)c) definir
a forma de deliberação, de funcionamento e a composição do Comitê de Investimento;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)d) estabelecer
o valor da remuneração da Caixa Econômica Federal pela administração e gestão do
fundo de investimento;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)e) definir
a exposição máxima de risco dos investimentos do FI-FGTS;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)f) estabelecer
o limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por empreendimento, observados
os requisitos técnicos aplicáveis;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas e
retorno dos recursos à conta vinculada;(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)h) aprovar
o regulamento do FI-FGTS, elaborado pela Caixa Econômica Federal; e(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)i) autorizar
a integralização de cotas do FI-FGTS pelos trabalhadores, estabelecendo previamente os
limites globais e individuais, parâmetros e condições de aplicação e resgate.(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)XIII - em
relação ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS:(Incluído pela Lei nº
11.491, de 2007)a) aprovar a
política de investimento do FI-FGTS por proposta do Comitê de Investimento;(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)b) decidir sobre
o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do
FI-FGTS, em cada exercício;(Incluído pela Lei nº 11.491, de 2007)c) definir a
forma de deliberação, de funcionamento e a composição do Comitê de Investimento;(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)d) estabelecer o
valor da remuneração da Caixa Econômica Federal pela administração e gestão do FI-FGTS, inclusive a taxa de risco;(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)e) definir a
exposição máxima de risco dos investimentos do FI-FGTS;(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)f) estabelecer o
limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por setor, por
empreendimento e por classe de ativo, observados os requisitos técnicos
aplicáveis;(Incluído pela
Lei nº 11.491, de 2007)g) estabelecer o
prazo mínimo de resgate das cotas e de retorno dos recursos à conta vinculada,
observado o disposto no § 19 do art. 20 desta Lei;(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)h) aprovar o
regulamento do FI-FGTS, elaborado pela Caixa Econômica Federal; e(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)i) autorizar a
integralização de cotas do FI-FGTS pelos trabalhadores, estabelecendo
previamente os limites globais e individuais, parâmetros e condições de
aplicação e resgate.(Incluído pela Lei nº 11.491, de 2007)XIV – autorizar e
definir as condições financeiras e contratuais a serem observadas na
aplicação de recursos do FGTS em instrumentos de dívida emitidos pela
Caixa Econômica Federal, observado o disposto em lei especial e em atos
editados pelo Conselho Monetário Nacional.(Incluído pela Lei
nº 13.590, de 2018)XIV -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)XV - autorizar a aplicação de recursos do FGTS em outros fundos de
investimento, no mercado de capitais e em títulos públicos e privados,
com base em proposta elaborada pelo agente operador, devendo o Conselho
Curador regulamentar as formas e condições do investimento, vedado o
aporte em fundos nos quais o FGTS seja o único cotista;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)XVI - estipular limites às tarifas cobradas pelo agente operador ou
pelos agentes financeiros na intermediação da movimentação dos recursos
da conta vinculada do FGTS, inclusive nas hipóteses de que tratam os
incisos V, VI e VII docaputdo art. 20 desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)XVII - em relação à autorização de aplicação de recursos do FGTS em
fundos garantidores de crédito e sua regulamentação quanto às formas
e condições:(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)a) estabelecer o valor da aplicação com fundamento em proposta
elaborada pelo gestor da aplicação; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)b) estabelecer, a cada três anos, percentual mínimo do valor
proposto para aplicação na política setorial do microcrédito,
respeitado o piso de trinta por cento.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)XVII - estabelecer, em relação à autorização de
aplicação de recursos do FGTS em fundos garantidores de crédito e sua
regulamentação quanto às formas e condições:(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)a) o
valor da aplicação com fundamento em proposta elaborada pelo gestor da
aplicação; e(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)b) a
cada 3 (três) anos, percentual mínimo do valor proposto para aplicação na
política setorial do microcrédito, respeitado o piso de 30% (trinta por cento).(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 1º O Conselho Curador será assistido por um Comitê de Auditoria e
Riscos, constituído na forma do Regimento Interno, cujas atribuições e
condições abrangerão, no mínimo, aquelas estipuladas nosarts. 24e25,
§§ 1º a 3º, da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ao Comitê de
Auditoria Estatutário das empresas públicas e sociedades de economia
mista que forem aplicáveis, ainda que por similaridade, ao FGTS, e cujas
despesas serão custeadas pelo Fundo, por meio de sua Secretaria
Executiva, observado o disposto no § 3º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º O Conselho Curador poderá ser assistido regularmente por pessoas
naturais ou jurídicas especializadas em planejamento, em gestão de
investimentos, em avaliação de programas e políticas, em tecnologia da
informação ou em qualquer outra especialização julgada necessária para
subsidiá-lo no exercício de suas atribuições, e as despesas decorrentes
ficarão a cargo do FGTS, observado o disposto no § 3º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º Os custos e despesas incorridos pelo FGTS não poderão superar
limite a ser estabelecido pelo Conselho Curador, o qual observará, no
mínimo, os custos por atividades, os ganhos de escala e produtividade,
os avanços tecnológicos e a remuneração praticada por outros fundos no
mercado de capitais, excluídos da base de cálculo aqueles cuja
administradora receba remuneração específica, e incluirão:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - os serviços de fiscalização, as atividades de arrecadação, de
cobrança administrativa e de emissão de certidões;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - os serviços de cobrança judicial dos créditos inscritos em dívida
ativa;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)III - os serviços contratados pela Secretaria Executiva para suporte às
ações e decisões do Conselho Curador e do Comitê de Auditoria e Riscos,
bem como os valores despendidos com terceiros;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)IV - a capacitação dos gestores.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 4º O Conselho Curador especificará os serviços de suporte à gestão e à
operação que poderão ser contratados pela Secretaria Executiva com
recursos do FGTS, cabendo-lhe aprovar o montante destinado a tal
finalidade no orçamento anual.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 5º As auditorias externas contratadas pelo Comitê a que se refere o §
1º deste artigo não poderão prestar serviços ao agente operador durante
a execução dos contratos de auditoria com o FGTS.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 6º O limite de custos e despesas a que se refere o § 3º deste artigo
não inclui taxas de risco de crédito e demais custos e despesas devidos
ao agente operador e aos agentes financeiros.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 7º O limite de que trata o § 3º deste artigo será, em cada exercício,
de até 0,04% (quatro centésimos por cento) do valor dos ativos do FGTS
ao final do exercício anterior, e, até a publicação das respectivas
demonstrações financeiras, esse limite será calculado a partir de
estimativas divulgadas pelo Conselho Curador para o valor dos ativos do
FGTS ao final daquele exercício.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 7º O limite de que trata o § 3º será, em cada exercício, de até
seis centésimos por cento do valor dos ativos do FGTS ao final do
exercício anterior e, até a publicação das demonstrações
financeiras, esse limite será calculado a partir de estimativas
divulgadas pelo Conselho Curador para o valor dos ativos do FGTS ao
final daquele exercício.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 7º O limite de que trata o § 3º deste
artigo será, em cada exercício, de até 0,06% (seis centésimos por
cento) do valor dos ativos do FGTS ao final do exercício anterior e,
até a publicação das demonstrações financeiras, esse limite será
calculado a partir de estimativas divulgadas pelo Conselho Curador
para o valor dos ativos do FGTS ao final daquele exercício.(Redação dada
pela Lei nº 14.438, de 2022)§ 8º A taxa de administração do FGTS devida ao agente operador não será
superior a 0,5% (cinco décimos por cento) ao ano do valor total dos
ativos do Fundo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)(Vigência)§ 9º § 9º A taxa de administração de que trata a alínea “d” do inciso XIII docaputdeste artigo não será superior a 0,5% (cinco décimos por
cento) ao ano do valor total dos ativos do FI-FGTS.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)(Vigência)§ 10. O piso de que trata a alínea “b” do inciso XVII docaputpoderá ser revisto pelo Conselho Curador a cada três anos.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 10. O piso de que trata a alínea “b” do
inciso XVII docaputdeste artigo poderá ser revisto pelo
Conselho Curador a cada 3 (três) anos.(Incluído
pela Lei nº 14.438, de 2022)Art. 6º Ao Ministério da Ação Social, na qualidade de gestor da aplicação do FGTS,
compete:Art. 6º Ao Ministério das Cidades, na
qualidade de gestor da aplicação do FGTS, compete:(Redação dada pela
Medida Provisória nº 859, de 2018)Art. 6º
Ao Ministério das Cidades, na qualidade de gestor da a.plicação do
FGTS, compete:(Redação dada pela
Lei nº 13.832, de 2019)Art. 6º Ao gestor da aplicação compete:(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)I - praticar todos os atos necessários à gestão da aplicação do Fundo, de acordo com
as diretrizes e programas estabelecidos pelo Conselho Curador;II - expedir atos normativos relativos à alocação dos recursos para implementação dos
programas aprovados pelo Conselho Curador;III - elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos,
discriminando-os por Unidade da Federação, submetendo-os até 31 de julho ao Conselho
Curador do Fundo;III - elaborar orçamentos
anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminados por região
geográfica, e submetê-los até 31 de julho ao Conselho Curador do FGTS;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 996, de 2020)III - elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação
dos recursos, discriminados por região geográfica, e submetê-los até
31 de julho ao Conselho Curador do FGTS;(Redação dada pela Lei nº
14.118, de 2021)IV - acompanhar a execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e
infra-estrutura urbana, decorrentes de aplicação de recursos do FGTS, implementados pela
CEF;IV - acompanhar a execução dos programas de habitação popular,
saneamento básico e infraestrutura urbana previstos no orçamento do FGTS
e implementados pela CEF, no papel de agente operador;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)V - submeter à apreciação do Conselho Curador as contas do FGTS;VI - subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao aprimoramento
operacional dos programas de habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura
urbana;VII - definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular,
saneamento básico e infra-estrutura urbana.Art. 6º-A Caberá ao Ministério
da Saúde regulamentar, acompanhar a execução, subsidiar o Conselho Curador com
estudos técnicos necessários ao seu aprimoramento operacional e definir as metas
a serem alcançadas nas operações de crédito destinadas às entidades hospitalares
filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do
Sistema Único de Saúde.(Incluído pela Medida
Provisória nº 859, de 2018)Art.
6º-A. Caberá ao Ministério da Saúde regulamentar, acompanhar a execução,
subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao seu
aprimoramento operacional e definir as metas a serem alcançadas nas operações de
crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a
instituições que atuem no campo para pessoas com deficiência, sem fins
lucrativos, que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde
(SUS).(Incluído
pela Lei nº 13.832, de 2019)Art. 6º-B Caberá ao Ministério do Trabalho e Previdência
regulamentar, acompanhar a execução e subsidiar o Conselho Curador
com os estudos técnicos necessários ao seu aprimoramento operacional
e estabelecer as metas a serem alcançadas nas operações de
microcrédito.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)Art. 6º-B. Caberá ao Ministério do Trabalho e Previdência
regulamentar, acompanhar a execução e subsidiar o Conselho Curador com os
estudos técnicos necessários ao seu aprimoramento operacional e estabelecer as
metas a serem alcançadas nas operações de microcrédito.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)Art. 7º À Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador, cabe:(Vide Lei complementar nº 150, de 2015)I - centralizar os recursos do FGTS, manter e controlar as contas vinculadas, e emitir
regularmente os extratos individuais correspondentes às contas vinculadas e participar da
rede arrecadadora dos recursos do FGTS;II - expedir atos normativos referentes aos procedimentos adiministrativo-operacionais dos
bancos depositários, dos agentes financeiros, dos empregadores e dos trabalhadores,
integrantes do sistema do FGTS;III - definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos programas de
habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana, estabelecidos pelo
Conselho Curador com base nas normas e diretrizes de aplicação elaboradas pelo
Ministério da Ação Social;III - definir procedimentos operacionais necessários à execução dos
programas estabelecidos pelo Conselho Curador, com base nas normas e
diretrizes de aplicação elaboradas pelo gestor da aplicação;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)IV - elaborar as análises jurídica e econômico-financeira dos projetos de habitação
popular, infra-estrutura urbana e saneamento básico a serem financiados com recursos do
FGTS;V - emitir Certificado de Regularidade do FGTS;VI - elaborar as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério da Ação Social;VI - elaborar as demonstrações financeiras do FGTS, incluídos o Balanço
Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração
de Fluxo de Caixa, em conformidade com as Normas Contábeis Brasileiras,
e encaminhá-las, até 30 de abril do exercício subsequente, ao gestor de
aplicação;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)VI - elaborar as demonstrações financeiras do FGTS, incluídos o
Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração de Fluxo de Caixa, em conformidade com as Normas
Contábeis Brasileiras, e encaminhá-las, até 30 de junho do exercício
subsequente, ao gestor de aplicação;(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)VI - elaborar as demonstrações financeiras do FGTS,
incluídos o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e
a Demonstração de Fluxo de Caixa, em conformidade com as Normas Contábeis
Brasileiras, e encaminhá-las, até 30 de junho do exercício subsequente, ao
gestor de aplicação;(Redação dada pela Lei
nº 14.438, de 2022)VII - implementar os atos emanados do Ministério da Ação Social relativos à alocação
e aplicação dos recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo
Conselho Curador.VII - implementar atos emanados do gestor da aplicação relativos à
alocação e à aplicação dos recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelo Conselho Curador;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)VIII -(VETADO)(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)IX - garantir
aos recursos alocados ao FI-FGTS, em cotas de titularidade do FGTS, a
remuneração aplicável às contas vinculadas, na forma docaputdo art. 13 desta Lei.(Incluído pela Lei nº 11.491, de 2007)X - realizar todas as aplicações com recursos do FGTS por meio de
sistemas informatizados e auditáveis;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)XI - colocar à disposição do Conselho Curador, em formato digital, as
informações gerenciais que estejam sob gestão do agente operador e que
sejam necessárias ao desempenho das atribuições daquele colegiado.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Parágrafo único. O Ministério da Ação Social e a Caixa Econômica Federal deverão
dar pleno cumprimento aos programas anuais em andamento, aprovados pelo Conselho Curador,
sendo que eventuais alterações somente poderão ser processadas mediante prévia
anuência daquele colegiado.Parágrafo único. O gestor da aplicação e o agente operador deverão dar
pleno cumprimento aos programas anuais em andamento, aprovados pelo
Conselho Curador, e eventuais alterações somente poderão ser processadas
mediante prévia anuência daquele colegiado.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 8º O Ministério da Ação Social, a Caixa Econômica Federal e o Conselho Curador
do FGTS serão responsáveis pelo fiel cumprimento e observância dos critérios
estabelecidos nesta lei.Art. 8º O gestor da aplicação, o agente operador e o Conselho Curador
do FGTS serão responsáveis pelo fiel cumprimento e observância dos
critérios estabelecidos nesta Lei.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art.
9º As aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa
Econômica Federal, pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação
(SFH) e pelas entidades para esse fim credenciadas pelo Banco Central do Brasil como
agentes financeiros, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador, em
operações que preencham os seguintes requisitos:I -
garantia real;Art. 9oAs
aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa
Econômica Federal, pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação
- SFH e pelas entidades para esse fim credenciadas pelo Banco Central do Brasil como
agentes financeiros, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do
FGTS, em operações que preencham os seguintes requisitos:(Redação dada pela Medida Provisória
nº 1.478-25, de 1997)Art. 9º As
aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa
Econômica Federal, pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação
- SFH e pelas entidades para esse fim credenciadas pelo Banco Central do Brasil como
agentes financeiros, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do
FGTS, em operações que preencham os seguintes requisitos:(Redação
dada pela Lei nº 9.467, de 1997)Art. 9oAs
aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa
Econômica Federal e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da
Habitação - SFH, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho
Curador do FGTS, em operações que preencham os seguintes requisitos:(Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.223, de 2001)I - garantias:(Redação dada pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)a) hipotecária;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)b) caução de créditos hipotecários
próprios, relativos a financiamentos concedidos com recursos do agente financeiro;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)c) caução dos créditos hipotecários
vinculados aos imóveis objeto de financiamento;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)d) hipoteca sobre outros imóveis de
propriedade do agente financeiro, desde que livres e desembaraçados de quaisquer ônus;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)e) cessão de créditos do agente
financeiro, derivados de financiamentos concedidos com recursos próprios, garantidos por
penhor ou hipoteca;(Incluído
pela Medida Provisória nº 1.478-25, de 1997)f) hipoteca sobre imóvel de propriedade de
terceiros;(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.478-25, de 1997)g) seguro de crédito;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)h) garantia real ou vinculação de
receitas, inclusive tarifárias, nas aplicações contratadas com pessoa jurídica de
direito público ou de direito privado a ela vinculada;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)i) aval em nota promissória;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)j) fiança pessoal;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)l) alienação fiduciária de bens móveis em
garantia;(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.478-25, de 1997)m) fiança bancária;(Incluído pela Medida
Provisória nº 1.478-25, de 1997)n) outras, a critério do Conselho
Curador do FGTS(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.478-25, de 1997)Art. 9oAs aplicações
com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa Econômica Federal e
pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH,
exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em operações
que preencham os seguintes requisitos:(Redação dada pela Lei 10.931, de
2004)Art. 9º As aplicações com recursos do FGTS serão realizadas
exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS e
em operações que preencham os seguintes requisitos:(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)I - Garantias:(Redação dada pela Lei nº 9.467, de 1997)a)
hipotecária;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)b)
caução de Créditos hipotecários próprios, relativos a financiamentos concedidos com
recursos do agente financeiro;(Incluída pela Lei nº 9.467, de
1997)c)
caução dos créditos hipotecários vinculados aos imóveis objeto de financiamento;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)d)
hipoteca sobre outros imóveis de propriedade do agente financeiro, desde que livres e
desembaraçados de quaisquer ônus;(Incluída pela Lei nº
9.467, de 1997)e)
cessão de créditos do agente financeiro, derivados de financiamentos concedidos com
recursos próprios, garantidos por penhor ou hipoteca;(Incluída
pela Lei nº 9.467, de 1997)f)
hipoteca sobre imóvel de propriedade de terceiros;(Incluída
pela Lei nº 9.467, de 1997)g)
seguro de crédito;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)h)
garantia real ou vinculação de receitas, inclusive tarifárias, nas aplicações
contratadas com pessoa jurídica de direito público ou de direito privado a ela
vinculada;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)i) aval em nota promissória;(Incluída pela
Lei nº 9.467, de 1997)j)
fiança pessoal;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)l)
alienação fiduciária de bens móveis em garantia;(Incluída
pela Lei nº 9.467, de 1997)m)
fiança bancária;(Incluída pela Lei nº 9.467, de 1997)n)
outras, a critério do Conselho Curador do FGTS;(Incluída pela
Lei nº 9.467, de 1997)n) consignação de recebíveis, exclusivamente para
operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas e
sem fins lucrativos que participem de forma complementar do Sistema Único de
Saúde - SUS, em percentual máximo a ser definido pelo Ministério da Saúde;
e(Redação
dada pela Medida Provisória nº 848, de 2018)n)consignação de
recebíveis, exclusivamentepara
operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem
como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem
fins lucrativos que participem de forma complementar do Sistema Único de
Saúde (SUS), em percentual máximo a ser definido pelo Ministério da Saúde; e(Redação dada pela Lei
nº 13.778, de 2018)o) outras, a critério do Conselho Curador do
FGTS;(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)o) outras, a
critério do Conselho Curador do FGTS;(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)II - correção monetária igual à das contas vinculadas;III - taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano;IV - prazo máximo de 25 (vinte e cinco) anos.IV - prazo máximo de trinta anos.(Redação
dada pela Lei nº 8.692, de 1993)IV - prazo máximo de 35 (trinta e cinco) anos.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser
suficiente à cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de
reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, sendo da Caixa
Econômica Federal o risco de crédito.§ 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à
cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de
reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, e
caberá ao agente operador o risco de crédito.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico e
infra-estrutura urbana. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que
satisfaça as condições de liquidez e remuneração mínima necessária à preservação
do poder aquisitivo da moeda.§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados
em habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana e em operações de
crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas e sem fins
lucrativos que participem de forma complementar do SUS, desde que as
disponibilidades financeiras sejam mantidas em volume que satisfaça as
condições de liquidez e de remuneração mínima necessária à preservação do
poder aquisitivo da moeda.(Redação
dada pela Medida Provisória nº 848, de 2018)§ 2º Os
recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, em saneamento básico,
em infraestrutura urbana e em operações de crédito destinadas às entidades
hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para
pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma
complementar do SUS, desde que as disponibilidades financeiras sejam
mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e de remuneração
mínima necessária à preservação do poder aquisitivo da moeda.(Redação dada pela Lei nº
13.778, de 2018)§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação,
saneamento básico, infraestrutura urbana, operações de microcrédito
e operações de crédito destinadas às entidades hospitalares
filantrópicas, instituições que atuem com pessoas com deficiência, e
entidades sem fins lucrativos que participem do SUS de forma
complementar, desde que as disponibilidades financeiras sejam
mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e de
remuneração mínima necessárias à preservação do poder aquisitivo da
moeda.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em
habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana, operações de
microcrédito e operações de crédito destinadas às entidades hospitalares
filantrópicas, às instituições que atuem com pessoas com deficiência e às
entidades sem fins lucrativos que participem do SUS de forma complementar,
desde que as disponibilidades financeiras sejam mantidas em volume que
satisfaça as condições de liquidez e de remuneração mínima necessárias à
preservação do poder aquisitivo da moeda.(Redação dada pela Lei
nº 14.438, de 2022)§ 3º O programa de aplicações deverá destinar, no mínimo, 60 (sessenta) por cento
para investimentos em habitação popular.§ 3º O programa de aplicações deverá destinar, no
mínimo, sessenta por cento para investimentos em habitação popular e cinco
por cento para operações de crédito destinadas às entidades hospitalares
filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do
SUS.(Redação
dada pela Medida Provisória nº 848, de 2018)§ 3º O
programa de aplicações deverá destinar:(Redação dada pela Lei
nº 13.778, de 2018)I - no mínimo,
60% (sessenta por cento) para investimentos em habitação popular; e,(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)II - 5% (cinco
por cento) para operações de crédito destinadas às entidades hospitalares
filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas com
deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do
SUS.(Incluído pela Lei nº 13.778, de 2018)III - no mínimo, cinco por cento para instituições financeiras
autorizadas pelo Banco Central a operar com microcrédito.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)III - no mínimo, 5% (cinco por cento) para
instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil a
operar com microcrédito.(Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)(Revogado pela
Lei nº 14.620, de 2023)§ 3º-A. Os
recursos previstos no inciso II do § 3º deste artigo não utilizados pelas
entidades hospitalares filantrópicas, bem como pelas instituições que atuam
no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem
de forma complementar do SUS poderão ser destinados a aplicações em
habitação, em saneamento básico e em infraestrutura urbana.(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)§ 3º-B. Os recursos de que trata o inciso III do § 3º terão o seu
limite mínimo revisto pelo Conselho Curador a cada três anos.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 3º-C Na hipótese prevista no § 3º-B, o montante não utilizado
pelas instituições autorizadas pelo Banco Central a operar com
microcrédito poderá ser destinado a aplicações em habitação,
saneamento básico e infraestrutura urbana.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 3º-B. Os recursos de que trata o inciso III do § 3º
deste artigo terão o seu limite mínimo revisto pelo Conselho Curador a cada 3
(três) anos.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 3º-C. Na hipótese prevista no § 3º-B deste artigo, o
montante não utilizado pelas instituições autorizadas pelo Banco Central do
Brasil a operar com microcrédito poderá ser destinado a aplicações em habitação,
saneamento básico e infraestrutura urbana.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 4º Os projetos de saneamento básico e infra-estrutura urbana, financiados com
recursos do FGTS, deverão ser complementares aos programas habitacionais.§ 4º Os projetos de saneamento básico e infraestrutura
urbana financiados com recursos do FGTS serão, preferencialmente, complementares
aos programas habitacionais.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 5º Nos financiamentos concedidos à pessoa jurídica de direito público será
exigida garantia real ou vinculação de receitas.§ 5oAs
garantias, nas diversas modalidades discriminadas no inciso I docaputdeste
artigo, serão admitidas singular ou supletivamente, considerada a suficiência de
cobertura para os empréstimos e financiamentos concedidos.(Incluído pela Medida Provisória nº 1.478-25, de 1997)§ 5º As garantias, nas diversas modalidades discriminadas no
inciso I do caput deste artigo, serão admitidas singular ou supletivamente, considerada a
suficiência de cobertura para os empréstimos e financiamentos concedidos.(Redação dada pela Lei nº 9.467, de 1997)§ 6oMantida
a rentabilidade média de que trata o § 1o, as aplicações em
habitação popular poderão contemplar sistemática de desconto, direcionada em função
da renda familiar do beneficiário, onde o valor do benefício seja concedido mediante
redução no valor das prestações a serem pagas pelo mutuário ou pagamento de parte da
aquisição ou construção de imóvel, dentre outras, a critério do Conselho Curador do
FGTS.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)§ 6º-A. (VETADO).(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 6º-B. (VETADO).(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 7oOs
recursos necessários para a consecução da sistemática de desconto serão destacados,
anualmente, do orçamento de aplicação de recursos do FGTS, constituindo reserva
específica, com contabilização própria.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)§ 8ºÉ
da União o risco de crédito nas aplicações efetuadas até 1ºde
junho de 2001 pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação -
SFH e pelas entidades credenciadas pelo Banco Central do Brasil como agentes
financeiros, subrogando-se nas garantias prestadas à Caixa Econômica Federal.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 2001)§ 9º A Caixa Econômica Federal, o Banco do
Brasil S.A. e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
poderão atuar como agentes financeiros autorizados para aplicação dos
recursos do FGTS em operações de crédito destinadas às entidades
hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de forma
complementar do SUS.(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)§ 9º A Caixa
Econômica Federal, o Banco do Brasil S.A. e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderão atuar como agentes
financeiros autorizados para aplicação dos recursos do FGTS em operações de
crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a
instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins
lucrativos que participem de forma complementar do SUS.(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)§ 10. Nas operações de crédito destinadas às
entidades hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de
forma complementar do SUS, serão observadas as seguintes condições:(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)I - a taxa de juros efetiva não será superior
àquela cobrada para o financiamento habitacional na modalidade pró-cotista
ou outra que venha a substituí-la;(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)II - a tarifa operacional única não será superior
a cinco décimos por cento do valor da operação; e(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)III - o risco das
operações de crédito ficará a cargo dos agentes financeiros de que trata o §
9º.(Incluído pela Medida
Provisória nº 848, de 2018)§ 10. Nas
operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem
como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem
fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS, serão
observadas as seguintes condições:(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)I - a taxa de
juros efetiva não será superior àquela cobrada para o financiamento
habitacional na modalidade pró-cotista ou a outra que venha a substituí-la;(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)II - a tarifa
operacional única não será superior a 0,5% (cinco décimos por cento) do
valor da operação; e(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)III - o risco
das operações de crédito ficará a cargo dos agentes financeiros de que trata
o § 9º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)§ 11. As
entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no
campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de
forma complementar do SUS deverão, para contratar operações de crédito com
recursos do FGTS, atender ao disposto nosincisos II e III docaputdo art. 4º da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.(Incluído pela Lei nº
13.778, de 2018)§ 12. Nas operações de crédito destinadas ao microcrédito, a taxa
de juros efetiva não será superior àquela cobrada para o
financiamento habitacional na área da habitação popular.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 12. Nas operações de crédito destinadas à aplicação de
recursos em microcrédito, a taxa de juros efetiva não será superior àquela
cobrada para o financiamento habitacional na área da habitação popular.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 13. Para garantir o risco em operações de microcrédito e
operações de crédito de habitação popular para famílias com renda
mensal de até dois salários mínimos, o FGTS poderá destinar, na
forma estabelecida por seu Conselho Curador, observado o disposto no
inciso XVII docaputdo art. 5º, parte dos recursos de que
trata o § 7º para a aquisição de cotas de fundos garantidores que
observem as seguintes diretrizes:(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)I - tenham natureza privada, patrimônio segregado do patrimônio dos
cotistas e da própria administradora do fundo garantidor e estejam
sujeitos a direitos e obrigações próprios;(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)II - respondam por suas obrigações até o limite dos bens e direitos
que integram o seu patrimônio, vedado qualquer tipo de garantia ou
aval por parte do FGTS; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)III - não paguem rendimentos a seus cotistas, assegurado o direito
de resgate total ou parcial das cotas com base na situação
patrimonial dos fundos em valor não superior ao montante de recursos
financeiros ainda não vinculados às garantias contratadas.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 13.
Para garantir o risco em operações de microcrédito e em operações de crédito de
habitação popular para famílias com renda mensal de até 2 (dois) salários
mínimos, o FGTS poderá destinar, na forma estabelecida por seu Conselho Curador,
observado o disposto no inciso XVII docaputdo art. 5º desta Lei, parte
dos recursos de que trata o § 7º deste artigo para a aquisição de cotas de
fundos garantidores que observem o seguinte:(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)I -
tenham natureza privada e patrimônio segregado do patrimônio dos cotistas e da
própria administradora do fundo garantidor e estejam sujeitos a direitos e
obrigações próprios;(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)II -
respondam por suas obrigações até o limite dos bens e direitos que integram o
seu patrimônio, vedado qualquer tipo de garantia ou aval por parte do FGTS; e(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)III -
não paguem rendimentos a seus cotistas, assegurado o direito de resgate total ou
parcial das cotas com base na situação patrimonial dos fundos em valor não
superior ao montante de recursos financeiros ainda não vinculados às garantias
contratadas.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 14. Aos recursos do FGTS destinados à aquisição de cota de fundos
garantidores de que trata § 13 não se aplicam os requisitos de
correção monetária e a taxa de juros mínima previstos nos incisos II
a IV do referido parágrafo e de rentabilidade prevista no § 1º.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 14.
Aos recursos do FGTS destinados à aquisição de cota de fundos garantidores de
que trata o § 13 deste artigo não se aplicam os requisitos de correção
monetária, taxa de juros mínima e prazo máximo previstos nos incisos II,
III e IV docaputdeste artigo e de rentabilidade prevista no § 1º deste
artigo.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 15. Fica autorizada a destinação do montante de R$
3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) do patrimônio líquido do
FGTS para aquisição de cotas em fundo garantidor de microfinanças,
destinados a mitigar os riscos das operações de microcrédito
concedidas a pessoas naturais e microempreendedores individuais,
observado o disposto noCapítulo II da Medida Provisória nº 1.107,
de 17 de março de 2022,na forma prevista no § 14 deste artigo,
permitida a ampliação posterior desse montante por meio de ato do
Conselho Curador do FGTS.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 15.
Fica autorizada a destinação do montante de R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de
reais) do patrimônio líquido do FGTS para aquisição de cotas em fundo garantidor
de microfinanças, para mitigar os riscos das operações de microcrédito
concedidas a pessoas naturais e a microempreendedores individuais, na forma
prevista no § 14 deste artigo, permitida a ampliação posterior desse montante
por meio de ato do Conselho Curador.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 16. Na hipótese prevista no § 15 deste artigo, o aporte será
destinado ao Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para
Empreendedores - SIM Digital, instituído pela Medida Provisória nº
1.107, de 2022, e a representação do FGTS na assembleia de cotistas
ocorrerá por indicação do Presidente do Conselho Curador.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 16. Na
hipótese prevista no § 15 deste artigo, o aporte será destinado ao Programa de
Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital), na
forma da legislação própria, e a representação do FGTS na assembleia de cotistas
ocorrerá por indicação do Presidente do Conselho Curador.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 17. Os
contratos ativos formalizados sob a vigência do prazo máximo de amortização
fixado em 30 (trinta) anos que forem objeto de renegociação pelas instituições
financeiras poderão ser beneficiados com o prazo máximo de que trata o inciso IV
docaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.620, de 2023)Art. 9º-A O risco das operações
de crédito de que trata o § 10 do art. 9º ficará a cargo dos agentes financeiros
de que trata o § 9º do art. 9º, hipótese em que o Conselho Curador poderá
definir o percentual da taxa de risco, limitado a três por cento, a ser
acrescido à taxa de juros de que trata o inciso I do § 10 do art. 9º.(Incluído pela Medida
Provisória nº 859, de 2018)Art.
9º-A. O risco das operações de crédito de que trata o § 10 do art. 9º desta Lei
ficará a cargo dos agentes financeiros referidos no § 9º do art. 9º desta Lei,
hipótese em que o Conselho Curador poderá definir o percentual da taxa de risco,
limitado a 3% (três por cento), a ser acrescido à taxa de juros de que trata o
inciso I do § 10 do art. 9º desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.832, de 2019)Art. 9º-B As garantias de que
trata o inciso I docaputdo art. 9º podem ser exigidas isolada ou
cumulativamente.(Incluído pela Medida
Provisória nº 859, de 2018)Art.
9º-B. As garantias de que trata o inciso I docaputdo art. 9º desta Lei
podem ser exigidas isolada ou cumulativamente.(Incluído pela Lei nº
13.832, de 2019)Art. 9º-C As aplicações do FGTS
em operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas e sem
fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS ocorrerão até o
final do exercício de 2022.(Incluído pela Medida
Provisória nº 859, de 2018)Art.
9º-C. As aplicações do FGTS em operações de crédito destinadas às entidades
hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuem no campo para
pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e que participem de forma
complementar do SUS, ocorrerão até o final do exercício de 2022.(Incluído pela Lei nº
13.832, de 2019)Art. 10. O Conselho Curador fixará diretrizes e estabelecerá critérios técnicos para
as aplicações dos recursos do FGTS, visando:I - exigir a participação dos contratantes de financiamentos nos investimentos a serem
realizados;II - assegurar o cumprimento, por parte dos contratantes inadimplentes, das obrigações
decorrentes dos financiamentos obtidos;III - evitar distorções na aplicação entre as regiões do País, considerando para
tanto a demanda habitacional, a população e outros indicadores sociais.Art. 11. Os depósitos feitos na rede bancária, a partir de 1º de
outubro de 1989, relativos ao FGTS, serão transferidos à Caixa Econômica Federal no
segundo dia útil subseqüente à data em que tenham sido efetuados.Art. 11. Os recolhimentos efetuados na rede arrecadadora relativos
ao FGTS serão transferidos à Caixa Econômica Federal até o primeiro
dia útil subsequente à data do recolhimento, observada a regra do
meio de pagamento utilizado, data em que os respectivos valores
serão incorporados ao FGTS.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)Art. 11. Os recolhimentos efetuados na rede arrecadadora
relativos ao FGTS serão transferidos à Caixa Econômica Federal até o primeiro
dia útil subsequente à data do recolhimento, observada a regra do meio de
pagamento utilizado, data em que os respectivos valores serão incorporados ao
FGTS.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Art. 12. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta lei, a Caixa Econômica
Federal assumirá o controle de todas as contas vinculadas, nos termos do item I do art.
7º, passando os demais estabelecimentos bancários, findo esse prazo, à condição de
agentes recebedores e pagadores do FGTS, mediante recebimento de tarifa, a ser fixada pelo
Conselho Curador.§1º Enquanto não ocorrer a centralização prevista nocaputdeste artigo, o
depósito efetuado no decorrer do mês será contabilizado no saldo da conta vinculada do
trabalhador, no primeiro dia útil do mês subseqüente.§2º Até que a Caixa Econômica Federal implemente as disposições docaputdeste
artigo, as contas vinculadas continuarão sendo abertas em estabelecimento bancário
escolhido pelo empregador, dentre os para tanto autorizados pelo Banco Central do Brasil,
em nome do trabalhador.§3º Verificando-se mudança de emprego, até que venha a ser implementada a
centralização nocaputdeste artigo, a conta vinculada será transferida para o
estabelecimento bancário da escolha do novo empregador.§4º Os resultados financeiros auferidos pela Caixa Econômica Federal no período entre o
repasse dos bancos e o depósito nas contas vinculadas dos trabalhadores destinar-se-ão
à cobertura das despesas de administração do FGTS e ao pagamento da tarifa aos bancos
depositários, devendo os eventuais saldos ser incorporados ao patrimônio do Fundo nos
termos do art. 2º, § 1º.§5º Após a centralização das contas vinculadas, na Caixa Econômica Federal, o
depósito realizado no prazo regulamentar passa a integrar o saldo da conta vinculada do
trabalhador a partir do dia 10 (dez) do mês de sua ocorrência. O depósito realizado
fora do prazo será contabilizado no saldo no dia 10 (dez) subseqüente após
atualização monetária e capitalização de juros.(Revogado pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Revogado pela Lei nº
14.438, de 2022)Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente
com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança
e capitalização juros de (três) por cento ao ano.§1º Até que ocorra a centralização prevista no item I do art. 7º, a atualização
monetária e a capitalização de juros correrão à conta do Fundo e o respectivo
crédito será efetuado na conta vinculada no primeiro dia útil de cada mês, com base no
saldo existente no primeiro dia útil do mês anterior, deduzidos os saques ocorridos no
período.§ 1º A atualização monetária e a capitalização de juros nas contas
vinculadas correrão à conta do FGTS e a Caixa Econômica Federal
efetuará o crédito respectivo no vigésimo primeiro dia de cada mês,
com base no saldo existente no vigésimo primeiro dia do mês
anterior, deduzidos os saques ocorridos no período.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)§ 1º-A Para fins do disposto no § 1º, o depósito realizado no prazo
legal será contabilizado no saldo da conta vinculada no vigésimo
primeiro dia do mês de sua ocorrência.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)§ 1º-B Na hipótese de depósito realizado intempestivamente, a
atualização monetária e a parcela de juros devida ao empregado
comporão saldo-base no vigésimo primeiro dia do mês imediatamente
anterior, ou comporão saldo no vigésimo primeiro dia do mês do
depósito, se o depósito ocorrer nesta data.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)§ 1º A atualização monetária e a capitalização de juros
nas contas vinculadas correrão à conta do FGTS, e a Caixa Econômica Federal
efetuará o crédito respectivo no vigésimo primeiro dia de cada mês, com base no
saldo existente no vigésimo primeiro dia do mês anterior, deduzidos os débitos
ocorridos no período.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§ 1º-A.
Para fins do disposto no § 1º deste artigo, o depósito realizado no prazo legal
será contabilizado no saldo da conta vinculada no vigésimo primeiro dia do mês
de sua ocorrência.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§ 1º-B.
Na hipótese de depósito realizado intempestivamente, a atualização monetária e a
parcela de juros devida ao empregado comporão o saldo-base no vigésimo primeiro
dia do mês imediatamente anterior, ou comporão o saldo no vigésimo primeiro dia
do mês do depósito, se o depósito ocorrer nesta data.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§2º Após a centralização das contas vinculadas, na Caixa Econômica Federal, a
atualização monetária e a capitalização de juros correrão à conta do Fundo e o
respectivo crédito será efetuado na conta vinculada, no dia 10 (dez) de cada mês, com
base no saldo existente no dia 10 (dez) do mês anterior ou no primeiro dia útil
subseqüente, caso o dia 10 (dez) seja feriado bancário, deduzidos os saques ocorridos no
período.§ 2º No primeiro mês em que for exigível o recolhimento do FGTS no
vigésimo dia, na forma prevista no art. 15, a atualização monetária
e os juros correspondentes da conta vinculada serão realizados:(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)I - no décimo dia, com base no saldo existente no décimo dia do mês
anterior, deduzidos os saques ocorridos no período; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)II - no vigésimo primeiro dia, com base no saldo existente no décimo
dia do mesmo mês, atualizado na forma prevista no inciso I,
deduzidos os débitos ocorridos no período, com a atualização
monetáriapro rata diee os juros correspondentes.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)§ 2º No primeiro mês em que for exigível o recolhimento
do FGTS no vigésimo dia, na forma prevista no art. 15 desta Lei, a atualização
monetária e os juros correspondentes da conta vinculada serão realizados:(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosI - no
décimo dia, com base no saldo existente no décimo dia do mês anterior, deduzidos
os débitos ocorridos no período; e(Incluído
pela Lei nº 14.438, de 2022)Produção de efeitosII - no
vigésimo primeiro dia, com base no saldo existente no décimo dia do mesmo mês,
atualizado na forma prevista no inciso I deste parágrafo, deduzidos os débitos
ocorridos no período, com a atualização monetáriapro rata diee os juros
correspondentes.(Incluído
pela Lei nº 14.438, de 2022)Produção de efeitos§3º Para as contas vinculadas dos trabalhadores optantes existentes à data de 22 de
setembro de 1971, a capitalização dos juros dos depósitos continuará a ser feita na
seguinte progressão, salvo no caso de mudança de empresa, quando a capitalização dos
juros passará a ser feita à taxa de 3 (três) por cento ao ano:I - 3 (três) por cento, durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa;II - 4 (quatro) por cento, do terceiro ao quinto ano de permanência na mesma empresa;III - 5 (cinco) por cento, do sexto ao décimo ano de permanência na mesma empresa;IV - 6 (seis) por cento, a partir do décimo primeiro ano de permanência na mesma
empresa.§4º O saldo das contas vinculadas é garantido pelo Governo Federal, podendo ser
instituído seguro especial para esse fim.§ 5ºO Conselho Curador autorizará a
distribuição de parte do resultado positivo auferido pelo FGTS, mediante crédito
nas contas vinculadas de titularidade dos trabalhadores, observadas as seguintes
condições, entre outras a seu critério:(Incluído pela Medida
Provisória nº 763, de 2016)I - a distribuição alcançará todas as contas
vinculadas que apresentarem saldo positivo em 31 de dezembro do exercício base
do resultado auferido, inclusive as contas vinculadas de que trata o art. 21;(Incluído pela Medida
Provisória nº 763, de 2016)II - a distribuição será proporcional ao saldo de
cada conta vinculada em 31 de dezembro do exercício base e deverá ocorrer até 31
de agosto do ano seguinte ao exercício de apuração do resultado; e(Incluído pela Medida
Provisória nº 763, de 2016)III - a distribuição do resultado auferido será de
cinquenta por cento do resultado do exercício.(Incluído
pela Medida Provisória nº 763, de 2016)§ 5º O
Conselho Curador autorizará a distribuição de parte do resultado positivo
auferido pelo FGTS, mediante crédito nas contas vinculadas de titularidade
dos trabalhadores, observadas as seguintes condições, entre outras a seu
critério:(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)§ 5º O Conselho Curador determinará a distribuição da totalidade do
resultado positivo auferido pelo FGTS, por meio de crédito nas contas
vinculadas de titularidade dos trabalhadores, observadas as seguintes
condições, dentre outras estabelecidas a seu critério:(Redação dada pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)I - a distribuição alcançará as contas vinculadas que apresentarem saldo
positivo em 31 de dezembro do exercício-base do resultado auferido,
incluídas as contas vinculadas de que trata o art. 21;(Redação dada pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 5º O
Conselho Curador autorizará a distribuição de parte do resultado positivo
auferido pelo FGTS, mediante crédito nas contas vinculadas de titularidade
dos trabalhadores, observadas as seguintes condições, entre outras a seu
critério:(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)I - a
distribuição alcançará todas as contas vinculadas que apresentarem saldo
positivo em 31 de dezembro do exercício-base do resultado auferido,
inclusive as contas vinculadas de que trata o art. 21 desta Lei;(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)II - a
distribuição será proporcional ao saldo de cada conta vinculada em 31 de
dezembro do exercício-base e deverá ocorrer até 31 de agosto do ano seguinte
ao exercício de apuração do resultado; e(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)III - a
distribuição do resultado auferido será de 50% (cinquenta por cento) do
resultado do exercício.(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)(Revogado pela Medida
Provisória nº 889, de 2019)(Revogado pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 6º O valor de distribuição do resultado
auferido será calculado posteriormente ao valor desembolsado com o desconto
realizado no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, de que trata aLei nº 11.977, de 7 de julho de 2009.(Incluído
pela Medida Provisória nº 763, de 2016)§ 6º O valor
de distribuição do resultado auferido será calculado posteriormente ao valor
desembolsado com o desconto realizado no âmbito do Programa Minha Casa,
Minha Vida (PMCMV), de que trata aLei nº 11.977, de 7 de julho de 2009.(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)§ 7º O valor creditado nas contas vinculadas
a título de distribuição de resultado, acrescido de juros e atualização
monetária, não integrarão a base de cálculo do depósito da multa rescisória de
que tratam o § 1º e o § 2º do art. 18.(Incluído pela Medida
Provisória nº 763, de 2016)§ 7º
O valor creditado nas contas vinculadas a título de distribuição de resultado,
acrescido de juros e atualização monetária, não integrará a base de cálculo do
depósito da multa rescisória de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 18 desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da
promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no
emprego nos termos doCapítulo V do Título IV
da CLT.§1º O tempo do trabalhador não optante do FGTS, anterior a 5 de outubro de 1988, em caso
de rescisão sem justa causa pelo empregador, reger-se-á pelos dispositivos constantes
dosarts. 477,478e497 da CLT.§2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre
empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da
indenização prevista.§3º É facultado ao empregador desobrigar-se da responsabilidade da indenização relativa
ao tempo de serviço anterior à opção, depositando na conta vinculada do trabalhador,
até o último dia útil do mês previsto em lei para o pagamento de salário, o valor
correspondente à indenização, aplicando-se ao depósito, no que couber, todas as
disposições desta lei.§4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo a
1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela.Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam
obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam osarts. 457e458 da CLTe a gratificação de Natal a que
se refere aLei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as
modificações daLei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.Art. 15. Para os
fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até
o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância
correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam
osarts. 457e458 da CLT,
agratificação de Natal a que se refere aLei nº4.090, de 13 de julho de
1962, com as modificações daLei nº 4.749, de 12 de agosto de
1965, e o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do
Programa de Proteção ao Emprego - PPE.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 680, de 2015)Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam
obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam osarts. 457e458 da CLTe a gratificação de Natal a que
se refere aLei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as
modificações daLei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em
conta vinculada, a importância correspondente a oito por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador,
incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os art. 457 e
art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-Lei nº 5.452, de 1943, e a Gratificação de Natal de que
trata aLei nº 4.090, de 13 de julho de 1962.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os
empregadores ficam obrigados a depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em
conta vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), aprovada peloDecreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, e a Gratificação de Natal de que trata aLei nº 4.090, de 13 de julho de
1962.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§1º Entende-se por empregador
a pessoa física ou a pessoa jurídica de direito privado ou de direito público, da
administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que admitir trabalhadores a
seu serviço, bem assim aquele que, regido por legislação especial, encontrar-se nessa
condição ou figurar como fornecedor ou tomador de mão-de-obra, independente da
responsabilidade solidária e/ou subsidiária a que eventualmente venha obrigar-se.§2º Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar
serviços a empregador, a locador ou tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os
autônomos e os servidores públicos civis e militares sujeitos a regime jurídico
próprio.§3º Os trabalhadores
domésticos poderão ter acesso ao regime do FGTS, na forma que vier a ser prevista em
lei.§ 4ºConsidera-se
remuneração as retiradas de diretores não empregados, quando haja deliberação da
empresa, garantindo-lhes os direitos decorrentes do contrato de trabalho de que trata o
art. 16.(Incluído
pela Lei nº 9.711, de 1998)§ 5ºO depósito de que
trata ocaputdeste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.(Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998)§ 6ºNão se incluem na
remuneração, para os fins desta Lei, as parcelas elencadas no§ 9ºdo art. 28 da Lei nº8.212, de 24 de julho de 1991.(Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998)§ 7oOs contratos de
aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois
por cento.(Incluído pela Lei nº 10.097, de 2000)Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista
poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao
regime do FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto
em lei, estatuto ou contrato social, independente da denominação do cargo.Art. 17. Os empregadores se obrigam a comunicar mensalmente aos trabalhadores os valores
recolhidos ao FGTS e repassar-lhes todas as informações sobre suas contas vinculadas
recebidas da Caixa Econômica Federal ou dos bancos depositários.Art. 17.O Poder Executivo assegurará a prestação de serviços digitais:(Redação dada pela Lei
nº 13.932, de 2019)I - aos trabalhadores, que incluam a prestação de informações sobre seus
créditos perante o Fundo e o acionamento imediato da inspeção do
trabalho em caso de inadimplemento do empregador, de forma que seja
possível acompanhar a evolução de eventuais cobranças administrativas e
judiciais dos valores não recolhidos;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - aos empregadores, que facilitem e desburocratizem o cumprimento de
suas obrigações perante o Fundo, incluídos a geração de guias, o
parcelamento de débitos, a emissão sem ônus do Certificado de
Regularidade do FGTS e a realização de procedimentos de restituição e
compensação.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)(Vide
Medida Provisória nº 1.110, de 2022)Produção de efeitosVigência encerradaParágrafo único. O desenvolvimento, a manutenção e a evolução dos
sistemas e ferramentas necessários à prestação dos serviços a que se
refere ocaputdeste artigo serão custeados com recursos do
FGTS.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 17-A. O empregador ou o responsável fica
obrigado a elaborar folha de pagamento e declarar os dados relacionados
aos valores do FGTS e outras informações de interesse do Ministério da
Economia, por meio de sistema de escrituração digital, na forma, no
prazo e nas condições estabelecidos em regulamento do Conselho Curador.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º As informações prestadas na forma prevista nocaputconstituem declaração e reconhecimento dos créditos delas decorrentes,
caracterizam confissão de débito e constituem instrumento hábil e
suficiente para a cobrança do crédito de FGTS.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º O lançamento da obrigação principal e das obrigações acessórias
relativas ao FGTS será efetuado de ofício pela autoridade competente na
hipótese de o empregador ou terceiro não apresentar a declaração na
forma prevista nocapute será revisto de ofício, nas hipóteses
de omissão, erro, fraude ou sonegação.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 17-A. O empregador ou o responsável fica obrigado a elaborar folha
de pagamento e a declarar os dados relacionados aos valores do FGTS e
outras informações de interesse do Ministério da Economia, por meio de
sistema de escrituração digital, na forma, no prazo e nas condições
estabelecidos em regulamento do Conselho Curador.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 17-A. O empregador ou o responsável fica obrigado a elaborar
folha de pagamento e a declarar os dados relacionados aos valores do
FGTS e outras informações de interesse do Poder Público por meio de
sistema de escrituração digital, na forma, no prazo e nas condições
estabelecidos em ato do Ministro de Estado do Trabalho e
Previdência.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)Art. 17-A. O empregador ou o responsável fica obrigado a
elaborar folha de pagamento e a declarar os dados relacionados aos valores do
FGTS e outras informações de interesse do poder público por meio de sistema de
escrituração digital, na forma, no prazo e nas condições estabelecidos em ato do
Ministro de Estado do Trabalho e Previdência.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 1º As informações prestadas na forma docaputdeste artigo
constituem declaração e reconhecimento dos créditos delas decorrentes,
caracterizam confissão de débito e constituem instrumento hábil e
suficiente para a cobrança do crédito de FGTS.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º O lançamento da obrigação principal e das obrigações acessórias
relativas ao FGTS será efetuado de ofício pela autoridade competente, no
caso de o empregador não apresentar a declaração na forma docaputdeste artigo, e será revisto de ofício, nas hipóteses de omissão, erro,
fraude ou sonegação.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art.
18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este
obrigado a pagar diretamente ao empregado os valores relativos aos depósitos referentes
ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior que ainda não houver sido recolhido, sem
prejuízo das cominações legais.Art. 18. Ocorrendo rescisão do
contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta
vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da
rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo
das cominações legais.(Redação dada pela Lei nº 9.491, de
1997)§ 1º Na hipótese de despedida pelo
empregador sem justa causa, pagará este diretamente ao trabalhador importância igual a
40 (quarenta) por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos
respectivos juros.§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem
justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância
igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta
vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e
acrescidos dos respectivos juros.(Redação dada pela Lei nº
9.491, de 1997)§2º Quando ocorrer
despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o
percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.§ 3º As importâncias de que trata este artigo deverão constar do recibo
de quitação de rescisão do contrato de trabalho, observado o disposto noart. 477 da CLT, e eximirão o empregador
exclusivamente quanto aos valores discriminados.§ 3° As
importâncias de que trata este artigo deverão constar da documentação comprobatória
do recolhimento dos valores devidos a título de rescisão do contrato de trabalho,
observado o disposto noart. 477 da CLT, eximindo o
empregador, exclusivamente, quanto aos valores discriminados.(Redação
dada pela Lei nº 9.491, de 1997)(Vide Lei complementar nº 150, de 2015)Art. 19. No caso de extinção do contrato de trabalho prevista no art. 14 desta lei,
serão observados os seguintes critérios:I - havendo indenização a ser paga, o empregador, mediante comprovação do pagamento
daquela, poderá sacar o saldo dos valores por ele depositados na conta individualizada do
trabalhador;II - não havendo indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a
reclamação de direitos por parte do trabalhador, o empregador poderá levantar em seu
favor o saldo da respectiva conta individualizada, mediante comprovação perante o
órgão competente do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.Art. 19-A. É
devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho
seja declarado nulo nas hipóteses previstas noart. 37, § 2o, da
Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)Parágrafo único. O saldo
existente em conta vinculada, oriundo de contrato declarado nulo até 28 de julho de 2001,
nas condições docaput, que não tenha sido levantado até essa data, será
liberado ao trabalhador a partir do mês de agosto de 2002.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no
FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força
maior, comprovada com pagamento dos valores de que trata o art. 18;I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa
recíproca e de força maior, comprovada com o depósito dos valores de que trata o artigo
18.(Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)I - despedida
sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;(Redação dada pela Medida Provisória nº
2.197-43, de 2001)I-A - extinção do contrato de trabalho prevista noart. 484-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei no5.452, de 1ode maio de 1943;(Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)II - extinção total da empresa,
fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de
parte de suas atividades, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que
qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por
declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial
transitada em julgado;II - extinção
total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências,
supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho
nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que
qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por
declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial
transitada em julgado;(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim
habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão
de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da
conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial,
expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional
concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na
mesma empresa ou em empresas diferentes;b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da
prestação;VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento
imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a
de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2
(dois) anos para cada movimentação;VII - pagamento total ou parcial do preço da aquisição de
moradia própria, observadas as seguintes condições:VII – pagamento total ou
parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de
interesse social não construído, observadas as seguintes condições:(Redação dada pela Lei nº
11.977, de 2009)a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do
FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH;VIII - quando permanecer 3 (três) anos ininterruptos, a partir da vigência desta lei,
sem crédito de depósitos;VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a
partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser
efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.(Redação
dada pela Lei nº 8.678, de 1993)VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do
regime do FGTS;(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários
regidos pelaLei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa)
dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for
acometido de neoplasia maligna.(Incluído pela Lei nº 8.922, de
1994)XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pelaLei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a
utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível
em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a
opção.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)(Vide Decreto nº 2.430, 1997)XIII - quando
o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)XIV - quando
o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de
doença grave, nos termos do regulamento;(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)XV - quando
o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)XVI
- necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme
disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:(Incluído pela Lei nº 10.878, de 2004)RegulamentoRegulamentoa) o
trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do
Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública,
formalmente reconhecidos pelo Governo Federal;(Incluído pela Lei nº 10.878, de 2004)b) a
solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias
após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de
emergência ou de estado de calamidade pública; e(Incluído pela Lei nº 10.878, de 2004)c) o
valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento.(Incluído pela Lei nº 10.878, de 2004)XVII - integralização
de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto no art. 5o, inciso XIII,
alínea “i”, permitida a utilização máxima de dez por cento do saldo
existente e disponível na data em que exercer a opção.(Incluído pela Medida Provisória nº 349, de 2007)XVII -
integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alíneaido inciso XIII docaputdo
art. 5odesta Lei, permitida a utilização máxima de 10% (dez
por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção.(Incluído pela Lei nº
11.491, de 2007)XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alíneaido inciso XIII do art. 5odesta Lei, permitida a utilização
máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível na data em que
exercer a opção.(Redação
dada pela Lei nº 12.087, de 2009)XVIII - quando o trabalhador com deficiência,
por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de
acessibilidade e de inclusão social.(Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015)(Vigência)XIX - pagamento total ou parcial
do preço de aquisição de imóveis da União inscritos em regime de ocupação ou
aforamento, a que se referem o art. 4oda Lei no13.240, de 30 de dezembro de 2015, e o art. 16-A da Lei no9.636, de 15 de maio de 1998, respectivamente, observadas as seguintes
condições:(Incluído pela Lei nº 13.465,
de 2017)a) o mutuário deverá contar com
o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em
empresas diferentes;(Incluído pela Lei nº 13.465,
de 2017)b) seja a operação financiável
nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou ainda por
intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU),
mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos
contratos de parcelamento;(Incluído pela Lei nº 13.465,
de 2017)c) sejam observadas as demais
regras e condições estabelecidas para uso do FGTS.(Incluído pela Lei nº 13.465,
de 2017)XX - anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da
aplicação dos valores da tabela constante do Anexo, observado o disposto
no art. 20-D; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)XX - anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da
aplicação dos valores constantes do Anexo desta Lei, observado o
disposto no art. 20-D desta Lei;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00
(oitenta reais) e não tiverem ocorrido depósitos ou saques por, no
mínimo, um ano, exceto na hipótese prevista no inciso I do § 5º do art.
13.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00
(oitenta reais) e não houver ocorrido depósitos ou saques por, no
mínimo, 1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no inciso I do § 5º do
art. 13 desta Lei;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)(Vigência)XXII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for, nos
termos do regulamento, pessoa com doença rara, consideradas doenças
raras aquelas assim reconhecidas pelo Ministério da Saúde, que
apresentará, em seu sítio na internet, a relação atualizada dessas
doenças.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)(Vigência)§1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II
assegurar que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados
na conta vinculada durante o período de vigência do último contrato de trabalho,
acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos os saques.§2º O Conselho Curador disciplinará o disposto no inciso V, visando
beneficiar os trabalhadores de baixa renda e preservar o
equilíbrio financeiro do FGTS.§3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo
trabalhador, só poderá ser exercido para um único imóvel.§4º O imóvel objeto de utilização do FGTS somente poderá ser
objeto de outra transação com recursos do fundo, na forma que vier a ser regulamentada
pelo Conselho Curador.§5º O pagamento da
retirada após o período previsto em regulamento, implicará atualização monetária dos
valores devidos.§ 6° Os recursos aplicados em quotas dos Fundos Mútuos de
Privatização, referidos no inciso XII deste artigo, serão destinados a aquisições de
valores mobiliários, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, instituído
pelaLei n° 8.031, de 12 de abril de 1990, e de programas
estaduais de desestatização, desde que, em ambos os casos, tais destinações sejam
aprovadas pelo Conselho Nacional de Desestatização.(Incluído
pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 7° Os
valores mobiliários de que trata o parágrafo anterior só poderão ser integralmente
vendidos, pelos respectivos Fundos, seis meses após sua aquisição, podendo ser
alienada, em prazo inferior, parcela equivalente a 10 % (dez por cento) do valor
adquirido, autorizada a livre aplicação do produto dessa alienação, nos termos daLei n° 6.385, de 1976.(Incluído
pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 6oOs recursos aplicados em cotas de
fundos Mútuos de Privatização, referidos no inciso XII, serão destinados, nas
condições aprovadas pelo CND, a aquisições de valores mobiliários, no âmbito do
Programa Nacional de Desestatização, de que trata aLei no9.491, de 1997, e de programas estaduais de desestatização, desde que, em ambos os
casos, tais destinações sejam aprovadas pelo CND.(Redação
dada pela Lei nº 9.635, de 1998)§ 7oRessalvadas as alienações
decorrentes das hipóteses de que trata o § 8o, os valores mobiliários
a que se refere o parágrafo anterior só poderão ser integralmente vendidos, pelos
respectivos Fundos, seis meses após a sua aquisição, podendo ser alienada em prazo
inferior parcela equivalente a 10% (dez por cento) do valor adquirido, autorizada a livre
aplicação do produto dessa alienação, nos termos daLei no6.385, de 7 de dezembro de 1976.(Redação dada pela Lei nº
9.635, de 1998)§ 8° As aplicações em Fundos Mútuos de
Privatização são nominativas, impenhoráveis e, salvo as hipóteses previstas nos
incisos I a IV e VI a XI deste artigo e o disposto naLei
n° 7.670, de 8 de setembro de 1988, indisponíveis por seus titulares.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)(Vide Decreto nº 2.430, 1997)§ 8oAs
aplicações em Fundos Mútuos de Privatização e no FI-FGTS são nominativas,
impenhoráveis e, salvo as hipóteses previstas nos incisos I a XI e XIII a XV deste
artigo, indisponíveis por seus titulares.(Redação
dada pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 8oAs aplicações em Fundos Mútuos de Privatização e no FI-FGTS são nominativas,
impenhoráveis e, salvo as hipóteses previstas nos incisos I a XI e XIII a XVI docaputdeste
artigo, indisponíveis por seus titulares.(Redação
dada pela Lei nº 11.491, de 2007)§ 9° Decorrido o prazo mínimo de doze meses,
contados da efetiva transferência das quotas para os Fundos Mútuos de Privatização, os
titulares poderão optar pelo retorno para sua conta vinculada no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 10. A cada período de seis meses, os titulares das
aplicações em Fundos Mútuos de Privatização poderão transferi-las para outro fundo
de mesma natureza.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 11. O montante das aplicações de que trata o
§ 6° deste artigo ficará limitado ao valor dos créditos contra o Tesouro Nacional
de que seja titular o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.(Incluído
pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 12. Desde que preservada a participação
individual dos quotistas, será permitida a constituição de clubes de investimento,
visando a aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 13. A garantia a que alude o § 4° do
art. 13 desta Lei não compreende as aplicações a que se refere o inciso XII deste
artigo.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 13. A
garantia a que alude o § 4odo art. 13 não compreende as aplicações
a que se referem os incisos XII e XVII deste artigo.(Redação
dada pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 13. A
garantia a que alude o § 4odo art. 13 desta Lei não
compreende as aplicações a que se referem os incisos XII e XVII docaputdeste
artigo.(Redação dada pela
Lei nº 11.491, de 2007)§ 14. O Imposto de Renda incidirá exclusivamente
sobre os ganhos dos Fundos Mútuos de Privatização que excederem a remuneração das
contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, no mesmo período.(Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)§ 14. Ficam
isentos do imposto de renda:(Redação dada pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)I - a
parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos de Privatização até o limite da remuneração das
contas vinculadas de que trata o art. 13, no mesmo período; e(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)II - os
ganhos do FI-FGTS.(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 14. Ficam isentos do imposto de renda:(Redação dada pela Lei nº 11.491, de 2007)I - a parcela
dos ganhos nos Fundos Mútuos de Privatização até o limite da remuneração das
contas vinculadas de que trata o art. 13 desta Lei, no mesmo período; e(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)II - os ganhos
do FI-FGTS e do Fundo de Investimento em Cotas - FIC, de que trata o § 19 deste
artigo.(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)§ 15. Os recursos
automaticamente transferidos da conta do titular no Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço em razão da aquisição de ações não afetarão a base de cálculo da
multa rescisória de que tratam os parágrafos 1° e 2° do art. 18 desta Lei(Incluído pela
Lei nº 9.491, de 1997)§ 15. A
transferência de recursos da conta do titular no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
em razão da aquisição de ações ou de quotas do FI-FGTS não afetará a base de
cálculo da multa rescisória de que tratam os §§ 1oe 2odo art. 18 desta Lei.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 15. A
transferência de recursos da conta do titular no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço em razão da aquisição de ações, nos termos do inciso XII docaputdeste
artigo, ou de cotas do FI-FGTS não afetará a base de cálculo da multa rescisória
de que tratam os §§ 1oe 2odo art. 18 desta
Lei.(Redação dada pela Lei
nº 11.491, de 2007)§ 16. Os clubes de investimento a que se refere o § 12
poderão resgatar, durante os seis primeiros meses da sua constituição, parcela
equivalente a 5% (cinco por cento) das cotas adquiridas, para atendimento de seus
desembolsos, autorizada a livre aplicação do produto dessa venda, nos termos daLei no6.385, de 7 de dezembro de 1976.(Incluído pela Lei nº 9.635, de 1998)§ 17. Fica
vedada a movimentação da conta vinculada do FGTS nas modalidades previstas nos incisos
V, VI e VII deste artigo, nas operações firmadas, a partir de 25 de junho de 1998, no
caso em que o adquirente já seja proprietário ou promitente comprador de imóvel
localizado no Município onde resida, bem como no caso em que o adquirente já detenha, em
qualquer parte do País, pelo menos um financiamento nas condições do SFH.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de
2001)§ 18. É
indispensável o comparecimento pessoal do titular da conta vinculada para o pagamento da
retirada nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III, VIII, IX e X deste artigo, salvo
em caso de grave moléstia comprovada por perícia médica, quando será paga a procurador
especialmente constituído para esse fim.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de
2001)§ 19. A
integralização das cotas previstas no inciso XVII deste artigoserá realizada por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC,
constituído pela Caixa Econômica Federal especificamente para essa finalidade.(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 19. A
integralização das cotas previstas no inciso XVII docaputdeste
artigo será realizada por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC,
constituído pela Caixa Econômica Federal especificamente para essa finalidade.(Incluído pela Lei nº
11.491, de 2007)§ 20. Regulamentação
da Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá os requisitos para integralização das
quotas referidas no § 19, devendo condicionar a possibilidade de integralização pelo
menos aos seguintes requisitos:(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)I - elaboração
e entrega de prospecto ao trabalhador; e(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)II - declaração, por escrito, individual e
específica, pelo trabalhador, de sua ciência quanto aos riscos do investimento que está
realizando.(Incluído pela Medida
Provisória nº 349, de 2007)§ 20. A
Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá os requisitos para a integralização
das cotas referidas no § 19 deste artigo, devendo condicioná-la pelo menos ao
atendimento das seguintes exigências:(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)I - elaboração e
entrega de prospecto ao trabalhador; e(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)II - declaração
por escrito, individual e específica, pelo trabalhadorde sua ciência quanto aos riscos do
investimento que está realizando.(Incluído pela Lei
nº 11.491, de 2007)§ 21. As movimentações
autorizadas nos incisos V e VI docaputserão estendidas aos contratos de participação de grupo de consórcio para
aquisição de imóvel residencial, cujo bem já tenha sido adquirido pelo
consorciado, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Curador do FGTS.(Incluído pela Lei
nº 12.058, de 2009)§ 22. Na movimentação das contas vinculadas a
contrato de trabalho extinto até 31 de dezembro de 2015, ficam isentas as
exigências de que trata o inciso VIII docaput, podendo o saque, nesta
hipótese, ser efetuado segundo cronograma de atendimento estabelecido pelo
agente operador do FGTS.(Incluído pela Medida Provisória nº 763, de 2016)§ 22. Na
movimentação das contas vinculadas a contrato de trabalho extinto até 31 de
dezembro de 2015, ficam isentas as exigências de que trata o inciso VIII do
caput deste artigo,podendo
o saque, nesta hipótese, ser efetuado segundo cronograma de atendimento
estabelecido pelo agente operador do FGTS.(Incluído pela Lei nº
13.446, de 2017)§ 23. O trabalhador poderá sacar os valores decorrentes da situação de
movimentação de que trata o inciso XX docaputaté o último dia
útil do segundo mês subsequente ao da aquisição do direito de saque.(Incluído pela Medida
Provisória nº 889, de 2019)§ 24. O agente operador deverá oferecer, nos termos do regulamento a
ser editado pelo Conselho Curador, em plataformas de interação com o
titular da conta, opções para que este transfira os recursos de que
trata o inciso XXI docaputpara conta de sua titularidade em
outra instituição financeira ou entidade autorizada a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 25. As transferências de que trata o § 24 poderão acarretar
cobrança de tarifa pela instituição financeira.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 23. As movimentações das contas vinculadas nas situações previstas nos
incisos V, VI e VII docaputdeste artigo poderão ser realizadas
fora do âmbito do SFH, observados os mesmos limites financeiros das
operações realizadas no âmbito desse sistema, no que se refere ao valor
máximo de movimentação da conta vinculada, e os limites, critérios e
condições estabelecidos pelo Conselho Curador.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 24. O trabalhador poderá sacar os valores decorrentes da situação de
movimentação de que trata o inciso XX docaputdeste artigo até o
último dia útil do segundo mês subsequente ao da aquisição do direito de
saque .(Incluído
pela Lei nº 13.932, de 2019)§ 25. O agente operador deverá oferecer, nos termos do regulamento do
Conselho Curador, em plataformas de interação com o titular da conta,
inclusive por meio de dispositivos móveis, opções para consulta e
transferência, a critério do trabalhador, para conta de depósitos de sua
titularidade em qualquer instituição financeira do Sistema Financeiro
Nacional, dos recursos disponíveis para movimentação em decorrência das
situações previstas neste artigo, cabendo ao agente operador estabelecer
os procedimentos operacionais a serem observados.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 26. As transferências de que trata o § 25 deste artigo não acarretarão
a cobrança de tarifas pelo agente operador ou pelas demais instituições
financeiras.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 27. A critério do titular da conta vinculada do FGTS,
em ato formalizado no momento da contratação do financiamento habitacional, os
direitos aos saques de que trata ocaputdeste artigo poderão ser objeto
de alienação ou cessão fiduciária para pagamento de parte das prestações
decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do SFH, observadas
as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, mediante caucionamento dos
depósitos a serem realizados na conta vinculada do trabalhador, exceto o
previsto no art. 18 desta Lei.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)§ 27. A critério do titular da conta vinculada do FGTS,
em ato formalizado no momento da contratação do financiamento habitacional, os
direitos aos saques de que trata ocaputdeste artigo poderão ser objeto de alienação ou cessão fiduciária para
liquidação, amortização ou pagamento de parte das prestações decorrentes de
financiamento habitacional concedido no âmbito do SFH, dispensados os prazos
mencionados na alínea “b” do inciso V e o interstício mínimo de 2 (dois) anos do
inciso VI, ambos deste artigo, observadas as condições estabelecidas pelo
Conselho Curador, mediante caucionamento dos depósitos a serem realizados na
conta vinculada do trabalhador, exceto os previstos nos § 1º e § 2º do art. 18
desta Lei.(Redação dada pela Lei nº
14.620, de 2023)§ 28 A vedação prevista no § 2º do art. 2º desta Lei não se aplica ao que dispõe
o § 27.(Incluído pela Lei nº
14.620, de 2023)Art. 20-A. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito a
somente uma das seguintes sistemáticas de saque:(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)I - saque-rescisão; ou(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)II - saque-aniversário.(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º Todas as contas do mesmo titular estarão sujeitas à mesma
sistemática de saque.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º São aplicáveis às sistemáticas de saque de que trata ocaputas seguintes hipóteses de movimentação de conta:(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)I - para o saque-rescisão - aquelas previstas no art. 20, exceto
quanto àquela prevista em seu inciso XX; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)II - para o saque-aniversário - aquelas previstas no art. 20,
exceto quanto àquelas previstas em seus incisos I, I-A, II, IX e X.(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 20-B. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito
originalmente à sistemática de saque-rescisão a que se refere o inciso Icaputdo art. 20-A e poderá optar por alterá-la, observado o
disposto no art. 20-C.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 20-C. A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário
poderá ser feita a qualquer tempo e terá efeitos imediatos.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º Caso o titular solicite novas alterações de sistemática será
observado o seguinte:(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)I - a alteração será efetivada no primeiro dia do vigésimo quinto
mês subsequente ao da solicitação;(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)II - a solicitação poderá ser cancelada pelo titular antes da sua
efetivação; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)III - na hipótese de cancelamento, a nova solicitação estará
sujeita ao disposto no inciso I.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º Para fins do disposto no § 2º do art. 20-A, o saque obedecerá
à sistemática a que o titular estiver sujeito no momento do evento que o
ensejar.(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 20-D. Na sistemática de saque-aniversário, o valor do saque
será determinado:(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)I - pela aplicação, à soma de todos os saldos das contas vinculadas
do titular, apurados na data do débito, da alíquota correspondente,
estabelecida na tabela constante do Anexo; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)II - pelo acréscimo da parcela adicional correspondente,
estabelecida na tabela constante do Anexo, ao valor apurado de acordo
com o inciso I docaput.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º Na hipótese de o titular possuir mais de uma conta vinculada,
o saque de que trata este artigo será feito na seguinte ordem:(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)I - contas vinculadas relativas a contratos de
trabalho extintos, iniciado pela conta que tiver o menor saldo; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)II - demais contas vinculadas,iniciado pela conta que tiver omenor saldo.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º O Poder Executivo federal, respeitada a alíquota mínima de
cinco por cento, poderá alterar, até o dia 30 de junho de cada ano, os
valores das faixas, das alíquotas e das parcelas adicionais de que trata
ocaputpara vigência no primeiro dia do ano subsequente.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 3º Sem prejuízo de outras formas de alienação, a critério do
titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que
trata ocaputpoderão ser objeto de alienação ou cessão
fiduciária, nos termos do disposto noart. 66-B da Lei nº 4.728, de 14
de julho de 1965, em favor de qualquer instituição financeira do Sistema
Financeiro Nacional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 4º O Conselho Curador poderá regulamentar o disposto no § 3º,
inclusive quanto ao bloqueio de percentual do saldo total existente nas
contas vinculadas e ao saque em favor do credor, com vistas ao
cumprimento das obrigações financeiras de seu titular.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 5º Os saques de que trata o § 3º do art. 20-A serão realizados
com observância ao limite decorrente do bloqueio referido no § 4º deste
artigo.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 6º Na hipótese de despedida sem justa causa, o trabalhador que
optar pela sistemática saque-aniversário também fará jus ao saque da
multa rescisória de que tratam os § 1º e § 2º do art. 18.(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 20-E. Os recursos
disponíveis para movimentação em decorrência das hipóteses previstas no
art. 20 poderão ser transferidos, a critério do trabalhador, para conta
de depósitos de sua titularidade em qualquer instituição financeira do
Sistema Financeiro Nacional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Parágrafo único. As transferências de que trata este artigo
poderão acarretar cobrança de tarifa pela instituição financeira.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 20-A. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito a
somente uma das seguintes sistemáticas de saque:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - saque-rescisão; ou(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - saque-aniversário.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º Todas as contas do mesmo titular estarão sujeitas à mesma
sistemática de saque.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º São aplicáveis às sistemáticas de saque de que trata ocaputdeste artigo as seguintes situações de movimentação de conta:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - para a sistemática de saque-rescisão, as previstas no art. 20 desta
Lei, à exceção da estabelecida no inciso XX docaputdo referido
artigo; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - para a sistemática de saque-aniversário, as previstas no art. 20
desta Lei, à exceção das estabelecidas nos incisos I, I-A, II, IX e X docaputdo referido artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 20-B. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito
originalmente à sistemática de saque-rescisão e poderá optar por
alterá-la, observado o disposto no art. 20-C desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 20-C. A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário
poderá ser feita a qualquer tempo e terá efeitos imediatos.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º Caso o titular solicite novas alterações de sistemática será
observado o seguinte:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - a alteração será efetivada no primeiro dia do vigésimo quinto mês
subsequente ao da solicitação, desde que não haja cessão ou alienação de
direitos futuros aos saques anuais de que trata o § 3º do art. 20-D
desta Lei;(Incluído
pela Lei nº 13.932, de 2019)II - a solicitação poderá ser cancelada pelo titular antes da sua
efetivação; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)III - na hipótese de cancelamento, a nova solicitação estará sujeita ao
disposto no inciso I docaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º Para fins do disposto no § 2º do art. 20-A desta Lei, as situações
de movimentação obedecerão à sistemática a que o titular estiver sujeito
no momento dos eventos que as ensejarem.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 20-D. Na situação de movimentação de que trata o inciso XX docaputdo art. 20 desta Lei, o valor do saque será determinado:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - pela aplicação da alíquota correspondente, estabelecida no Anexo
desta Lei, à soma de todos os saldos das contas vinculadas do titular,
apurados na data do débito; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - pelo acréscimo da parcela adicional correspondente, estabelecida no
Anexo desta Lei, ao valor apurado de acordo com o disposto no inciso I
docaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º Na hipótese de o titular possuir mais de uma conta vinculada, o
saque de que trata este artigo será feito na seguinte ordem:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - contas vinculadas relativas a contratos de trabalho extintos, com
início pela conta que tiver o menor saldo; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor
saldo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º O Poder Executivo federal, respeitada a alíquota mínima de 5%
(cinco por cento), poderá alterar, até o dia 30 de junho de cada ano, os
valores das faixas, das alíquotas e das parcelas adicionais constantes
do Anexo desta Lei para vigência no primeiro dia do ano subsequente.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos
saques anuais de que trata ocaputdeste artigo poderão ser
objeto de alienação ou cessão fiduciária, nos termos doart. 66-B da Lei
nº 4.728, de 14 de julho de 1965, em favor de qualquer instituição
financeira do Sistema Financeiro Nacional, sujeitas as taxas de juros
praticadas nessas operações aos limites estipulados pelo Conselho
Curador, os quais serão inferiores aos limites de taxas de juros
estipulados para os empréstimos consignados dos servidores públicos
federais do Poder Executivo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º-A A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os
direitos aos saques anuais de que trata ocaputpoderão ser
objeto de caução para operações de microcrédito, nos termos do
disposto naMedida Provisória nº 1.107, de 2022, em favor de
qualquer instituição financeira do Sistema Financeiro Nacional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 3º-A. A critério do titular da conta
vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que trata ocaputdeste artigo poderão ser objeto de caução para operações
de microcrédito, nos termos da legislação do SIM Digital, em favor
de qualquer instituição financeira do Sistema Financeiro Nacional.(Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)(Revogado pela
Lei nº 14.620, de 2023)§ 4º O Conselho Curador poderá regulamentar o disposto no § 3º deste
artigo, com vistas ao cumprimento das obrigações financeiras de seu
titular, inclusive quanto ao:(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)I - bloqueio de percentual do saldo total existente nas contas
vinculadas;(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)II - impedimento da efetivação da opção pela sistemática de
saque-rescisão prevista no inciso I do § 1º do art. 20-C desta Lei; e(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)III - saque em favor do credor.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 5º As situações de movimentação de que trata o § 2º do art. 20-A desta
Lei serão efetuadas com observância ao limite decorrente do bloqueio
referido no § 4º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 6º A vedação prevista no § 2º do art. 2º desta Lei não se aplica às
disposições dos §§ 3º, 4º e 5º deste artigo.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 7º Na hipótese de despedida sem justa causa, o trabalhador que optar
pela sistemática saque-aniversário também fará jus à movimentação da
multa rescisória de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 18 desta Lei.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art.
21. Após a centralização das contas de que trata o art. 12 desta lei, o saldo da conta
não individualizada e da conta vinculada sem depósito há mais de 5 (cinco) anos será
incorporado ao patrimônio do FGTS, resguardado o direito do beneficiário de reclamar, a
qualquer tempo, a reposição do valor transferido, mediante comprovação.Art. 21. Os saldos das contas não individualizadas e das contas
vinculadas que se conservem ininterruptamente sem créditos de depósitos por mais de
cinco anos, a partir de 1º de junho de 1990, em razão de o seu titular ter estado fora
do regime do FGTS, serão incorporados ao patrimônio do fundo, resguardado o direito do
beneficiário reclamar, a qualquer tempo, a reposição do valor transferido.(Redação dada pela Lei nº 8.678, de 1993)Parágrafo único. O valor, quando reclamado, será pago ao trabalhador acrescido da
remuneração prevista no § 2º do art. 13 desta lei.(Incluído
pela Lei nº 8.678, de 1993)Art. 22. O
empregador que não realizar os depósitos previstos nesta lei no prazo fixado no art. 15,
responderá pela atualização monetária da importância correspondente. Sobre o valor
atualizado dos depósitos incidirão ainda juros de mora de 1 (um) por cento ao mês e
multa de 20 (vinte) por cento, sujeitando-se, também, as obrigações e sanções
previstas noDecreto-Lei nº 368, de 19 de dezembro
de 1968.§1º A atualização monetária de que trata ocaputdeste artigo será cobrada por dia de atraso, tomando-se por base os índices de
variação do Bônus do Tesouro Nacional Fiscal (BTN Fiscal) ou, na falta deste, do
título que vier a sucedê-lo, ou ainda, o critério do Conselho Curador, por outro
indicador da inflação diária.§2º Se o débito for pago até o último dia
útil do mês do seu vencimento, a multa prevista neste artigo será reduzida para 10
(dez) por cento.§3º Para efeito de levantamento de débito para
com o FGTS, o percentual de 8 (oito) por cento incidirá sobre a remuneração atualizada
até a data da respectiva operação.Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos
nesta Lei, no prazo fixado no art. 15, responderá pela incidência da Taxa Referencial
– TR sobre a importância correspondente.(Redação dada pela Lei nº 9.964, de 2000)Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos
nesta Lei, nos termos do disposto nos art. 15 e art. 18, responderá
pela incidência da Taxa Referencial - TR sobre a importância
correspondente.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos nos
termos dos arts. 15 e 18 desta Lei responderá pela incidência da Taxa
Referencial (TR) sobre a importância correspondente.(Redação
dada pela Lei nº 14.438, de 2022)§ 1oSobre o valor dos depósitos, acrescido
da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m. (cinco décimos por cento ao mês) ou
fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas noDecreto-Lei no368, de 19 de dezembro
de 1968.(Redação
dada pela Lei nº 9.964, de 2000)§ 2oA incidência da TR de que trata ocaputdeste artigo será cobrada por dia de atraso, tomando-se por base o índice de
atualização das contas vinculadas do FGTS.(Redação dada pela Lei nº 9.964, de 2000)§ 2o-A. A multa
referida no § 1odeste artigo será cobrada nas condições que se
seguem:(Incluído
pela Lei nº 9.964, de 2000)I – 5% (cinco por cento) no mês de vencimento da
obrigação;(Incluído
pela Lei nº 9.964, de 2000)II – 10% (dez por cento) a partir do mês seguinte ao
do vencimento da obrigação.(Incluído pela Lei nº 9.964, de 2000)§ 3oPara efeito de levantamento de débito
para com o FGTS, o percentual de 8% (oito por cento) incidirá sobre o valor acrescido da
TR até a data da respectiva operação.(Redação dada pela Lei nº 9.964, de 2000)Art. 23. Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social a verificação,
em nome da Caixa Econômica Federal, do cumprimento do disposto nesta lei, especialmente
quanto à apuração dos débitos e das infrações praticadas pelos empregadores ou
tomadores de serviço, notificando-os para efetuarem e comprovarem os depósitos
correspondentes e cumprirem as demais determinações legais, podendo, para tanto, contar
com o concurso de outros órgãos do Governo Federal, na forma que vier a ser
regulamentada.Art. 23. Competirá à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia a verificação do cumprimento do disposto nesta Lei,
especialmente quanto à apuração dos débitos e das infrações praticadas pelos
empregadores ou tomadores de serviço, que os notificará para efetuarem e
comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as demais determinações
legais.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 889, de 2019)Art. 23. Competirá à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia a verificação do cumprimento do disposto nesta
Lei, especialmente quanto à apuração dos débitos e das infrações
praticadas pelos empregadores ou tomadores de serviço, que os notificará
para efetuarem e comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as
demais determinações legais.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 23. Compete ao Ministério do Trabalho e Previdência a
verificação do cumprimento do disposto nesta Lei, especialmente
quanto à apuração dos débitos e das infrações praticadas pelos
empregadores ou tomadores de serviço, que os notificará para
efetuarem e comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as
demais determinações legais.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.107, de 2022)(Produção de
efeitos)Art. 23. Compete ao Ministério do Trabalho e Previdência a
verificação do cumprimento do disposto nesta Lei, especialmente quanto à
apuração dos débitos e das infrações praticadas pelos empregadores ou tomadores
de serviço, que serão notificados para efetuar e comprovar os depósitos
correspondentes e cumprir as demais determinações legais.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§1º Constituem infrações para efeito desta lei:I - não depositar mensalmente o percentual referente ao FGTS;I - não
depositar mensalmente o percentual referente ao FGTS, bem como os valores previstos no
art. 18 desta Lei, nos prazos de que trata o§ 6odo art. 477 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT;(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)II - omitir as informações sobre a conta vinculada do trabalhador;(Revogado pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)II -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosIII - apresentar as informações ao Cadastro Nacional do Trabalhador, dos trabalhadores
beneficiários, com erros ou omissões;(Revogado pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)III -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosIV - deixar de computar, para efeito de cálculo dos depósitos do FGTS, parcela
componente da remuneração;V - deixar de efetuar os depósitos e os acréscimos legais, após notificado pela
fiscalização.V - deixar de efetuar os depósitos e os acréscimos legais, após ser
notificado pela fiscalização; e(Redação dada pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)V - deixar de efetuar os depósitos e os acréscimos legais, após ser
notificado pela fiscalização; e(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)V - deixar de efetuar os depósitos e os acréscimos legais do FGTS
constituído em notificação de débito, no prazo concedido pelo ato de
notificação da decisão definitiva exarada no processo
administrativo;(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)V - deixar de efetuar os depósitos e os
acréscimos legais do FGTS constituído em notificação de débito, no prazo
concedido pelo ato de notificação da decisão definitiva exarada no
processo administrativo;(Redação dada pela
Lei nº 14.438, de 2022)Produção de efeitosVI - deixar de apresentar, ou apresentar com erros ou omissões, as
informações de que trata o art. 17-A e as demais informações legalmente
exigíveis.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)VI - deixar de apresentar, ou apresentar com erros ou omissões, as
informações de que trata o art. 17-A desta Lei e as demais informações
legalmente exigíveis.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)VI - deixar de apresentar, ou apresentar com erros ou omissões, as
informações de que tratam o art. 17-A e as demais informações
legalmente exigíveis; e(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)VI - deixar de apresentar, ou apresentar
com erros ou omissões, as informações de que trata o art. 17-A desta
Lei e as demais informações legalmente exigíveis; e(Redação dada
pela Lei nº 14.438, de 2022)Produção de
efeitosVII - deixar de apresentar ou de promover a retificação das
informações de que trata o art. 17-A, no prazo concedido na
notificação da decisão definitiva exarada no processo administrativo
que reconheceu a procedência da notificação de débito decorrente de
omissão, erro, fraude ou sonegação constatados.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)VII - deixar de apresentar ou de promover a
retificação das informações de que trata o art. 17-A desta Lei no prazo
concedido na notificação da decisão definitiva exarada no processo
administrativo que reconheceu a procedência da notificação de débito decorrente
de omissão, de erro, de fraude ou de sonegação constatados.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§ 1º-A A formalização de parcelamento da integralidade do débito
suspende a ação punitiva da infração prevista:(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)I - no inciso I do § 1º, quando realizada anteriormente ao início de
qualquer processo administrativo ou medida de fiscalização; e(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)II - no inciso V do § 1º, quando realizada no prazo nele referido.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 1º-B A suspensão da ação punitiva prevista no § 1º-A será mantida
durante a vigência do parcelamento e a quitação integral dos valores
parcelados extinguirá a infração.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 1º-A. A formalização de parcelamento da integralidade
do débito suspende a ação punitiva da infração prevista:(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosI - no
inciso I do § 1º deste artigo, quando realizada anteriormente ao início de
qualquer processo administrativo ou medida de fiscalização; e(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosII - no
inciso V do § 1º deste artigo, quando realizada no prazo nele referido.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§ 1º-B. A suspensão da ação punitiva prevista no § 1º-A
deste artigo será mantida durante a vigência do parcelamento, e a quitação
integral dos valores parcelados extinguirá a infração.(Incluído pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção
de efeitos§2º Pela
infração do disposto no § 1º deste artigo, o infrator estará sujeito às seguintes
multas por trabalhador prejudicado:a) de 2 (dois) a 5 (cinco) BTN, no caso dos incisos II e III;b) de 10 (dez) a 100 (cem) BTN, no caso dos incisos I, IV e V.c) de R$100,00 (cem reais) a R$300,00 (trezentos reais) por trabalhador
prejudicado na hipótese prevista no inciso VI do § 1º.(Incluído pela Medida
Provisória nº 889, de 2019)c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por
trabalhador prejudicado, na hipótese prevista no inciso VI do § 1º deste
artigo.(Redação dada
pela Lei nº 13.932, de 2019)§ 2º A inobservância ao disposto no § 1º sujeitará o infrator às
seguintes multas:(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradaa) nos casos dos incisos II e III do § 1º, o pagamento da multa prevista
noinciso I do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943;(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradab) nos casos dos incisos I, IV e V do § 1º, o pagamento de multa no
valor de 50% (cinquenta por cento) do valor do crédito lançado; e(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradac) no caso do inciso VI do § 1º, o pagamento de multa no valor de
R$100,00 (cem reais) a R$300,00 (trezentos reais) por trabalhador
prejudicado.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 2º A inobservância ao disposto no § 1º sujeitará o infrator às
seguintes multas:(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)a) nos casos dos incisos II e III do § 1º, o pagamento da multa prevista
noinciso I do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943;(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)b) nos casos dos incisos I, IV e V do § 1º, o pagamento de multa no
valor de 50% (cinquenta por cento) do valor do crédito lançado; e(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)c) no caso do inciso VI do § 1º, o pagamento de multa no valor de
R$100,00 (cem reais) a R$300,00 (trezentos reais) por trabalhador
prejudicado.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 2ºPela
infração do disposto no § 1º deste artigo, o infrator estará sujeito às seguintes
multas por trabalhador prejudicado:§ 2º Pela infração do disposto no § 1º, o infrator estará sujeito
às seguintes multas:(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 2º Pela infração ao disposto no § 1º deste
artigo, o infrator estará sujeito às seguintes multas:(Redação dada
pela Lei nº 14.438, de 2022)Produção de
efeitosa) de 2 (dois) a 5 (cinco) BTN, no caso dos incisos II e III;(Revogado pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)a)(revogada);(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitosb) de 10 (dez) a 100 (cem) BTN, no caso dos incisos I, IV e V.b) de trinta por cento sobre o débito atualizado apurado pela
Inspeção do Trabalho, confessado pelo empregador ou lançado de
ofício, nas hipóteses previstas nos incisos I, IV e V do § 1º; e(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)b) 30% (trinta por cento) sobre o débito
atualizado apurado pela inspeção do trabalho, confessado pelo
empregador ou lançado de ofício, nas hipóteses previstas nos incisos
I, IV e V do § 1º deste artigo; e(Redação dada
pela Lei nº 14.438, de 2022)Produção de
efeitosc) de R$100,00 (cem reais) a R$300,00 (trezentos reais) por trabalhador
prejudicado na hipótese prevista no inciso VI do § 1º.(Incluído pela Medida
Provisória nº 889, de 2019)c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por
trabalhador prejudicado, na hipótese prevista no inciso VI do § 1º deste
artigo.(Redação dada
pela Lei nº 13.932, de 2019)c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por
trabalhador prejudicado, nas hipóteses previstas nos incisos VI e
VII do § 1º.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos
reais) por trabalhador prejudicado, nas hipóteses previstas nos incisos VI e VII
do § 1º deste artigo.(Redação dada pela Lei nº
14.438, de 2022)Produção de efeitos§3º Nos casos de fraude, simulação, artifício, ardil,
resistência, embaraço ou desacato à fiscalização, assim como na reincidência, a
multa especificada no parágrafo anterior será duplicada, sem prejuízo das demais
cominações legais.§ 3º-A Estabelecida a multa-base e a majoração na forma prevista
nos § 2º e § 3º, o valor final será reduzido pela metade quando o
infrator for empregador doméstico, microempresa ou empresa de
pequeno porte.(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.107, de 2022)§ 3º-A. Estabelecidas a multa-base e a majoração na
forma prevista nos §§ 2º e 3º deste artigo, o valor final será reduzido pela
metade quando o infrator for empregador doméstico, microempresa ou empresa
de pequeno porte.(Redação dada pela Lei
nº 14.438, de 2022)Produção de efeitos§4º Os
valores das multas, quando não recolhidas no prazo legal, serão atualizados
monetariamente até a data de seu efetivo pagamento, através de sua conversão pelo BTN
Fiscal.§ 4º Sobre os valores das multas não recolhidas no prazo legal
incidirão juros e multa de mora nas formas previstas noart. 13 da Lei nº 9.065, de
20 de junho de 1995, e noart. 84, da Lei nº 8.981, de 20
de janeiro de 1995.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 4º Sobre os valores das multas não recolhidas no prazo legal
incidirão juros e multa de mora nas formas previstas noart. 13 da Lei nº 9.065, de
20 de junho de 1995, e noart. 84, da Lei nº 8.981, de 20
de janeiro de 1995.(Redação dada
pela Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§4º Os
valores das multas, quando não recolhidas no prazo legal, serão atualizados
monetariamente até a data de seu efetivo pagamento, através de sua conversão pelo BTN
Fiscal.§5º O
processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo
disposto noTítulo VII da CLT, respeitado o
privilégio do FGTS à prescrição trintenária.§ 5º O processo de fiscalização, de autuação e de
imposição de multas reger-se-á pelo disposto noTítulo
VII da CLT.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§6º Quando
julgado procedente o recurso interposto na forma doTítulo VII da CLT, os depósitos efetuados
para garantia de instância serão restituídos com os valores atualizados na forma de
lei.§7º A rede
arrecadadora e a Caixa Econômica Federal deverão prestar ao Ministério do Trabalho e da
Previdência Social as informações necessárias à fiscalização.§ 8º As penas previstas no § 2º serão reduzidas pela metade, quando o
infrator for empregador doméstico, microempresa ou empresa de pequeno
porte.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 9º Não serão objeto de sanção as infrações previstas nos incisos I,
IV, V e VI do §1º, na hipótese de o empregador ou responsável,
anteriormente ao início do procedimento administrativo ou da medida de
fiscalização:(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradaI - proceder ao recolhimento integral dos débitos, com os acréscimos
legais;(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradaII - formalizar termo de parcelamento junto à Secretaria do Trabalho da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
no exercício da competência prevista no inciso IV docaputdo
art. 23-B desta Lei; ou(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerradaIII - apresentar as informações de que trata o art. 17-A desta Lei, via
sistema de escrituração digital, ainda que fora do prazo legal.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 10. Na hipótese prevista nos incisos I e II do § 2º, será aplicada
a multa pela metade, mediante quitação do débito ou do parcelamento
deferido na forma do inciso V docaputdo art. 23-B, no curso de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização
relacionada com a infração.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 11. Os valores expressos em moeda corrente na alínea “c” do § 2º
serão reajustados anualmente, em 1º de fevereiro, de acordo com Índice
Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, acumulado no ano imediatamente
anterior ou de acordo com outro índice que vier a substituí-lo.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 12. Os sujeitos passivos de que trata o § 8º que incorrerem nas
condutas expressas no § 3º, perderão o direito à regra atenuante
prevista, sem prejuízo da aplicação das agravantes.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 13. Na hipótese de constatação de celebração de contratos de trabalho
sem a devida formalização ou que incorram na hipótese prevista noart.
9º da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943, a autoridade fiscal competente efetuará o lançamento dos
créditos de FGTS e da Contribuição Social instituída pelaLei
Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001, decorrentes dos fatos
geradores apurados.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Revogada pela Medida Provisória
nº 955, de 2020)Vigência
encerrada§ 8º As penas previstas no § 2º serão reduzidas pela metade, quando o
infrator for empregador doméstico, microempresa ou empresa de pequeno
porte.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 9º Não serão objeto de sanção as infrações previstas nos incisos I,
IV, V e VI do §1º, na hipótese de o empregador ou responsável,
anteriormente ao início do procedimento administrativo ou da medida de
fiscalização:(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)I - proceder ao recolhimento integral dos débitos, com os acréscimos
legais;(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)II - formalizar termo de parcelamento junto à Secretaria do Trabalho da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
no exercício da competência prevista no inciso IV docaputdo
art. 23-B desta Lei; ou(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)III - apresentar as informações de que trata o art. 17-A desta Lei, via
sistema de escrituração digital, ainda que fora do prazo legal.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 10. Na hipótese prevista nos incisos I e II do § 2º, será aplicada
a multa pela metade, mediante quitação do débito ou do parcelamento
deferido na forma do inciso V docaputdo art. 23-B, no curso de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização
relacionada com a infração.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 11. Os valores expressos em moeda corrente na alínea “c” do § 2º
serão reajustados anualmente, em 1º de fevereiro, de acordo com Índice
Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, acumulado no ano imediatamente
anterior ou de acordo com outro índice que vier a substituí-lo.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 12. Os sujeitos passivos de que trata o § 8º que incorrerem nas
condutas expressas no § 3º, perderão o direito à regra atenuante
prevista, sem prejuízo da aplicação das agravantes.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)§ 13. Na hipótese de constatação de celebração de contratos de trabalho
sem a devida formalização ou que incorram na hipótese prevista noart.
9º da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943, a autoridade fiscal competente efetuará o lançamento dos
créditos de FGTS e da Contribuição Social instituída pelaLei
Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001, decorrentes dos fatos
geradores apurados.(Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019(Vigência encerrada)Art. 23-A. A notificação do empregador relativa
aos débitos com o FGTS, o início de procedimento administrativo ou a
medida de fiscalização interrompem o prazo prescricional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º O contencioso administrativo é causa de suspensão do prazo
prescricional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º A data de publicação da liquidação do crédito será considerada
como a data de sua constituição definitiva, que será considerada o marco
para a retomada da contagem do prazo prescricional.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 3º Todos os documentos relativos às obrigações perante o FGTS,
referentes a todo o contrato de trabalho de cada trabalhador, devem ser
mantidos à disposição da fiscalização por até cinco anos após o fim de
cada contrato.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 23-A. A notificação do empregador relativa aos débitos com o FGTS,
o início de procedimento administrativo ou a medida de fiscalização
interrompem o prazo prescricional.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º O contencioso administrativo é causa de suspensão do prazo
prescricional.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º A data de publicação da liquidação do crédito será considerada como
a data de sua constituição definitiva, a partir da qual será retomada a
contagem do prazo prescricional.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º Todos os documentos relativos às obrigações perante o FGTS,
referentes a todo o contrato de trabalho de cada trabalhador, devem ser
mantidos à disposição da fiscalização por até 5 (cinco) anos após o fim
de cada contrato.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 24. Por descumprimento ou inobservância de quaisquer das obrigações que lhe
compete como agente arrecadador, pagador e mantenedor do cadastro de contas vinculadas, na
forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador, fica o banco depositário
sujeito ao pagamento de multa equivalente a 10 (dez) por cento do montante da conta do
empregado, independentemente das demais cominações legais.Art. 25. Poderá o próprio trabalhador, seus dependentes e sucessores, ou ainda o
Sindicato a que estiver vinculado, acionar diretamente a empresa por intermédio da
Justiça do Trabalho, para compeli-la a efetuar o depósito das importâncias devidas nos
termos desta lei.(Vide Medida Provisória nº
651, de 2014)Parágrafo único. A Caixa Econômica Federal e o Ministério do Trabalho e da
Previdência Social deverão ser notificados da propositura da reclamação.Art. 26. É competente a Justiça do Trabalho para julgar os dissídios entre os
trabalhadores e os empregadores decorrentes da aplicação desta lei, mesmo quando a Caixa
Econômica Federal e o Ministério do Trabalho e da Previdência Social figurarem como
litisconsortes.Parágrafo único. Nas reclamatórias trabalhistas que objetivam o ressarcimento de
parcelas relativas ao FGTS, ou que, direta ou indiretamente, impliquem essa obrigação de
fazer, o juiz determinará que a empresa sucumbente proceda ao recolhimento imediato das
importâncias devidas a tal título.Art. 26-A. Para fins de apuração e lançamento,
considera-se não quitado o FGTS pago diretamente ao trabalhador, vedada
a sua conversão em indenização compensatória.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1º Os débitos reconhecidos e declarados por meio de sistema de
escrituração digital serão recolhidos integralmente, acrescidos dos
encargos devidos.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º Para a geração das guias de recolhimento, os valores devidos a
título de FGTS e o período laboral a que se referem serão expressamente
identificados.(Incluído pela
Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 26-A. Para fins de apuração e lançamento, considera-se não quitado
o valor relativo ao FGTS pago diretamente ao trabalhador, vedada a sua
conversão em indenização compensatória.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º Os débitos reconhecidos e declarados por meio de sistema de
escrituração digital serão recolhidos integralmente, acrescidos dos
encargos devidos.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º Para a geração das guias de depósito, os valores devidos a título
de FGTS e o período laboral a que se referem serão expressamente
identificados.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 27. A apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS, fornecido pela Caixa
Econômica Federal, é obrigatória nas seguintes situações:Art. 27. A apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS,
fornecido na forma do regulamento, é obrigatória nas seguintes
situações:(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)a) habilitação e licitação promovida por órgão da Administração Federal, Estadual
e Municipal, direta, indireta ou fundacional ou por entidade controlada direta ou
indiretamente pela União, Estado e Município;b) obtenção, por parte da União, Estados e Municípios, ou por órgãos da
Administração Federal, Estadual e Municipal, direta, indireta, ou fundacional, ou
indiretamente pela União, Estados ou Municípios, de empréstimos ou financiamentos junto
a quaisquer entidades financeiras oficiais;(Vide Medida Provisória nº 526,
de 2011)(Vide Lei
nº 12.453, de 2011)(Vide Lei
nº 13.340, de 2016)b)
obtenção, por parte da União, dos Estados ou dos Municípios, ou por órgãos
da Administração federal, estadual ou municipal, direta, indireta ou fundacional, ou indiretamente pela União, pelos Estados ou pelos Municípios,
de empréstimos ou financiamentos realizados com lastro em recursos públicos
ou oriundos do FGTS perante quaisquer instituições de crédito;(Redação dada pela
Lei nº 13.805, de 2019)(Vide Medida
Provisória nº 958, de 2020)(Vide
Lei nº 13.999, de 2020)(Vide
Medida Provisória nº 975, de 2020).(Vide
Medida Provisória nº 1.028, de 2021).(Vide
Lei nº 14.179, de 2021)(Vide Medida Provisória nº
1.259, de 2024)c) obtenção de favores creditícios, isenções, subsídios, auxílios, outorga ou
concessão de serviços ou quaisquer outros benefícios concedidos por órgão da
Administração Federal, Estadual e Municipal, salvo quando destinados a saldar débitos
para com o FGTS;(Vide Medida
Provisória nº 958, de 2020)(Vide
Lei nº 13.999, de 2020)(Vide
Medida Provisória nº 975, de 2020).(Vide
Medida Provisória nº 1.028, de 2021).(Vide
Lei nº 14.179, de 2021)(Vide Medida Provisória nº
1.176, de 2023)(Vide
Lei nº 14.690, de 2023)(Vide Medida Provisória nº
1.259, de 2024)d) transferência de domicílio para o exterior;e) registro ou arquivamento, nos órgãos competentes, de alteração ou distrato de
contrato social, de estatuto, ou de qualquer documento que implique modificação na
estrutura jurídica do empregador ou na sua extinção.Art. 28. São isentos de tributos federais os atos e operações necessários à
aplicação desta lei, quando praticados pela Caixa Econômica Federal, pelos
trabalhadores e seus dependentes ou sucessores, pelos empregadores e pelos
estabelecimentos bancários.Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo às importâncias devidas, nos termos
desta lei, aos trabalhadores e seus dependentes ou sucessores.Art. 29. Os depósitos em conta vinculada, efetuados nos termos desta lei, constituirão
despesas dedutíveis do lucro operacional dos empregadores e as importâncias levantadas a
seu favor implicarão receita tributável.Art. 29-A. Quaisquer
créditos relativos à correção dos saldos das contas vinculadas do FGTS serão
liquidados mediante lançamento pelo agente operador na respectiva conta do
trabalhador.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)Art. 29-B. Não
será cabível medida liminar em mandado de segurança, no procedimento cautelar ou em
quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, nem a tutela antecipada
prevista nosarts. 273e461 do Código de Processo Civilque impliquem saque ou
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS.Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)Art. 29-C. Nas
ações entre o FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem
os respectivos representantes ou substitutos processuais, não haverá condenação em
honorários advocatícios.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)(Vide ADI nº 2.736)Art. 29-D. A
penhora em dinheiro, na execução fundada em título judicial em que se determine
crédito complementar de saldo de conta vinculada do FGTS, será feita mediante depósito
de recursos do Fundo em conta vinculada em nome do exeqüente, à disposição do juízo.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)Parágrafo único. O valor do
depósito só poderá ser movimentado, após liberação judicial, nas hipóteses
previstas no art. 20 ou para reversão ao Fundo.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)Art. 30. Fica reduzida para 1 1/2 (um e meio) por cento a contribuição devida pelas
empresas ao Serviço Social do Comércio e ao Serviço Social da Indústria e dispensadas
estas entidades da subscrição compulsória a que alude oart.
21 da Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964.Art. 31. O Poder Executivo expedirá o Regulamento desta lei no prazo de 60 (sessenta)
dias a contar da data de sua promulgação.Art. 32. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada aLei nº 7.839, de 12 de outubro de 1989, e as demais disposições em
contrário.Brasília, 11 de maio de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO
COLLORZélia M. Cardoso de MelloAntonio MagriMargarida ProcópioEste
texto não substitui o publicado no DOU de 14.5.1990 eretificado em
15.5.1990ANEXO(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)LIMITE DAS FAIXAS DE SALDO (EM R$)ALÍQUOTAPARCELA ADICIONAL (EM R$)de 00,01até 500,0050%-de 500,01até 1.000,0040%50,00de 1.000,01até 5.000,0030%150,00de 5.000,01até 10.000,0020%650,00de 10000,01até 15.000,0015%1150,00de 15.000,01até 20.000,0010%1900,00acima de 20.000,00-5%2900,00ANEXO(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)LIMITE DAS FAIXAS DE SALDO (Em R$)ALÍQUOTAPARCELA ADICONAL (EM R$)de 00,01até 500,0050%-de 500,01até 1.000,0040%50,00de 1.000,01até 5.000,0030%150,00de 5.000,01até 10.000,0020%650,00de 10.000,01até 15.000,0015%1.150,00de 15.000,01até 20.000,0010%1.900,00Acima de 20.000,00-5%2.900,00* |
1,990 | 8.035, de 27.4.90 Publicada no DOU de 30.4.90 | Revoga as Medidas Provisórias nºs 153 e 156, ambas de 15 de março de 1990, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8035.htm | L8035Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.035, DE 27 DE ABRIL DE
1990.Revoga
as Medidas Provisórias nºs 153 e 156, ambas de 15 de março de 1990, e dá outras
providências.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1º São revogadas,
desde sua edição, aMedida Provisória nº 153, de 15 de março de 1990, que define os
crimes de abuso do poder econômico, e dá outras providências, e aMedida Provisória
nº 156, de 15 de março de 1990, que "define crimes contra a Fazenda Pública,
estabelecendo penalidades aplicáveis a contribuintes, servidores fazendários e terceiros
que os pratiquem".Art. 2º O art. 325 do
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), passa a
vigorar com as seguintes alterações:"Art. 325.
....................................... .................................................................
..............................................§ 1ºSe assim o recomendar a
situação econômica do réu, a fiança poderá ser:I - reduzida até o máximo de dois terços;II - aumentada, pelo juiz, até o décuplo.§ 2º Nos casos de prisão em flagrante
pela prática de crime contra a economia popular ou de crime de sonegação fiscal, não
se aplica o disposto no artigo 310 e parágrafo único deste código, devendo ser
observados os seguintes procedimentos:I - a liberdade provisória somente poderá
ser concedida mediante fiança, por decisão do juiz competente e após a lavratura do
auto de prisão em flagrante;II - o valor da fiança será fixado pelo
juiz que a conceder, nos limites de dez mil a cem mil vezes o valor do Bônus do Tesouro
Nacional - BTN, da data da prática do crime;III - se assim o recomendar a situação
econômica do réu, o limite mínimo ou máximo do valor da fiança poderá ser reduzido
em até nove décimos ou aumentado até o décuplo."Art. 3º O art. 11,caput,
da Lei Delegada nº 4, de 26 de setembro de 1962, alterado pelo art. 1° da Lei nº 7.784,
de 28 de junho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 11. Fica sujeito à multa no
valor de cinco mil até duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, da
data da infração, sem prejuízo das sanções penais que couberem na forma da lei,
aquele que:.......................................
............................................".Art. 4º O art. 43 da Lei nº 4.137, de 10 de setembro de 1962, que regula a repressão ao abuso do poder
econômico, passa a ter a seguinte redação:"Art. 43.Verificada a procedência da
representação e proclamado determinado ato ou atos como de abuso do poder econômico, o CADE, ouvida a Procuradoria, fixará prazo para que os responsáveis, de acordo com as
circunstâncias, cessem sua prática, multando-os de duzentas mil a cinco milhões de
vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, da data de decisão."Art. 5º Esta lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art. 6º Revogam-se as
disposições em contrário.Brasília, 27 de abril de
1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 30.4.1990* |
1,990 | 8.034, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Altera a legislação do Imposto de Renda das pessoas jurídicas, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8034.htm | L8034Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.034, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 161/90Mensagem de vetoAltera
a legislação do Imposto de Renda das pessoas jurídicas, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º A partir do exercício financeiro de 1991, correspondente ao período-base de
1990:I -
passará a ser de 30% (trinta por cento) a alíquota do Imposto de Renda aplicável ao
lucro decorrente de exportações de produtos manufaturados nacionais e serviços;II - incidirão os adicionais de que trata oart.
39 da Lei nº 7.799, de 10 de julho de 1989, sobre o lucro decorrente das
exportações referidas no item anterior;III
- ficarão suspensos, para pessoas jurídicas, os benefícios fiscais previstos naLei nº
6.297, de 15 de dezembro de 1975, noart. 21 da Lei nº 7.232, de 29 de outubro de 1984,
naLei nº 7.554, de 16 de dezembro de 1986, naLei nº 7.505, de 2 de julho de 1986, no
art. 32 da Lei nº 7.646, de 18 de dezembro de 1987e naLei nº 7.752, de 14 de abril de
1989, assim como o incentivo ao treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos para as
atividades de informática, previsto noinciso V do art. 13 da Lei nº 7.232, de 29 de
outubro de 1984;IV - cessará, por tempo indeterminado, a faculdade de a pessoa
jurídica optar pela aplicação de parcela do Imposto de Renda devido:a) nos Fundos de Investimentos no Nordeste ou da Amazônia(Decreto-Lei nº 1.376, de 12 de dezembro de
1974, art. 11, I)e no Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo(Decreto-Lei nº 1.376, de 12 de dezembro de
1974, art. 11, V);(Revogado pela
Medida provisória nº 2.156-5, de 24.8.2001)b)
em depósito para reinvestimento, de que tratam osarts. 23 da Lei nº 5.508, de 11 de
outubro de 1968, e29 do Decreto-Lei nº 756,
de 11 de agosto de 1969, e alterações posteriores.§
1º No cálculo das antecipações do Imposto de Renda das pessoas jurídicas, a serem
recolhidas nos termos doDecreto-Lei nº 2.354, de 24 de agosto de 1987, deverão ser
considerados os efeitos da redução ou eliminação de incentivos fiscais, da alteração
de alíquota e da incidência de adicionais de que trata este artigo.§
2º Os benefícios fiscais que, de acordo com o inciso III deste artigo, tiveram sua
aplicação suspensa, serão devidamente reavaliados, no prazo em que durar a suspensão,
de forma a possibilitar o encaminhamento de medidas corretivas cabíveis.§
3º Os incentivos fiscais que, de acordo com o inciso IV deste artigo, tiveram sua
aplicação suspensa serão reavaliados, até 30 de outubro de 1990, de forma a
possibilitar o encaminhamento das medidas corretivas cabíveis.Art. 2º A alínea c do § 1º do art. 2º daLei nº 7.689, de 15 de
dezembro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art.
2º.......................................................................1º..................................................................................c )o resultado do período-base, apurado com
observância da legislação comercial, será ajustado pela:1 - adição do resultado negativo da
avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido;2 - adição do valor de reserva de
reavaliação, baixada durante o período-base, cuja contrapartida não tenha sido
computada no resultado do período-base;3 - adição do valor das provisões não
dedutíveis da determinação do lucro real, exceto a provisão para o Imposto de Renda;4 - exclusão do resultado positivo da
avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido;5 - exclusão dos lucros e dividendos
derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados
como receita;6 - exclusão do valor, corrigido
monetariamente, das provisões adicionadas na forma do item 3, que tenham sido baixadas no
curso de período-base."Art. 3º Será anulado, mediante estorno na escrita fiscal do contribuinte, o crédito do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem adquiridos para emprego na industrialização de
produtos que venham a ser remetidos para a Zona Franca de Manaus ou para a Amazônia
Ocidental.Art. 4º(Vetado).Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 12 de abril de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 6.11.2001* |
1,990 | 8.033, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Altera, mediante conversão em lei das Medidas Provisórias nºs 160, de 15 de março de 1990, e 171, de 17 de março de 1990, a legislação do Imposto sobre Operações Financeiras, instituindo incidências de caráter transitório sobre os atos que menciona, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8033.htm | L8033Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.033, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº
171/90(Vide Lei nº 8.076, de
1990)Mensagem de vetoAltera,
mediante conversão em lei das Medidas Provisórias nºs 160, de 15 de março de 1990, e
171, de 17 de março de 1990, a legislação do Imposto sobre Operações Financeiras,
instituindo incidências de caráter transitório sobre os atos que menciona, e dá outras
providências.O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:Art.
1º São instituídas as seguintes incidências do imposto sobre operações de crédito,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários:I
- transmissão ou resgate de títulos a valores mobiliários, públicos e privados,
inclusive de aplicações de curto prazo, tais como letras de câmbio, depósitos a prazo
com ou sem emissão de certificado, letras imobiliárias, debêntures e cédulas
hipotecárias;II - transmissão de ouro definido pela legislação como
ativo financeiro;(Execução
suspensa pela RSF nº 52, de 1999)III
- transmissão ou resgate de título representativo de ouro;(Execução suspensa pela RSF nº 52, de
1999)IV -
transmissão de ações de companhias abertas e das conseqüentes bonificações emitidas;V
- saques efetuados em cadernetas de poupança.(Execução
suspensa pela RSF nº 28, de 2007)Art. 2º O imposto ora instituído terá as seguintes
características:I
- somente incidirá sobre operações praticadas com ativos e aplicações, de cujo
principal o contribuinte era titular em 16 de março de 1990;II
- incidirá uma só vez sobre as operações especificadas em cada um dos incisos do
artigo anterior, praticadas a partir de 16 de março de 1990 com o título ou valor
mobiliário, excluída sua incidência nas operações sucessivas que tenham por objeto o
mesmo título ou valor mobiliário;III
- não prejudicará as incidências já estabelecidas na legislação, constituindo,
quando ocorrer essa hipótese, um adicional para as operações já tributadas por essa
legislação;IV
- não incidirá relativamente a ações, caso o valor total detido pelo titular, em 16 de
março de 1990, seja igual ou inferior a 10.000 BTNs fiscais;V
- não incidirá relativamente aos depósitos em cadernetas de poupança cujo valor total
dos depósitos detidos pelo titular, em 16 de março de 1990, seja igual ou inferior a
3.500 VRF;VI
- não incidirá sobre o resgate de quotas de fundos em condomínio, sobre o resgate dos
títulos integrantes das carteiras das instituições financeiras vinculados a acordos de
recompra e sobre os depósitos caracterizadamente interfinanceiros entre empresas do mesmo
grupo.VII - não incidirá relativamente a ações nas seguintes hipóteses:(Incluído pela Lei nº 8.383, de 1991)a) transmissão causa mortis e adiantamento da legítima;(Incluída
pela Lei nº 8.383, de 1991)b) sucessão decorrente de fusão, cisão ou incorporação;(Incluída
pela Lei nº 8.383, de 1991)c) transferência das ações para sociedade controlada.(Incluída
pela Lei nº 8.383, de 1991)§
1º a apuração do valor total das ações detidas, pelo titular, mencionado no inciso IV
deste artigo, será obtida tomando-se por base:a)
o valor da ação no último pregão da bolsa em que tenha sido mais negociada, anterior a
16 de março de 1990, atualizado até 30 de março de 1990, de acordo com a variação
verificada no índice representativo de ações da bolsa de valores de maior movimento no
País e convertido o valor apurado, nessa data, em BTN Fiscal; eb)
caso não seja possível determinar o valor de acordo com o critério estabelecido na
alínea anterior, o valor patrimonial da ação em BTN Fiscal, segundo o último balanço
da respectiva sociedade.§
2º A apuração do valor total dos depósitos em cadernetas de poupança, mencionado no
inciso V, será obtida considerando-se a soma dos saldos das contas nas respectivas datas
de crédito de rendimento do mês de março de 1990, já incluídos os depósitos
efetuados neste mês, convertidos em BTN Fiscal, pelo valor vigente nessas datas.§
3º No caso das aplicações financeiras mencionadas no inciso I do art. 1º, o imposto de
que trata esta lei não incidirá sobre os ativos das instituições financeiras aos quais
corresponda operação passiva de idêntica natureza.§ 4° Nas hipóteses do inciso VII, o
imposto incidirá na ulterior transmissão das ações pelos herdeiros, legatários,
donatários, sucessores e cessionários.(Incluída
pela Lei nº 8.383, de 1991)Art.
3º A base de cálculo do imposto de que trata esta lei é:I -
nas hipóteses de que trata o inciso I do art. 1º, o valor transmitido ou resgatado;II
- nas hipóteses de que trata os incisos II e III do art. 1º, o valor da operação;III
- nas hipóteses de que trata o inciso IV do art. 1º, o valor da operação, observada a
dedução prevista no § 1º do art. 7º;IV
- na hipótese de que trata o inciso V do art. 1º, o valor do saque, observada a
dedução prevista no § 1º do art. 7º.Parágrafo
único. No caso de aquisição de ações e ouro, por exercício de opção, a base de
cálculo será obtida utilizando-se o preço médio observado em pregão no dia do
exercício, assegurada, para as ações, a dedução prevista no § 1º do art. 7º.Art.
4º Fica estabelecida a obrigatoriedade da apresentação, pelo contribuinte, até 18
de maio de 1990, declaração discriminando os ativos financeiros mencionados nos incisos
II, III, IV e V do artigo 1º, quando ocorrer, pelo menos, uma das seguintes hipóteses:I
- o contribuinte possuir ouro;II
- o valor total das ações for superior a 10.000 BTNs Fiscais; ouIII
- o valor total dos saldos de cadernetas de poupança for superior a 3.500 VRF.Parágrafo
único. O Departamento da Receita Federal do Ministério da Economia, Fazenda e
Planejamento estabelecerá as formas em que serão apresentadas as informações de que
trata este artigo.Art.
5º A alíquota do imposto de que trata esta lei é de:(Vide
le Inº 9.069, de 1995)I
- 8%, nas hipóteses de que trata o inciso I do art. 1º;II
- 35%, nas hipóteses de que tratam os incisos II e III do art. 1º;III
- 25%, nas hipóteses de que trata o inciso IV do art. 1º;IV
- 20%, na hipótese de que trata o inciso V do art. 1º.Art.
6º As alíquotas previstas nos incisos II, III e IV do artigo anterior serão reduzidas,
respectivamente, para 15%, para 8% e para 8%, se o contribuinte, até 18 de maio de 1990,
optar pelo pagamento antecipado do imposto previsto no artigo 1º, oportunidade em que lhe
será concedido o parcelamento em 5 prestações mensais, iguais e sucessivas, atualizadas
pela variação do BTN Fiscal.§ 1º
A intenção do contribuinte em optar pela antecipação do imposto deverá ser indicada
na declaração de que trata o art. 4º.§
2º A opção pela antecipação poderá ser exercida em relação a cada espécie de
ativo, isoladamente considerado, pelo seu valor total.§
3° Na hipótese de antecipação, a base de cálculo do imposto observará:a)
no caso dos incisos II e III do art. 1º, o valor do ouro apurado com base na média dos
preços convertidos em BTN Fiscal, obtidos nos pregões da bolsa de mercadorias de maior
movimento no País realizados no mês de março de 1990;b)
no caso dos incisos IV e V do art. 1º, o critério estabelecido nos §§ 1º e 2º do
art. 2º desta lei.Art.
7º O pagamento da primeira parcela da antecipação previsto no art. 6º será feito até
18 de maio de 1990, após a apresentação da declaração a que se refere o art. 4º,
através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF.§
1° No cálculo do valor a ser antecipado serão deduzidos os valores mencionados nos
incisos IV e V do artigo 2º, respectivamente, para as ações e para os depósitos de
poupança.§
2° O valor antecipado poderá ser pago em cruzados novos, não se admitindo, neste caso,
o parcelamento.§
3º o pagamento será efetuado mediante a conversão em cruzeiros, na data do pagamento,
do valor apurado em BTNs Fiscais, segundo o critério fixado no § 3º do art. 6º.Art.
8º Para os casos em que não houver opção do contribuinte pela antecipação, o
Departamento da Receita Federal baixará normas com vistas a permitir a redução prevista
no § 1º do artigo anterior.Parágrafo
único. Na hipótese deste artigo, somente será admitido o pagamento em cruzeiros.Art.
9° São contribuintes do imposto de que trata esta lei:I
- o transmitente ou beneficiário do pagamento do resgate, nas hipóteses de que tratam o
inciso I do art. 1º;II
- o transmitente, na hipótese de que trata o inciso II do artigo 1º;III
- o transmitente ou beneficiário do pagamento do resgate, nas hipóteses de que trata o
inciso III do artigo 1º;IV
- o transmitente, nas hipóteses de que trata o inciso IV do artigo 1º;V
- o sacador, na hipótese de que trata o inciso V do artigo 1º.Parágrafo
único. Nas hipóteses do inciso I do art. 1º, a responsabilidade pela retenção e
recolhimento do imposto será da instituição financeira pagadora, exceto nos casos em
que o beneficiário for outra instituição financeira, quando caberá a esta outra o
recolhimento do tributo.Art.
10. Para a facilidade de implementação e fiscalização da presente lei, sem prejuízo
do sigilo legalmente estabelecido, é facultado à autoridade fiscal do Banco Central do
Brasil e do Departamento da Receita Federal, proceder a fiscalizações junto aos agentes
do Sistema Financeiro da Habitação e em quaisquer das entidades que interfiram, direta
ou indiretamente, no mercado de títulos ou valores mobiliários, inclusive instituições
financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras, que são obrigadas a prestar as
informações que lhes forem exigidas por aquela autoridade.Art.
11. A custódia de títulos, valores mobiliários e ouro somente poderá ser levantada
depois de assegurado o pagamento do imposto ora instituído.Art.
12. O Banco Central do Brasil e o Departamento da Receita Federal expedirão, em ato
conjunto, as normas necessárias à efetiva aplicação desta lei, especialmente as
destinadas a fixar os prazos para pagamento do imposto.Art.
13.(VETADO).Art.
14. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília,
12 de abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 13.4.1990* |
1,990 | 8.032, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a isenção ou redução de impostos de importação, e dá outras providências. (Mensagem de veto) | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8032.htm | L8032Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.032, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 158/90(Mensagem de veto)(Vide Lei nº
8.076, de 1990)(Vide Lei nº 8.402, de 1992)Dispõe
sobre a isenção ou redução de impostos de importação, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º Ficam
revogadas as isenções e reduções do Imposto de Importação e do Imposto sobre
Produtos Industrializados, de caráter geral ou especial, que beneficiam bens de
procedência estrangeira, ressalvadas as hipóteses previstas nos artigos 2º a 6º desta
lei.Parágrafo
único. O disposto neste artigo aplica-se às importações realizadas por entidades da
Administração Pública indireta, de âmbito federal, estadual ou municipal.Parágrafo
único. As ressalvas estabelecidas nocaputdeste artigo
aplicam-se às importações realizadas nas situações relacionadas no inciso I do
art. 2o.(Redação
dada pela Lei nº
13.243, de 2016)Art. 2º As
isenções e reduções do Imposto de Importação ficam limitadas, exclusivamente:I - às
importações realizadas:a) pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas
respectivas autarquias;b) pelos
partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social;c) pelas
Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter permanente e pelos
respectivos integrantes;d) pelas
representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de
âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes;e) pelas
instituições científicas e tecnológicas;e) por
Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs), definidas pelaLei no10.973, de 2 de dezembro de 2004;(Redação dada pela Lei nº
13.243, de 2016)f)
por cientistas e pesquisadores, nos termos do§ 2odo art. 1oda Lei no8.010, de 29 de março de 1990;(Incluído pela Lei nº 10.964, de 2004)g) por
empresas, na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, cujos
critérios e habilitação serão estabelecidos pelo poder público, na forma de
regulamento;(Incluído pela Lei nº
13.243, de 2016)RegulamentoII - aos casos
de:a) importação
de livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua reprodução;b) amostras e
remessas postais internacionais, sem valor comercial;c) remessas
postais e encomendas aéreas internacionais destinadas à pessoa física;d) bagagem de
viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus;e) bens
adquiridos em Loja Franca, no País;f) bens trazidos
do exterior, referidos naalínea b do § 2º do art. 1º do Decreto-Lei nº 2.120, de 14
de maio de 1984;g) bens
importados sob o regime aduaneiro especial de que trata oinciso III, do artigo 78, do
Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966;h) gêneros
alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na
agricultura ou pecuária, bem assim matérias-primas para sua produção no País,
importados ao amparo doart. 4º da Lei nº 3.244, de 14 de agosto de 1957, com a
redação dada pelo art. 7º do Decreto-Lei nº 63, de 21 de novembro de 1966;i) bens
importados ao amparo daLei nº 7.232, de 29 de outubro de 1984;j) partes, peças e componentes destinados ao reparo, revisão e
manutenção de aeronaves e embarcações;l) importação
de medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, bem como de instrumental
científico destinado à pesquisa da Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida, sem
similar nacional, os quais ficarão isentos, também, dos tributos internos;m) bens
importados pelas áreas de livre comércio;n) bens
adquiridos para industrialização nas Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs).Parágrafo
único. As isenções e reduções referidas neste artigo serão concedidas com
observância do disposto na legislação respectiva.§ 1oAs isenções referidas neste artigo serão concedidas com observância da
legislação respectiva.(Renumerado
do parágrafo único pela Lei nº
13.243, de 2016)§ 2o(VETADO).(Incluído pela Lei nº
13.243, de 2016)Art. 3º Fica
assegurada a isenção ou redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, conforme o
caso:I
- nas hipóteses previstas no art. 2º desta lei, desde que satisfeitos os requisitos e
condições exigidos para a concessão do benefício análogo relativo ao Imposto de
Importação;II - nas
hipóteses de tributação especial de bagagem ou de tributação simplificada de remessas
postais e encomendas aéreas internacionais.Art. 4º Fica
igualmente assegurado às importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e Amazônia
Ocidental o tratamento tributário previsto nosarts. 3ºe7º do Decreto-Lei nº 288, de
28 de fevereiro de 1967, e noart. 2º do Decreto-Lei nº 356, de 15 de agosto de 1968,
com a redação dada pelo art. 3º do Decreto-Lei nº 1.435, de 16 de dezembro de 1975.Art. 5º O regime aduaneiro especial de que trata o inciso
II do art. 78 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, poderá ser
aplicado à importação de matérias-primas, produtos intermediários e componentes
destinados à fabricação, no País, de máquinas e equipamentos a serem fornecidos,
no mercado interno, em decorrência de licitação internacional, contra pagamento
em moeda conversível proveniente de financiamento concedido por instituição
financeira internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade
governamental estrangeira.Art.
5oO regime aduaneiro especial de que trata oinciso II do art. 78 do
Decreto-Lei no37, de 18 de novembro de 1966, poderá ser aplicado à
importação de matérias-primas, produtos intermediários e componentes destinados à
fabricação, no País, de máquinas e equipamentos a serem fornecidos no mercado interno,
em decorrência de licitação internacional, contra pagamento em moeda conversível
proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional, da qual
o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira ou, ainda, pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, com recursos captados no
exterior.(Redação dada pela Lei nº 10.184, de
2001)(Vide
Lei nº 11.732, de 2008)Art. 6º Os bens
objeto de isenção ou redução do Imposto de Importação, em decorrência de acordos
internacionais firmados pelo Brasil, terão o tratamento tributário neles previsto.Art. 7º Os bens
importados com alíquotas zero do Imposto de Importação estão sujeitos aos tributos
internos, nos termos das respectivas legislações.Art. 8º É
mantida a competência da Comissão de Política Aduaneira prevista naalínea b do art.
22 da Lei nº 3.244, de 14 de agosto de 1957, para alterar alíquotas do Imposto de
Importação, na forma do art. 3º da referida lei, modificado pelo art. 1º do
Decreto-Lei nº 2.162, de 19 de setembro de 1984, e doart. 5º de Decreto-Lei nº 63, de
21 de novembro de 1966.(Revogado pela Lei nº 8.085, de 1990)Art.
9º Ficam reduzidos em 50% (cinqüenta por cento) os percentuais do Adicional ao Frete
para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), previstos noart. 3º do Decreto-Lei nº 2.404, de 23 de
dezembro de 1987.(Revogado pela Lei nº 10.206, de 2001)§ 1º(Vetado).§ 2º É vedada a concessão de recursos do Fundo da Marinha Mercante a fundo perdido,
ressalvadas as operações já autorizadas na data da publicação desta lei.§ 3º O produto da arrecadação do Adicional de Tarifa Portuária (ATP) (Lei nº 7.700,
de 21 de dezembro de 1988) passa a ser aplicado, a partir de 1º de janeiro de 1991, pelo
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social de acordo com normas baixadas pelos
Ministérios da Infra-Estrutura e da Economia, Fazenda e Planejamento.Art. 10 . O disposto no art. 1º desta lei não se aplica:I - às
isenções e reduções comprovadamente concedidas nos termos da legislação respectiva
até a data da entrada em vigor desta lei;II - aos bens
importados, a título definitivo, amparados por isenção ou redução na forma da
legislação anterior, cujas guias de importação tenham sido emitidas até a data da
entrada em vigor desta lei.III -(Vetado).Art. 11. Ficam
suspensas por 180 (cento e oitenta) dias a criação e implantação de Zonas de
Processamento de Exportações (ZPEs) a que se refere oDecreto-Lei nº 2.452, 29 de julho
de 1988, e aprovação de projetos industriais e instalação de empresas nas já criadas.Art. 12. Esta
lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 13.
Revogam-se oDecreto-Lei nº 1.953, de 3 de agosto de 1982, e demais disposições em
contrário.Brasília, 12 de
abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o publicado no
DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.031, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 Retificada no DOU de 18.4.99 | Cria o Programa Nacional de Desestatização, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8031.htm | L8031Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.031, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Mensagem de veto(Vide
Decreto nº 465, de 1992)(Vide
Decreto nº 724, de 1993)(Vide
Decreto nº 1.204, de 1994)(Vide Decreto de
24.8.1994).RegulamentoConversão da Medida Provisória nº
155/90Revogada pela Lei.
nº 9.491, de 1997Texto para
impressãoCria
o Programa Nacional de Desestatização, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1° É instituído o
Programa Nacional de Desestatização, com os seguintes objetivos fundamentais:I - reordenar a posição
estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades
indevidamente exploradas pelo setor público;II - contribuir para a
redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do setor
público;III - permitir a retomada de
investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas à iniciativa
privada;IV - contribuir para
modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e reforçando
a capacidade empresarial nos diversos setores da economia;V - permitir que a
administração pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença do
Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais;VI - contribuir para o
fortalecimento do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de valores
mobiliários e da democratização da propriedade do capital das empresas que integrarem o
Programa.Art. 2° Poderão ser
privatizadas, nos termos desta lei, as empresas:I - controladas, direta ou
indiretamente, pela União e instituídas por lei ou ato do Poder Executivo; ouII - criadas pelo setor
privado e que, por qualquer motivo, passaram ao controle, direto ou indireto, da União.§ 1° Considera-se
privatização a alienação, pela União, de direitos que lhe assegurem, diretamente ou
através de outras controladas, preponderância nas deliberações sociais e o poder de
eleger a maioria dos administradores da sociedade.§ 2° Aplicam-se os
dispositivos desta lei, no que couber, à alienação das participações minoritárias
diretas e indiretas da União, no capital social de quaisquer outras empresas.§ 3° Não se aplicam os
dispositivos desta lei às empresas públicas ou sociedades de economia mista que exerçam
atividades de competência exclusiva da União, de acordo com osarts. 21,159, inciso I, alínea ce177 da Constituição Federal, ao
Banco do Brasil S.A., e, ainda, ao órgão oficial ressegurador referido noinciso II do art. 192 da Constituição
Federal.§ 4°(Vetado).Art. 3° As transferências
de ações de propriedade da União, representativas do capital social da Petróleo
Brasileiro S.A. (Petrobrás), continuarão a reger-se pelo disposto nosarts. 11e18 da Lei n° 2.004, de 3
de outubro de 1953.Art. 4° Os Projetos de
privatização serão executados mediante as seguintes formas operacionais:I - alienação de
participação societária, inclusive de controle acionário, preferencialmente mediante a
pulverização de ações junto ao público, empregados, acionistas, fornecedores e
consumidores;II - abertura de capital;III - aumento de capital com
renúncia ou cessão, total ou parcial, de direitos de subscrição;IV - transformação,
incorporação, fusão ou cisão;V - alienação,
arrendamento, locação, comodato ou cessão de bens e instalações; ouVI - dissolução de
empresas ou desativação parcial de seus empreendimentos, com a conseqüente alienação
de seus ativos.Art. 5° O Programa Nacional
de Desestatização terá uma Comissão Diretora, diretamente subordinada ao Presidente da
República, cujos membros, titulares e suplentes, serão por ele nomeados, depois de
aprovada a sua indicação pelo Congresso Nacional.§ 1°(Vetado).§ 2º O Presidente da
Comissão Diretora terá voto de qualidade.§ 3° Participarão das
reuniões da Comissão Diretora, sem direito a voto, quaisquer outras pessoas cuja
presença, a critério de seus membros, seja considerada necessária para a apreciação
dos processos.§ 4°(Vetado)Art. 6° Compete à
Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização:I - propor ao Presidente da
República a inclusão de empresas no Programa Nacional de Desestatização;II - propor ao Presidente da
República a instituição pública a ser designada gestora do Fundo Nacional de
Desestatização;III - submeter, anualmente,
ao Presidente da República o cronograma de execução do Programa Nacional de
Desestatização;IV - divulgar o cronograma
de execução do Programa Nacional de Desestatização;V - coordenar, supervisionar
e fiscalizar a execução do Programa Nacional de Desestatização;VI - aprovar ajustes de
natureza operacional, contábil ou jurídica, bem como o saneamento financeiro de
empresas, que sejam necessários à implantação dos processos de alienação;VII - aprovar as condições
gerais de venda das ações representativas do controle acionário, das participações
minoritárias e de outros bens e direitos, aí se incluindo o preço mínimo dos bens ou
valores mobiliários a serem alienados;VIII - aprovar a
destinação dos recursos provenientes das alienações, previstas no art. 15;IX - aprovar as formas de
pagamento das alienações previstas no art. 16;X - deliberar sobre o
disposto no inciso X do art. 13;XI - fiscalizar a estrita
observância dos princípios e regras consagrados nesta lei e assegurar a rigorosa
transparência dos processos de alienação, nos termos do art. 11;XII - apreciar as
prestações de contas de instituição gestora do Fundo Nacional de Desestatização
relativas a cada processo;XIII - sugerir a criação
de ações de classe especial e as matérias que elas disciplinarão, nas condições
fixadas nos §§ 1° e 2° deste artigo;XIV - expedir normas e
resoluções necessárias ao exercício de sua competência;XV - publicar relatório
anual detalhado de suas atividades e resultados, contendo, necessariamente, as seguintes
informações:a) relação das empresas a
serem privatizadas e das já privatizadas;b) justificativa da
privatização, indicando o percentual do capital com direito a voto em geral, alienado ou
a ser alienado;c) data e ato que determinou
a constituição de empresa originalmente estatal ou data, ato e motivos de sua
estatização;d) passivo da empresa, seu
desdobramento no tempo, indicando os responsáveis pelo passivo após a privatização;e) situação
econômico-financeira de cada empresa, resultados operacionais dos últimos três
exercícios: endividamento interno e externo, pagamentos de dividendos ao Tesouro Nacional
e recebimento de recursos do Governo Federal e patrimônio líquido;f) indicação da
utilização dos recursos obtidos ou a obter com a privatização;g) informação sobre a
existência de controle de preços sobre produtos e serviços da empresa e sua variação
nos últimos exercícios, comparados com os índices de inflação;h) descrição do volume de
investimentos feitos pelo Governo Federal ou suas entidades na empresa e retorno
financeiro da privatização;i) número de empregados e
perspectiva de manutenção no número de empregados após a privatização;j) resumo do estudo
econômico e avaliação da empresa: preço total e valor da ação; el) especificação da forma
operacional da privatização e sua justificação, com explicação da exclusão da
pulverização de ações, quando for o caso.§ 1°(Vetado).§ 2° A ação de classe
especial somente poderá ser subscrita pela União.Art. 7° A privatização de
empresas que prestam serviços públicos, efetivada mediante uma das modalidades previstas
no art. 4°, pressupõe a delegação, pelo Poder Público, da concessão ou permissão do
serviço objeto da exploração, observada a legislação específica.Parágrafo único. Na
hipótese prevista neste artigo, fica estipulado o prazo de sessenta dias, contados do ato
que determinar a privatização da empresa, para a elaboração, pelo poder concedente,
das condições e regulamentos específicos, que deverão ser observados pelo
concessionário ou permissionário.Art. 8° Sempre que houver
razões que o justifiquem, a União deterá, direta ou indiretamente, ações de classe
especial do capital social de empresas privatizadas, que Ihe confiram poder de veto em
determinadas matérias, as quais deverão ser caracterizadas nos estatutos sociais das
empresas, de acordo com o estabelecido no art. 6°, inciso XIII e §§ 1° e 2° desta
lei.Art. 9°
Para a execução do Programa Nacional de Desestatização, fica criado o Fundo Nacional
de Desestatização, de natureza contábil, constituído mediante a vinculação a este, a
título de depósito da totalidade das ações ou quotas emitidas pelas empresas, que
sejam de propriedade, direta ou indiretamente, da União, e cujas alienações vierem a
ser aprovadas.§ 1° Serão emitidos
Recibos de Depósitos de Ações (RDA) intransferíveis e inegociáveis, a qualquer
título, em favor dos depositantes das ações junto ao Fundo Nacional de
Desestatização.§ 2° Os Recibos de
Depósitos de Ações (RDA) de cada depositante, serão automaticamente cancelados, para
todos os efeitos, quando do recebimento dos valores apurados na venda das ações, com as
quais o depositante tenha concorrido para a constituição da carteira do Fundo Nacional
de Desestatização.§ 3° Os titulares das
ações que vierem a ser vinculadas ao Fundo Nacional de Desestatização manterão as
ações escrituradas em seus registros contábeis, sem alteração de critério, até que
se encerre o processo de alienação desses títulos.Art. 10.
A União e as entidades da administração indireta, titulares das participações
acionárias das empresas que vierem a ser incluídas no Programa Nacional de
Desestatização, deverão, no prazo máximo e improrrogável de 5 (cinco) dias, contados
da ata da publicação, no Diário Oficial da União, da decisão que determinar a
inclusão da empresa no referido programa, depositar as suas ações no Fundo Nacional de
Desestatização.Parágrafo único. Os
administradores das empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização, bem como
os de seus acionistas controladores, serão pessoalmente responsáveis, na forma da lei,
pelo depósito das ações no Fundo Nacional de Desestatização.Art. 11. Para salvaguarda do
conhecimento público das condições em que se processará a privatização, assim como
da situação econômica, financeira e operacional de cada empresa incluída no Programa
Nacional de Desestatização, será dada ampla divulgação das informações
necessárias, mediante a publicação de edital, no Diário Oficial da União, e em
jornais de notória circulação nacional, do qual constarão, pelo menos, os seguintes
elementos:a) justificativa da
privatização, indicando o percentual do capital social da empresa a ser alienado;b) data e ato que determinou
a constituição da empresa originariamente estatal ou, se estatizada, data, ato e motivos
que determinaram sua estatização;c) passivo das empresas, a
curto, médio e longo prazos, indicando os responsáveis pelo mesmo após a
privatização;d) situação
econômico-financeira da empresa, especificando lucros ou prejuízos, endividamento
interno e externo, pagamento de dividendos ao Tesouro Nacional ou recebimento de recursos
providos pelo Governo Federal, nos últimos exercícios;e) indicação da
utilização dos recursos oriundos da privatização;f) informações sobre a
existência ou não de controle de preços sob produtos ou serviços da empresa a
privatizar e qual a variação dos mesmos nos últimos exercícios e respectiva
comparação com os índices de inflação;g) descrição do volume de
recursos investidos pelo Estado, no caso de empresas privadas estatizadas, e de como
serão recuperados esses recursos após a privatização;h) sumário dos estudos de
avaliação da empresa, elaborados de acordo com o disposto no art. 13, incisos III e IV,
desta Lei;i) critério de fixação do
preço total de alienação da empresa e o valor de cada ação, com base nos laudos de
avaliação;j)(Vetado).l) a indicação, se for o
caso, de que será criada ação de classe especial, e os poderes nela compreendidos.Art. 12.(Vetado).Art. 13. Os processos de
desestatização observarão, além das normas fixadas nos artigos anteriores, os
seguintes preceitos:I - serão precedidos de
editais, com ampla divulgação em dois órgãos, no mínimo, de grande circulação,
depois de publicados na Imprensa Oficial, expondo as condições do processo e da
situação econômica e financeira da empresa incluída no Programa Nacional de
Desestatização;II -(Vetado).III -(Vetado).IV - alienação de ações
de empresas e pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras não poderá exceder a 40%
(quarenta por cento) do capital votante, salvo autorização legislativa, que determine
percentual superior;V -(Vetado).VI - a liquidação da
empresa, submetida ao Programa Nacional de Desestatização, obedecerá aLei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e oDecreto-Lei n° 2.300, de 21 de novembro de 1986.Art. 14.(Vetado).Art. 15. O titular dos
recursos oriundos da venda de ações ou de bens deverá utilizá-los na quitação de
suas dívidas junto ao setor público.(Regulamento)Parágrafo único. Observado
os privilégios legais, terão preferência, para efeito de pagamento, as dívidas,
vencidas ou vincendas, garantidas pelo Tesouro Nacional, e aquelas cujo credor seja a
União, direta ou indiretamente.Art. 16. Para o pagamento
das alienações previstas no Programa Nacional de Desestatização, poderão ser adotadas
as seguintes formas operacionais:(Vide
Medida provisória nº 299, de 1991)(Vide Lei nº
8.250, de 1991)(Vide
Decreto nº 1.647, de 1995)I - as instituições
financeiras privadas, credoras das empresas depositantes de ações junto ao Fundo
Nacional de Desestatização, poderão financiar a venda das ações ou dos bens das
empresas submetidas à privatização, mediante a utilização, no todo ou em parte,
daqueles créditos;II - os detentores de
títulos da dívida interna vencidos, emitidos pelo alienante das ações ou dos bens e
que contenham cláusula de coobrigação de pagamento por parte do Tesouro Nacional
poderão utilizá-los como forma de quitação de aquisição, caso sejam adquirentes das
referidas ações ou bens;III - mediante
transferência de titularidade dos depósitos e outros valores retidos junto ao Banco
Central do Brasil, em decorrência do Plano de Estabilização Econômica.Parágrafo único. A
utilização das formas operacionais mencionadas neste artigo será aprovada com base nos
procedimentos previstos nos arts. 5° e 21 desta lei.Art. 17. As empresas que
vierem a integrar o Fundo Nacional de Desestatização terão sua estratégia voltada para
atender aos objetivos da desestatização.Art. 18. Na efetivação das
formas operacionais previstas no art. 4°, o preço mínimo de venda, aprovado pela
Comissão Diretora, será submetido à deliberação das Assembléias Gerais das
respectivas empresas.Art. 19. O Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento prestará o apoio necessário ao funcionamento da
Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização.Art. 20. O Fundo Nacional de
Desestatização será administrado por uma instituição do setor público designada
Gestor de Fundo, na forma do inciso II do art. 6° desta lei.Art. 21. Competirá ao
Gestor do Fundo Nacional de Desestatização:I - fornecer apoio
administrativo e operacional, especialmente serviços de secretaria que vierem a ser
solicitados pela Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização;II - fornecer as
informações que vierem a ser solicitadas pela Comissão Diretora do Programa Nacional de
Desestatização;III - divulgar amplamente
todos os processos de alienação, bem como prestar todas as informações que vierem a
ser solicitadas pelos poderes competentes;IV - promover licitações
para a contratação de empresas de consultoria econômica, avaliação de bens e de
auditoria necessárias aos processos de alienação previstos nesta lei;V - submeter à Comissão
Diretora do Programa Nacional de Desestatização as condições gerais de venda de
ações representativas do controle acionário, de participações minoritárias e de
outros bens e direitos, aí incluindo-se o preço mínimo dos bens ou valores mobiliários
a serem alienados;VI - recomendar à Comissão
Diretora de Programa Nacional de Desestatização a destinação dos recursos provenientes
das alienações, nos termos previstos no art. 15 desta lei;VII - recomendar à
Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização a forma de pagamento das
alienações, nos termos previstos no art. 16 desta lei;VIII - promover ampla
articulação com o sistema de distribuição de valores mobiliários e as Bolsas de
Valores objetivando estimular a dispersão do capital das empresas integrantes do Programa
Nacional de Desestatização;IX - determinar quais as
informações necessárias à instrução de cada processo de alienação, além dos já
definidos nesta lei;X - recomendar à Comissão
Diretora do Programa Nacional de Desestatização os ajustes de natureza operacional,
contábil ou jurídica, bem como o saneamento financeiro de empresas, que sejam
necessários à implantação dos processos de alienação;XI - recomendar à Comissão
Diretora do Programa Nacional de Desestatização outras formas de alienação, nos termos
do inciso X do art. 13 desta lei;XII - selecionar e cadastrar
empresas de reconhecida reputação e tradicional atuação na negociação de capital,
transferência de controle acionário e venda de ativos, para os fins previstos no inciso
II do art. 13 desta lei;XIII - preparar a
documentação de cada processo de alienação, para apreciação pelo Tribunal de Contas
da União;XIV - submeter à Comissão
Diretora do Fundo Nacional de Desestatização as prestações de contas relativas a cada
processo de desestatização;XV - recomendar à Comissão
Diretora a criação de ações de classe especial e as matérias que elas disciplinarão
sempre respeitando o previsto no art. 6°, inciso XIII e seus parágrafos desta lei;XVI - recomendar à
Comissão Diretora as condições de participação na compra de ações, dos empregados
vinculados às empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização, nos termos
previstos no art. 14 desta lei.Art. 22. Os acionistas
controladores e os administradores das empresas integrantes do Programa Nacional de
Desestatização adotarão, nos prazos estabelecidos, as providências que vierem a ser
determinadas em resoluções expedidas pela Comissão Diretora, necessárias à
implantação dos processos de alienação.Art. 23. Serão
responsabilizados pessoalmente, na forma da lei, por eventuais ações ou omissões que
impeçam ou prejudiquem o curso dos processos de alienação previstos nesta lei:I - os administradores das
empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização e os das instituições
detentoras das ações dessas empresas;II - os administradores da
instituição gestora do Fundo Nacional de Desestatização;III - os membros da
Comissão Diretora do Fundo Nacional de Desestatização;IV - os servidores da
Administração Federal direta, de que dependa o curso dos processos de alienação.Parágrafo único. Será de
responsabilidade exclusiva dos administradores das empresas incluídas no Programa
Nacional de Desestatização o fornecimento, em tempo hábil, das informações sobre as
respectivas empresas, necessárias à instrução dos processos de alienação.Art. 24. Ao gestor do Fundo
Nacional de Desestatização caberá uma remuneração de 0,2% (dois décimos por cento)
do valor líquido apurado nas alienações para cobertura de seus custos operacionais, bem
como o ressarcimento dos gastos efetuados com terceiros, corrigidos monetariamente,
necessários à implantação dos processos de alienação previstos nesta lei.Art. 25. O Fundo Nacional de
Desestatização será auditado por auditores externos independentes registrados na
Comissão de Valores Mobiliários, a serem contratados mediante licitação pública pelo
gestor do Fundo Nacional de Desestatização.Art. 26. Ficam extintos o
Conselho Nacional de Desestatização e respectiva Secretaria Executiva.Art. 27. Será nula de pleno
direito a venda, a subscrição ou a transferência de ações que importe infringência
desta lei.Art. 28. O Poder Executivo
regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data de sua
publicação.Art. 29. Esta lei entra em
vigor na data de sua publicação.Art. 30. Revogam-se as
disposições em contrário.Brasília, 12 de abril de
1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no DOU de 13.4.1990 eretificado em 18.4.1990* |
1,990 | 8.030, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Institui nova sistemática para reajuste de preços e salários em geral e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8030.htm | L8030Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.030, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº
154/90Revogada pela Lei
nº 8.178, de 1991(Vide
Lei nº 8.076, de 1990)Mensagem
de vetoTexto para
impressãoInstitui nova sistemática para reajuste de preços e
salários em geral e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art.
1° Ficam vedados, por tempo indeterminado, a partir da data de publicação da Medida
Provisória n° 154, de 15 de março de 1990, quaisquer reajustes de preços de
mercadorias e serviços em geral, sem a prévia autorização em portaria do Ministro da
Economia, Fazenda e Planejamento.Art.
2° O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento estabelecerá, em ato publicado no
Diário Oficial da União:I
- no primeiro dia útil de cada mês, a partir do dia 1° de maio de 1990, o percentual de
reajuste máximo mensal dos preços autorizados para as mercadorias e serviços em geral;II
- no primeiro dia útil, após o dia 15 de cada mês, a partir do dia 15 de abril de 1990,
o percentual de reajuste mínimo mensal para os salários em geral, bem assim para o
salário-mínimo;III
- no primeiro dia útil, após o dia 15 de cada mês, a partir de 15 de abril de 1990, a
meta para o percentual de variação média dos preços durante os trinta dias contados a
partir do primeiro dia do mês em curso.§
1° O percentual de reajuste salarial mínimo mensal estabelecido neste artigo será
válido para o ajuste das remunerações relativas ao trabalho prestado no mês em curso.§
2° Os percentuais de reajuste máximo para os preços de mercadorias e serviços em geral
terão como referência os trinta dias posteriores à data de sua divulgação pelo
Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, observado o prazo mínimo de trinta dias
entre os reajustes.§
3° O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento deliberará sobre os pedidos de
reajustes, em caráter extraordinário, de preços específicos, desde que não seja
comprometida a meta estabelecida para a variação média dos preços a que se refere o
inciso III.§
4° A restrição a que se refere o parágrafo anterior não se aplica aos reajustes de
preços autorizados até 30 de abril de 1990.§
5° O percentual a que se refere o item II nunca será inferior ao que se refere o item
III docaputdeste artigo.§
6° O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento solicitará à Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou a instituição de pesquisa de notória
especialização, o cálculo de índices de preços apropriados à medição da variação
média dos preços relativa aos períodos correspondentes às metas a que se refere o
inciso III.Art.
3° Aumentos salariais, além do reajuste mínimo a que se refere o art. 2°, poderão ser
livremente negociados entre as partes, mas não serão considerados na deliberação do
ajuste de preços, de que trata o § 3° do mesmo artigo.§
1°(Vetado).§
2° Os aumentos salariais relativos aocaputdeste artigo aplicam-se, também, aos
diaristas, horistas e trabalhadores avulsos.Art.
4° O descumprimento dos limites de reajustes de preços e salários estabelecidos nos
arts. 1° e 2° constitui crime de abuso do poder econômico, a ser definido em lei.Art.
5° A partir de 1° de abril de 1990, o salário mínimo será reajustado,
automaticamente, sempre que a variação acumulada dos reajustes mensais dos salários for
inferior à variação acumulada dos preços de uma cesta de produtos, onde estarão
contemplados a alimentação, higiene, saúde e serviços básicos, que incluem tarifas
públicas e transportes, a ser definida em Portaria do Ministro da Economia, Fazenda e
Planejamento, acrescida de um percentual de incremento real.Parágrafo
único. Os percentuais de reajuste automático, referidos nocaput, que serão
iguais à variação acumulada dos preços da mencionada cesta básica, aplicar-se-ão
sobre o salário de junho de 1990, e, posteriormente, a cada bimestre, deduzidos os
aumentos mensais de que trata o inciso II do art. 2°, sendo que os incrementos reais
deste serão de 5% (cinco por cento) no salário de junho de 1990 e de 6,09% (seis
inteiros e nove centésimos por cento), a partir de agosto de 1990, inclusive, e a cada
bimestre .Art.
6°(VETADO).Art.
7° Os reajustes de aluguéis residenciais previstos nos contratos de locação de
imóveis, em geral, serão efetuados, partir de 1° de abril de 1990, de acordo com o
percentual de variação média dos preços de que trata o inciso III do art. 2°.(Revogado pela Lei nº
8.157, de 1991)Parágrafo
único. Nos aluguéis residenciais contratados até a data de publicação desta Lei, o
cálculo do respectivo reajuste terá por base os índices pactuados, relativos aos meses
anteriores a abril de 1990, estabelecidos na conformidade da legislação pertinente,
exceção feita ao mês de março que terá seu índice fixado pelo Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento.(Revogado pela Lei nº
8.157, de 1991)Art.
8° Os reajustes de mensalidades escolares devidas a partir de 1° de abril de 1990 serão
calculados de acordo com os percentuais de reajuste mínimo dos salários de que trata o
inciso II do art. 2°.Art. 9° O disposto nesta lei aplica-se:I
- aos vencimentos, soldos e demais remunerações e vantagens pecuniárias dos servidores
públicos, civis e militares, da Administração Pública Federal, direta e autárquica,
bem assim aos respectivos proventos de aposentadoria e às pensões de seus
beneficiários;II
- aos salários e demais remunerações e vantagens pecuniárias dos servidores de
fundações e empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades
controladas, direta ou indiretamente, pela União e Distrito Federal;III - aos proventos de aposentadoria e às pensões pagas pela Previdência Social,
observado o disposto noart. 58 do
Ato das Disposições Constitucionais TransitóriasArt. 10. O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento baixará os atos que forem
necessários à execução desta lei.Art.
11.(VETADO).Art.
12.(VETADO).Art.
13.(VETADO).Art. 14. Ficam revogados oDecreto-Lei
n° 808, de 4 de setembro de 1969, aLei n° 7.769, de 26 de maio
de 1989, aLei n° 7.788, de 3 de julho de 1989, e oart. 2° da Lei n° 7.789, de 3 de julho de 1989, e as demais
disposições em contrário.Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 12 de abril de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralZélia M. Cardoso de MelloEste
texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13.4.1990, republicado em 17.4.1990
eretificado em
23.4.1990* |
1,990 | 8.029, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a extinção e dissolução de entidades da administração Pública Federal, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8029cons.htm | L8029consPresidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.029, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Texto
compiladoConversão da Medida Provisória nº 151, de
1990Mensagem de vetoRegulamento(Vide Lei
nº 8.076, de 1990)(Vide
Decreto nº 1,785, de 1996)Dispõe sobre
a extinção e dissolução de entidades da administração Pública Federal, e dá outras
providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É o Poder Executivo autorizado a extinguir ou a transformar as seguintes
entidades da Administração Pública Federal:I - Autarquias:a) Superintendência do Desenvolvimento da Região Centro-Oeste - SUDECO;b) Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul - SUDESUL;c) Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS;d) Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA;e) Instituto Brasileiro do Café - IBC;II - Fundações:a) Fundação Nacional de Artes - FUNARTE;b) Fundação Nacional de Artes Cênicas - FUNDACEN;c) Fundação do Cinema Brasileiro - FCB;d) Fundação Nacional Pró-Memória - PRÓ-MEMÓRIA;e) Fundação Nacional Pró-Leitura - PRÓ-LEITURA;f) Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR;g) Fundação Museu do Café;III - Empresa Pública:- Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMBRATER.IV - Sociedade de Economia Mista:- Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. - BNCC.§ 1° (Vetado).§ 2° (Vetado).§ 3° (Vetado).Art. 2° É o Poder Executivo autorizado a constituir:I - o Instituto Brasileiro da Arte e Cultura - IBAC, sob regime jurídico de Fundação,
ao qual serão transferidos o acervo, as receitas e dotações orçamentárias, bem assim
os direitos e obrigações das fundações a que se referem as alíneas a, b e c do inciso
II do artigo anterior, com as seguintes competências:a) formular, coordenar e executar programas de apoio aos produtores e criadores culturais,
isolada ou coletivamente, e demais manifestações artísticas e tradicionais
representativas do povo brasileiro;b) promoção de ações voltadas para difusão do produto e da produção cultural;c) orientação normativa, consulta e assistência no que diz respeito aos direitos de
autor e direitos que lhe são conexos;d) orientação normativa, referente à produção e exibição cinematográfica, videográfica e fonográfica em todo o território nacional;II - o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, ao qual serão transferidos as
competências, o acervo e as receitas e dotações orçamentárias da Secretaria do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN, bem como o acervo, as receitas e
dotação orçamentária da Fundação a que se refere a alínea d do inciso II do artigo
anterior, tem por finalidade a promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro
nos termos da Constituição Federal especialmente em seu art. 216;III - A Biblioteca Nacional, à qual serão transferidos as atribuições, o acervo, as
receitas e dotações orçamentárias da Fundação Pró-Leitura, a que se refere a
alínea e do inciso II do artigo anterior.§ 1° O Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural sucede a Secretaria do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional - SPHAN, nas competências previstas noDecreto-Lei n° 25, de 30 de novembro de 1937, noDecreto-Lei n° 3.866, de 29 de novembro de
1941, naLei n° 4.845, de 19 de novembro de 1965e naLei n° 3.924, de 26 de julho de 1961.§ 2° As entidades a que se refere este artigo serão dirigidas por diretorias integradas
por presidente e até quatro diretores, todos nomeados pelo Presidente da República.§ 3° Os serviços prestados pelas entidades referidas neste artigo serão remunerados
conforme tabelas de preços e ingressos aprovadas pelas respectivas diretorias.§ 4° O Poder Executivo disporá, em decreto, sobre as estruturas, quadros de pessoal e
atribuições das entidades a que se refere este artigo, respeitado, quanto às últimas,
as atribuições básicas das entidades absorvidas.§ 5° Aplicam-se aos servidores que excedam a lotação a que se refere o parágrafo
anterior, o disposto na lei que resultou da conversão da Medida Provisória n° 150, de
1990.Art. 3°
(Vetado).Art. 4° É o Poder Executivo autorizado a dissolver ou a privatizar as seguintes
entidades da Administração Pública Federal:I - Empresa de Portos do Brasil S.A. - PORTOBRÁS;II - Empresa Brasileira de Transportes Urbanos - EBTU;III - Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - CAEEB;IV - Petrobrás Comércio Internacional S.A. - INTERBRÁS;V - Petrobrás Mineral S.A. - PETROMISA;VI - Siderurgia Brasileira S.A. - SIDERBRÁS;VII - Distribuidora de Filmes S.A. - EMBRAFILME;VIII - Companhia Brasileira de Infra-Estrutura Fazendária - INFAZ.§ 1°
(Vetado).§ 2° No caso de privatização, terão preferência para aquisição da empresa os seus
servidores, organizados em cooperativa ou associação, nos termos do art. 5° desta lei.Art. 5° É o Poder Executivo autorizado a privatizar a Companhia
Brasileira de Projetos Industriais - COBRAPI, assegurada preferência na aquisição desta
pelos seus empregados desde que estes se manifestem dentro de trinta dias da apuração,
na forma da lei, do preço final de venda, facultada a sua definição por intermédio de
concorrência pública.Parágrafo único. O Poder Executivo poderá conceder financiamento de longo prazo,
através de suas instituições financeiras de fomento econômico, aos empregados da
empresa, com vistas a possibilitar-lhes a sua aquisição, nos termos deste artigo.Art.6° (Vetado).Art. 7° É o Poder Executivo autorizado a transferir o acervo técnico, físico, material
e patrimonial da Fazenda Experimental do Café, situada no Município de Varginha, Estado
de Minas Gerais, e do Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-Açúcar - PLANALSUCAR
para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA.Parágrafo único. (Vetado).Art. 8° É o Poder Executivo autorizado a desvincular, da Administração Pública
Federal, o Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa - CEBRAE, mediante sua
transformação em serviço social autônomo.§ 1° Os Programas de Apoio às Empresas de Pequeno Porte que forem custeados com
recursos da União passam a ser coordenados e supervisionados pela Secretaria Nacional de
Economia, Fazenda e Planejamento.§ 2° Os Programas a que se refere o parágrafo anterior serão executados, nos termos da
legislação em vigor, pelo Sistema CEBRAE/CEAGS, através da celebração de convênios e
contratos, até que se conclua o processo de autonomização do CEBRAE.§
3° As contribuições relativas às entidades de que trata oart. 1° do Decreto-Lei n°
2.318, de 30 de dezembro de 1986, poderão ser majoradas em até três décimos por cento,
com vistas a financiar a execução da política de Apoio às Microempresas e às Pequenas
Empresas.§
3º Para atender a execução da política de Apoio às Microempresas e às
Pequenas Empresas, é instituído adicional às contribuições relativas às
entidades de que trata oart. 1º do Decreto-Lei nº 2.318, de 30 de
dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Medida Provisória nº 263, de 1990a)
um décimo por cento no exercício de 1991;(Incluído pela Medida Provisória
nº 263, de 1990b)
dois décimo por cento em 1992; e(Incluído pela Medida Provisória nº 263, de 1990§ 3°
Para atender à execução da política de Apoio às Micro e às Pequenas Empresas, é
instituído adicional às alíquotas das contribuições sociais relativas às entidades
de que trata oart. 1° do Decreto-Lei n° 2.318, de 30 de dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 3oPara atender à execução das políticas de promoção de exportações e de apoio às
micro e às pequenas empresas, é instituído adicional às alíquotas das
contribuições sociais relativas às entidades de que trata oart. 1º do Decreto-Lei nº 2.318, de 30 de
dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Lei nº
10.668, de 14.5.2003)§ 3oPara atender à execução
das políticas de apoio às micro e às pequenas empresas, de promoção de exportações
e de desenvolvimento industrial, é instituído adicional às alíquotas das
contribuições sociais relativas às entidades de que trata oart. 1odo Decreto-Lei
no2.318, de 30 de dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Lei nº 11.080, de
2004)§ 3º Para atender à execução das políticas de
apoio às micro e às pequenas empresas, de promoção de exportações, de
desenvolvimento industrial e de promoção do setor museal, fica instituído
adicional às alíquotas das contribuições sociais relativas às entidades de
que trata oart. 1º do Decreto-Lei nº 2.318, de 30 de dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Medida
Provisória nº 850, de 2018)(Produção de efeitos)(Arquivada pelo Ato de 13 de fevereiro de 2019).§ 3oPara atender à execução
das políticas de apoio às micro e às pequenas empresas, de promoção de exportações
e de desenvolvimento industrial, é instituído adicional às alíquotas das
contribuições sociais relativas às entidades de que trata oart. 1odo Decreto-Lei
no2.318, de 30 de dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Lei nº 11.080, de
2004)§ 3º Para atender à execução das políticas de apoio às microempresas e às
pequenas empresas, de promoção de exportações, de desenvolvimento industrial e
de promoção internacional do turismo brasileiro, fica instituído adicional às
alíquotas das contribuições sociais relativas às entidades de que trata oart. 1º do Decreto-Lei nº
2.318, de 30 de dezembro de 1986,
de:(Redação
dada pela Medida Provisória nº 907, de 2019)§ 3oPara atender à execução
das políticas de apoio às micro e às pequenas empresas, de promoção de exportações
e de desenvolvimento industrial, é instituído adicional às alíquotas das
contribuições sociais relativas às entidades de que trata oart. 1odo Decreto-Lei
no2.318, de 30 de dezembro de 1986, de:(Redação dada pela Lei nº 11.080, de
2004)a) um
décimo por cento no exercício de 1991;(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)b) dois
décimos por cento em 1992; e(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)c) três
décimos por cento a partir de 1993.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§
4° O adicional da contribuição a que se refere o parágrafo anterior será arrecadado e
repassado mensalmente pelo órgão competente da Previdência e Assistência Social ao
Cebrae.§4oO adicional de contribuição a que se refere o § 3oserá arrecadado e
repassado mensalmente pelo órgão ou entidade da Administração Pública Federal ao
Cebrae e ao Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de Exportações Apex-Brasil,
na proporção de oitenta e sete inteiros e cinco décimos por cento ao Cebrae e de doze
inteiros e cinco décimos por cento à Apex-Brasil.(Redação
dada pela Lei nº 10.668, de 14.5.2003)§ 4º O
adicional de contribuição a que se refere o § 3o deste artigo
será arrecadado e repassado mensalmente pelo órgão ou entidade da Administração
Pública Federal ao Cebrae, ao Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de
Exportações do Brasil – Apex-Brasil e ao Serviço Social Autônomo Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, na proporção de 85,75% (oitenta e
cinco inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) ao Cebrae, 12,25% (doze inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) à Apex-Brasil e 2% (dois inteiros por cento) à
ABDI.(Redação dada pela Lei nº
11.080, de 2004)§ 4º O adicional de contribuição a que se
refere o § 3º será arrecadado e repassado mensalmente pelo órgão ou
entidade da administração pública federal ao Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, à Agência de Promoção de Exportações do
Brasil - Apex-Brasil, à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial -
ABDI e à Agência Brasileira de Museus - Abram, na proporção de setenta e
nove inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao Sebrae, doze
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento à Apex-Brasil, dois inteiros
por cento à ABDI e seis por cento à Abram.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 850, de 2018)(Produção de efeitos)(Arquivada pelo Ato de 13 de fevereiro de 2019)§ 4º O
adicional de contribuição a que se refere o § 3o deste artigo
será arrecadado e repassado mensalmente pelo órgão ou entidade da Administração
Pública Federal ao Cebrae, ao Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de
Exportações do Brasil – Apex-Brasil e ao Serviço Social Autônomo Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, na proporção de 85,75% (oitenta e
cinco inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) ao Cebrae, 12,25% (doze inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) à Apex-Brasil e 2% (dois inteiros por cento) à
ABDI.(Redação dada pela Lei nº
11.080, de 2004)§ 4º O adicional de contribuição a que se refere o § 3º será arrecadado e
repassado mensalmente pelo órgão ou pela entidade da administração pública
federal ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, à
Agência de Promoção de Exportações do Brasil - Apex-Brasil, à Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial - ABDI e à Embratur - Agência Brasileira de
Promoção do Turismo, nas seguintes proporções:(Redação dada pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)I - setenta por cento ao Sebrae;(Incluído pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)II - doze inteiros e vinte e cinco centésimos por cento à Apex-Brasil;(Incluído pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)III - dois por cento à ABDI; e(Incluído pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)IV - quinze inteiros e setenta e cinco centésimos por cento à Embratur.(Incluído pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)§ 4º O
adicional de contribuição a que se refere o § 3o deste artigo
será arrecadado e repassado mensalmente pelo órgão ou entidade da Administração
Pública Federal ao Cebrae, ao Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de
Exportações do Brasil – Apex-Brasil e ao Serviço Social Autônomo Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, na proporção de 85,75% (oitenta e
cinco inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) ao Cebrae, 12,25% (doze inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) à Apex-Brasil e 2% (dois inteiros por cento) à
ABDI.(Redação dada pela Lei nº
11.080, de 2004)§ 5oOs recursos a serem destinados à ABDI, nos termos do § 4o,
correrão exclusivamente à conta do acréscimo de receita líquida originado da redução
da remuneração do Instituto Nacional do Seguro Social, determinada pelo§ 2odo art. 94 da Lei no8.212, de 24 de julho de 1991, vedada a redução das participações destinadas ao
Cebrae e à Apex-Brasil na distribuição da receita líquida dos recursos do adicional de
contribuição de que trata o § 3odeste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.080, de 2004)(Revogado pela Medida
Provisória nº 850, de 2018)(Arquivada pelo Ato de 13 de fevereiro de 2019)§ 5oOs recursos a serem destinados à ABDI, nos termos do § 4o,
correrão exclusivamente à conta do acréscimo de receita líquida originado da redução
da remuneração do Instituto Nacional do Seguro Social, determinada pelo§ 2odo art. 94 da Lei no8.212, de 24 de julho de 1991, vedada a redução das participações destinadas ao
Cebrae e à Apex-Brasil na distribuição da receita líquida dos recursos do adicional de
contribuição de que trata o § 3odeste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.080, de 2004)§ 5ºOs recursos a serem
destinados à ABDI, nos termos do disposto no § 4º, correrão exclusivamente à
conta do acréscimo de receita líquida originado da redução da remuneração do
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)§ 5oOs recursos a serem destinados à ABDI, nos termos do § 4o,
correrão exclusivamente à conta do acréscimo de receita líquida originado da redução
da remuneração do Instituto Nacional do Seguro Social, determinada pelo§ 2odo art. 94 da Lei no8.212, de 24 de julho de 1991, vedada a redução das participações destinadas ao
Cebrae e à Apex-Brasil na distribuição da receita líquida dos recursos do adicional de
contribuição de que trata o § 3odeste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.080, de 2004)Art. 9º Compete ao serviço social autônomo a que se refere o artigo
anterior planejar, coordenar e orientar programas técnicos, projetos e atividades de
apoio às micro e pequenas empresas, em conformidade com as políticas nacionais de
desenvolvimento, particularmente as relativas às áreas industrial, comercial e
tecnológica.(Incluído
pela Lei nº 8.154, de 1990)Parágrafo único. Para a execução das atividades de que trata este artigo poderão ser
criados serviços de apoio às micro e pequenas empresas nos Estados e no Distrito
Federal.(Incluído
pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 10. O serviço social autônomo a que se refere o art. 8° terá um
Conselho Deliberativo acrescido de três representantes de entidades nacionalmente
constituídas pelas micro e pequenas empresas da indústria, do comércio e serviços, e
da produção agrícola, respectivamente.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1° Os
membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e seus respectivos suplentes terão mandato de
dois anos e a eles não será atribuída qualquer remuneração.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1oOs membros dos Conselhos
Deliberativo e Fiscal e seus respectivos suplentes terão mandato de 4
(quatro) anos e a eles não será atribuída qualquer remuneração.(Redação
dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008)§ 2° O
Presidente do Conselho Deliberativo será eleito dentre seus membros, para um mandato de
dois anos, podendo ser reconduzido, uma única vez, por igual período.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 2oO Presidente do Conselho
Deliberativo será eleito dentre seus membros, para um mandato de 4
(quatro) anos, vedada a recondução.(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de
2008)§ 3° A
Diretoria Executiva será composta por um Presidente e dois Diretores, eleitos pelo
Conselho Deliberativo, com mandato de dois anos.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 3oA Diretoria Executiva será
composta por 1 (um) Presidente e 2 (dois) Diretores, eleitos pelo
Conselho Deliberativo, com mandato de 4 (quatro) anos.(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de
2008)§ 4oAos eleitos em 2008, para exercer
primeiro mandato no biênio 2009/2010, não se aplica a vedação de
recondução do § 2odeste artigo.(Incluído
pela Lei Complementar nº 128, de 2008)§ 5oO mandato de 4 (quatro) anos a
que se referem os §§ 1oe 2odeste
artigo não se aplica ao Presidente do Conselho Deliberativo eleito para
o biênio 2009/2010, nem aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal
indicados para o biênio 2009/2010.(Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)Art.
11. É o Poder Executivo autorizado a instituir a Fundação Nacional de Saúde - FNS,
mediante incorporação da Fundação Serviços de Saúde Pública - FSESP e da
Superintendência de Campanhas de Saúde Pública - SUCAM.Art. 11. É
o Poder Executivo autorizado a instituir a Fundação Nacional de Saúde (FNS), mediante
incorporação da Fundação Serviços de Saúde (FSESP) e da Superintendências de
Campanhas de Saúde Pública (Sucam), bem assim das atividades de Informática do Sistema
Único de Saúde (SUS), desenvolvidas pela Empresa de Processamento de Dados da
Previdência Social (Dataprev).(Redação dada pela
Lei nº 8.101, de 1990)Art. 11. Caberá
ao Conselho Deliberativo a gestão dos recursos de que trata o § 3° do art. 8°.(Redação dada pela Lei nº 8.154, de 1990)Art.
11. Caberá ao Conselho Deliberativo do Cebrae a gestão dos recursos que lhe forem
destinados conforme o disposto no § 4odo art. 8o,
exceto os destinados à Apex-Brasil.(Redação dada pela
Lei nº 10.668, de 14.5.2003)Art. 11.Caberá ao Conselho Deliberativo do Sebrae a gestão dos recursos que lhe forem
destinados conforme o disposto no § 4º do art. 8º, exceto quanto aos recursos
destinados à Apex-Brasil, à ABDI e à Embratur.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 907, de 2019)Art.
11. Caberá ao Conselho Deliberativo do Cebrae a gestão dos recursos que lhe forem
destinados conforme o disposto no § 4odo art. 8o,
exceto os destinados à Apex-Brasil.(Redação dada pela
Lei nº 10.668, de 14.5.2003)§ 1º Dentro de noventa dias, as atribuições,
os acervos, o pessoal e os recursos orçamentários da Fundação Serviços de Saúde
Pública - FSESP, e da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública - SUCAM,
deverão ser transferidos para a Fundação Nacional de Saúde - FNS.§ 1° As atribuições, os acervos, o pessoal e os
recursos orçamentários da FSESP, da Sucam e os da Dataprev relativos às atividades de
informática do SUS deverão ser transferidos para a FNS, no prazo de noventa dias
contados da data de sua instituição.(Redação dada
pela Lei nº 8.101, de 1990)§ 1oOs
recursos a que se refere este artigo, que terão como objetivo primordial apoiar o
desenvolvimento das micro e pequenas empresas por meio de projetos e programas que visem
ao seu aperfeiçoamento técnico, racionalização, modernização, capacitação
gerencial, bem como facilitar o acesso ao crédito, à capitalização e o fortalecimento
do mercado secundário de títulos de capitalização dessas empresas, terão a seguinte
destinação:(Redação
dada pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)a) quarenta por cento serão aplicados nos Estados e
no Distrito Federal, sendo metade proporcionalmente ao Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e o restante proporcionalmente ao número de habitantes, de
acordo com as diretrizes e prioridades regionais estabelecidas pelos serviços de apoio
às micro e pequenas empresas de que trata o parágrafo único do art. 9°, em
consonância com orientações do Conselho Deliberativo a que se refere o art. 10, §1°;(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)b) cinqüenta por cento serão aplicados de acordo
com as políticas e diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo a que se refere o
§1° do art. 10, buscando ter uma atuação em conjunto com outras entidades congêneres
e contribuindo para a redução das desigualdades regionais;(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)c) até cinco por cento serão utilizados para o
atendimento das despesas de custeio do serviço social autônomo a que se refere o art.
8°; e(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)d) cinco por cento serão utilizados para o
atendimento das despesas de custeio dos serviços de apoio às micro e pequenas empresas
de que trata o parágrafo único do art. 9º.(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 2º A Fundação Nacional de Saúde poderá
contratar empregados, sob o regime da legislação trabalhista, por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária e excepcional dos serviços de
combate a epidemias e endemias, mediante prévia autorização da Secretaria de
Administração Federal.§ 2oOs
projetos ou programas destinados a facilitar o acesso ao crédito a que se refere o
parágrafo anterior poderão ser efetivados:(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)a) por intermédio da destinação de
aplicações financeiras, em agentes financeiros públicos ou privados, para lastrear a
prestação de aval ou fiança nas operações de crédito destinadas às microempresas e
empresas de pequeno porte;(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)a) por intermédio da destinação de
aplicações financeiras, em agentes financeiros públicos ou privados, para lastrear a
prestação de aval parcial ou total ou fiança nas operações de crédito destinadas a
microempresas e empresas de pequeno porte; para lastrear a prestação de aval parcial ou
total ou fiança nas operações de crédito e aquisição de carteiras de crédito
destinadas a sociedades de crédito ao microempreendedor, de que trata oart. 1º
da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001,e a organizações da
sociedade civil de interesse público que se dedicam a sistemas alternativos de crédito,
de que trata aLei nº 9.790, de 23 de março de 1999; e para lastrear
operações no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado;(Redação dada pela Lei
nº 11.110, de 2005)b) pela aplicação de recursos
financeiros em agentes financeiros, públicos ou privados, Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público de que trata aLei nº 9.790, de 23 de março
de 1999,devidamente registradas no Ministério da Justiça, que se dedicam a sistemas
alternativos de crédito, ou sociedades de crédito que tenham por objeto social exclusivo
a concessão de financiamento ao microempreendedor;(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)c) pela aquisição ou integralização
de quotas de fundos mútuos de investimento no capital de empresas emergentes que destinem
à capitalização das micro e pequenas empresas, principalmente as de base tecnológica e
as exportadoras, no mínimo, o equivalente à participação do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE nesses fundos;(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)d) pela participação no capital de
entidade regulada pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM que estimule o
fortalecimento do mercado secundário de títulos de capitalização das micro e pequenas
empresas.(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)§ 3º Os servidores atualmente em exercício
na Superintendência de Campanhas de Saúde Pública poderão optar pela sua
integração à Fundação Nacional de Saúde no prazo de noventa dias da data de sua
constituição. Caso não manifestem essa opção, aplicar-se-á o disposto na lei que
resultou da conversão da Medida Provisória n° 150, de 1990.§ 3°
Os
servidores atualmente em exercício na Sucam e os que exerçam atividades relativas ao
SUS, na Dataprev, poderão optar pela sua integração à FNS, no prazo de noventa dias da
data de sua instituição. Caso não manifestem essa opção, aplicar-se-á:(Redação dada pela Lei
nº 8.101, de 1990)a) aos servidores em exercício na Sucam, o disposto
noart. 28 da Lei n° 8.028, de 12 de abril de 1990;(Incluído pela Lei nº 8.101, de 1990)b) aos servidores em exercício na Dataprev, o
disposto na legislação aplicável ao pessoal da empresa.(Incluído pela Lei nº 8.101, de 1990)Parágrafo único. Os recursos a que se refere este
artigo, que terão como objetivo primordial apoiar o desenvolvimento das micro e pequenas
empresas por meio de projetos que visem ao seu aperfeiçoamento técnico,
racionalização, modernização e capacitação gerencial, terão a seguinte
destinação:(Incluído pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 3oA
participação do SEBRAE na integralização de quotas de fundos mútuos de investimento,
a que se refere a alínea "c" do parágrafo anterior, não poderá ser superior
a cinqüenta por cento do total das quotas desses mesmos fundos.(Incluído pela Lei nº 10.194, de
14.2.2001)Art. 12 Os bens imóveis integrantes do patrimônio das autarquias de que trata o art.
1°, I, e o das fundações referidas nas alíneas e e f do art. 1°, II, que não tenham
sido transferidos às entidades que as absorvem ou sucedem, serão incorporados ao
patrimônio da União, mediante termos lavrados na forma doart. 13, VI, do Decreto-Lei n° 147, de 3 de
fevereiro de 1967, com a redação dada peloart. 10 da Lei
n° 5.421, de 25 de abril de 1968.(Renumerado do art
9º pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1° Os bens imóveis, materiais e equipamentos, integrantes do acervo das autarquias e
fundações referidas neste artigo, passarão ao patrimônio da União e, após
inventário, à responsabilidade da Secretaria da Administração Federal, que promoverá
a sua redistribuição a outros órgãos da Administração Pública Federal.§ 2° A Secretaria de Administração Federal poderá alienar, mediante leilão, os bens
móveis desnecessários ao Serviço Público Federal ou propor a sua doação, com ou sem
encargos, através de leis que os nominem caso a caso, a Estados, ao Distrito Federal, a
Territórios, a Municípios ou a instituições de educação ou de assistência social,
sem fins lucrativos, como tal reconhecidas na forma da lei.Art. 13. A Fundação Brasileira Centro de TV Educativa - FUNTEVÊ, passa a denominar-se
Fundação Roquette Pinto, mantidas as suas funções e finalidades educacionais e
culturais.(Renumerado do art 10 pela Lei nº 8.154, de
1990)Art. 14. É o Poder Executivo autorizado a instituir a Fundação
Nacional de Saúde (FNS), mediante incorporação da Fundação Serviços de Saúde
(FSESP) e da Superintendências de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), bem assim das
atividades de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), desenvolvidas pela Empresa
de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).(Redação
dada pela Lei nº 8.101, de 1990)(Renumerado do art 11
pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1° As
atribuições, os acervos, o pessoal e os recursos orçamentários da FSESP, da Sucam e os
da Dataprev relativos às atividades de informática do SUS deverão ser transferidos para
a FNS, no prazo de noventa dias contados da data de sua instituição.(Redação dada pela Lei nº 8.101, de
1990)(Vide
Decreto nº 100, de 1991)§ 2° A Fundação Nacional de Saúde poderá contratar empregados, sob o regime da
legislação trabalhista, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária e
excepcional dos serviços de combate a epidemias e endemias, mediante prévia
autorização da Secretaria de Administração Federal.§
3° Os servidores atualmente em exercício na Superintendência de Campanhas de Saúde
Pública poderão optar pela sua integração à Fundação Nacional de Saúde no prazo de
noventa dias da data de sua constituição. Caso não manifestem essa opção,
aplicar-se-á o disposto na lei que resultou da conversão da Medida Provisória n° 150,
de 1990.§ 3° Os servidores atualmente em exercício na Sucam e os que
exerçam atividades relativas ao SUS, na Dataprev, poderão optar pela sua integração à
FNS, no prazo de noventa dias da data de sua instituição. Caso não manifestem essa
opção, aplicar-se-á:(Redação
dada pela Lei nº 8.101, de 1990)a) aos
servidores em exercício na Sucam, o disposto noart. 28 da Lei
n° 8.028, de 12 de abril de 1990;(Incluído pela Lei nº 8.101, de 1990)b) aos
servidores em exercício na Dataprev, o disposto na legislação aplicável ao pessoal da
empresa.(Incluído
pela Lei nº 8.101, de 1990)§ 4oÀ Funasa, entidade de promoção e proteção à saúde, compete:(Incluído
pela Lei nº 12.314, de 2010)I –(VETADO)(Incluído pela Lei
nº 12.314, de 2010)II - fomentar soluções
de saneamento para prevenção e controle de doenças;(Incluído
pela Lei nº 12.314, de 2010)III - formular e
implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionados com as
ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde
Ambiental.(Incluído pela Lei nº 12.314, de 2010)Art. 15. O art. 190 doDecreto-Lei n° 200, de 25 de fevereiro de 1967, passa a vigorar com a seguinte
redação:(Renumerado do art 12 pela Lei nº 8.154, de
1990)"Art. 190.É o Poder Executivo
autorizado a instituir, sob a forma de fundação, o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), com a finalidade de auxiliar o Ministro de Estado da Economia, Fazenda e
Planejamento na elaboração e no acompanhamento da política econômica e promover
atividade de pesquisa econômica aplicada nas áreas fiscal, financeira, externa e de
desenvolvimento setorial.Parágrafo único. O instituto
vincular-se-á ao Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento."Art. 16. A Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, instituída pelaLei n° 4.513, de 1° de dezembro de 1964, passa a
denominar-se Fundação Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência.(Renumerado do art 13 pela Lei nº 8.154, de 1990)Parágrafo único. A Fundação Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência tem por
objetivo formular, normatizar e coordenar a política de defesa dos direitos da criança e
do adolescente, bem assim prestar assistência técnica a órgãos e entidades que
executem essa política.Art. 17. É o Poder Executivo autorizado a instituir o Instituto Nacional do Seguro Social
- INSS, como autarquia federal, mediante fusão do Instituto de Administração da
Previdência e Assistência Social - IAPAS, com o Instituto Nacional de Previdência
Social - INPS, observado o disposto nos §§ 2° e 4° do art. 2° desta lei.(Renumerado do art 14 pela Lei nº 8.154, de 1990)Parágrafo único. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS terá até sete
superintendências regionais, com localização definida em decreto, de acordo com a atual
divisão do território nacional em macrorregiões econômicas, adotada pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, para fins estatísticos, as quais
serão dirigidas por Superintendentes nomeados pelo Presidente da República.Art. 18. É o Poder Executivo autorizado a transformar em empresa
pública a Central de Medicamentos, órgão autônomo integrante do Ministério da Saúde.(Renumerado do art 15 pela Lei nº 8.154, de 1990)(Revogado pela Lei n° 9.618, de 1998)§ 1° O capital inicial da
empresa de que trata este artigo, pertencente exclusivamente à União, será constituído
pelos bens materiais e dotações orçamentárias atualmente consignadas à Central de
Medicamentos.(Revogado pela Lei n° 9.618, de 1998)§ 2° Aplica-se à empresa
pública Central de Medicamentos o disposto no § 2° do art. 2° desta lei.(Revogado pela Lei n° 9.618, de 1998)§ 3° O Ministro de Estado da
Saúde adotará as providências necessárias para a constituição da empresa pública
Central de Medicamentos, observadas as disposições legais aplicáveis.(Revogado pela Lei n° 9.618, de 1998)§ 4° Os servidores
atualmente em exercício na Central de Medicamentos poderão optar pela sua integração
na empresa pública Central de Medicamentos, no prazo de trinta dias da data de sua
constituição. Caso não manifestem essa opção, aplicar-se-á o disposto na lei
resultante da conversão da Medida Provisória n° 150, de 1990.(Revogado pela Lei n° 9.618, de 1998)Art. 19. É o Poder Executivo autorizado a promover:(Renumerado
do art 16 pela Lei nº 8.154, de 1990)I - por intermédio da Telecomunicações Brasileiras S.A. -
Telebrás, a fusão ou a incorporação das empresas de telecomunicações, exceto a
Embratel, integrantes do respectivo Sistema, de modo a reduzir para oito empresas de
âmbito regional, as atualmente existentes, observado o que dispõe o parágrafo único do
art. 14 desta lei, quanto ao referencial para a delimitação das regiões;(Revogado pela Lei
nº 9.472, 16.7.1997)II - a fusão da Companhia de Financiamento da Produção, da Companhia Brasileira
de Alimentos e da Companhia Brasileira de Armazenamento, que passarão a constituir a
Companhia Nacional de Abastecimento.II - a fusão da Companhia de Financiamento da Produção, da
Companhia Brasileira de Alimentos, e da Companhia Brasileira de Armazenamento,
que passarão a constituir a Companhia Nacional de Abastecimento, vinculada ao
Ministério da Agricultura e Reforma Agrária.(Redação dada pela Lei nº 8.344, de 1991)Parágrafo único. Constituem-se em objetivos básicos da Companhia Nacional de
Abastecimento:a) garantir ao pequeno e médio produtor os preços mínimos e armazenagem para guarda e
conservação de seus produtos;b) suprir carências alimentares em áreas desassistidas ou não suficientemente atendidas
pela iniciativa privada;c) fomentar o consumo dos produtos básicos e necessários à dieta alimentar das
populações carentes;d) formar estoques reguladores e estratégicos objetivando absorver excedentes e corrigir
desequilíbrios decorrentes de manobras especulativas;e)(Vetado).f) participar da formulação de política agrícola; eg) fomentar, através de intercâmbio com universidades, centros de pesquisas e organismos
internacionais, a formação e aperfeiçoamento de pessoal especializado em atividades
relativas ao setor de abastecimento.h)
assistir, mediante a doação de alimentos disponíveis em seus estoques, às
comunidades e famílias atingidas por desastres naturais em Municípios em
situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Poder
Executivo federal, na forma do regulamento.(Incluído pela Lei nº
12.716, de 2012Art. 19-A. A Companhia Nacional de Abastecimento - Conab
contratará transporte rodoviário de cargas com dispensa do procedimento
licitatório para até trinta por cento da demanda anual de frete da Companhia,
obedecidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018I - o contratado seja:(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018a) cooperativa de transportadores autônomos de cargas
instituída na forma prevista naLei nº 5.764, de 16 de
dezembro 1971;(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018b) entidade sindical de transportadores autônomos de
cargas; ou(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018c) associação de transportadores autônomos de cargas
constituída nos termos previstos noart. 53 ao
art. 61 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, que
tenham, no mínimo, três anos de funcionamento;(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018II - o preço contratado não exceda o praticado nas
tabelas referenciais utilizadas pela Conab; e(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018III - o contratado atenda aos requisitos estabelecidos
no regulamento para contratação de serviços de transportes da Conab, aprovado em
ato do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018Parágrafo único. A Conab poderá deixar de observar o
disposto nocaputna hipótese de a oferta de serviço de transporte de
cargas pelas entidades mencionadas no inciso I docaputnão ser
suficiente para suprir a demanda da Companhia(Incluído pela Medida
Provisória nº
831, de 2018Art. 19-A. A Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) deve contratar transporte rodoviário de
cargas com dispensa do procedimento licitatório para, no mínimo, 30% (trinta
por cento) da demanda anual de frete da Companhia, obedecidos,
cumulativamente, os seguintes requisitos:(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)I - o contratado seja:(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)a) cooperativa de
transportadores autônomos de cargas instituída na forma prevista naLei nº
5.764, de 16 de dezembro 1971;(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)b) associação de
transportadores autônomos de cargas constituída nos termos previstos nosarts. 53 a 61 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)II - o preço contratado não
exceda o praticado nas tabelas referenciais utilizadas pela Conab;(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)III - o contratado atenda
aos requisitos estabelecidos no regulamento para contratação de serviços de
transportes da Conab, aprovado em ato do Ministro de Estado da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)Parágrafo único. A Conab
pode deixar de observar o disposto nocaputdeste artigo na
hipótese de a oferta de serviço de transporte de cargas pelas entidades
mencionadas no inciso I docaputdeste artigo não ser suficiente para suprir a demanda da Companhia.(Incluído pela Lei nº
13.713, de 2018)Art. 20. É o Poder Executivo autorizado a doar a Estados e Municípios, sem encargos para
os donatários, a participação acionária da União nas seguintes empresas: Companhia de
Navegação do São Francisco, Empresa de Navegação da Amazônia S.A. e Serviço de
Navegação da Bacia do Prata S.A.(Renumerado do art 17
pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1oOs créditos destinados
a futuro aumento do capital social da Empresa de Navegação da Amazônia S.A., de
titularidade da União, existentes na data da doação de que trata ocaputdeste
artigo, serão transferidos juntamente com a participação acionária e nas mesmas
condições.(Incluído pela Lei 9.819, de 1999)§ 2oA União sucederá a ENASA nas seguintes
obrigações decorrentes de norma legal, ato administrativo ou contrato:(Incluído pela Lei 9.819, de 1999)I - relativas ao Instituto Nacional do Seguro Social, ao Imposto de Renda Pessoa
Jurídica, à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, à Contribuição
Social sobre o Lucro e ao financiamento de embarcações por parte do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, existentes em 31 de dezembro de 1998; e(Incluído pela Lei 9.819, de 1999)II - relativas a ações trabalhistas, cujo fato gerador tenha ocorrido até 31
de dezembro de 1998.(Incluído pela Lei 9.819, de 1999)Art. 21. Nos casos de dissolução de sociedades de economia mista, bem assim nos de
empresas públicas que revistam a forma de sociedades por ações, a liquidação
far-se-á de acordo com o disposto nosarts. 208e210 a 218, da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
e nos respectivos estatutos sociais.(Renumerado do art 18 pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1° A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional convocará, no prazo de oito dias após o
decreto de dissolução da sociedade, assembléia geral de acionistas para os fins de:a) nomear o liquidante, cuja escolha deverá recair em servidor
efetivo da Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional, indicado
pela Secretaria de Administração Federal, o qual terá remuneração equivalente à do
cargo de presidente da companhia e poderá manter vigentes os contratos de trabalho dos
servidores da sociedade liquidanda, que forem estritamente necessários à liquidação,
devendo, quanto aos demais, rescindir os contratos de trabalho, com a imediata quitação
dos correspondentes direitos;a) nomear
o liquidante, cuja escolha deverá recair em servidor efetivo ou aposentado da
Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional, indicado pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o qual terá remuneração equivalente
à do cargo de Presidente da companhia e poderá manter vigentes os contratos de trabalho
dos empregados da sociedade liquidanda, que forem estritamente necessários à
liquidação, devendo, quanto aos demais, rescindir os contratos de trabalho, com a
imediata quitação dos correspondentes direitos;(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)b) declarar extintos os mandatos e cessada a investidura do presidente, dos diretores e
dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da sociedade, sem prejuízo da
responsabilidade pelos respectivos atos de gestão e de fiscalização;c) nomear os membros do Conselho Fiscal que deverá funcionar durante a liquidação, dele
fazendo parte representante do Tesouro Nacional; ed) fixar o prazo no qual se efetivará a liquidação.§ 2° O liquidante, além de suas obrigações, incumbir-se-á das providências
relativas à fiscalização orçamentária e financeira da entidade em liquidação, nos
termos daLei n° 6.223, de 14 de julho de 1975, alterada pelaLei n° 6.525, de 11 de abril de 1975.§ 3° Para os efeitos do disposto no parágrafo anterior, o liquidante será assistido
pela Secretaria de Controle Interno do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.§ 4° Aplicam-se as normas deste artigo, no que couber, à liquidação de empresas
públicas que se revistam outras formas admitidas pelo direito.§ 5°
(Vetado).Art. 22. As entidades a que se refere o art. 2° desta lei sucederão as fundações nele
referidas, nos seus direitos e obrigações decorrentes de norma legal, ato administrativo
ou contrato, bem assim nas demais obrigações pecuniárias.(Renumerado
do art 19 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 23. A União sucederá a entidade, que venha a ser extinta ou
dissolvida, nos seus direitos e obrigações decorrentes de norma legal, ato
administrativo ou contrato, bem assim nas demais obrigações pecuniárias.(Renumerado do art 20 pela Lei nº 8.154, de 1990)§ 1° O Poder Executivo disporá, em decreto, a respeito da execução dos contratos em
vigor, celebrados pelas entidades a que se refere este artigo, podendo, inclusive, por
motivo de interesse público, declarar a sua suspensão ou rescisão.§ 2°
(Vetado).Art. 24. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional adotará as providências necessárias
à celebração de aditivos visando à adaptação dos instrumentos contratuais por ela
firmados aos preceitos legais que regem os contratos em que seja parte a União.(Renumerado do art 21 pela Lei nº 8.154, de 1990)Parágrafo único. Nos aditivos a contratos de créditos externo constará,
obrigatoriamente, cláusula excluindo a jurisdição de tribunais estrangeiros, admitida,
tão-somente, a submissão de eventuais dúvidas e controvérsias dela decorrentes, à
justiça brasileira ou à arbitragem, nos termos doart. 11 do Decreto-Lei n° 1.312, de 15
de fevereiro de 1974.Art. 25. O Presidente da República disporá sobre a transferência das atribuições do
extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) aos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal.(Renumerado do art. 22 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 26. São cancelados os débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Nacional, de
responsabilidade das entidades que vierem a ser extintas ou dissolvidas em virtude do
disposto nesta lei.(Renumerado do art 23 pela Lei nº
8.154, de 1990)Art. 27. Os servidores em exercício nas autarquias e fundações extintas nos termos
desta lei, que não sejam aproveitados nas entidades que incorporaram as suas
atribuições, serão colocados em disponibilidade, observado o disposto na lei que
resultou da conversão da Medida Provisória n° 150, de 1990.(Renumerado
do art 24 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 28.(Vetado).(Renumerado do art 25 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 29.(Vetado).(Renumerado do art 26 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 30. É o Poder Executivo autorizado a adaptar os estatutos do Instituto de
Planejamento Econômico e Social - IPEA e da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor -
FUNABEM, às alterações decorrentes do disposto, respectivamente, nos arts. 12 e 13, as
quais serão averbadas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.(Renumerado
do art 27 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 31. O Adicional de Tarifa Portuária - ATP, a que se refere aLei
n° 7.700, de 21 de dezembro de 1988, passa a ser recolhido como receita vinculada da
União, de acordo com o disposto noart.
1° do Decreto-Lei n° 1.755, de 7 de dezembro de 1979, e aplicado o produto de sua
arrecadação em programas aprovados no orçamento anual para o Ministério da
Infra-Estrutura.(Renumerado do art 28 pela Lei nº 8.154,
de 1990)Art. 32. O Conselho de Governo proporá o Programa Nacional de Apoio à Pequena e Média
Empresa e o Programa Nacional de Alfabetização, a serem submetidos ao Congresso
Nacional.(Renumerado do art 29 pela Lei nº 8.154, de
1990)Art. 33. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.(Renumerado
do art 30 pela Lei nº 8.154, de 1990)Art. 34. Revogam-se oDecreto-Lei n° 2.421, de 29 de março de 1988, oart. 5° da Lei n° 4.513, de 1° de dezembro de 1964, e as demais disposições em contrário.(Renumerado
do art 31 pela Lei nº 8.154, de 1990)Brasília, 12 de abril de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o
publicado no DOU de 13.4.1990 eretificado em 23.4.1990* |
1,990 | 8.028, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Mensagem de Veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm | L8028Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.028, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 150, de
1990Vide Leis nºs:8.029, de 1990,8.490,
de 1992,9.649, de 1998e10.683, de 2003Mensagem de Veto(Revogado pela Medida
Provisória nº 1.154, de 2023)(Revogado pela Lei nº
14.600, de 2023)Texto para impressãoDispõe
sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras
providências.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:CAPÍTULO IDa Presidência da RepúblicaSEÇÃO IDa EstruturaArt. 1º A Presidência da República é constituída,
essencialmente, pela Secretaria-Geral, pelo Gabinete Militar e pelo Gabinete Pessoal do
Presidente da República.Art. 1º A Presidência da República, é constituída, essencialmente,
pela Secretaria de Governo, pela Secretaria-Geral, pelo Gabinete Militar e pelo Gabinete
Pessoal do Presidente da República.(Redação dada pela Lei nº 8.410, de 1992)Parágrafo único.
Também a integram:a) como órgãos de
consulta do Presidente da República:1. o Conselho da
República;2. o Conselho de Defesa
Nacional;b) como órgãos de
assessoramento imediato ao Presidente da República:1. o Conselho de Governo;2. o Alto Comando das
Forças Armadas;3. o Estado-Maior das
Forças Armadas;4. a Consultoria-Geral da
República;c) como órgãos de
assistência direta e imediata ao Presidente da República:1. a Secretaria da
Cultura;2. a Secretaria da
Ciência e Tecnologia;3. a Secretaria do Meio
Ambiente;4. a Secretaria do
Desenvolvimento Regional;5. a Secretaria dos
Desportos;6. a Secretaria da
Administração Federal;7. a Secretaria de
Assuntos Estratégicos.SEÇÃO IIDas Finalidades e OrganizaçãoArt. 2° A Secretaria-Geral, com a finalidade de assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições e,
especialmente, na coordenação da ação administrativa, no acompanhamento de programas e
políticas governamentais e no relacionamento com os Estados, Distrito Federal e
Municípios e na supervisão técnica das Secretarias da Presidência da República, tem a
seguinte estrutura básica:I - Subsecretaria-Geral;II - Cerimonial;III - Secretaria de Controle Interno.Parágrafo único. O Gabinete Militar e o
Gabinete Pessoal, subordinados diretamente ao Presidente da República, vinculam-se
administrativamente à Secretaria-Geral.Art. 2° A Secretaria-Geral, com a finalidade de assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições,
especialmente na coordenação da ação administrativa e na supervisão das Secretarias
da Presidência da República, tem a seguinte estrutura básica:(Redação dada pela Lei nº 8.410, de
1992)I
- Subsecretaria-Geral;II
- Cerimonial;III
- Secretaria de Controle Interno.Parágrafo
único. A Secretaria de Governo, o Gabinete Militar e o Gabinete Pessoal, subordinados
diretamente ao Presidente da República, vinculam-se administrativamente à
Secretaria-Geral.Art. 3° O Gabinete Militar, com a finalidade de assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições nos assuntos
referentes à administração militar, zelar pela sua segurança pessoal, a do
Secretário-Geral, a do Chefe do Gabinete Militar e a do Chefe do Gabinete Pessoal, bem
assim das respectivas residências e dos palácios presidenciais, tem a seguinte estrutura
básica:Art. 3° O Gabinete Militar, com a finalidade de assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições nos assuntos
referentes à administração militar, zelar pela sua segurança e pela segurança pessoal
dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República, bem como das
respectivas residências e dos palácios presidenciais, tem a seguinte estrutura básica:(Redação dada pela Lei nº 8.410, de 1992)I - Chefia;II - Subchefia da
Marinha;III - Subchefia do
Exército;IV - Subchefia da
Aeronáutica;V - Serviço de
Segurança.Art. 4° O Gabinete
Pessoal, com a finalidade de assistir ao Presidente da República nos serviços de
secretaria particular e ajudância-de-ordens, tem a seguinte estrutura básica:I - Secretaria
Particular;II - Ajudância-de-Ordens.Art. 5° O Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional, com a composição e as atribuições
previstas na Constituição, terão a organização e o funcionamento regulados em lei
especial.Art. 6° O Conselho de
Governo, integrado pelos Ministros de Estado, com a finalidade de assessorar o Presidente
da República na formulação de diretrizes de ação governamental, reunir-se-á quando
por ele convocado.Parágrafo único. O
Conselho de Governo será presidido, em cada reunião, pelo Ministro de Estado para este
fim designado pelo Presidente da República.Art. 7° O Alto Comando
das Forças Armadas, integrado pelos Ministros Militares, pelo Chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas e pelo Chefe do Estado-Maior de cada uma das Forças Singulares, tem por
finalidade assessorar o Presidente da República nas decisões relativas à política
militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Forças Armadas.Parágrafo único. O Alto
Comando das Forças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da República e é
secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar.Art. 8° O Estado-Maior
das Forças Armadas, mantida sua atual estrutura, tem por finalidade assessorar o
Presidente da República nos assuntos referidos noart. 50 do Decreto-Lei n° 200, de 25 de fevereiro
de 1967, e legislação especial superveniente.Art. 9°
Consultoria-Geral da República, com finalidade de assessorar o Presidente da República
em assuntos de natureza jurídica, uniformizar a jurisprudência administrativa federal e
coordenar, supervisionar e controlar as atividades do serviço jurídico da
Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, tem sua estrutura básica
integrada pelo gabinete do Consultor-Geral e pela Consultoria da República.Art. 10. A Secretaria da
Cultura tem como finalidade planejar, coordenar e supervisionar a formulação e a
execução da política cultural em âmbito nacional, de forma a garantir o exercício dos
direitos culturais e o acesso às fontes da cultura; apoiar e incentivar a valorização e
a difusão das manifestações culturais, promover e proteger o patrimônio cultural
brasileiro, tendo como estrutura básica:I - Conselho Nacional de
Política Cultural;II - Departamento de
Planejamento e Coordenação;III - Departamento de
Cooperação e Difusão.Parágrafo único.(Vetado).Art. 11. A Secretaria da Ciência e Tecnologia, com a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de ciência e tecnologia,
inclusive programas especiais e de fomento, e as atividades de pesquisas e desenvolvimento
em áreas prioritárias, tem a seguinte estrutura básica:I - Conselho Nacional de Informática e
Automação;II - Departamento de Fomento;III - Departamento de Planejamento e
Avaliação;IV - Departamento de Coordenação de
Programas;V - Departamento de Coordenação dos Órgãos
de Execução;VI - Secretaria Especial de Informática;VII - Instituto de Pesquisas Espaciais;VIII - Instituto Nacional de Pesquisa da
Amazônia;IX - Instituto Nacional de Tecnologia.Art.
11. A Secretaria da Ciência e Tecnologia, com a finalidade de planejar,
coordenar, supervisionar e controlar as atividades de ciência e de
tecnologia, inclusive tecnologia industrial básica, as atividades de
pesquisa e desenvolvimento em áreas prioritárias, bem como a formulação
e a implementação da política de informática e automação, tem a seguinte
estrutura básica:(Redação dada
pela Medida Provisória nº 245, de 1990)I
- Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)II
- Conselho Nacional de Informática e Automação;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)III
- Departamento de Planejamento;(Redação dada pela Medida Provisória nº 245, de 1990)IV
- Departamento de Coordenação dos Órgãos de Execução;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)V
- Departamento de Coordenação de Programas;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)VI
- Departamento de Tecnologia;(Redação dada pela Medida Provisória nº 245, de 1990)VII
- Departamento de Política de Informática e Automação;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)VIII
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)IX
- Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia;(Redação dada pela Medida
Provisória nº 245, de 1990)X
- Instituto Nacional de Tecnologia.(Incluído pela Medida Provisória
nº 245, de 1990)Art. 11. A Secretaria da Ciência e Tecnologia, com a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de ciência e de tecnologia,
inclusive tecnologia industrial básica, as atividades de pesquisa e desenvolvimento em
áreas prioritárias, bem como a formulação e a implementação da política de
informática e automação, tem a seguinte estrutura básica:(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)I - Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)II - Conselho Nacional de Informática e
Automação;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)III - Departamento de Planejamento;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)IV - Departamento de Coordenação dos Órgãos
de Execução;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)V - Departamento de Coordenação de Programas;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)VI - Departamento de Tecnologia;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)VII - Departamento de Política de Informática
e Automação;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)VIII - Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)IX - Instituto Nacional de Pesquisa da
Amazônia;(Redação
dada pela Lei nº 8.090, de 1990)X - Instituto Nacional de Tecnologia.(Incluído pela Lei nº 8.090, de 1990)Art. 12. A Secretaria do
Meio Ambiente, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar as
atividades relativas à Política Nacional do Meio Ambiente e à preservação,
conservação e uso racional dos recursos naturais renováveis, tem a seguinte estrutura
básica:I - Conselho Nacional do
Meio Ambiente;II - Departamento de
Planejamento e Coordenação da Política Ambiental;III - Departamento
Técnico-Científico e de Cooperação;IV - Comitê do Fundo
Nacional do Meio Ambiente.Art. 13. A Secretaria do
Desenvolvimento Regional, tem por finalidade planejar, coordenar, supervisionar e
controlar a ação dos órgãos e entidades federais que atuem em programas e projetos de
desenvolvimento regional, bem assim articular-se com órgãos congêneres dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.Art. 14. A Secretaria dos Desportos, com a finalidade de
realizar estudos, planejar, coordenar e supervisionar o desenvolvimento do desporto no
País, de acordo com a Política Nacional de Desportos, zelar pelo cumprimento da
legislação desportiva e prestar cooperação técnica e assistência financeira
supletiva aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, aos Territórios e às
entidades nacionais dirigentes dos desportos, tem a seguinte estrutura básica:(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)I - Conselho Nacional de Desportos;(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)II - Conselho de Administração do Fundo de
Assistência ao Atleta Profissional;(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)III - Departamento de Desportos Profissional e
Não-Profissional;(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)IV - Departamento de Desportos das Pessoas
Portadoras de Deficiência;(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)V - (Vetado).(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)VI - (Vetado).(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)VII - (Vetado).(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)Parágrafo único. (Vetado).(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993)Art.
15. A Secretaria da Administração Federal, com a finalidade de realizar estudos,
formular diretrizes, orientar normativamente, planejar, coordenar, supervisionar e
controlar os assuntos referentes ao pessoal civil da Administração Pública Federal
direta, indireta e fundacional, bem assim os referentes aos serviços gerais, à
modernização e organização administrativas e aos sistemas e serviços de processamento
de dados dessas entidades, tem a seguinte estrutura básica:(Vide
Lei nº 8.140, de 1990)I - Subsecretaria de
Controle de Informática do Setor Público;II - Departamento de
Recursos Humanos;III - Departamento de
Serviços Gerais;IV - Departamento de
Modernização Administrativa;V - Departamento de
Administração Imobiliária.Art. 16. A Secretaria de
Assuntos Estratégicos, com a finalidade de exercer as atribuições de Secretaria
Executiva do Conselho de Governo, desenvolver estudos e projetos de utilização de áreas
indispensáveis à segurança do território e opinar sobre o seu efetivo uso, fornecer os
subsídios necessários às decisões do Presidente da República, cooperar no
planejamento, na execução e no acompanhamento de ação governamental com vistas à
defesa das instituições nacionais, coordenar a formulação da Política Nacional
Nuclear e supervisionar sua execução, salvaguardar interesses do Estado, bem assim
coordenar, supervisionar e controlar projetos e programas que lhe forem atribuídos pelo
Presidente da República, tem a seguinte estrutura básica:I - Departamento de
Inteligência;II - Departamento de Macroestratégias;III - Departamento de
Programas Especiais;IV - Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações;V - Centro de Formação
e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos.CAPÍTULO IIDos MinistériosArt. 17. São os
seguintes os Ministérios:I - da Justiça;II - da Marinha;III - do Exército;IV - das Relações
Exteriores;V - da Educação;VI - da Aeronáutica;VII - da Saúde;VIII - da Economia,
Fazenda e Planejamento;IX - da Agricultura e
Reforma Agrária;X - do Trabalho e da
Previdência Social;XI - da Infra-Estrutura;XII - da Ação Social.Parágrafo único. São
Ministros de Estado os titulares dos Ministérios.SEÇÃO IDos Ministérios MilitaresArt. 18. A estrutura e os
assuntos que constituem área de competência dos Ministérios Militares são
especificados noDecreto-Lei n° 200, de 25 de
fevereiro de 1967, e legislação especial superveniente.SEÇÃO IIDos Ministérios Civis(Vide Lei 8.422, de 1992)Art. 19. Os assuntos que
constituem área de competência de cada Ministério Civil são os seguintes:I - Ministério da
Justiça:a) ordem jurídica,
nacionalidade, cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais;b) segurança pública,
Polícia Federal, Rodoviária e Ferroviária Federal e do Distrito Federal;c) administração
penitenciária;d) estrangeiros;e) documentação,
publicação e arquivo dos atos oficiais;f) defesa da ordem
econômica e metrologia legal;g) índios;h) registro do comércio
e propriedade industrial;II - Ministério das
Relações Exteriores:a) política
internacional;b) relações
diplomáticas, serviços consulares;c) participação nas
negociações comerciais, econômicas, técnicas e culturais com países e entidades
estrangeiras;d) programa de
cooperação internacional;e) apoio a delegações,
comitivas e representações brasileiras em agências e organismos internacionais e
multilaterais;III - Ministério da
Educação:a) política nacional de
educação;b) educação, ensino
civil, pesquisa e extensão universitárias;c) magistério;d) educação especial;IV - Ministério da
Saúde:a) política nacional de
saúde;b) atividades médicas e paramédicas;c) ação preventiva na
área de saúde, vigilância sanitária nas fronteiras, nos portos e aeroportos;d) controle de drogas,
medicamentos e alimentos;e) pesquisas
médico-sanitárias;V - Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento:a) moeda, crédito,
instituições financeiras, capitalização, seguros privados e poupança popular;b) administração
tributária;c) administração
orçamentária e financeira, auditoria e contabilidade pública;d) administração
patrimonial;e) comércio exterior;f) negociações
econômicas e financeiras com governos e entidades estrangeiras;g) desenvolvimento
industrial e comercial;h) abastecimento e
preços;i) elaboração de planos
econômicos, projetos de diretrizes e propostas orçamentárias;j) estudos e pesquisas
sócio-econômicas;l) sistemas cartográfico
e estatísticos nacionais;VI - Ministério da Agricultura e Reforma Agrária:VI
- Ministério da Agricultura e Reforma Agrária:(Redação dada
pela Lei nº 8.344, de 1991)a) produção agrícola e pecuária;a) política agrícola,
abrangendo produção, comercialização, abastecimento, armazenagem e garantia de preços
mínimos;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)b) padronização e inspeção de produtos
vegetais e animais e de insumos utilizados nas atividades agropecuárias;b) produção e fomento
agropecuários;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)c) reforma agrária e apoio às atividades
rurais;c) mercado,
comercialização e abastecimento agrícolas, inclusive estoques regulador e estratégico;(Redação dada pela
Lei nº 8.344, de 1991)d) meteorologia, climatologia;d) informação
agrícola;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)e) pesquisa e experimentação agropecuária;e) defesa sanitária
animal e vegetal;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)f) vigilância e defesa sanitária animal e
vegetal;f) fiscalização dos
insumos utilizados nas atividades agropecuárias e da prestação de serviços no setor;(Redação dada pela Lei nº 8.344, de
1991)g) irrigação;g) padronização e
inspeção de produtos e derivados animais e vegetais;(Redação dada pela Lei nº 8.344, de 1991)h) assistência técnica e extensão rural;h) conservação e manejo
do solo e água, voltados ao processo produtivo agrícola;(Redação dada pela Lei nº 8.344, de
1991)i) pesquisa agrícola
tecnológica;(Incluída
pela Lei nº 8.344, de 1991)j) reforma agrária;(Incluída pela Lei nº 8.344, de 1991)l) irrigação;(Incluída pela Lei nº 8.344, de 1991)m) meteorologia e
climatologia;(Incluída
pela Lei nº 8.344, de 1991)n) desenvolvimento rural,
cooperativismo e associativismo;(Incluída pela Lei nº 8.344, de 1991)o) energização rural,
agroenergia, inclusive eletrificação rural; e(Incluída pela Lei nº 8.344, de 1991)p) assistência técnica
e extensão rural.(Incluída
pela Lei nº 8.344, de 1991)VII - Ministério do
Trabalho e da Previdência Social:a) trabalho e sua
fiscalização;b) mercado de trabalho e
política de empregos;c) previdência social e
entidades de previdência complementar;d) política salarial;e) política de
imigração;VIII - Ministério da
Infra-Estrutura:a) geologia, recursos
minerais e energéticos;b) regime hidrológico e
fontes de energia hidráulica;c) mineração e
metalurgia;d) indústria do
petróleo e de energia elétrica, inclusive nuclear;e) transportes
ferroviário, rodoviário e aquaviário;f)(Vetado).g) marinha mercante,
portos e vias navegáveis;h) participação na
coordenação dos transportes aeroviários, na forma da lei;i) telecomunicações,
inclusive administração, controle e fiscalização da utilização do espectro de
radiofreqüências;j) serviços postais;IX - Ministério da
Ação Social:a) assistência social;b) defesa civil;c) políticas
habitacionais e de saneamento;d) radicação de
populações, ocupação do território e migrações internas.SUBSEÇÃO IDo Secretário ExecutivoArt. 20. Haverá em cada
Ministério Civil, exceto no Ministério das Relações Exteriores, um Secretário
Executivo, cabendo-lhe, além da supervisão das Secretarias não subordinadas diretamente
ao Ministro de Estado, exercer as funções que lhe forem por este atribuídas.Parágrafo único. O
Secretário Executivo será nomeado pelo Presidente da República, mediante indicação do
Ministro de Estado competente.SUBSEÇÃO IIDos Órgãos Comuns aos Ministérios CivisArt. 21. Haverá, na
estrutura básica de cada Ministério Civil, exceto no Ministério das Relações
Exteriores, os seguintes órgãos:I - de assistência
direta e imediata ao Ministro de Estado: o Gabinete;II - setoriais:a) Consultoria
Jurídica, exceto no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento;b) Secretaria de
Administração Geral;c) Secretaria de
Controle Interno.Parágrafo único.
Compete aos Consultores Jurídicos e, no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento,
ao Procurador-Geral da Fazenda Nacional, prestar assistência direta e imediata aos
respectivos Ministros de Estado.SUBSEÇÃO IIIDo Ministério das Relações ExterioresArt. 22. São órgãos da
estrutura básica do Ministério das Relações Exteriores:I - a Secretaria de
Estado das Relações Exteriores que compreende:a) órgãos de
assistência direta e imediata ao Ministro de Estado;b) Secretaria-Geral de
Política Exterior;c) Secretaria-Geral
Executiva;d) Secretaria-Geral de
Controle;II - Repartições no
Exterior, abrangendo:a) as Missões
Diplomáticas Permanentes;b) as Repartições
Consulares;c) as Repartições
Específicas destinadas às Atividades Administrativas, Técnicas ou Culturais.SUBSEÇÃO IVDos Órgãos EspecíficosArt. 23. São órgãos
específicos dos Ministérios Civis:I - no Ministério da
Justiça:a) o Conselho de Defesa
dos Direitos da Pessoa Humana;b) o Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária;c) o Conselho Nacional de
Trânsito;d) o Conselho Federal de
Entorpecentes;e) o Conselho Superior de
Defesa da Liberdade de Criação e Expressão;f) o Conselho Nacional
dos Direitos da Mulher;g) o Conselho Nacional de
Segurança Pública;h) o Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;i) a Secretaria Federal
de Assuntos Legislativos;j) a Secretaria
Nacional dos Direitos da Cidadania e Justiça;l) a Secretaria Nacional
de Direito Econômico;m) a Secretaria de
Polícia Federal;n) o Arquivo Nacional;o) a Imprensa Nacional;II - no Ministério da
Educação:a) o Conselho Federal de
Educação;b) a Secretaria Nacional
de Educação Básica;c) a Secretaria Nacional
de Educação Tecnológica;d) a Secretaria Nacional
de Educação Superior;e) o Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais;f) a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;III - no Ministério da
Saúde:a) o Conselho Nacional de
Saúde;b) a Secretaria Nacional
de Vigilância Sanitária;c) a Secretaria Nacional
de Assistência à Saúde;IV - no Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento:a) o Conselho Nacional de
Política Fazendária;b) o Conselho Monetário
Nacional;c) o Comitê Brasileiro
de Nomenclatura;d) o Conselho Nacional de
Seguros Privados;e) a Câmara Superior de
Recursos Fiscais;f) os 1º, 2º e 3º
Conselhos de Contribuintes;g) o Conselho de Recursos
do Sistema Financeiro Nacional;h) a Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional;i) a Secretaria Nacional
da Economia;j) a Secretaria da
Fazenda Nacional;l) a Secretaria Nacional
de Planejamento;m) a Secretaria Especial
de Política Econômica;n) a Escola de
Administração Fazendária;V - no Ministério da Agricultura e Reforma Agrária:V -
no Ministério da Agricultura e Reforma Agrária:(Redação dada pela Lei nº 8.344, de 1991)a) o Conselho Nacional de Agricultura;a) Conselho Nacional de
Política Agrícola;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)b) a Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira;b) Comissão Especial de
Recursos;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)c) a Secretaria Nacional da Defesa
Agropecuária;c) Secretaria Nacional de
Política Agrícola;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)d) a Secretaria Nacional da Reforma Agrária;d) Secretaria Nacional de
Defesa Agropecuária;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)e) a Secretaria Nacional de Irrigação;e) Secretaria Nacional de
Irrigação;(Redação
dada pela Lei nº 8.344, de 1991)f) Comissão Executiva do
Plano da Lavoura Cacaueira.(Incluída pela Lei nº 8.344, de 1991)VI - no Ministério do
Trabalho e da Previdência Social:a) o Conselho Nacional de
Seguridade Social;b) o Conselho Nacional do
Trabalho;c) o Conselho Curador do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;d) o Conselho de Gestão
da Proteção ao Trabalhador;e) o Conselho de Gestão
da Previdência Complementar;f) o Conselho de Recursos
do Trabalho e Seguro Social;g) o Conselho
Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador;h) a Secretaria Nacional
do Trabalho;i) a Secretaria Nacional
de Previdência Social e Complementar;VII - no Ministério da
Infra-Estrutura:a) a Secretaria Nacional
de Minas e Metalurgia;b) a Secretaria Nacional
de Energia;c) a Secretaria Nacional
dos Transportes;d) a Secretaria Nacional
de Comunicações;VIII - no Ministério da
Ação Social:a) o Conselho Nacional de
Serviço Social;b) a Secretaria Nacional
da Habitação;c) a Secretaria Nacional
de Saneamento;d) a Secretaria Nacional
da Promoção Social;e) a Secretaria Especial
de Defesa Civil;f) a Coordenadoria
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.Parágrafo único.(Vetado).CAPÍTULO IIIDas Extinções e Criações de Cargos e ÓrgãosArt. 24. São criados os
cargos de Ministro de Estado:I - da Economia, Fazenda,
e Planejamento;II - da Agricultura e
Reforma Agrária;III - do Trabalho e da
Previdência Social;IV - da Infra-Estrutura;V - da Ação Social.Art. 25. Em decorrência
do disposto nos arts. 1º, 17 e 24, são extintos os cargos:I - de Ministros de
Estado Chefe:a) do Gabinete Civil da
Presidência da República;b) do Gabinete Militar da
Presidência da República;c) do Estado-Maior das
Forças Armadas;d) do Serviço Nacional
de Informações;II - de Ministros de
Estado:a) do Planejamento;b) da Fazenda;c) dos Transportes;d) da Agricultura;e) do Trabalho;f) do Desenvolvimento da
Indústria e do Comércio;g) das Minas e Energia;h) do Interior;i) das Comunicações;j) da Previdência e
Assistência Social;l) da Cultura;m) da Ciência e
Tecnologia.Art.
26. São criados os seguintes cargos de natureza especial:(Vide
Lei nº 8.216, de 1991)I - Secretário-Geral da
Presidência da República;II - Chefe do Gabinete
Militar;III - Chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas;IV - Chefe do Gabinete
Pessoal do Presidente da República;V
- oito cargos de Secretário-Executivo, sendo um em cada Ministério de que tratam os
incisos I, V, VII a XII do art. 17.V - sete cargos de
Secretário da Presidência da República, sendo um em cada Secretaria de que trata a
alínea c do parágrafo único do art. 1º;(Redação dada pela Lei
nº 8.162, de 8.1.1991)VI - oito cargos de
Secretário-Executivo, sendo um em cada Ministério, de que tratam os incisos I, V e VII a
XII do art. 17, três cargos de Secretário-Geral, no Ministério, de que trata o inciso
IV do mesmo artigo e um cargo de Subsecretário-Geral da Secretaria-Geral da Presidência
da República.(Incluído pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)§ 1º Os titulares dos cargos referidos nos incisos I a IV deste artigo perceberão
vencimento mensal de NCz$ 196.200,00 (cento e noventa e seis mil e duzentos cruzados
novos), reajustado no mesmo percentual e época em que for fixada a retribuição dos
Ministros de Estado.§ 1º Os
titulares dos cargos especificados neste artigo perceberão vencimento mensal de :(Redação dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)a)
Cr$127.530,00 (cento e vinte e sete mil, quinhentos e trinta cruzeiros), os referidos nos
incisos I e IV;(Incluída pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)b)
Cr$117.878,00 (cento e dezessete mil, oitocentos e setenta e oito cruzeiros), os
mencionados no inciso V, bem assim o de Consultor-Geral da República;(Incluída pela Lei nº 8.162, de
8.1.1991)c)
Cr$108.225,00 (cento e oito mil, duzentos e vinte e cinco cruzeiros), os de que trata o
inciso VI.(Incluída pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)§ 2º Os titulares dos cargos referidos no inciso V, bem assim o Consultor-Geral da
República, perceberão vencimento mensal de NCz$ 166.500,00 (cento e sessenta e seis mil
e quinhentos cruzados novos), reajustado no mesmo percentual e época em que for fixada a
retribuição dos Ministros de Estado.§ 2º Aos vencimentos
fixados no parágrafo anterior será acrescida representação mensal equivalente a cem
por cento do respectivo valor.(Redação dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)§ 3º Os vencimentos
fixados no § 1º serão atualizados nas mesmas datas e índices em que forem reajustados
os vencimentos dos servidores públicos federais.(Incluído pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)§ 4º Os servidores
federais, estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios, investidos nos cargos
especificados neste artigo, poderão optar pela remuneração a que façam jus nos
órgãos ou entidades de origem, com direito de perceber a importância correspondente a
cinqüenta e cinco por cento do vencimento fixado no § 1º, acrescida da representação
mensal.(Incluído pela Lei nº 8.162, de 8.1.1991)Art. 27. São extintos:I - o Gabinete Civil da
Presidência da República;II - o Serviço Nacional
de Informações;III - a Secretaria de
Planejamento e Coordenação da Presidência da República;IV - a Secretaria de
Assessoramento da Defesa Nacional;V - os Ministérios da
Fazenda, dos Transportes, da Agricultura, do Trabalho, do Desenvolvimento da Indústria e
do Comércio, das Minas e Energia, do Interior, das Comunicações, da Previdência e
Assistência Social, da Cultura e da Ciência e Tecnologia.VI - as
Secretarias-Gerais e as atuais Secretarias ou Assessorias Internacionais dos Ministérios
Civis ou órgãos equivalentes da Presidência da República, ressalvado o disposto no
art. 19;VII - as Divisões ou
Assessorias de Segurança e Informações dos Ministérios Civis e os órgãos
equivalentes das entidades da Administração Federal indireta e fundacional.§ 1º São, ainda,
extintos:a) na Presidência da
República:1. o Conselho de
Desenvolvimento Econômico;2. o Conselho de
Desenvolvimento Social;3. o Conselho Superior do
Meio Ambiente;b) no Ministério da
Justiça:1. a Comissão de Defesa
dos Direitos do Cidadão;2. o Conselho Nacional de
Defesa do Consumidor;3. o Conselho Federal
para a Reconstituição dos Bens Lesados;c) no Ministério das
Relações Exteriores:1. a Delegação para o
Desarmamento e Direitos Humanos, em Genebra;2. a Delegação
Permanente junto aos Organismos Internacionais sediados em Londres;3. a Missão Permanente
junto às Nações Unidas, em Viena;4. a Representação
Permanente junto à FAO e Organismos Internacionais Conexos, sediada em Roma;§ 2º O acervo
patrimonial dos órgãos referidos no caput deste artigo será transferido para os
Ministérios e órgãos que tiverem absorvido as correspondentes atribuições, facultado
ao Poder Executivo, após inventário, alienar o excedente ou doá-lo aos Estados, ao
Distrito Federal, aos Municípios ou mediante a autorização legislativa específica, a
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, reconhecidas
na forma da lei.§ 3º É o Poder
Executivo autorizado a remanejar as dotações orçamentárias dos órgãos, unidades e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundacional, extintos, em
unidades de referência orçamentária de cada subprojeto ou subatividade, para os
órgãos, unidades e entidades que tiverem absorvido as correspondentes atribuições,
mantida a respectiva classificação funcional-programática, inclusive os títulos,
descritores, metas e objetivos, bem como a respectiva classificação por grupos de
natureza da despesa, determinadas naLei nº 7.999, de 31 de janeiro de 1990, com os
valores estabelecidos em conformidade com oDecreto nº 98.913, de 31 de janeiro de 1990.§ 4º As despesas
empenhadas e executadas até 15 de março de 1990, pelos órgãos, unidades e entidades
extintas, deverão ser deduzidas das dotações dos órgãos, unidades e entidades que
tiverem absorvido as correspondentes atribuições e assumido a respectiva programação
orçamentária na formação do parágrafo anterior.§ 5º Para o fins do
disposto nesta lei fica o Poder Executivo autorizado a:a) extinguir ou
transferir, no âmbito da Administração Pública Federal, mediante alteração de
denominação e especificação, sem aumento de despesa, cargos ou funções de confiança
dos Grupos Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e Direção e Assessoramento
Intermediário (DAI) ou funções equivalentes de natureza especial;b) transferir, para os
órgãos que tiverem absorvido as correspondentes atribuições, as Tabelas Especiais de
Emprego ou de Pessoal Temporário;c) fixar a lotação do
pessoal nos órgãos da Presidência da República e nos Ministérios Civis, bem assim
redistribuir servidores no interesse da administração.Art.
28. O excedente de pessoal em exercício nos órgãos e Ministérios organizados nos
termos desta lei será:I - dispensado, quando
ocupante, exclusivamente, de função de confiança (LT-DAS) ou de Função de
Assessoramento Superior (FAS);II - automaticamente
devolvido aos órgãos e entidades de origem, quando se tratar de servidores requisitados
ou cedidos;III - exonerado do cargo
em comissão ou função de confiança (DAS) ou dispensado da função (DAI), retornando
ao cargo ou emprego permanente, sem prejuízo do disposto no item seguinte;IV - considerado em
disponibilidade, quando ocupante de cargo ou emprego permanente dos respectivos quadros ou
tabelas.§ 1º A tramitação do
processo de disponibilidade dar-se-á em caráter de urgência.§ 2º Ressalvada a
hipótese de acumulação lícita, aos servidores em disponibilidade é vedado exercer
qualquer cargo, função ou emprego ou prestar serviços remunerados a qualquer título,
em órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios.§ 3º Fica o Poder
Executivo autorizado a dispor, mediante decreto, sobre o aproveitamento do pessoal de que
tratam os parágrafos precedentes.§ 4º Nos órgãos não
exista quadro próprio de pessoal de apoio técnico-administrativo, poderão ser mantidas,
nos casos de comprovada necessidade, ouvida a Secretaria de Administração Federal da
Presidência da República, as funções de assessoramento superior até a implantação
do respectivo quadro de pessoal.Art. 29. O disposto nesta
lei não legitima os atos praticados em desacordo com a legislação em vigor, nem exonera
de responsabilidade os infratores.CAPÍTULO IVDas Disposições GeraisArt. 30. As entidades
integrantes da Administração Pública Federal indireta serão vinculadas aos órgãos da
Presidência da República e aos Ministérios, segundo as normas constantes do§ 1º do art. 4ºe§ 2º do art. 5º do Decreto-Lei nº 200, de 25
de fevereiro de 1967, e sujeitos à supervisão exercida, respectivamente, pelos
Secretários da Presidência da República e pelos Ministros de Estado, por intermédio
dos Secretários dos Ministérios.Art. 31. Fica vedada a
realização de dispêndios a qualquer título com remuneração pessoal, pagamento ou
reembolso de gastos de transporte, estadia ou alimentação, por motivo de participação
em Conselho, Comissão ou outros órgãos colegiados da Administração Pública Federal
direta, que não possuam competência judicante.§ 1º Os serviços de
secretaria executiva dos colegiados serão obrigatoriamente providos por órgãos
integrantes da estrutura básica do Ministério.§ 2º A participação
em órgãos colegiados com funções de normatização, deliberação, fiscalização,
consulta, coordenação, assessoramento e formulação de políticas setoriais, será
considerada prestação de serviços relevantes.Art. 32. Fica vedada,
ainda, a criação de entidades da Administração Pública Federal indireta, com
finalidade de prestar apoio técnico ou administrativo aos órgãos e outras entidades da
Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional.CAPÍTULO VDas Disposições Finais e TransitóriasArt.
33. Lei de normas gerais sobre desportos disporá sobre o processo de julgamento das
questões relativas à disciplina e às competições desportivas.(Regulamento)Art. 34. Os recursos
interpostos contra decisões referentes a prestações, contribuições e infrações à
legislação previdenciária e trabalhista continuarão a ser processados e julgados pelos
órgãos atualmente competentes.Parágrafo único. Os
órgãos referidos neste artigo serão extintos com a instalação do Conselho a que alude
a alínea f do inciso VI do art. 23.Art.
35. A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei nº 7.804, de 18 de julho
de 1989, passa a vigorar com as seguintes modificações:"Art. 1ºEsta lei, com
fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 235 da Constituição, estabelece a
Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa
Ambiental........................................................................................................Art. 6º
.............................................................................................I -órgão superior: o Conselho de
Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da
política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos
ambientais;II -órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis
com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;III -órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da
Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e
controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais
fixadas para o meio ambiente;IV -órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como
órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;......................................................................................................Art. 8ºCompete ao
Conama:......................................................................................................II -determinar, quando julgar
necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências
ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais,
estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis
para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de
obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas
consideradas patrimônio nacional............................................................................................................Parágrafo único. O Secretário do
Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama."Art.
36. O art. 2º da Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, passa a vigorar com a
seguinte redação:(Vide Medida
Provisória nº 366, de 2007)(Revogado pela Lei nº 11.516, 2007)"Art. 2ºÉ criado o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Autarquia Federal de
Regime Federal, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, autonomia
administrativa e financeira, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República, com a finalidade de assessorá-la na formação e coordenação, bem como
executar e fazer executar a política nacional do meio ambiente e da preservação,
conservação e uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos
naturais."(Revogado pela Lei nº 11.516, 2007)Art.
37. O art. 4º da Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 4ºO Fundo Nacional do Meio
Ambiente é administrado pela Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República,
de acordo com as diretrizes fixadas pelo Conselho de Governo, sem prejuízo das
competências do Conama."Art.
38. O art. 10 da Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 10.A coordenação
superior dos assuntos, ações governamentais e medidas, referentes a pessoas portadoras
de deficiência, incumbirá à Coordenadoria Nacional para a Pessoa Portadora de
Deficiência (Corde), órgão autônomo do Ministério da Ação Social, ao qual serão
destinados recursos orçamentários específicos.Parágrafo único. Ao órgão a que se refere este artigo caberá
formular a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
seus planos, programas e projetos e cumprir as instruções superiores que lhes digam
respeito, com a cooperação dos demais órgãos públicos."Art.
39. A Lei nº 7.232, de 23 de outubro de 1984, passa a vigorar com as seguintes
modificações:"Art. 6ºO Conselho Nacional de
Informática e Automação (Conin) é constituído por representantes dos Ministros da
Economia, Fazenda e Planejamento, da Infra-Estrutura, do Trabalho e da Previdência
Social, da Educação, das Relações Exteriores, pelo Chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas e pelo Secretário de Ciência e Tecnologia e da Administração Federal,
representando o Poder Executivo, bem assim por 8 (oito) representantes de entidades não
governamentais, compreendendo representantes da indústria e dos usuários de bens e
serviços de informática, dos profissionais e trabalhadores do setor, da comunidade
científica e tecnológica, da imprensa e da área jurídica.§ 1º Cabe a Presidência do Conselho Nacional de Informática e
Automação ao Secretário de Ciência e Tecnologia."Art. 40.
Os arts. 55 e 67 da Lei nº 7.501, de 27 de junho de 1986, passam a vigorar com a seguinte
redação:(Vide Medida Provisória nº
319, de 2006).(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)"Art. 55.Serão transferidos
para o Quadro Especial do Serviço Exterior:(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)I - O Ministro de Primeira Classe, ao completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade ou 15 (quinze) anos de classe;(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)II - O Ministro de Segunda Classe, ao completar 60 (sessenta) anos
de idade ou 15 (quinze) anos de classe;(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)III - O Conselheiro, ao completar 58 (cinqüenta e oito) anos de
idade ou 15 (quinze) anos de classe.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 1º A transferência para o Quadro Especial do Serviço Exterior
ocorrerá na data em que se verificar a primeira das duas condições previstas em cada um
dos incisos I, II e III deste artigo.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 2º O Diplomata em missão permanente no exterior, transferido
para o Quadro Especial do Serviço Exterior, será removido para a Secretaria de Estado,
não podendo sua partida do posto exceder o prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data
de sua transferência para o referido Quadro.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 3º O Diplomata transferido para o Quadro Especial do Serviço
Exterior não poderá ser designado para missões permanentes ou transitórias no
exterior.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 4º O Ministro de Segunda Classe que tiver exercido, por no
mínimo 2 (dois) anos, as funções de Chefe de Missão Diplomática permanente terá
assegurada, no Quadro Especial do Serviço Exterior, a remuneração correspondente ao
cargo de Ministro de Primeira Classe do mesmo Quadro.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 5º O cargo de Ministro de Segunda Classe do Quadro Especial do
Serviço Exterior transformar-se-á em cargo de Ministro de Primeira Classe do mesmo
Quadro, na data em que o respectivo ocupante satisfizer, antes de atingir a idade de
aposentadoria compulsória, aos requisitos do inciso I do art. 52 desta lei.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 6º O cargo de Conselheiro do Quadro Especial do Serviço
Exterior transformar-se-á em cargo de Ministro de Segunda Classe do mesmo Quadro, na data
em que o respectivo ocupante satisfizer, antes de atingir a idade de aposentadoria
compulsória, os requisitos do inciso II do art. 52 desta lei.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 7º O cargo de Conselheiro do Quadro Especial do Serviço
Exterior, transformado, nos termos do parágrafo anterior, em cargo de Ministro de Segunda
Classe do mesmo Quadro, não poderá vir a ser, posteriormente, transformado em cargo de
Ministro de Primeira Classe.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)§ 8º (Vetado).(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)......................................................................................................Art. 67.O Auxiliar
Local será regido pela legislação que lhe for aplicável, respeitadas as peculiaridades
decorrentes da natureza especial do serviço e das condições do mercado local de
trabalho, na forma estabelecida em regulamento próprio."(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)Art. 41. A transferência
para o Quadro Especial dos Ministros de Primeira Classe, dos Ministros de Segunda Classe e
dos Conselheiros que, em 15 de março de 1990, hajam completado 15 (quinze) anos de
classe, far-se-á dentro de 90 (noventa) dias contados da referida data, mantido o prazo
de partida previsto no§ 2º do art. 55 da Lei nº 7.501, de
27 de junho de 1986, com as modificações introduzidas por esta Lei.(Vide Medida Provisória nº
319, de 2006).(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)Parágrafo único. A
transferência para o Quadro Especial dos Ministros de Primeira Classe, dos Ministros de
Segunda Classe e dos Conselheiros que vierem a completar 15 (quinze) anos de classe, antes
de 15 de junho de 1990, far-se-á igualmente dentro do prazo estabelecido neste artigo.(Revogada pela Lei
nº 11.440, de 2006)Art. 42. Os titulares dos
órgãos referidos nas alíneas b, c e d do inciso I do art. 22 serão nomeados pelo
Presidente da República dentre os Ministros de Primeira Classe da Carreira de Diplomata
que tenham exercido chefia de missão diplomática, em caráter permanente, ainda que
comissionados.Art. 43. Serão
transformados em Consulados Gerais os Consulados Gerais de Primeira Classe com sede nas
cidades de Los Angeles, Milão, Nova Iorque e Porto.Art. 44. O art. 43 daLei
nº 6.251, de 6 de outubro de 1975, passa a vigir com a seguinte redação:(Revogado pela Lei nº 8.672, de 1993("Art. 43.O Conselho Nacional de Desportos
compor-se-á de 11 (onze) membros, nomeados pelo Presidente da República, sendo:I - o Secretário dos Desportos da Presidência da República, como seu Presidente;II - dois membros indicados pelo Secretário dos Desportos dentre pessoas de elevada
expressão cívica e de notórios conhecimentos e experiências sobre desporto para
servirem, um como 1º Vice-Presidente e, outro, como 2º Vice-Presidente;III - um representante do Comitê Olímpico Brasileiro, por este indicado;IV - um representante da Federação Brasileira de Medicina Esportiva, por esta indicado;V - um representante das confederações dirigentes de desportos não-profissionais, por
estas indicado;VI - um representante das confederações dirigentes de desportos profissionais, por estas
indicado;VII - um representante de clubes de futebol profissional da 1ª Divisão Nacional, por
estes indicado;VIII - um representante dos atletas não-profissionais;IX - um representante dos atletas profissionais;X - um representante dos técnicos desportivos.§ 1º Os membros referidos nos incisos V, VI e VII serão indicados por eleição, em
sessão especialmente convocada para este fim, presidida pelo titular da Secretaria dos
Desportos.§ 2º Os membros referidos nos incisos VIII, IX e X são livre indicação do Secretário
dos Desportos.§ 3º O mandato do Conselheiro será de até 2 (dois) anos, permitida a recondução, e
não ultrapassará, em qualquer hipótese, ao do Presidente da República."Art. 45. As competências
e atribuições do Ministério da Educação constantes nasLeis
nº 6.269, de 24 de novembro de 1975,nº
6.251, de 8 de outubro de 1975enº 7.752, de 14 de abril de 1989,
são transferidas à Secretaria dos Desportos da Presidência da República.Art. 46. O Conselho
Curador a que se refere o caput doart. 3º da Lei nº 7.839, de
12 de outubro de 1989, passa a ter a seguinte composição: 3 (três) representantes
dos trabalhadores e 3 (três) representantes dos empregadores, além de 1 (um)
representante de cada uma das seguintes entidades e órgãos: Ministério da Economia,
Fazenda e Planejamento, Ministério do Trabalho e da Previdência Social, Ministério da
Ação Social, Caixa Econômica Federal e Banco Central do Brasil.Art. 47. O regulamento a
que se refere oart. 67 da Lei nº 7.501, de 27 de junho de 1986,
com a redação dada pela presente lei, será baixada pelo Poder Executivo no prazo de
cento e vinte dias.Art. 48. As funções
desempenhadas pelas Missões Diplomáticas referidas na alínea c do § 1º do art. 27
serão atribuídas à Delegação Permanente em Genebra, à Missão junto às Nações
Unidas em Nova Iorque e às Embaixadas em Londres, Viena e Roma.Art. 49.(Vetado).Art. 50.(Vetado).Art. 51.(Vetado).Art. 52.(Vetado).Art. 53.(Vetado).Art. 54.(Vetado).Art. 55.(Vetado).Art. 56.(Vetado).Art. 57. O Poder
Executivo disporá sobre a organização e funcionamento dos Ministérios e órgãos de
que trata esta lei, especialmente do Conselho de Governo e de suas Câmaras.Art. 58. O Conselho de
Governo proporá o Plano Nacional de Cooperativismo, a ser submetido ao Congresso
Nacional.Art. 59. Esta lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art.
60. Revogam-se oart. 2º da Lei nº 7.353, de 29 de
agosto de 1985, oart. 1º da Lei nº 7.536, de 15
de setembro de 1986, oart. 7º da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, com a redação dada pelo inciso IV do art. 1º da Lei nº 7.804, de 18 de
julho de 1989, oart. 11 da Lei nº 7.853, de 24 de outubro
de 1989, e demais disposições em contrário.Brasília, 12 de
abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.027, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre normas de conduta dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8027.htm | L8027Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.027, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 159/90Dispõe
sobre normas de conduta dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das
Fundações Públicas, e dá outras providências.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1º Para os efeitos
desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo ou em emprego
público na administração direta, nas autarquias ou nas fundações públicas.Art. 2º São deveres dos
servidores públicos civis:I - exercer com zelo e
dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou função;II - ser leal às
instituições a que servir;III - observar as normas
legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens
superiores, exceto quando manifestamente ilegais;V - atender com presteza:a) ao público em geral,
prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas pelo sigilo;b) à expedição de
certidões requeridas para a defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;VI - zelar pela economia
do material e pela conservação do patrimônio público;VII - guardar sigilo
sobre assuntos da repartição, desde que envolvam questões relativas à segurança
pública e da sociedade;VIII - manter conduta
compatível com a moralidade pública;IX - ser assíduo e
pontual ao serviço;X - tratar com urbanidade
os demais servidores públicos e o público em geral;XI - representar contra
ilegalidade, omissão ou abuso de poder.Parágrafo único. A
representação de que trata o inciso XI deste artigo será obrigatoriamente apreciada
pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
representado ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.Art. 3º São faltas
administrativas, puníveis com a pena de advertência por escrito:I - ausentar-se do
serviço durante o expediente, sem prévia autorização do superior imediato;II - recusar fé a
documentos públicos;III - delegar a pessoa
estranha à repartição, exceto nos casos previstos em lei, atribuição que seja de sua
competência e responsabilidade ou de seus subordinados.Art. 4º São faltas
administrativas, puníveis com a pena de suspensão por até 90 (noventa) dias, cumulada,
se couber, com a destituição do cargo em comissão:I - retirar, sem prévia
autorização, por escrito, da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;II - opor resistência ao
andamento de documento, processo ou à execução de serviço;III - atuar como
procurador ou intermediário junto a repartições públicas;IV - aceitar comissão,
emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença do Presidente da República;V - atribuir a outro
servidor público funções ou atividades estranhas às do cargo, emprego ou função que
ocupa, exceto em situação de emergência e transitoriedade;VI - manter sob a sua
chefia imediata cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;VII - praticar comércio
de compra e venda de bens ou serviços no recinto da repartição, ainda que fora do
horário normal de expediente.Parágrafo único. Quando
houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de cinqüenta por cento da remuneração do servidor, ficando este obrigado
a permanecer em serviço.Art. 5º São faltas
administrativas, puníveis com a pena de demissão, a bem do serviço público:I - valer-se, ou permitir
dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio ou influência,
obtidos em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente, proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;II - exercer comércio ou
participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou comanditário;III - participar da
gerência ou da administração de empresa privada e, nessa condição, transacionar com o
Estado;IV - utilizar pessoal ou
recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;V - exercer quaisquer
atividades incompatíveis com o cargo ou a função pública, ou, ainda, com horário de
trabalho;VI - abandonar o cargo,
caracterizando-se o abandono pela ausência injustificada do servidor público ao
serviço, por mais de trinta dias consecutivos;VII - apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a falta ao serviço, por vinte dias,
interpoladamente, sem causa justificada no período de seis meses;VIII - aceitar ou
prometer aceitar propinas ou presentes, de qualquer tipo ou valor, bem como empréstimos
pessoais ou vantagem de qualquer espécie em razão de suas atribuições.Parágrafo único. A
penalidade de demissão também será aplicada nos seguintes casos:I - improbidade
administrativa;II - insubordinação
grave em serviço;III - ofensa física, em
serviço, a servidor público ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;IV - procedimento
desidioso, assim entendido a falta ao dever de diligência no cumprimento de suas
atribuições;V - revelação de
segredo de que teve conhecimento em função do cargo ou emprego.Art. 6º Constitui
infração grave, passível de aplicação da pena de demissão, a acumulação remunerada
de cargos, empregos e funções públicas, vedada pela Constituição Federal,
estendendo-se às autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e fundações mantidas pelo Poder
Público.Art. 7º Os servidores
públicos civis são obrigados a declarar, no ato de investidura e sob as penas da lei,
quais os cargos públicos, empregos e funções que exercem, abrangidos ou não pela
vedação constitucional, devendo fazer prova de exoneração ou demissão, na data da
investidura, na hipótese de acumulação constitucionalmente vedada.§ 1º Todos os atuais
servidores públicos civis deverão apresentar ao respectivo órgão de pessoal, no prazo
estabelecido pelo Poder Executivo, a declaração a que se refere o caput deste artigo.§ 2º Caberá ao órgão
de pessoal fazer a verificação da incidência ou não da acumulação vedada pela
Constituição Federal.§ 3º Verificada, a
qualquer tempo, a incidência da acumulação vedada, assim como a não apresentação,
pelo servidor, no prazo a que se refere o § 1º deste artigo, da respectiva declaração
de acumulação de que trata o caput, a autoridade competente promoverá a imediata
instauração do processo administrativo para a apuração da infração disciplinar, nos
termos desta lei, sob pena de destituição do cargo em comissão ou função de
confiança, da autoridade e do chefe de pessoal.Art. 8º Pelo exercício
irregular de suas atribuições o servidor público civil responde civil, penal e
administrativamente, podendo as cominações civis, penais e disciplinares cumular-se,
sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e
administrativa.§ 1º Na aplicação das
penas disciplinares definidas nesta lei, serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração e os danos que dela provierem para o serviço público, podendo cumular-se, se
couber, com as cominações previstas no § 4º do art. 37 da Constituição.§ 2º A competência
para a imposição das penas disciplinares será determinada em ato do Poder Executivo.§ 3º Os atos de
advertência, suspensão e demissão mencionarão sempre a causa da penalidade.§ 4º A penalidade de
advertência converte-se automaticamente em suspensão, por trinta dias, no caso de
reincidência.§ 5º A aplicação da
penalidade de suspensão acarreta o cancelamento automático do valor da remuneração do
servidor, durante o período de vigência da suspensão.§ 6º A demissão ou a
destituição de cargo em comissão incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em
cargo público federal, pelo prazo de cinco anos.§ 7º Ainda que haja
transcorrido o prazo a que se refere o parágrafo anterior, a nova investidura do servidor
demitido ou destituído do cargo em comissão, por atos de que tenham resultado prejuízos
ao erário, somente se dará após o ressarcimento dos prejuízos em valor atualizado até
a data do pagamento.§ 8º O processo
administrativo disciplinar para a apuração das infrações e para a aplicação das
penalidades reguladas por esta lei permanece regido pelas normas legais e regulamentares
em vigor, assegurado o direito à ampla defesa.§ 9º Prescrevem:I - em dois anos, a falta
sujeita às penas de advertência e suspensão;II - em cinco anos, a
falta sujeita à pena de demissão ou à pena de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.§ 10. A falta, também
prevista na lei penal, como crime, prescreverá juntamente com este.Art. 9º Será cassada a
aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na ativa, falta
punível com demissão, após apurada a infração em processo administrativo disciplinar,
com direito à ampla defesa.Parágrafo único. Será
igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não assumir no prazo legal o
exercício do cargo ou emprego em que for aproveitado.Art. 10. Essa lei entra
em vigor na data de sua publicação.Art. 11. Revogam-se as
disposições em contrário.Brasília, 12 de abril de
1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o publicado no
DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.026, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a aplicação da pena de demissão a funcionário público. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8026.htm | L8026Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.026, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº
163/90Dispõe
sobre a aplicação da pena de demissão a funcionário público.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art 1º Aplica-se a pena de demissão, a bem do serviço público, ao funcionário
público federal que:I - mediante ação, ou omissão, der causa ao não recolhimento, no todo ou em parte, de
tributos, empréstimos compulsórios ou contribuições devidos à União;II - mediante ação, ou omissão, facilitar a prática de crime contra a Fazenda
Pública.Parágrafo único. Entende-se por funcionário público, para os efeitos deste artigo, a
pessoa a que se refere oart. 327 e
parágrafos do Código Penal.Art. 2º O processo administrativo para apuração da responsabilidade pela ação ou
omissão a que se refere o art. 1º será instaurado mediante ato do Ministro de Estado a
que estiver subordinado o funcionário, aplicando-se, no que couber, o disposto nosarts. 219 a 239 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
1952(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União).Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 12 de abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 13.4.1990* |
1,990 | 8.025, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a alienação de bens imóveis residenciais de propriedade da União, e dos vinculados ou incorporados ao FRHB, situados no Distrito Federal, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8025.htm | L8025Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.025, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 149, de
1990RegulamentoDispõe
sobre a alienação de bens imóveis residenciais de propriedade da União, e dos
vinculados ou incorporados ao FRHB, situados no Distrito Federal, e dá outras
providências.O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º É o
Poder Executivo autorizado a alienar, mediante concorrência pública e com observância
do Decreto-Lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, os imóveis residenciais de
propriedade da União situados no Distrito Federal, inclusive os vinculados ou
incorporados ao Fundo Rotativo Habitacional de Brasília (FRHB).§ 1º Os licitantes estão dispensados da exigência do art. 16 do
decreto-lei supracitado.§ 2º Não se
incluem na autorização a que se refere este artigo, os seguintes imóveis:I - os
residenciais administrados pelas Forças Armadas, destinados à ocupação por militares;II - os
destinados a funcionários do Serviço Exterior, de que trata alei
nº 7.501, de 27 de junho de 1986;III - os
ocupados por membros do Poder Legislativo;IV - os ocupados por Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos
Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União, pelo Procurador-Geral da
República, pelos Subprocuradores-Gerais do Ministério Público Federal, do Trabalho e
Militar e pelo Procurador-Geral do Tribunal de Contas da União, salvo sua expressa
manifestação em contrário, no prazo de vinte dias a partir da data da publicação
desta lei;V - os
destinados a servidores no exercício de cargo ou função de confiança que sejam
considerados, pelo Poder Executivo, indispensáveis ao serviço público.Parágrafo
único. Os imóveis a serem destinados aos servidores a que se refere o inciso V deste
artigo serão escolhidos dentre aqueles que estiverem vagos à data da vigência da Medida
Provisória nº 149, de 15 de março de 1990, ou vierem a vagar por devolução
espontânea ou desocupação judicial.Art. 2º A Caixa Econômica Federal presidirá o processo de licitação na forma do art.
1º desta lei e observará os seguintes critérios:I - o preço do
imóvel a ser alienado será o de mercado, segundo os métodos de avaliação usualmente
utilizados pela própria Caixa Econômica Federal;II - somente
poderá licitar pessoa física;III - o
licitante somente poderá apresentar proposta, em cada licitação, para uma unidade
residencial;IV - somente
será vendida uma unidade residencial por pessoa;V
- o imóvel será alienado mediante contrato com força de escritura pública(art. 60, da Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964);VI - o contrato
de compra e venda, ainda que o pagamento integral seja feito à vista, conterá cláusula
impeditiva de o adquirente, no prazo de 5 (cinco) anos, vender, prometer vender ou ceder
seus direitos sobre o imóvel alienado nos termos desta lei.Art. 3º Serão
nulos de pleno direito, não sendo devidas indenizações às partes envolvidas, quaisquer
atos firmados em contrariedade à cláusula, de que trata o inciso VI do art. 2º.Art.
4º O contrato de compra e venda será rescindido, de pleno direito, independentemente de
interpelação judicial ou extrajudicial, se o comprador prestar declaração falsa no
processo de habilitação à compra, hipótese em que fará jus à devolução da quantia
paga, sem qualquer reajuste ou correção monetária.Art . 5º A
Caixa Econômica Federal procederá, perante os órgãos administrativos do Distrito
Federal, nos Cartórios de Registro de Imóveis, à regularização dos títulos dominiais
dos imóveis alienados.Parágrafo
único. Os Cartórios de Notas e os Cartórios de Registro de Imóveis darão prioridade
de atendimento à Caixa Econômica Federal no procedimento de regularização acima
previsto.Art.
6º Ao legítimo ocupante de imóvel funcional dar-se-á conhecimento do preço de mercado
do respectivo imóvel, calculado na forma do art. 2º, inciso I, previamente à
publicação do edital de concorrência pública, podendo adquiri-lo por esse valor, caso
se manifeste no prazo de 30 dias, mediante notificação, e desde que preencha os
seguintes requisitos:I - ser titular
de regular termo de ocupação;II - estar quite
com as obrigações relativas à ocupação;III - ser
titular de cargo efetivo ou emprego permanente, lotado em órgão ou entidade da
Administração Pública Federal ou do Distrito Federal.§ 1º A
legitimidade da ocupação será evidenciada em recadastramento dos atuais ocupantes, a
ser promovido pela Secretaria da Administração Federal da Presidência da República com
base na legislação vigente.§ 2º O ocupante que não tiver condições financeiras para a aquisição do imóvel que
ocupa poderá solicitar ao órgão competente a permuta deste por outro imóvel
compatível com sua renda, ficando o atendimento a essa solicitação condicionado à
existência de imóvel que lhe possa ser destinado e à conveniência administrativa para
a formação da reserva de imóveis de que trata o inciso V do parágrafo 2º do art. 1º.§ 3º O
ocupante sujeitar-se-á ao previsto no inciso VI, do art. 2º e no art. 3º desta lei.§ 4º O
adquirente de imóvel funcional, nas condições previstas no caput deste artigo, poderá
efetuar o pagamento, total ou parcial, em cruzados novos, mediante a transferência da
titularidade de créditos em contas existentes no Banco Central.§5º Considera-se legítimo ocupante, nos termos deste
artigo, o servidor que no momento da aposentadoria ocupava regularmente o imóvel
funcional ou, na mesma condição, o cônjuge ou companheira enviuvado e que permaneça
nele residindo na data da publicação desta lei.(Parágrafo
incluído pela Lei nº 8.068, de 13.7.1990)Art. 7º A venda
dos imóveis funcionais somente será efetuada para os atuais ocupantes não
proprietários de outro imóvel residencial no Distrito Federal.Art. 8º Os
adquirentes dos imóveis poderão utilizar financiamentos de entidades integrantes do
Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e de outras instituições, inclusive entidades
abertas ou fechadas de previdência privada.Art. 9º A Caixa
Econômica Federal representará a União na celebração e administração dos contratos
de compra e venda de imóveis funcionais, promovendo, inclusive, as medidas judiciais e
extrajudiciais que se tornarem necessárias à sua execução.Art. 10. Com o
ato da celebração do contrato de compra e venda estará automaticamente rescindido o
termo de ocupação do respectivo imóvel a que se referem o Decreto nº 85.633, de 8 de
janeiro de 1981 e o Decreto nº 96.633, de 1º de setembro de 1988.Art. 11. É
facultado à Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Distrito Federal, designar um
representante que integrará a comissão de licitação a ser instituída para executar a
licitação prevista nesta lei.Art. 12. O valor apurado em decorrência da alienação de cada imóvel será convertido
em renda da União, cujo produto será, obrigatoriamente, aplicado em programas
habitacionais de caráter social.Art. 13. As
empresas públicas, sociedades de economia mista, respectivas subsidiárias e entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, ficam autorizadas a proceder aos atos
legais e administrativos necessários à alienação de suas unidades residenciais não
vinculadas às suas atividades operacionais, com base nos termos desta lei.Art. 14. A
ocupação dos imóveis residenciais não destinados à alienação, no que não contrarie
esta lei, permanece regida pelas disposições do Decreto-Lei nº 1.390, de 29 de janeiro
de 1975.Art.
15. O permissionário, dentre outros compromissos se obriga a:I - pagar:a) taxa de uso;b) despesas ordinárias de manutenção, resultantes do rateio das
despesas realizadas em cada mês, tais como zeladoria, consumo de água e energia
elétrica, seguro contra incêndio, bem assim outras relativas às áreas de uso comum;c) quota de
condomínio, exigível quando o imóvel funcional estiver localizado em edifício em
condomínio com terceiros, hipótese em que não será devido o pagamento previsto na
alínea anterior; d) despesas relativas a consumo de gás, água e energia elétrica
do próprio imóvel funcional;e) multa
equivalente a dez vezes o valor da taxa de uso, em cada período de trinta dias de
retenção do imóvel, após a perda do direito à ocupação;II - aderir à
convenção de administração do edifício;III - ao
desocupar o imóvel, restituí-lo nas mesmas condições de habitabilidade em que o
recebeu.§ 1º O pagamento
da taxa de uso e das despesas ordinárias de manutenção será efetuado mediante
consignação em folha ou, se esta não for possível, por meio de documento próprio de
arrecadação ao Tesouro Nacional, com cópia para o órgão responsável pela
administração do imóvel.§ 2º O atraso
no pagamento da taxa de uso ou das despesas ordinárias de manutenção sujeitará o
permissionário a juros de mora de um por cento ao mês e correção monetária.§ 3º A quota
de que trata a alínea c do inciso I deste artigo será paga diretamente ao condomínio ou
ao órgão responsável pela administração destes imóveis.Art. 16. As
taxas de uso não serão inferiores a um milésimo do valor atualizado dos imóveis e
sujeitar-se-ão à atualização nas mesmas datas dos reajustes salariais dos servidores
públicos da União.(vide Lei nº 9.649, de 27.5.1998)(Vide Medida Provisória nº
341, de 2006).(Regulamento)Art. 16. A taxa de uso será de 0,001 (um
milésimo) do valor do imóvel.(Redação dada pela
Lei nº 11.490, de 2007)§ 1oAos ocupantes de cargos em comissão,
nível DAS-4 ou superiores, e de cargos de Ministro de Estado, ou equivalentes, é
facultado optar pelo pagamento da taxa de uso no valor de 10% (dez por cento) da
remuneração dos referidos cargos.(Incluído pela Lei
nº 11.490, de 2007)§ 2oO prazo para o exercício da opção
referida no § 1odeste artigo, bem como a periodicidade e os
critérios de atualização da taxa de uso serão definidos em regulamento.(Incluído pela Lei
nº 11.490, de 2007)Art. 17.
No caso das ocupações dos imóveis a que se refere o art. 14, quando irregular, a União
imitir-se-á, sumariamente, na sua posse, independentemente do tempo em que o imóvel
estiver ocupado.Art. 17.Os imóveis de que trata o art. 14, quando
irregular sua ocupação, serão objeto de reintegração de posse liminar em favor da
União, independentemente do tempo em que o imóvel estiver ocupado.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)(Vide Medida Provisória nº
1.795, de 1999)§ 1oO Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,
por intermédio do órgão responsável pela administração dos imóveis, será o
depositário dos imóveis reintegrados.(Incluído pela Lei
nº 9.649, de 1998)§ 2oJulgada improcedente a ação de reintegração de posse em
decisão transitada em julgado, o Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado colocará o imóvel à disposição do juízo dentro de cinco dias da intimação
para fazê-lo.(Incluído pela Lei nº 9.649, de 1998)Art. 17. Os imóveis de que trata o art. 14, quando
irregular sua ocupação, serão objeto de reintegração de posse liminar em favor
da União, independentemente do tempo em que o imóvel estiver ocupado.(Redação dada
pela Lei nº 9.649, de 1998)§ 1oO
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio do órgão responsável
pela administração dos imóveis, será o depositário dos imóveis reintegrados.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)§ 2oJulgada
improcedente a ação de reintegração de posse em decisão transitada em julgado, o
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão colocará o imóvel à disposição do
juízo dentro de cinco dias da intimação para fazê-lo.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998)Art. 18. É o
Poder Executivo autorizado a extinguir o Fundo Rotativo Habitacional de Brasília (FRHB),
instituído pelo§ 5º do art. 65 da Lei nº 4.380, de 21 de
agosto de 1964,passando à propriedade da União os imóveis a ele incorporados ou
vinculados.Art. 19. É
extinta a Superintendência da Construção e Administração Imobiliária (SUCAD),
passando seu acervo e atribuições à Secretaria de Administração Federal da
Presidência da República.Art. 20. O Poder
Executivo regulamentará esta lei no prazo de quarenta e cinco dias contados da data de
sua publicação.Art. 21.Revoga-se
o Decreto-Lei nº 76, de 21 de novembro de 1966e disposições em contrário.Brasília, 12 de
abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não substitui o publicado no
D.O.U de 13.4.1990* |
1,990 | 8.024, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Institui o cruzeiro, dispõe sobre a liquidez dos ativos financeiros e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8024.htm | L8024Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.024, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Conversão da MPV nº 168, de 1990Institui o cruzeiro, dispõe
sobre a liquidez dos ativos financeiros e dá outras providências.Faço
saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 168,
de 1990, que oCongresso Nacional, aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado
Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º Passa a
denominar-se cruzeiro a moeda nacional, configurando a unidade do sistema monetário
brasileiro.§ 1º Fica
mantido o centavo para designar a centésima parte da nova moeda.§ 2º O
cruzeiro corresponde a um cruzado novo.§ 3º As
quantias em dinheiro serão escritas precedidas do símbolo Cr$.Art. 2º O Banco
Central do Brasil providenciará a aquisição de cédulas e moedas em cruzados novos, bem
como fará imprimir as novas cédulas em cruzeiros, na quantidade indispensável à
substituição do meio circulante.§ 1º As
cédulas e moedas em cruzados novos circularão simultaneamente ao cruzeiro, de acordo com
a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º.§ 2º As
cédulas e moedas em cruzados novos perderão poder liberatório e não mais terão curso
legal nos prazos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.§ 3º As
cédulas e moedas em cruzeiro emitidas anteriormente à vigência daMedida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990perdem, nesta mesma data, o valor liberatório, e não
mais terão curso legal.Art. 3º Serão
expressos em cruzeiros, doravante, todos os valores constantes de demonstrações
contábeis e financeiras, balanços, cheques, títulos, preços, precatórios, contratos e
todas as expressões pecuniárias que se possam traduzir em moeda nacional.Art. 4º Os
cheques emitidos em cruzados novos e ainda não depositados junto ao sistema bancário
serão aceitos somente para efeito de compensação e crédito a favor da conta do
detentor do cheque, em cruzados novos, até a data a ser fixada pelo Banco Central do
Brasil.Parágrafo
único. Nos casos em que o detentor do cheque não for titular de conta bancária, o Banco
Central estabelecerá limite, em cruzados novos, que poderá ser sacado imediatamente em
cruzeiros.Art. 5º Os saldos dos depósitos à vista serão convertidos em cruzeiros, segundo a
paridade estabelecida no § 2º do art. 1º, obedecido o limite de NCz$ 50.000,00
(cinqüenta mil cruzados novos).§ 1º
As quantias que excederem o limite fixado no caput deste artigo serão convertidas, a
partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais iguais e sucessivas.§ 2º As quantias mencionadas
no parágrafo anterior serão atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal,
verificada entre o dia 19 de março de 1990 e a data da conversão, acrescida de juros
equivalentes a 6% (seis por cento) ao ano ou fração pro rata.§ 1º As quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste
artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais
iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta lei.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 2º As quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal, verificada entre o dia 19 de
março de 1990 e a data do efetivo pagamento das parcelas referidas no dito parágrafo,
acrescidas de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 3º As
reservas compulsórias em espécie sobre depósitos à vista, mantidas pelo sistema
bancário junto ao Banco Central do Brasil, serão convertidas e ajustadas conforme
regulamentação a ser baixada pelo Banco Central do Brasil.Art.
6º Os saldos das cadernetas de poupança serão convertidos em cruzeiros na data do
próximo crédito de rendimento, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º,
observado o limite de NCz$ 50.000,00 (cinqüenta mil cruzados novos).§ 1º
As quantias que excederem o limite fixado no caput deste artigo, serão convertidas, a
partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais iguais e sucessivas.§ 2º As quantias mencionadas
no parágrafo anterior serão atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal,
verificada entre a data do próximo crédito de rendimentos e a data da conversão,
acrescidas de juros equivalente a 6% (seis por cento) ao ano ou fração pro rata.§ 1º As quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste
artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais
iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta lei.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 2º As quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas pela variação do BTN Fiscal, verificada entre a data do próximo crédito de
rendimento e a data do efetivo pagamento das parcelas referidas no dito parágrafo,
acrescidas de juros equivalentes a seis por cento ao ano ou fraçãopro rata.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 3º Os
depósitos compulsórios e voluntários mantidos junto ao Banco Central do Brasil, com
recursos originários da captação de cadernetas de poupança, serão convertidos e
ajustados conforme regulamentação a ser baixada pelo Banco Central do Brasil.Art.
7º Os depósitos a prazo fixo, com ou sem emissão de certificado, as letras de câmbio,
os depósitos interfinanceiros, as debêntures e os demais ativos financeiros, bem como os
recursos captados pelas instituições financeiras por meio de operações compromissadas,
serão convertidos em cruzeiros, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º,
observado o seguinte:I - para as
operações compromissadas, na data de vencimento do prazo original da aplicação, serão
convertidos Ncz$ 25.000,00 (vinte cinco mil cruzados novos) ou 20% (vinte por cento) do
valor de resgate da operação, prevalecendo o que for maior;II - para os
demais ativos e aplicações, excluídos os depósitos interfinanceiros, serão
convertidos, na data de vencimento do prazo original dos títulos, 20% (vinte por cento)
do valor de resgate.§ 1º
As quantias que excederem os limites fixados nos itens I e II deste artigo serão
convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais iguais e
sucessivas.§ 2º As quantias mencionadas
no parágrafo anterior serão atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal,
verificada entre a data de vencimento do prazo original do título e a data da conversão,
acrescida de juros equivalentes a 6% (seis por cento) ao ano ou fração pro rata.§ 1º As quantias que excederem o limite fixado nocaputdeste
artigo serão convertidas, a partir de 16 de setembro de 1991, em doze parcelas mensais
iguais e sucessivas, segundo a paridade estabelecida no § 2º do art. 1º desta lei.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 2º As quantias mencionadas no parágrafo anterior serão
atualizadas monetariamente pela variação do BTN Fiscal, verificada entre a data de
vencimento do prazo original do título e a data do efetivo pagamento das parcelas
referidas no dito parágrafo, acrescidas de juros de seis por cento ao ano ou fraçãopro
rata.(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)§ 3º Os
títulos mencionados no caput deste artigo, cujas datas de vencimento sejam posteriores ao
dia 16 de setembro de 1991, serão convertidos em cruzeiros, integralmente na data de seus
vencimentos.Art. 8º Para
efeito do cálculo dos limites de conversão estabelecidos nos arts. 5º, 6º e 7º,
considerar-se-á o total das conversões efetuadas em nome de um único titular em uma
mesma instituição financeira.Art.
9º Serão transferidos ao Banco Central do Brasil os saldos em cruzados novos não
convertidos na forma dos arts. 5º, 6º e 7º, que serão mantidos em contas
individualizadas em nome da instituição financeira depositante.§ 1º As
instituições financeiras deverão manter cadastro dos ativos financeiros denominados em
cruzados novos, individualizados em nome do titular de cada operação, o qual deverá ser
exibido à fiscalização do Banco Central do Brasil, sempre que exigido.§ 2º Quando a transferência de que trata o artigo anterior ocorrer em títulos
públicos, providenciará o Banco Central do Brasil a sua respectiva troca por novas
obrigações emitidas pelo Tesouro Nacional ou pelos Estados e Municípios, se aplicável,
com prazo e rendimento iguais aos da conta criada pelo Banco Central do Brasil.(Vide Lei nº 8.177, de 1991)§ 3º No caso
de operações compromissadas com títulos públicos, estes serão transferidos ao Banco
Central do Brasil, devendo seus emissores providenciar sua substituição por novo título
em cruzados novos com valor, prazo e rendimento idênticos aos dos depósitos originários
das operações compromissadas.Art.
10. As quotas dos fundos de renda fixa e dos fundos de curto prazo serão convertidas em
cruzeiros na forma do art. 7º, observado que o percentual de conversão poderá ser
inferior ao estabelecido no art. 7º se o fundo não dispuser de liquidez suficiente em
cruzados novos.Art. 11. Os
recursos, em cruzados novos, dos Tesouros Federal, Estaduais e Municipais, bem como os da
Previdência Social, serão convertidos, integralmente, no vencimento das aplicações,
não se lhes aplicando o disposto nos arts. 5º, 6º e 7º desta lei.Art. 12. Pelo
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação da medida provisória que
deu origem a esta lei, as contas e depósitos denominados em cruzados novos são
passíveis de transferência de titularidade, observadas as condições especificadas nos arts. 5º, 6º e 7º, para fins de liquidação de dívidas e operações financeiras
comprovadamente contratadas antes de 15 de março de 1990.Parágrafo
único. O Banco Central do Brasil estipulará a documentação necessária para
reconhecimento da obrigação, definindo os instrumentos e mecanismos de transferência da
titularidade dos depósitos.Art. 13. O
pagamento de taxas, impostos, contribuições e obrigações previdenciárias resulta na
autorização imediata e automática para se promover a conversão de cruzados novos em
cruzeiros de valor equivalente ao crédito do ente governamental, na respectiva data de
vencimento da obrigação, nos próximos 60 dias.Art. 14. Os
prazos mencionados nos arts. 12 e 13 poderão ser aumentados pelo Ministério da Economia,
Fazenda e Planejamento em função de necessidades das políticas monetária e fiscal.Art. 15. O Banco
Central do Brasil definirá normas para o fechamento do balanço patrimonial das
instituições financeiras denominado em cruzados novos, em 15 de março de 1990, bem como
para abertura de novos balanços patrimoniais, denominados em cruzeiros, a partir da
vigência daMedida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990.Art. 16. O Banco
Central do Brasil poderá autorizar a realização de depósitos interfinanceiros, em
cruzado novo nas condições que estabelecer.Art. 17. O Banco
Central do Brasil utilizará os recursos em cruzados novos nele depositados para fornecer
empréstimos para financiamento das operações ativas das instituições financeiras
contratadas em cruzados novos, registradas no balanço patrimonial referido no artigo
anterior.Parágrafo
único. As taxas de juros e os prazos dos empréstimos por parte do Banco Central do
Brasil serão compatíveis com aqueles constantes das operações ativas mencionadas neste
artigo.Art. 18.
O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento poderá alterar os prazos e limites
estabelecidos nos arts. 5º, 6º e 7º ou autorizar leilões de conversão antecipada de
direitos em cruzados novos detidos por parte do público, em função dos objetivos da
política monetária e da necessidade de liquidez da economia.Art. 18. O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento poderá:(Redação dada pela Lei nº 8.088, de 1990)I -
reduzir cada um dos prazos e elevar cada um dos limites estabelecidos nos arts. 5º, 6º e
7º, desta lei;(Incluído pela Lei nº 8.088, de
1990)II
- autorizar leilões de conversão antecipada em cruzeiros de direitos expressos em
cruzados novos, em função de objetivos da política monetária e conveniência em ser
ampliada a liquidez da economia.(Incluído pela Lei nº
8.088, de 1990)Art. 19. O Banco
Central do Brasil submeterá à aprovação do Ministro da Economia, Fazenda e
Planejamento, no prazo de trinta dias a contar da publicação da medida provisória que
deu origem a esta lei, metas trimestrais de expansão monetária, em cruzeiros, para os
próximos doze meses, explicitando meios e instrumentos de viabilização destas metas,
inclusive através de leilões de conversão antecipadas de cruzados novos em cruzeiros.Art. 20. O Banco
Central do Brasil, no uso das atribuições estabelecidas pelaLei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964e legislação complementar, expedirá regras destinadas a adaptar as
normas disciplinadoras do mercado financeiro e de capitais, bem como do Sistema Financeiro
da Habitação, ao disposto nesta lei.Art. 21. Na
forma de regulamentação a ser baixada pelo Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento
poderão ser admitidas conversões em cruzeiros de recursos em cruzados novos em montantes
e percentuais distintos aos estabelecidos nesta lei, desde que o beneficiário seja pessoa
física que perceba exclusivamente rendimentos provenientes de pensões e aposentadorias.Parágrafo
único. O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento fixará limite para cada
beneficiário, das conversões efetuadas de acordo com o disposto neste artigo.Art. 22. O valor
nominal do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) será atualizado cada mês por índice
calculado com a mesma metodologia utilizada para o índice referido noart. 2º, § 6º,
da lei de conversão resultante daMedida Provisória nº 154, de 15 de março de 1990,
refletindo a variação de preço entre o dia 15 daquele mês e o dia 15 do mês anterior.Parágrafo
único. Excepcionalmente, o valor nominal do BTN do mês de abril de 1990 será igual ao
valor do BTN Fiscal no dia 1º de abril de 1990.Art. 23. O valor
diário do BTN Fiscal será divulgado pela Secretaria da Receita Federal, projetando a
evolução mensal da taxa de inflação.Art. 24. Esta
lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 25.
Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal,
12 de abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.023, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Altera a legislação do Imposto de Renda sobre o resultado da atividade rural, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8023.htm | L8023Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.023, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 167, de
1990Altera
a legislação do Imposto de Renda sobre o resultado da atividade rural, e dá outras
providências.O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º Os
resultados provenientes da atividade rural estarão sujeitos ao Imposto de Renda de
conformidade com o disposto nesta lei.Art. 2º
Considera-se atividade rural:I - a agricultura;II - a pecuária;III - a extração
e a exploração vegetal e animal;IV - a
exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura,
piscicultura e outras culturas animais;V - a
transformação de produtos agrícolas ou pecuários, sem que sejam alteradas a
composição e as características do produto in natura e não configure procedimento
industrial feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios
usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matéria-prima
produzida na área rural explorada.V - a transformação de produtos decorrentes
da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição e as características do
produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e
utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente
matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a pasteurização e o
acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em
embalagem de apresentação.(Redação dada pela Lei
nº 9.250, de 1995)Parágrafo único. O disposto neste artigo
não se aplica à mera intermediação de animais e de produtos agrícolas.(Incluído pela Lei nº 9.250, de 1995)Art. 3º O
resultado da exploração da atividade rural será obtido por uma das formas seguintes:I - simplificada,
mediante prova documental, dispensada escrituração, quando a receita bruta total
auferida no ano-base não ultrapassar setenta mil BTNs;II - escritural,
mediante escrituração rudimentar, quando a receita bruta total do ano-base for superior
a setenta mil BTNs e igual ou inferior a setecentos mil BTNs;III - contábil,
mediante escrituração regular em livros devidamente registrados, até o encerramento do
ano-base, em órgãos da Secretaria da Receita Federal, quando a receita bruta total no
ano-base for superior a setecentos mil BTNs.Parágrafo único.
Os livros ou fichas de escrituração e os documentos que servirem de base à declaração
deverão ser conservados pelo contribuinte à disposição da autoridade fiscal, enquanto
não ocorrer a prescrição qüinqüenal.Art. 4º
Considera-se resultado da atividade rural a diferença entre os valores das receitas
recebidas e das despesas pagas no ano-base.§ 1º É indedutível o valor da correção monetária dos empréstimos contraídos para
financiamento da atividade rural.§ 2º Os
investimentos são considerados despesas no mês do efetivo pagamento.§ 3º Na alienação de bens utilizados na produção, o valor
da terra nua não constitui receita da atividade agrícola e será tributado de acordo com
o disposto no art.3º, combinado com os arts.18e22daLei
nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.Art. 5º A opção
do contribuinte, pessoa física, na composição da base de cálculo, o resultado da
atividade rural, quando positivo, limitar-se-á a vinte por cento da receita bruta no
ano-base.Parágrafo único.
A falta de escrituração prevista nos incisos II e III do art. 3º implicará o
arbitramento do resultado à razão de vinte por cento da receita bruta no ano-base.Art. 6º
Considera-se investimento na atividade rural, para os propósitos do art. 4º, a
aplicação de recursos financeiros, exceto a parcela que corresponder ao valor da terra
nua, com vistas ao desenvolvimento da atividade para expansão da produção ou melhoria
da produtividade agrícola.Art. 7º A base de
cálculo do imposto da pessoa física será constituída pelo resultado da atividade rural
apurada no ano-base, com os seguintes ajustes:I - acréscimo do
valor de que trata o § 1º, do art. 9º;II - dedução do
valor a que se refere o caput do art. 9º;III - dedução,
relativamente aos pagamentos feitos pela pessoa física, durante o ano-base, a médicos,
dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e hospitais, do valor que
exceder a vinte por cento do resultado da atividade rural;(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)IV - dedução de
quantia correspondente a quatrocentos e oitenta BTNs por dependente, até o limite de
cinco dependentes.(Revogado pela Lei nº
8.383, de 1991)§ 1º As
deduções de que tratam os incisos III e IV não poderão ser aproveitadas pelo
contribuinte que as tiver utilizado para determinar a base de cálculo do Imposto de Renda
incidente sobre rendimentos decorrentes de outras atividades que não a agrícola.(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)§ 2º As normas
constantes do art. 14, §§ 1º a 5º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, são
aplicáveis, no que couber, ao disposto nos incisos III e IV.(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)Art. 8º O
resultado da atividade rural e da base de cálculo do imposto terá seus valores expressos
em quantidades de BTN.Parágrafo único.
As receitas, despesas e demais valores que integram o resultado e a base de cálculo
serão convertidos em BTN pelo valor deste mês do efetivo recebimento ou pagamento.Art. 9º O contribuinte que, no decurso do ano-base,
mantiver depósitos vinculados ao financiamento da atividade rural, nos termos definidos
pelo Poder Executivo, poderá utilizar o saldo médio ajustado dos depósitos para
reduzir, em até cem por cento, o valor da base de cálculo do imposto.(Revogado pela Lei nº 9.249, de 1995)§ 1º A parcela de redução
que exceder a dez por cento do valor da base de cálculo do imposto será adicionada ao
resultado da atividade para compor a base de cálculo do ano-base subseqüente àquele em
que o benefício foi utilizado.(Revogado pela Lei nº
9.249, de 1995)§ 2º Considera-se saldo médio anual
ajustado dos depósitos referidos no caput , a parcela equivalente a um doze avos da soma
dos saldos médios mensais, expressos em quantidade de BTN.(Revogado pela Lei nº 9.249, de 1995)§ 3º O Banco Central do Brasil
expedirá normas que regulamentarão a modalidade, forma, remuneração e aplicação dos
depósitos referidos.(Revogado pela Lei nº 9.249, de
1995)Art. 10. O imposto
da pessoa física será apurado sobre a base de cálculo definida no art. 7º, se
positiva, expressa em quantidade de BTN, observando-se:(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)I - se a base de
cálculo for de até vinte e dois mil e oitocentos BTN, será deduzida uma parcela
correspondente a seis mil, oitocentos e quarenta BTNs e sobre o saldo remanescente
incidirá a alíquota de dez por cento;(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)II - se a base de
cálculo for superior a vinte e dois mil e oitocentos BTNs, será deduzida uma parcela de
dezesseis mil, quatrocentos e dezesseis BTNs e sobre o saldo remanescente incidirá a
alíquota de vinte e cinco por cento.(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)§ 1º Quando o
contribuinte estiver sujeito à tributação por rendimentos de outra natureza, será
deduzida dos limites de isenção prevista nos incisos I e II deste artigo a soma dos
limites de isenção utilizados no cálculo do imposto mensal.(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)(Revogado pela Lei nº 8.383, de 1991)2º O imposto,
apurado na forma deste artigo, será convertido em cruzados novos pelo valor do BTN no
mês de dezembro e em BTN-Fiscal pelo valor deste no primeiro dia útil do mês de janeiro
do ano subseqüente.(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)(Revogado pela Lei nº
8.383, de 1991)Art. 11. O imposto
apurado na forma do art. 10, expresso em quantidade de BTN Fiscal, poderá ser pago em
até seis quotas iguais, mensais e sucessivas, observado o seguinte:(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)I - nenhuma quota
será inferior a trinta e cinco BTNs Fiscais e o imposto de valor inferior a setenta BTNs
Fiscais será pago de uma só vez;(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)II - a primeira
quota ou quota única será paga no mês de abril do ano subseqüente ao ano a que se
referem os resultados apurados;(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)III - as quotas
vencerão no último dia útil de cada mês;(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)IV - fica
facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das
quotas.(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)Parágrafo único.
A quantidade de BTN Fiscal de que trata este artigo será reconvertida em cruzados novos
pelo valor do BTN Fiscal no dia do pagamento do imposto ou da quota.(Revogado pela Lei nº
8.134, de 1991)Art. 12. A pessoa jurídica que explorar atividade rural
pagará o imposto à alíquota de vinte e cinco por cento sobre o lucro da exploração
(art. 19 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977 e alterações posteriores),
facultada a redução da base de cálculo nos termos previstos no art. 9º, não fazendo
jus a qualquer outra redução do imposto a título de incentivo fiscal.(Revogado pela Lei nº 9.249, de 1995)1º Na redução da base de cálculo, o
saldo médio anual dos depósitos de que trata o art. 9º será expresso em cruzados novos
e corresponderá a um doze avos da soma dos saldos médios mensais dos depósitos.(Revogado pela Lei nº 9.249, de 1995)2º Os bens do ativo imobilizado, exceto
a terra nua, quando destinados à produção, poderão ser depreciados integralmente, no
próprio ano da aquisição.(Revogado pela Lei nº
9.249, de 1995)3º O imposto de que trata este artigo
será pago de conformidade com as normas aplicáveis às demais pessoas jurídicas.(Revogado pela Lei nº 9.249, de 1995)Art. 13. Os
arrendatários, os condôminos e os parceiros na exploração da atividade rural,
comprovada a situação documentalmente, pagarão o imposto de conformidade com o disposto
nesta lei, separadamente, na proporção dos rendimentos que couber a cada um.Art. 14. O
prejuízo apurado pela pessoa física e pela pessoa jurídica poderá ser compensado com o
resultado positivo obtido nos anos-base posteriores.Parágrafo único.
O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, ao saldo de prejuízos anteriores, constante
da declaração de rendimentos relativa ao ano-base de 1989.Art. 15. O excesso
de redução por investimentos constante da declaração relativa ao ano-base de 1989
poderá ser compensado com o resultado de até três anos-base seguintes.Art. 16. Os
valores das compensações a serem efetuadas pela pessoa física, nos termos dos arts. 14
e 15, deverão ser expressos:I - em se tratando
de prejuízo ocorrido a partir do ano-base de 1990, em quantidade de BTN resultante da
apuração da base de cálculo do imposto;II - em se
tratando de prejuízos anteriores ao ano-base de 1990 ou excesso de redução por
investimentos, constantes da declaração de rendimentos relativa ao ano-base de 1989, em
quantidade de BTN equivalente ao quociente resultante da divisão dos respectivos valores,
em cruzados novos, por NCz$ 7,1324.Parágrafo único.
A pessoa física que, na apuração da base de cálculo do imposto, optar pela aplicação
do disposto no art. 5º perderá o direito à compensação do total dos prejuízos ou
excessos de redução por investimentos correspondente a anos-base anteriores ao da
opção.Art. 17. Os
valores dos estoques finais dos rebanhos, constantes da declaração relativa ao ano-base
de 1989, serão expressos em quantidade de BTN, equivalente ao quociente obtido
dividindo-se o respectivo montante, em cruzados novos, por NCz$ 2,4042.Art. 18. A
inclusão, na apuração do resultado da atividade rural, de rendimentos auferidos em
outras atividades que não as previstas no art. 2º, com o objetivo de desfrutar de
tributação mais favorecida, constitui fraude e sujeita o infrator à multa de cento e
cinqüenta por cento do valor da diferença do imposto devido, sem prejuízo de outras
cominações legais.Art. 19. O
disposto nosarts. 35 a 39 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, aplica-se ao lucro
líquido do período-base apurado pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 12.Art. 20. Na
programação especial relativa às operações oficiais de crédito na atividade de
política de preços agrícolas e de custeio agropecuário serão previstos, além de
outros, recursos equivalentes à estimativa de arrecadação do Imposto de Renda sobre os
resultados decorrentes da atividade rural de que trata esta lei.Art. 21. O Poder
Executivo expedirá os atos que se fizerem necessários à execução do disposto nesta
lei.Art. 22. Esta lei
entra em vigor na data de sua publicação.Art. 23.
Revogam-se osDecretos-Leis nºs 902, de 30 de setembro de 1969,1.074, de 20 de janeiro
de 1970, osarts. 1º,4º e 5º do Decreto-Lei nº 1.382, de 26 de dezembro de 1974e
demais disposições em contrário.Brasília, 12 de
abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no D.O.U. de 13.4.1990* |
1,990 | 8.022, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Altera o sistema de administração das receitas federais, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8022.htm | L8022Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.022, DE 12 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 166,
de 1990Altera o sistema de administração das receitas federais, e dá outras
providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° É transferida para a Secretaria da
Receita Federal a competência de administração das receitas arrecadadas pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, e para a Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional a competência para a apuração, inscrição e cobrança da respectiva
dívida ativa.(Vide Lei nº
8.847, de 1994)§ 1° A competência transferida neste artigo
à Secretaria da Receita Federal compreende as atividades de tributação, arrecadação,
fiscalização e cadastramento.§ 2° O Incra manterá seu cadastramento para
o atendimento de suas outras funções, conforme o estabelecido noart. 2° do Decreto n°
72.106, de 18 de abril de 1973, que regulamentou aLei n° 5.868, de 12 de dezembro de
1972.§ 3° No exercício de suas funções, poderá
a Secretaria da Receita Federal realizar diligências nas propriedades rurais para
confrontar as informações cadastrais prestadas pelos proprietários com as reais
condições de exploração do imóvel.§ 4° Caberá ao Poder Executivo, no prazo de
cento e vinte dias a contar da vigência desta lei, regulamentar os dispositivos relativos
ao Sistema Nacional de Cadastro Rural, promovendo as alterações decorrentes da
transferência da administração do Imposto Territorial Rural à Secretaria da Receita
Federal.Art. 2° As receitas de que trata o art. 1°
desta lei, quando não recolhidas nos prazos fixados, serão atualizadas monetariamente,
na data do efetivo pagamento, nos termos doart. 61 da Lei n° 7.799, de 10 de julho de
1989, e cobradas pela União com os seguintes acréscimos:I - juros de mora, na via administrativa ou
judicial, contados do mês seguinte ao do vencimento, à razão de 1% (um por cento) ao
mês e calculados sobre o valor atualizado, monetariamente, na forma da legislação em
vigor;II - multa de mora de 20% (vinte por cento)
sobre o valor atualizado, monetariamente, sendo reduzida a 10% (dez por cento) se o
pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que
deveria ter sido pago;III - encargo legal de cobrança da Dívida
Ativa de que trata oart. 1º do Decreto-Lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e oart.
3º do Decreto-Lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978, quando for o caso.Parágrafo único. Os juros de mora não
incidem sobre o valor da multa de mora.Art. 3º Aplica-se aos parcelamentos de
débitos das receitas referidas no art. 1º desta lei, concedidos administrativamente, a
legislação prevista para o parcelamento de débitos de qualquer natureza para com a
Fazenda Nacional.Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se, também, aos parcelamentos de débitos relativos às contribuições de que
tratam osDecretos-Leis nºs 308, de 28 de fevereiro de 1967, e1.712, de 14 de novembro
de 1979, e do adicional previsto noDecreto-Lei nº 1.952, de 15 de julho de 1982.Art. 4º Os procedimentos administrativos de
determinação e a exigência das receitas referidas no art. 1º desta lei, bem como os de
consulta sobre a aplicação da respectiva legislação, serão regidos, no que couber,
pelas normas expedidas nos termos doart. 2º do Decreto-Lei nº 822, de 5 de setembro de
1969, e convalidadas pelo§ 3º do art. 16 da Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989.§ 1º O disposto neste artigo aplica-se aos
procedimentos em curso relativos aos créditos constituídos anteriormente à vigência daMedida Provisória nº 166, de 15 de março de 1990.§ 2º Os órgãos do Departamento da Receita
Federal enviarão às Procuradorias da Fazenda Nacional os demonstrativos de débitos das
receitas a que se refere o art. 1º desta lei para fins de apuração e inscrição na
Dívida Ativa da União.Art. 5º A Secretaria da Administração
Federal, em conjunto com o Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento e o da
Agricultura, estabelecerão as formas e condições para a realocação do pessoal, assim
como a adaptação de cargos e funções de confiança decorrentes do que dispõe esta
lei.Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 7º Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 12 de abril de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.021, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre a identificação dos contribuintes para fins fiscais, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8021.htm | L8021Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.021, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Vide Lei nº
8.076, de 1990Conversão da MPV nº 165, de 1990Dispõe sobre a identificação dos contribuintes para fins fiscais,
e dá outras providências.O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:Art. 1° A partir da
vigência desta lei, fica vedado o pagamento ou resgate de qualquer título ou
aplicação, bem como dos seus rendimentos ou ganhos, a beneficiário não identificado.Parágrafo único. O
descumprimento do disposto neste artigo sujeitará o responsável pelo pagamento ou
resgate a multa igual ao valor da operação, corrigido monetariamente a partir da data da
operação até o dia do seu efetivo pagamento.Art. 2° A partir da data de
publicação desta lei fica vedada:I - a emissão de quotas ao
portador ou nominativas-endossáveis, pelos fundos em condomínio;II - a emissão de títulos
e a captação de depósitos ou aplicações ao portador ou nominativos-endossáveis;III
- a emissão de cheque de valor superior ao equivalente a cem Bônus do Tesouro Nacional
(BTN) no mês da emissão, sem a identificação do beneficiário.(Revogado pela Lei nº 9.069, de 1995)Parágrafo único. Os
cheques emitidos em desacordo com o estabelecido no inciso III deste artigo não serão
compensáveis por meio do Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis.Art. 3° O contribuinte que
receber o resgate de quotas de fundos ao portador e de títulos ou aplicações de renda
fixa ao portador ou nominativos-endossáveis, existentes em 16 de março de 1990, ficará
sujeito à retenção de Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 25%, calculado sobre o
valor do resgate recebido.§ 1° O imposto será
retido pela instituição que efetuar o pagamento dos títulos e aplicações e seu
recolhimento deverá ser efetuado de conformidade com as normas aplicáveis ao Imposto de
Renda retido na fonte.§ 2° O valor sobre o qual
for calculado o imposto, diminuído deste, será computado como rendimento líquido, para
efeito de justificar acréscimo patrimonial na declaração de bens (Lei n° 4.069/62,
art. 51) a ser apresentada no exercício financeiro subseqüente.§ 3° A retenção do
imposto, prevista neste artigo, não exclui a incidência do Imposto de Renda na fonte
sobre os rendimentos produzidos pelos respectivos títulos ou aplicações.§ 4° A retenção do
imposto, prevista neste artigo, será dispensada caso o contribuinte comprove, perante o
Departamento da Receita Federal, que o valor resgatado tem origem em rendimentos
próprios, declarados na forma da legislação do Imposto de Renda.§ 5° A liberação dos
recursos sem a observância do disposto no parágrafo anterior sujeitará a instituição
financeira à multa de 25% sobre o valor do resgate dos títulos ou aplicações,
corrigido monetariamente a partir da data do resgate até a data do seu efetivo
recolhimento.Art. 4°
Oart. 20 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 20. As ações devem ser nominativas."Art. 5° As sociedades por
ações terão um prazo de dois anos para adaptar seus estatutos ao disposto no artigo
anterior.§ 1° No prazo a que se
refere este artigo, as operações com ações, ao portador ou endossáveis, existentes na
data da publicação desta lei, emitidas pelas sociedades por ações, somente poderão
ser efetuadas quando atenderem, cumulativamente, às seguintes condições:a) estiveram as ações sob
custódia de instituição financeira ou de Bolsa de Valores, autorizada a operar por ato
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou do Banco Central do Brasil, no âmbito de
sua competência;b) houver a identificação
do vendedor e do comprador.§ 2° As ações
mencionadas neste artigo somente poderão ser retiradas da custódia mediante a
identificação do proprietário.§ 3° A instituição
financeira ou bolsa custodiante deverá enviar ao Departamento da Receita Federal, até o
dia 15 de cada mês, comunicação que identifique o proprietário, a quantidade, a
espécie e o valor de aquisição das ações que houverem sido retiradas de sua custódia
no mês anterior.§ 4° A inobservância do
disposto no parágrafo anterior sujeitará a instituição financeira ou bolsa custodiante
à multa de 25% do valor das ações, corrigido monetariamente a partir do vencimento do
prazo para a comunicação até a data do seu efetivo pagamento.§ 5° Para efeito do
disposto no parágrafo anterior, considera-se valor da ação o preço médio de
negociação em pregão de Bolsas de Valores no dia da retirada da ação ou, na falta
deste, o preço médio da ação da última negociação em pregão da Bolsa de Valores,
corrigidos pelo BTN Fiscal até o dia da retirada da ação.§ 6° Para as ações não
admitidas à negociação em Bolsas de Valores, considera-se o valor patrimonial da ação
corrigido pelo BTN Fiscal desde a data do último balanço até a data de sua retirada da
custódia.Art. 6° O lançamento de
ofício, além dos casos já especificados em lei, far-se-á arbitrando-se os rendimentos
com base na renda presumida, mediante utilização dos sinais exteriores de riqueza.§ 1° Considera-se sinal
exterior de riqueza a realização de gastos incompatíveis com a renda disponível do
contribuinte.§ 2° Constitui renda
disponível a receita auferida pelo contribuinte, diminuída dos abatimentos e deduções
admitidos pela legislação do Imposto de Renda em vigor e do Imposto de Renda pago pelo
contribuinte.§ 3° Ocorrendo a hipótese
prevista neste artigo, o contribuinte será notificado para o devido procedimento fiscal
de arbitramento.§ 4° No arbitramento
tomar-se-ão como base os preços de mercado vigentes à época da ocorrência dos fatos
ou eventos, podendo, para tanto, ser adotados índices ou indicadores econômicos oficiais
ou publicações técnicas especializadas.§
5° O arbitramento poderá ainda ser efetuado com base em depósitos ou aplicações
realizadas junto a instituições financeiras, quando o contribuinte não comprovar a
origem dos recursos utilizados nessas operações.(Revogado
pela lei nº 9.430, de 1996)§ 6° Qualquer que seja a
modalidade escolhida para o arbitramento, será sempre levada a efeito aquela que mais
favorecer o contribuinte.Art. 7°
A autoridade fiscal do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento poderá proceder a
exames de documentos, livros e registros das Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros
e assemelhadas, bem como solicitar a prestação de esclarecimentos e informações a
respeito de operações por elas praticadas, inclusive em relação a terceiros.§ 1°
As informações deverão ser prestadas no prazo máximo de dez dias úteis contados da
data da solicitação. O não cumprimento desse prazo sujeitará a instituição à multa
de valor equivalente a mil BTN Fiscais por
dia útil de atraso.(Vide
Medida Provisória nº 66, de 29.8.2002)§ 2°
As informações obtidas com base neste artigo somente poderão ser utilizadas para efeito
de verificação do cumprimento de obrigações tributárias.§ 3° O servidor que
revelar, informações que tiver obtido na forma deste artigo estará sujeito às penas
previstas noart. 325 do Código Penal Brasileiro.Art. 8° Iniciado o
procedimento fiscal, a autoridade fiscal poderá solicitar informações sobre operações
realizadas pelo contribuinte em instituições financeiras, inclusive extratos de contas
bancárias, não se aplicando, nesta hipótese, o disposto noart. 38 da Lei n° 4.595, de
31 de dezembro de 1964.Parágrafo único. As
informações, que obedecerão às normas regulamentares expedidas pelo Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento, deverão ser prestadas no prazo máximo de dez dias
úteis contados da data da solicitação, aplicando-se, no caso de descumprimento desse
prazo, a penalidade prevista no § 1° do art. 7°.Art. 9°
Os estabelecimentos bancários autorizados a acolher depósitos de qualquer
natureza deverão centralizar, em um único estabelecimento de sua rede de
agências, as contas de não residentes no País.(Revogado pela Lei nº
14.286, de 2021)(Vigência)Art. 10. Fica o Poder
Executivo autorizado a celebrar convênios com outros países para repatriar bens de
qualquer natureza, inclusive financeiros e títulos de valores mobiliários, pertencentes
a empresas brasileiras e pessoas físicas residentes e domiciliadas no País.Parágrafo único. Os
valores repatriados ficarão sujeitos ao Imposto de Renda à alíquota de 25%.Art. 11. O Poder Executivo
regulamentará o disposto nesta lei.Art. 12. Esta lei entra em
vigor na data de sua publicação.Art. 13.
Revogam-se oart. 9° da Lei n° 4.729, de 14 de julho
de 1965, osarts. 32e33 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976,e demais
disposições em contrário.Brasília, 12 de abril de
1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloEste texto não substitui o
publicado no DOU de 13.4.1990 eretificado em 23.4.1990* |
1,990 | 8.020, de 12.4.90 Publicada no DOU de 13.4.90 | Dispõe sobre as relações entre as entidades fechadas de previdência privada e suas patrocinadoras, no âmbito da Administração Pública Federal. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8020.htm | L8020Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.020, DE 12 DE ABRIL DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 152, de
1990RegulamentoRevogada pela Lei
Complementar nº 108, de 2001.Texto para
impressãoDispõe
sobre as relações entre as entidades fechadas de previdência privada e suas
patrocinadoras, no âmbito da Administração Pública Federal.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1° Para os fins desta lei consideram-se:I - patrocinadoras: as autarquias, as
fundações, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União;II - entidades: as entidades fechadas de
previdência privada patrocinadas pelas pessoas jurídicas referidas no inciso anterior.Art. 2° Às patrocinadoras é vedada a
utilização da faculdade prevista no§ 3° do art. 42 da Lei n° 6.435, de 15 de julho
de 1977. (Fundo de pensão).Parágrafo único. A base de cálculo para a
aplicação das taxas de contribuição das patrocinadoras será a massa de salários dos
empregados participantes do respectivo plano de benefícios.Art. 3° O superávit apurado pelas entidades
fechadas de previdência privada será destinado à formação de reserva de
contingência, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das reservas
matemáticas.Parágrafo único. A parcela excedente será
utilizada para a redução das taxas de contribuições das patrocinadoras e dos
participantes, na proporção em que contribuírem para o custeio.Art. 4° As entidades fechadas de previdência
privada justificarão ao órgão executivo da Secretaria Nacional de Previdência
Complementar, até o dia 30 de junho de 1990, eventuais deficiências patrimoniais ou
atuariais consignadas em seus balanços, referentes ao exercício de 1989.Parágrafo único. O órgão executivo da
Secretaria Nacional de Previdência Complementar ordenará novo plano de custeio ou
determinará sejam procedidos os ajustes pertinentes no plano de benefícios, no caso das
deficiências referidas neste artigo.Art. 5° As entidades fechadas de previdência
privada providenciarão, até 30 de dezembro de 1990, por intermédio de profissionais ou
empresas legalmente habilitadas, a reavaliação de todos os imóveis de sua propriedade.Art. 6° As patrocinadoras somente poderão
assumir as contribuições previstas nos respectivos planos de custeio, sendo-lhes vedada
a assunção de quaisquer encargos destinados à operação e ao funcionamento das
entidades fechadas de previdência privada, ressalvado o disposto no parágrafo 1° deste
artigo.§ 1° É facultada às patrocinadoras a
cessão de pessoal às entidades, desde que ressarcidos os respectivos custos.§ 2° O descumprimento do disposto neste
artigo implicará responsabilidade civil, administrativa e penal dos infratores.Art. 7° As despesas relativas à
administração e operação das entidades fechadas de previdência privada não poderão
exceder de quinze por cento do total da receita de contribuições.Art. 8° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 9° Revogam-se as disposições em
contrário.Brasília, 12 de abril de 1990; 169° da
Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORBernardo CabralEste texto não
substitui o publicado no DOU de 13.4.1990* |
1,990 | 8.019, de 11.4.90 Publicada no DOU de 12.4.90 | Altera a legislação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8019.htm | L8019Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.019, DE 11 DE ABRIL DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 147, de
1990Mensagem de vetoTexto compiladoAltera
a legislação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1° A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração
Social (PIS), criado pelaLei Complementar n° 7, de 7 de setembro
de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep),
criado pelaLei Complementar n° 8, de 3 de dezembro de 1970,
será destinada, a cada ano, à cobertura integral das necessidades do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), de que trata oart. 10 da Lei n° 7.998, de
11 de janeiro de 1990.Art. 2° Conforme estabelece o§
1° do art. 239 da Constituição Federal, pelo menos 40% da arrecadação mencionada
no artigo anterior serão repassados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), para aplicação em programas de desenvolvimento econômico.§ 1° Os recursos repassados ao BNDES na forma do caput deste artigo serão corrigidos,
mensalmente, pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC).§ 2° O BNDES
remunerará os recursos recebidos na forma do caput deste artigo com juros de 5% ao ano,
calculados sobre o saldo médio diário dos repasses, corrigido na forma do parágrafo
anterior.(Revogado pela Lei nº 9.365, de 1996)§ 3° A taxa de juros referida no
parágrafo anterior poderá ser elevada, por decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (Codefat), para, no máximo, 6% ao ano.(Revogado pela Lei nº 9.365, de 1996)§ 4° Correrá por conta do BNDES o risco das operações financeiras realizadas com os
recursos mencionados no caput deste artigo.Art. 3° Os juros de que trata o § 2° do artigo anterior serão recolhidos ao FAT a cada
semestre, até o décimo dia útil subseqüente a seu encerramento.(Revogado pela Medida Provisória nº 777, de 2017)(Produção de efeito)(Revogado pela Lei nº
13.483, de 2017)(Produção de efeito)Parágrafo único. Ficam sujeitos à correção monetária, com base na variação do BTN
Fiscal, os recursos não recolhidos nos prazos previstos neste artigo.(Revogado pela Medida Provisória nº 777, de 2017)(Produção de efeito)(Revogado pela Lei nº
13.483, de 2017)(Produção de efeito)Art. 4° A arrecadação das contribuições ao PIS a ao Pasep será efetuada através de
Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), nas condições estabelecidas pela
legislação em vigor.Art. 5° A alínea b do inciso IV do art.
69 daLei n° 7.799, de 10 de julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:"b)para o PIS e o Pasep, até o
dia cinco do terceiro mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador, exceção feita
às modalidades especiais (Decreto-Lei n° 2.445, de 29 de junho de 1988, arts. 7° e
8°), cujo prazo será o dia quinze do mês subseqüente ao da ocorrência do fato
gerador."Art. 6° O Tesouro Nacional observará, para repasse dos recursos ao FAT, os
mesmos prazos legais estabelecidos para a distribuição dos Fundos de Participação dos
Estados, Distrito Federal e Municípios.Art. 6oO Tesouro
Nacional repassará mensalmente recursos ao FAT, de acordo com programação financeira
para atender aos gastos efetivos daquele Fundo com seguro-desemprego, abono salarial e
programas de desenvolvimento econômico do BNDES.(Redação
da pela Lei nº 10.199, de 2001)Art. 7° Em caso de insuficiência de recursos para o Programa de Seguro-Desemprego e o
pagamento do Abono Salarial, decorrente do efetivo aumento destas despesas, serão
recolhidas ao FAT, pelo BNDES, a cada exercício, as seguintes parcelas dos saldos de
recursos repassados para financiamento de programas de desenvolvimento econômico:I - no primeiro e segundo exercícios, até 20%;(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)II - do terceiro ao quinto exercícios, até 10%;(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)III - a partir do sexto exercício, até 5%.(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 1° Os percentuais referidos nos incisos do caput deste artigo incidirão sobre o saldo
ao final do exercício anterior, assegurada a correção monetária até a data do
recolhimento.§ 2° Caberá ao Codefat definir as condições e os prazos de recolhimento de que trata
o caput desta artigo.§ 3ºCaberá ao BNDES a determinação das
operações de financiamento contratadas com recursos do FAT cujos recursos serão
objeto do recolhimento de que trata este artigo.(Incluído pela Medida
Provisória nº 777, de 2017)(Produção de efeito)§ 3oCaberá ao BNDES a determinação das operações de financiamento contratadas com
recursos do FAT cujos recursos serão objeto do recolhimento de que trata este
artigo.(Incluído pela Lei nº 13.483, de 2017)(Produção de efeito)Art. 7º Ato do Ministro de Estado da
Economia disciplinará os critérios e as condições para devolução ao FAT dos recursos aplicados
nos depósitos especiais de que trata ocaputdo art. 9º e
daqueles repassados ao BNDES para fins do disposto no § 1º do art. 239 da
Constituição.(Redação dada pela Medida Provisória nº 889, de 2019)Art. 7º O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)
disciplinará os critérios e as condições para devolução ao FAT dos
recursos aplicados nos depósitos especiais de que trata ocaputdo art. 9º desta Lei e daqueles repassados ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para fins do disposto no§
1º do art. 239 da Constituição Federal.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)I -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)II -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)III -(revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 1º ((revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 2º(revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º(revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 4º A devolução dos recursos de que trata ocaputdeste artigo
estará limitada, em cada exercício, à diferença entre o produto da
arrecadação das contribuições devidas ao PIS e ao Pasep, deduzidos os
recursos de que trata o § 1º do art. 239 da Constituição Federal, e os
recursos necessários para o custeio do Programa de Seguro-Desemprego, o
pagamento do abono salarial e o financiamento de programas de educação
profissional e tecnológica, conforme estimativa do Codefat para essas
arrecadações e dispêndios durante o exercício.(Incluído dada pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 8° A remuneração mencionada noparágrafo
único do art. 15 da Lei n° 7.998, de 1990, constitui receita do FAT.Parágrafo único. Compete ao Codefat estabelecer os prazos de recolhimento e o
período-base de apuração da receita mencionada no caput deste artigo.Art. 9° As disponibilidades financeiras do FAT poderão ser aplicadas em títulos
do Tesouro Nacional, através do Banco Central do Brasil.Parágrafo único. O resultado das aplicações referidas no caput deste artigo constitui
receita do FAT.Art. 9º As disponibilidades financeiras do FAT poderão ser aplicadas em
títulos do Tesouro Nacional, por intermédio do Banco Central do Brasil, e em depósitos
especiais, remunerados e disponíveis para imediata movimentação, nas instituições
financeiras oficiais federais de que trata oart. 15 da Lei nº
7.998, de 11 de janeiro de 1990. (Redação dada pela Lei nº
8.352, de 1991)§ 1º Parcela das disponibilidades financeiras do FAT constitui a reserva mínima de
liquidez, destinada a garantir, em tempo hábil, os recursos necessários ao pagamento das
despesas referentes ao Programa do Seguro-Desemprego e do Abono de que trata oart. 239 da Constituição Federal.(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)§ 2º O montante da reserva estabelecida no parágrafo anterior não pode ser inferior ao
maior dentre os seguintes valores:(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)§ 2º A reserva estabelecida no § 1º não poderá ser inferior ao
montante equivalente a três meses de pagamentos do benefício do
seguro-desemprego e do abono salarial de que trata o art. 9º da Lei nº
7.998, de 1990, computados por meio da média móvel dos desembolsos
efetuados nos doze meses anteriores, atualizados mensalmente pela
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA,
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
ou por índice que vier a substituí-lo.(Redação dada pela Medida Provisória nº 889, de 2019)I - a diferença positiva, no exercício financeiro em curso, entre o produto da
arrecadação das contribuições de que trata o art. 239 da Constituição Federal e o
montante global dos pagamentos efetuados por conta das dotações orçamentárias para
atender as despesas com o Programa do Seguro-Desemprego, com o Abono Salarial e com o
Financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico a cargo do BNDES, custeados pela
referida arrecadação;(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)II - o resultado da adição:(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)a) dos valores pagos a títulos de benefícios do seguro-desemprego nos seis meses
anteriores, atualizados mês a mês pela variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), ou na sua ausência, pela variação de índice definido pelo Conselho
Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), nos termos doinciso IX do art. 19 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
e(Incluído pela Lei
nº 8.352, de 1991)(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)b) de cinqüenta por cento dos valores pagos a títulos de abono, nos termos doart. 9º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, nos doze
meses anteriores, atualizados na forma prevista na alínea anterior.(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)(Revogado pela Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 2º A reserva estabelecida no § 1º deste artigo não poderá ser inferior
ao montante equivalente a 3 (três) meses de pagamentos do benefício do
seguro-desemprego e do abono salarial de que trata oart. 9º da Lei nº
7.998, de 11 de janeiro de 1990, computados por meio da média móvel dos
desembolsos efetuados nos 12 (doze) meses anteriores, atualizados
mensalmente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), ou por outro índice que vier a substituí-lo.(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)I -(revogado);(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)II -(revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)a)(revogado);(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)b)(revogado).(Redação dada pela Lei nº
13.932, de 2019)§ 3º Os recursos da reserva mínima de liquidez somente poderão ser aplicados em
títulos do Tesouro Nacional, por intermédio do Banco Central do Brasil.(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)4º No exercício de 1991, as aplicações da parcela das disponibilidades financeiras
que excederem o valor da reserva mínima de liquidez em depósitos especiais no Banco do
Brasil S.A. serão no montante mínimo de Cr$ 220.000.000.000,00 (duzentos e vinte
bilhões de cruzeiros).(Incluído
pela Lei nº 8.352, de 1991)§ 5º Os depósitos especiais de que trata o caput deste artigo serão remunerados, no
mínimo pelos mesmos critérios e prazos aplicados aos depósitos das disponibilidades de
caixa do Tesouro Nacional, conforme disposto noart. 5º da Lei
nº 7.862, de 30 de outubro de 1989, com a redação dada peloart. 8º da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991, ou, da sua
ausência, pela remuneração média diária paga pelos títulos do Tesouro Nacional,
acrescidos, em ambos os casos, de juros de cinco por cento ao ano calculados pro rata die.(Incluído pela Lei nº
8.352, de 1991)(Revogado pela Medida Provisória nº 777, de 2017)(Produção de efeito)(Revogado pela Lei nº
13.483, de 2017)(Produção de efeito)§ 6º O resultado da remuneração das disponibilidades financeiras de que trata este
artigo constituirá receita do FAT.(Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)§ 7oO
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES poderá utilizar recursos
dos depósitos especiais referidos no caput deste artigo, para conceder financiamentos aos
Estados e às entidades por eles direta ou indiretamente controladas, no âmbito de
programas instituídos pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador -
CODEFAT, tendo em vista as competências que lhe confere oart.
19 da Lei no7.998, de 11 de janeiro de 1990, e destinados à
expansão do nível de emprego no País, podendo a União, mediante a apresentação de
contragarantias adequadas, prestar garantias parciais a operações da espécie, desde que
justificado em exposição de motivos conjunta dos Ministérios do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda.(Parágrafo
incluído pela Lei nº 10.199, de 2001)(Revogado pela Medida Provisória nº 777, de 2017)(Produção de efeito)(Revogado pela Lei nº
13.483, de 2017)(Produção de efeito)§ 8º Ato do Ministro de Estado da Economia disciplinará as
condições de utilização e de recomposição da reserva mínima de liquidez
do FAT de que tratam os § 1º e § 2º.(Incluído pela Medida Provisória nº 889, de 2019)§ 8º As condições de utilização e de recomposição da reserva mínima de
liquidez do FAT de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo serão
disciplinadas em regulamento do Codefat.(Incluído pela Lei nº
13.932, de 2019)Art. 10. O art. 28 daLei n° 7.998, de 1990,
passa a ter a seguinte redação:"Art. 28.No prazo de trinta dias
as contribuições ao PIS e ao Pasep, arrecadadas a partir de 5 de outubro de 1988 e não
utilizadas nas finalidades previstas no art. 239 da Constituição Federal, serão
recolhidas como receita do FAT."Art. 11. Os recursos do PIS e do Pasep repassados ao BNDES, ao amparo do§ 1° do art. 239 da Constituição
Federal, antes da vigência daLei n° 7.998, de 1990,
acrescidos de correção monetária pela variação do IPC e de juros de 5% ao ano,
constituirão direitos do FAT e serão contabilizados na forma do disposto no art. 2°
desta lei.Art. 12. O valor do abono a ser pago pelo FAT, nos casos de empregados participantes do
Fundo de Participação PIS/Pasep, corresponderá à diferença entre o salário mínimo
vigente na data do respectivo pagamento e os rendimentos de suas contas individuais,
apurados na forma dasalíneas b e c do art. 3° da Lei
Complementar n° 26, de 11 de agosto de 1975.Parágrafo único. O pagamento do rendimento das contas individuais mencionadas no caput
deste artigo é de competência do Fundo de Participação PIS/Pasep.Art. 13. A operacionalização do Programa Seguro Desemprego, no que diz respeito às
atividades de pré-triagem e habilitação de requerentes, auxílio aos requerentes e
segurados na busca de novo emprego, bem assim às ações voltadas para reciclagem
profissional, será executada prioritariamente em articulação com os Estados e
Municípios, através do Sistema Nacional de Emprego (Sine), nos termos da lei.Parágrafo único. O Ministério do Trabalho poderá requisitar servidores, técnicos e
administrativos, da Administração Federal direta, das autarquias, das fundações
públicas e do Governo do Distrito Federal, para o desempenho das tarefas previstas no
caput deste artigo e noart. 20 da Lei n° 7.998, de 1990,
ouvida a Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República.Art. 14.(Vetado).Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 16. Ficam revogados osarts. 16,17e29 da Lei n° 7.998, de 1990,
e demais disposições em contrário.Brasília, 11 de abril de 1990; 169° da Independência e 102° da República.FERNANDO COLLORZélia M. Cardoso de MelloAntônio MagriEste texto não
substitui o publicado no DOU de 12.4.1990* |
1,990 | 8.018, de 8.4.90 Publicada no DOU de 10.4.90 | Dispõe sobre criação de Certificados de Privatização, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8018.htm | L8018Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.018, DE 11 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº
157/90Dispõe sobre criação de Certificados de Privatização, e dá outras
providências.Faço saber queO PRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória n° 157, de 1990, que o Congresso Nacional
aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte lei:Art. 1° Ficam criados os Certificados de
Privatização, títulos de emissão do Tesouro Nacional, com as seguintes
características:I - nominativos e não negociáveis, exceto com
expressa autorização do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento;II - sem data de resgate.Art. 2° Os detentores dos Certificados de
Privatização terão direito a utilizá-los como pagamento de ações das empresas do
setor público que venham a ser desestatizadas.Parágrafo único. A utilização dos
Certificados de Privatização poderá ser limitada a leilões convocados especificamente
para a finalidade de venda de ações de empresas do setor público, a critério de
órgão ou instância criados especificamente para este objeto ou, na inexistência deste,
do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.Art. 3° O valor dos Certificados de
Privatização será corrigido conforme as seguintes regras:I - o valor de face será corrigido por 100% da
correção monetária, até a data da primeira oferta de ações de empresa pública
passíveis de serem adquiridas mediante entrega destes certificados;II - a partir da data da primeira oferta
referida no inciso anterior, o percentual da correção monetária a ser aplicado será
reduzido em 1 ponto percentual ao mês
sucessivamente, por um prazo máximo de 40 meses;III - a partir do fim do prazo estabelecido no
inciso II, a variação mensal do valor dos certificados ficará restrita a 60% da
correção monetária.Parágrafo único. Para fins desta lei, a
correção monetária será medida pela variação do BTNF - Bônus do Tesouro Nacional
Fiscal.Art. 4° Findo o prazo de dez anos a contar de
16 de março de 1990, o Tesouro Nacional fica obrigado a resgatar a diferença entre o
valor total dos Certificados de Privatização emitidos e o valor total de aquisição das
ações de empresas públicas passíveis de serem adquiridas por estes certificados.Parágrafo único. No caso acima, a correção
do valor dos Certificados de Privatização será feita pela correção monetária
integral, contada desde a data de sua emissão até o seu resgate.Art. 5° O Conselho Monetário Nacional
regulamentará os volumes e condições de compra dos Certificados de Privatização por
parte de entidades de previdência privada, sociedades seguradoras e de capitalização,
além das instituições financeiras.Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 7° Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, 11 de abril de 1990;
169° da Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 12.4.1990* |
1,990 | 8.017, de 8.4.90 Publicada no DOU de 10.4.90 | Autoriza o Poder Executivo a proceder ao empenho das despesas que menciona. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8017.htm | L8017Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.017, DE 8 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 146,
de 1990Autoriza o Poder Executivo a proceder ao empenho das despesas que
menciona.Faço saber queO PRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória n° 146, de 1990, que o Congresso Nacional
aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte lei:Art. 1° Na forma do disposto noart. 53 da Lei
n° 7.800, de 10 de julho de 1989, é o Poder Executivo autorizado a empenhar as
dotações referentes a subatividades fixadas naLei n° 7.999, de 31 de janeiro de 1990,
até o montante necessário à realização das despesas nos meses de janeiro, fevereiro e
março de 1990.Art. 2° O disposto no artigo anterior se
aplica também às despesas relativas a:I - Recenseamento Econômico e Demográfico, a
cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística da Secretaria de Planejamento e
Coordenação da Presidência da República;II - Programa Nacional de Imunização, a cargo
do Ministério da Saúde; eIII - Recursos para aumento do Patrimônio
Líquido da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD.Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 4° Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, 8 de abril de 1990;
169° da Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 10.4.1990* |
1,990 | 8.016, de 8.4.90 Publicada no DOU de 10.4.90 | Dispõe sobre a entrega das quotas de participação dos Estados e do Distrito Federal na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados de que trata o inciso II do art. 159 da Constituição Federal. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8016.htm | L8016Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.016, DE 8 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 145,
de 1990(Vide Constituição Federal)lDispõe sobre a entrega das quotas de participação dos Estados e do
Distrito Federal na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados de que trata
o inciso II do art. 159 da Constituição Federal.Faço saber queO PRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 145, de 1990, que o Congresso Nacional
aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte lei:Art. 1° As quotas de participação dos
Estados e do Distrito Federal no produto da arrecadação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), de que trata aLei Complementar n° 61, de 26 de dezembro de 1989,
serão creditadas em contas especiais abertas pelas Unidades da Federação, em seus
respectivos bancos oficiais ou, na falta destes, em estabelecimentos por elas indicados,
nos mesmos prazos de repasse das quotas do Fundo de Participação dos Estados e
Municípios.Art. 2° Os recursos já existentes relativos
à arrecadação do IPI no período compreendido entre 1° de março e 31 de dezembro de
1989 serão creditados até o 5° (quinto) dia útil subseqüente à publicação da
medida provisória que deu origem a esta lei, tomando-se como base para o cálculo dos
coeficientes de rateio o valor em dólar-americano das exportações de produtos
industrializados, ocorridas nos Estados no período de janeiro a novembro de 1989,
informadas pela Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S.A. - Cacex.§ 1° Até a publicação dos coeficientes
individuais de participação calculados pelo Tribunal de Contas da União - TCU, de que
trata oart. 2° da Lei Complementar n° 61, de 26 de dezembro de 1989, os recursos
relativos à arrecadação do IPI, a partir do mês de janeiro de 1990, serão creditados
aos beneficiários com base nos mesmos coeficientes de rateio definidos neste artigo.§ 2° Na programação orçamentária dos
excessos de arrecadação de 1990, priorizar-se-á dotação para o pagamento da
correção monetária dos recursos a que se refere este artigo, a ser calculada com base
na variação mensal do valor do Bônus do Tesouro Nacional, a partir da data da
classificação da receita, ressalvada a prioridade dos pagamentos de pessoal e dos
serviços da dívida.Art. 3° O Tribunal de Contas da União
determinará os ajustes a serem procedidos em razão de diferenças que venham a ocorrer
entre as quotas de participação calculadas com base nos critérios estabelecidos no art.
2° desta lei e aquelas definidas em conformidade com aLei Complementar n° 61, de 26 de
dezembro de 1989.Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 5° Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, 8 de abril de 1990;
169° da Independência e 102° da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no DOUde 10.4.1990* |
1,990 | 8.015, de 7.4.90 Publicada no DOU de 10.4.90 | Autoriza a criação de Zonas de Processamento de Exportação e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8015.htm | L8015Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.015, DE 7 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 142,
de 1990Autoriza a criação de Zonas de Processamento de Exportação e dá
outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 142, de 1990, que o Congresso Nacional
aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte lei:Art. 1º É elevado para catorze o limite estabelecido noart. 1º da Lei nº 7.792, de 4 de julho de 1989, na redação
dada pelaLei nº 7.993, de 5 de janeiro de 1990.Art. 2º É autorizada a criação de uma Zona de Processamento de
Exportação no Município de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, e de outra no
Município de Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, observados os requisitos doDecreto-Lei nº 2.452, de 29 de julho de 1988.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, 7 de abril de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 10.4.1990* |
1,990 | 8.014, de 6.4.90 Publicada no DOU de 7.4.90 | Dispõe sobre a tributação, pelo Imposto de Renda, dos ganhos líquidos obtidos em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8014.htm | L8014Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.014, DE 6 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº
162/90Vide Lei nº 8.076, de
1990Dispõe
sobre a tributação, pelo Imposto de Renda, dos ganhos líquidos obtidos em bolsas de
valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida
Provisória nº 162, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO,
Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62
da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º Oart. 55 da Lei nº 7.799, de
10 de julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 55. Ficam sujeitas
ao pagamento do imposto de renda, à alíquota de vinte e cinco por cento, a pessoa
física e a pessoa jurídica não tributadas com base no lucro real, inclusive isentas,
que auferirem ganhos líquidos nas operações realizadas nas bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros, bem como em outros mercados organizados, reconhecidos como tais
pelo órgão a cujo poder de polícia se submetem."Art.
2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se oinciso II do
art. 22e o§ 5º do art. 40 da Lei nº 7.713,
de 22 de dezembro de 1988, e demais disposições em contrário.Senado
Federal, 6 de abril de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 9.4.1990* |
1,990 | 8.013, de 6.4.90 Publicada no DOU de 9.4.90 | Altera os arts. 7º, 8º e 9º do Decreto-Lei nº 2.432, de 17 de maio de 1988, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 35, de 13 de junho de 1989, que instituiu a Reserva Nacional de Compensação de Remuneração (Rencor). | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8013.htm | L8013Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.013, DE 6 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 144,
de 1990Altera os arts. 7º, 8º e 9º do Decreto-Lei nº 2.432, de 17 de maio de
1988, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 35, de 13 de junho de 1989, que instituiu a
Reserva Nacional de Compensação de Remuneração (Rencor).Faço saber queO PRESIDENTE DA
REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 144, de 1990, que o Congresso Nacional
aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte lei:Art. 1º Os arts. 7º, 8º e 9º do Decreto-Lei
nº 2.432, de 17 de maio de 1988, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 35, de 13 de junho
de 1989, passam a vigorar com as seguintes redações:"Art. 7ºOs saldos credores das
concessionárias de serviços públicos de energia elétrica, decorrentes de
insuficiências de remuneração registradas em Conta de Resultados a Compensar,
existentes em 31 de dezembro de 1989, serão aqueles aprovados pelo DNAEE, de acordo com
os critérios previstos na legislação em vigor, para fins de compensação definida
neste instrumento legal.Parágrafo único. Os débitos existentes
em 31 de dezembro de 1989, referentes a quotas não recolhidas à Reserva Global de
Reversão, à Reserva Global de Garantia e à Reserva Nacional de Compensação de
Remuneração, inclusive correção monetária e multas, serão obrigatoriamente deduzidos
dos saldos de que trata o caput deste artigo.Art. 8ºO Ministro de Estado da Fazenda,
mediante despacho fundamentado, autorizará a compensação total ou parcial, com ativos
de propriedades da União, dos saldos credores referidos no artigo anterior, que restarem
após a dedução de que trata seu parágrafo único.§ 1º Os recursos correspondentes aos
saldos das Reservas de Reversão investidos pelas concessionárias de serviços públicos
de energia elétrica na expansão de seus sistemas até 31 de dezembro de 1971, inclusive
os saldos das Reservas de Amortização que vierem a ser convertidos, poderão ser objeto
da compensação de que trata o caput deste artigo.§ 2º As compensações de que trata o
caput deste artigo poderão ser intermediadas mediante encontro de contas de débitos
atualizados de suprimento de energia elétrica - inclusive de Itaipu - vencidos até 31 de
dezembro de 1989 e do serviço da dívida para com a Eletrobrás - vencidos até 31 de
dezembro de 1989.§ 3º As compensações de que trata este
artigo deverão ser propostas pelas concessionárias ao DNAEE, nos prazos por ele fixados.Art. 9ºOs saldos das Contas de Resultados
a Compensar em 31 de dezembro de 1989, a que se refere o art. 7º, e não compensados na
forma deste instrumento legal, bem como posteriores saldos credores decorrentes de
insuficiências de remuneração, somente poderão ser reduzidos após o recolhimento das
quotas anuais de compensação e de reversão.§ 1º Os valores dos saldos serão
remunerados pela tarifa, à taxa de remuneração legal fixada pelo DNAEE, e serão
corrigidos monetariamente da mesma forma das demais contas do ativo permanente.§ 2º As reduções de que trata o caput
deste artigo somente poderão ser efetivadas após todas as concessionárias terem
atingido a remuneração mínima legal."Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.Senado Federal, 6 de abril de 1990; 169° da
Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 9.4.1990* |
1,990 | 8.012, de 4.4.90 Publicada no DOU de 6.4.90 | Dispõe sobre o pagamento de tributos de competência da União. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8012.htm | L8012Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.012, DE 4 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 164, de
1990Vide Lei nº
8.076, de 1990Dispõe
sobre o pagamento de tributos de competência da União.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº 164, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º Em relação aos fatos geradores que vierem a ocorrer a partir de 1º de abril de
1990, far-se-á a conversão em BTN Fiscal do valor:I - do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), no primeiro dia da quinzena
subseqüente àquela em que tiver ocorrido o fato gerador;II - do Imposto sobre a Renda Retido na fonte (IRRF), no primeiro dia subseqüente àquele
em que tiver ocorrido o fato gerador, ressalvado o disposto noart. 70 da Lei nº
7.799/89;III - do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e sobre Operações
Relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF):a) no primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador, no caso de
operações com ouro, ativo financeiro;b) no primeiro dia do mês subseqüente àquele em que ocorrer a cobrança ou o registro
contábil do imposto, nos demais casos;IV - da contribuição sobre o açúcar e o álcool, de que tratam osDecretos-leis nº
308/67, eDecreto-lei nº 1.712/79, e do Adicional previsto noDecreto-Lei nº 1.952/82,
no primeiro dia do mês subseqüente ao da sua incidência;V - das contribuições para o Fundo de Investimento Social (Finsocial), para o Programa
de Integração social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público (Pasep), no primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador.§ 1º A conversão do valor do imposto ou da contribuição será feita mediante a
divisão do valor devido pelo valor do BTN Fiscal nas datas fixadas neste artigo.§ 2º O valor em cruzeiros do imposto ou da contribuição será determinado mediante a
multiplicação de seu valor, expresso em BTN fiscal, pelo valor deste na data do
pagamento.Art. 2º Os valores do imposto de que tratam osarts. 8º,23,25,40e45 da Lei nº 7.713/88, com as alterações posteriores,
serão convertidos em número de BTN Fiscal pelo valor deste no primeiro dia do mês
subseqüente ao da ocorrência do fato gerador.Art. 3º A Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com
as modificações introduzidas pelas Lei nº 7.799/89 e Lei nº 7.959/89, passa a vigorar
com as seguintes alterações:"Art.
24.......................................................................................................................................§
2ºA diferença de imposto apurada mensalmente será convertida em número de BTN
Fiscal, mediante sua divisão pelo valor do BTN Fiscal no primeiro dia do mês
subseqüente àquele a que corresponda a diferença.......................................................................§ 5º
.................................................................a)nenhuma quota será inferior a trinta e cinco BTN Fiscal e o imposto de valor inferior a
setenta BTN Fiscal será pago de uma só vez;......................................................................§ 6ºO número do BTN Fiscal de que trata este artigo
será reconvertido em moeda nacional pelo valor do BTN Fiscal no dia do pagamento do
imposto ou quota......................................................................."Art. 4º O contribuinte, pessoa física, que houver exercido a opção a que se refere o
art.24 da Lei nº 7.713, de 1988, determinará o valor em
cruzeiros das quotas ou do saldo do imposto a pagar relativo ao ano-base de 1989, mediante
a multiplicação do valor, expresso em número de BTN, pelo valor:I - do BTN no mês de pagamento, se for integralmente pago até o último dia útil do
mês de abril de 1990;II - do BTN Fiscal no dia do pagamento, quando o recolhimento for efetuado após a data
referida no item anterior.Parágrafo único. O critério de conversão do valor do imposto em cruzeiros de que trata
o item I aplica-se em relação ao imposto a pagar relativo aos meses de janeiro a março
de 1990, que o contribuinte, com mais de uma fonte pagadora(Lei
nº 7.713/88, art. 23), recolher até o último dia útil do mês de abril de 1990.Art. 5ºO Imposto de Renda incidente sobre ganhos de capital
auferidos por pessoas físicas na alienação, a pessoas físicas ou jurídicas, de bens
ou direitos de qualquer natureza, de que tratam os§§ 2ºe3º do art. 3º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988,convertido em número de BTN Fiscal na forma do art. 2º desta lei, deverá ser pago até
o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente ao da percepção dos
rendimentos, observado o disposto noart. 21 da Lei nº 7.713,
de 1988.(Revogado pela Lei nº 8.134, de
27.12.1990)Art. 6º Os valores correspondentes à arrecadação das contribuições incidentes sobre
a folha de salários e demais contribuições e adicionais devidos ao Instituto de
Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS), serão repassados, pela rede
arrecadadora, no segundo dia útil posterior ao seu recolhimento.§ 1º Os débitos de qualquer natureza para com a Previdência Social, cujos fatos
geradores venha a ocorrer a partir de 1º de abril de 1990, serão convertidos em número
de BTN Fiscal no primeiro dia útil subseqüente ao da ocorrência do fato gerador.§ 2º O valor em cruzeiros do débito na data do pagamento será determinado na forma do
§ 2º do art. 1º.Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 4 de abril de 1990; 169º da Independência 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 6.4.1990* |
1,990 | 8.011, de 4.4.90 Publicada no DOU de 6.4.90 | Dispõe sobre a alienação de bens imóveis da União situados em Brasília - DF, e dá outra providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8011.htm | L8011Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.011, DE 4 DE ABRIL DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 148, de
1990RegulamentoDispõe
sobre a alienação de bens imóveis da União situados em Brasília - DF, e dá outra
providências.Faço saber que oPRESIDENTE
DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 148, de 1990, que o Congresso
Nacional aprovou, e eu,NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal,
para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal,
promulgo a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo
autorizado a alienar, mediante concorrência pública e com observância doDecreto-Lei
nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, as unidades residenciais situadas no Distrito
Federal e localizadas nos Setores de Habilitações Individuais, de Chácaras e de
Mansões.Art. 2º A Caixa Econômica
Federal presidirá o processo licitatório, que será concluído no prazo de cento e vinte
dias a contar da publicação da medida provisória que deu origem a esta lei.Art. 3º A Caixa Econômica
Federal procederá, perante os órgãos administrativos do Governo do Distrito Federal,
nos Cartórios de Notas e nos Cartórios do registro imobiliário de Brasília-DF, à
regularização dos títulos dominiais dos imóveis alienados.Parágrafo único. Os
Cartórios de Notas e os Cartórios de Registro de Imóveis darão prioridade de
atendimento à Caixa Econômica Federal no procedimento de regularização acima previsto.Art. 4ºO valor apurado em
decorrência da alienação de cada imóvel será convertido em renda da União, cujo
produto será obrigatoriamente aplicado em programas habitacionais de caráter social.Art. 5º O Poder Executivo
regulamentará esta lei no prazo de sessenta dias, contado da publicação da medida
provisória que lhe deu origem.Art. 6º As empresas
públicas, sociedades de economia mista, respectivas subsidiárias e entidades controladas
direta ou indiretamente pela União ficam autorizadas a proceder aos atos legais e
administrativos necessários à alienação de suas unidades residenciais não vinculadas
às suas atividades operacionais, com base nos termos desta lei.Art. 7º Esta lei entra em
vigor na data de sua publicação.Art. 8º Revogam-se as
disposições em contrário.Senado Federal, 4 de abril de
1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 6.4.1990* |
1,990 | 8.010, de 29.3.90 Publicada no DOU de 2.4.90 | Dispõe sobre importações de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8010.htm | L8010Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.010, DE 29 DE MARÇO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 141,
de 1990Dispõe
sobre importações de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, e dá
outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº 141, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º São isentas dos impostos de importação e sobre produtos
industrializados e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante as
importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas partes e
peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários,
destinados à pesquisa científica e tecnológica.Regulamento§ 1º As importações de que trata este artigo ficam dispensadas do exame de
similaridade, da emissão de guia de importação ou documento de efeito equivalente e
controles prévios ao despachos aduaneiro.§ 2º O disposto neste artigo aplica-se somente às
importações realizadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq, e por entidades sem fins lucrativos ativas no fomento, na
coordenação ou na execução de programas de pesquisa científica e tecnológica ou
de ensino, devidamente credenciadas pelo CNPq.§ 2oO disposto neste artigo aplica-se somente
às importações realizadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq, por cientistas, pesquisadores e entidades sem fins lucrativos ativas
no fomento, na coordenação ou na execução de programas de pesquisa científica e
tecnológica ou de ensino, devidamente credenciados pelo CNPq.(Redação dada pela Lei nº 10.964,
de 2004)§ 2oO disposto neste artigo aplica-se somente às importações realizadas pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por
cientistas, por pesquisadores e por Instituição Científica, Tecnológica e de
Inovação (ICT) ativos no fomento, na coordenação ou na execução de programas de
pesquisa científica e tecnológica, de inovação ou de ensino e devidamente
credenciados pelo CNPq.(Redação dada pela Lei nº
13.243, de 2016)§ 2ºO disposto neste artigo aplica-se somente
às importações realizadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq, por cientistas, por pesquisadores, por Instituição
Científica, Tecnológica e de Inovação - ICT e por entidades sem fins lucrativos
ativos no fomento, na coordenação ou na execução de programas de pesquisa
científica e tecnológica, de inovação ou de ensino e devidamente credenciados
pelo CNPq.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 718, de 2016)§ 2oO disposto neste
artigo aplica-se somente às importações realizadas pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, por
cientistas, por pesquisadores, por Instituição Científica, Tecnológica e
de Inovação - ICT e por entidades sem fins lucrativos ativos no fomento,
na coordenação ou na execução de programas de pesquisa científica e tecnológica,
de inovação ou de ensino e devidamente credenciados pelo CNPq.(Redação dada pela Lei nº
13.322, de 2016)Art. 2º O Ministro da Fazenda, ouvido o Ministério da Ciência e Tecnologia,
estabelecerá limite global anual, em valor, para as importações mencionadas noart. 1º.§ 1º Não estão sujeitas ao limite global anual:a) as importações de produtos, decorrentes de doações feitas por pessoas físicas ou
jurídicas estrangeiras, destinados ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia; eb) as importações a serem pagas através de empréstimos externos ou de acordos
governamentais destinados ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia.§ 2º A quota global de importações será distribuída e controlada pelo CNPq que
encaminhará, mensalmente:a) à Secretaria da Receita Federal - SRF, relação
das entidades importadoras, bem assim das mercadorias autorizadas, valores e
quantidades;b) à Carteira de Comércio Exterior do Banco do
Brasil S.A. (Cacex), para fins estatísticos, relação dos importadores e o valor
global, por entidade, das importações autorizadasa) à Secretaria da Receita Federal (SRF), relação das
entidades importadoras, bem assim das mercadorias autorizadas, valores e
quantidades;(Redação dada pela Lei nº 10.964,
de 2004)b) à Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S.A. (Cacex), para fins
estatísticos, relação dos importadores e o valor global, por entidade, das
importações autorizadas.(Redação
dada pela Lei nº 10.964, de 2004)§ 3º As dispensas referidas no § 1º do art. 1º não se aplicarão às importações
que excederem o limite global anual a que se refere este artigo.Art. 3º O despacho aduaneiro para as mercadorias de que trata o art. 1º
será simplificado, especialmente quando se tratar de deterioráveis.Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.Senado Federal, 29 de março de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 2.4.1990* |
1,990 | 8.009, de 29.3.90 Publicada no DOU de 30.3.90 | Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8009.htm | L8009Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 143,
de 1990Dispõe sobre a
impenhorabilidade do bem de família.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº 143, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal,
previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos
que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a
construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os
equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que
quitados.Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e
adornos suntuosos.Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens
móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário,
observado o disposto neste artigo.Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil,
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas
contribuições previdenciárias;(Revogado
pela Lei Complementar nº 150, de 2015)II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à
aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do
respectivo contrato;III -- pelo credor de pensão alimentícia;III – pelo credor da pensão alimentícia,
resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o
devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em
que ambos responderão pela dívida;(Redação dada pela Lei nº 13.144 de 2015)IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas
em função do imóvel familiar;V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou
pela entidade familiar;VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.VII - por obrigação decorrente de fiança
concedida em contrato de locação.(Incluído pela Lei
nº 8.245, de 1991)VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação; e(Redação dada pela Medida
Provisória nº 871, de 2019)VII - por obrigação decorrente de fiança
concedida em contrato de locação.(Incluído pela Lei
nº 8.245, de 1991)VIII - para cobrança de crédito constituído pela Procuradoria-Geral Federal em
decorrência de benefício previdenciário ou assistencial recebido indevidamente
por dolo, fraude ou coação, inclusive por terceiro que sabia ou deveria saber da
origem ilícita dos recursos.(Incluído pela Medida
Provisória nº 871, de 2019)Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente,
adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar,
desfazendo-se ou não da moradia antiga.§ 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a
impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a
mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese.§ 2º Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade
restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos doart.
5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada como pequena propriedade rural.Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se
residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia
permanente.Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários
imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor,
salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma doart. 70 do Código Civil.Art. 6º São canceladas as execuções suspensas pelaMedida Provisória nº 143, de 8 de
março de 1990, que deu origem a esta lei.Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 29 de março de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste
texto não substitui o publicado no DOU de 30.3.1990.* |
1,990 | 8.008, de 22.3.90 Publicada no DOU de 23.3.90 | Equipara a venda de produto no mercado interno à exportação, para efeitos fiscais. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8008.htm | L8008Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.008, DE 22 DE MARÇO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 139,
de 1990Equipara a venda de produto no mercado interno à exportação, para
efeitos fiscais.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 139, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo
único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º São equiparados à exportação, para
todos os efeitos fiscais, as operações de venda, no mercado interno, do produto Metil
Tércio Butil Éter (MTBE), regularmente destinado à mistura à gasolina em
substituição ao álcool anidro.Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se às operações realizadas no período de seis meses, a contar de 1º de janeiro
de 1990.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em
contrário.Senado Federal, 22 de março de 1990, 169º da
Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 23.3.1990* |
1,990 | 8.007, de 22.3.90 Publicada no DOU de 23.3.90 | Dispõe sobre a aplicação dos arts. 4º e 5º da Lei nº 7.988, de 28 de dezembro de 1989. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8007.htm | L8007Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.007, DE 22 DE MARÇO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 138,
de 1990Dispõe sobre a aplicação dos arts. 4º e 5º da Lei nº 7.988, de 28 de
dezembro de 1989Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida
Provisória nº 138, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO,
Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62
da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º As alterações constantes dosarts.
4ºe5º da Lei nº 7.988, de 28 de dezembro de 1989,
relativamente a percentuais de redução do Imposto de Importação e do Imposto sobre
Produtos Industrializados, não se aplicam às importações beneficiadas com isenção ou
redução, na forma doDecreto-Lei nº 2.433, de 19 de maio de 1988, com a redação dada
peloDecreto-Lei nº 2.451, de 29 de julho de 1988, doDecreto-Lei nº 2.434, de 19 de
maio de 1988, e daLei nº 7.752, de 14 de abril de 1989, cujas Guias de Importação
tenham sido emitidas até 29 de dezembro de 1989.Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 22 de março de 1990; 169º da Independência e
102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 23.3.1990* |
1,990 | 8.006, de 22.3.90 Publicada no DOU de 23.3.90 | Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União o crédito extraordinário de NCz$ 50.000.000,00, para os fins que especifica. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8006.htm | L8006Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI No8.006, DE 22 DE MARÇO DE
1990.Conversão da Medida Provisória nº 137,
de 1990Autoriza
o Poder Executivo a abrir ao Orçamento da União o crédito extraordinário de NCz$
50.000.000,00, para os fins que especifica.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 137, de
1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado
Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Orçamento da União,Lei nº 7.999,
de 31 de janeiro de 1990, em favor do Ministério do Interior, o crédito extraordinário
no valor de NCz$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de cruzados novos), para atender a
programação constante do Anexo I desta lei.Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo anterior decorrerão
do cancelamento de dotação constante do Anexo II desta lei e no montante especificado.Art. 3º Na forma do disposto noart. 53 da Lei nº 7.800, de 10 de julho de 1989, é o
Poder Executivo autorizado a empenhar as dotações constantes do art. 1º desta lei até
o montante necessário à realização das despesas nos meses de fevereiro e março de
1990.Art. 4º A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda colocará,
imediatamente, o valor integral deste crédito extraordinário à disposição do
Ministério do Interior.Art. 5º É o Poder Executivo autorizado a abrir créditos adicionais à conta de recursos
oriundos de convênios entre órgãos federais, decorrentes da aplicação desta lei,
desde que respeitados os objetivos e metas da programação aprovada.Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 22 de março de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON CARNEIROEste texto não substitui o
publicado no D.O.U de 23.3.1990Download para anexo* |
1,990 | 8.005, de 22.3.90 Publicada no DOU de 23.3.90 | Dispõe sobre a cobrança e a atualização dos créditos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8005.htm | L8005Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.005, DE 22 DE MARÇO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 136,
de 1990Dispõe
sobre a cobrança e a atualização dos créditos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e dá outras providências.Faço saber que oPRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória
nº 136, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do
Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:Art. 1º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) a cobrança administrativa, a inscrição em dívida ativa e a
execução judicial das taxas e das contribuições que lhe são devidas, bem assim das
penalidades pecuniárias que impuser, no exercício das atribuições que lhe foram
conferidas pelosarts. 2ºe4º da Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, e
legislação posterior.Parágrafo único. A inscrição em dívida ativa (art. 2º, § 3º, da Lei nº 6.830, de
22 de setembro de 1980) e sua cobrança administrativa ou judicial competem à
Procuradoria Jurídica do Ibama.Art. 2º Passam a ser expressos em número do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) os valores
das taxas de licenciamento, autorização ou equivalentes, das contribuições e das
penalidades pecuniárias devidas ao Ibama.Parágrafo único. Para os fins deste artigo, os atuais valores monetários, corrigidos
até 31 de janeiro de 1990, serão divididos pelo valor do BTN referente ao mês de
fevereiro de 1990.Art. 3º As penalidades pecuniárias serão impostas mediante auto de infração, com o
prazo de 15 dias para impugnação ou pagamento.§ 1º Decorrido o prazo a que se refere este artigo, o valor da penalidade será
corrigido de acordo com o índice de variação do BTN Fiscal.§ 2º No mesmo prazo, o autuado poderá efetuar o pagamento com a redução de 30%, ou
realizar o depósito do valor da autuação, nos termos doDecreto-Lei nº 1.737, de 20 de
dezembro de 1979.Art. 4º Após o julgamento definitivo da infração, o autuado terá o prazo de 5 dias
para efetuar o pagamento da penalidade corrigida na forma do § 1º do art. 3º, com a
redução de 30%.Parágrafo único. Vencido o prazo a que se refere este artigo, a penalidade será cobrada
com os seguintes acréscimos:a) juros de mora de 1% ao mês, sobre o valor atualizado, contados da data da decisão
final;b) multa de mora de 20%, sobre o valor atualizado, reduzida para 10% se o pagamento do
débito for efetuado integralmente até o trigésimo dia após a data do julgamento;c) o encargo previsto noDecreto-Lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e legislação
posterior, quando couber.Art. 5º Serão inscritos em dívida ativa os débitos não pagos no prazo de trinta dias,
contados do julgamento final da infração, com os acréscimos referidos no parágrafo
único do art. 4º.Art. 6º O Presidente do Ibama baixará portaria disciplinando o procedimento
administrativo para autuação, cobrança e inscrição na dívida ativa dos débitos a
que se refere esta lei, assegurados o contraditório e o amplo direito de defesa.Art. 7º Aos débitos atualmente existentes, aplica-se o disposto no parágrafo único do
art. 2º e nos arts. 4º e 5º desta lei.Art. 8º Os débitos de que trata esta lei, mesmo quando em execução judicial, poderão
ser parcelados em prestações mensais, sucessivas, e monetariamente corrigidas, segundo
critérios estabelecidos pelo Presidente do Ibama.Art. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 10 Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, 22 de março de 1990; 169º da Independência e 102º da República.NELSON
CARNEIROEste
texto não substitui o publicado no DOU de 23.3.1990* |
1,990 | 8.004, de 14.3.90 Publicada no DOU de 14.3.90 | Dispõe sobre transferência de financiamento no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8004.htm | L8004Presidência
da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosLEI Nº 8.004, DE 14 DE MARÇO DE 1990.Conversão da Medida Provisória nº 133, de
1990Mensagem de vetoVide Lei nº
8.692, de 1993Dispõe
sobre transferência de financiamento no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, e
dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:Art. 1º O mutuário do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) pode transferir a
terceiros os direitos e obrigações decorrentes do respectivo contrato, observado o
disposto nesta lei.Parágrafo único. A formalização de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de
cessão relativa a imóvel gravado em favor de instituição financiadora do SFH dar-se-á
em ato concomitante à transferência do financiamento respectivo, com a interveniência
obrigatória da instituição financiadora, mediante a assunção, pelo novo mutuário, do
saldo devedor contábil da operação, observados os requisitos legais e regulamentares
para o financiamento da casa própria, vigentes no momento da transferência, ressalvadas
as situações especiais previstas nos artigos 2º e 3º desta lei.Parágrafo único. A formalização de venda, promessa de venda,
cessão ou promessa de cessão relativas a imóvel financiado através do SFH dar-se-á em
ato concomitante à transferência do financiamento respectivo, com a interveniência
obrigatória da instituição financiadora.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)Art. 2º A transferência dar-se-á mediante simples substituição do devedor, mantidas
para o novo mutuário as mesmas condições e encargos do contrato original, desde que se
trate de financiamento destinado à casa própria, cujo valor original não ultrapasse os
seguintes limites:I - contratos firmados até 31 de dezembro de
1979: 750 Valores de Referência de Financiamento (VRF) (art. 4º);II - contratos firmados de 1º de janeiro de
1980 a 31 de dezembro de 1984: 1.100 VRF;III - contratos firmados de 1º de janeiro de
1985 até a data da vigência desta Lei: 1.500 VRF.Art. 2oNos contratos que tenham cláusula de
cobertura de eventual saldo devedor residual pelo FCVS, a transferência dar-se-á
mediante simples substituição do devedor, mantidas para o novo mutuário as mesmas
condições e obrigações do contrato original, desde que se trate de financiamento
destinado à casa própria, observando-se os requisitos legais e regulamentares, inclusive
quanto à demonstração da capacidade de pagamento do cessionário em relação ao valor
do novo encargo mensal.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)§ 1oAlém do disposto no caput, o valor do encargo mensal para o novo
mutuário será atualizado pro rata die, a contar da data do último reajustamento desse
encargo até a data da formalização da transferência, com base no índice de
atualização das contas de poupança mantidas no Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo - SBPE, e acrescido da quinta parte do valor atualizado do encargo, observando
que:(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)a) o acréscimo da quinta parte do valor do encargo atualizado será integralmente
direcionado à elevação da parcela correspondente à prestação de amortização e
juros e, quando devida, da contribuição mensal ao FCVS;(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)b) nos contratos enquadrados no Plano de Equivalência Salarial, instituído peloDecreto-Lei no2.164, de 1984, o enquadramento na categoria profissional do novo mutuário
dar-se-á a partir da data da transferência;(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)c) na aplicação do primeiro reajuste do encargo mensal, após a transferência, nos
contratos não enquadrados na alínea anterior, será compensada a atualização pro rata die de que trata o caput deste inciso.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)§ 2oNas transferências dos contratos de financiamento da casa
própria que não tenham cobertura de eventual saldo devedor residual pelo FCVS, e
daqueles não enquadrados naLei no8.692, de 1993,
aplicam-se as condições previstas no caput e no parágrafo anterior.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)§ 3oNas transferências de que trata o caput deste artigo, as
instituições financiadoras ficam dispensadas da observância das seguintes exigências:(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)a) limite máximo de financiamento, desde que não haja desembolso adicional de recursos;(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)b) limite máximo de preço de venda ou de avaliação do imóvel objeto da
transferência;(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)c) localização do imóvel no domicílio do comprador.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)Art. 3º Nos financiamentos contratados até 28 de fevereiro de 1986, não enquadrados nas
condições fixadas no artigo anterior, a transferência será efetivada mediante a
assunção, pelo novo mutuário, da metade do saldo devedor contábil da operação,
atualizado pro rata die da data do último reajuste até a data da transferência.Art. 3oA critério da instituição financiadora, as
transferências poderão ser efetuadas mediante assunção, pelo novo mutuário, do saldo
devedor contábil da operação, atualizado pro rata die da data do último reajuste até
a data da transferência, observados os percentuais de pagamento previstos no caput e nos
incisos I, II e III do art. 5odesta Lei e os requisitos legais e
regulamentares da casa própria, vigentes para novas contratações, inclusive quanto à
demonstração da capacidade de pagamento do cessionário em relação ao valor do novo
encargo mensal.(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)§ 1º A transferência, nos casos deste artigo, se efetivará mediante a contratação de
nova operação, que deverá observar as normas em vigor relativas aos financiamentos do
SFH.§ 2º Nas transferências de que se trata este artigo, as instituições financiadoras
ficam dispensadas da observância das seguintes exigências:a) limite máximo de financiamento, desde que não haja desembolso adicional de recursos;b) limite máximo de preço de venda ou de avaliação do imóvel financiado;c) localização do imóvel no domicílio do comprador;d) contribuição ao Fundo de Assistência Habitacional (Fundhab).§ 3º As transferências que, à data da publicação desta lei, tenham sido celebradas
entre o mutuário e o adquirente, sem interveniência da instituição financiadora,
serão regularizadas nos termos desta lei.Art. 4º Para os efeitos desta lei, considera-se o Valor de Referência de Financiamento
(VRF), aquele que, à época da contratação original, tenha sido indicado no contrato
como referencial para efeito de atualização monetária do financiamento.Art. 5º O mutuário do SFH, que tenha firmado contrato até 28 de fevereiro de 1986,
poderá, a qualquer tempo, liquidar antecipadamente sua dívida, mediante o pagamento de
valor correspondente à metade do saldo devedor contábil da operação, atualizado pro
rata die da data do último reajuste até a data de liquidação.§ 1º A critério do mutuário, a liquidação
antecipada poderá ser efetivada, alternativamente, mediante o pagamento do montante
equivalente ao valor total das mensalidades vincendas.Art. 5oO mutuário do SFH que tenha firmado contrato
até 31 de março de 1990 com cláusula de cobertura de eventuais saldos devedores
residuais pelo FCVS poderá, no prazo máximo de um ano, liquidar antecipadamente sua
dívida, mediante pagamento de valor correspondente a:(Redação dada pela Lei
nº 10.150, de 2000)I - contratos firmados até 28 de fevereiro de 1986: cinqüenta por cento do saldo devedor
contábil da operação, atualizado pro rata die da data do último reajuste até a data
da liquidação;(Inciso incluído pela Lei nº 10.150, de
2000)II - contratos firmados de 1ode março de 1986 até 31 de dezembro de
1988: sessenta por cento do saldo devedor contábil da operação, atualizado pro rata die
da data do último reajuste até a data da liquidação;(Inciso incluído pela Lei nº 10.150, de
2000)III - contratos firmados de 1ode janeiro de 1989 até 31 de março de
1990: setenta por cento do saldo devedor contábil da operação, atualizado pro rata die
da data do último reajuste até a data da liquidação.(Inciso incluído pela Lei nº 10.150, de
2000)§ 1º A critério do mutuário, a liquidação antecipada poderá ser efetivada,
alternativamente, mediante o pagamento do montante equivalente ao valor total das
mensalidades vincendas.§ 1oA critério do mutuário, a liquidação antecipada dos saldos
devedores dos contratos firmados até 28 de fevereiro de 1986, que tenham cláusula de
cobertura de eventuais saldos devedores residuais pelo FCVS, poderá ser efetivada,
alternativamente, mediante o pagamento do montante equivalente ao valor total das
mensalidades vincendas, que será integralmente utilizado para amortizar o saldo devedor,
inexistindo qualquer repasse para a apólice do seguro do SFH, cuja cobertura se encerra
no momento da liquidação do contrato.(Redação dada pela Lei nº
10.150, de 2000)§ 2º O valor da mensalidade (§ 1º) corresponde à soma dos encargos devidos
mensalmente pelo mutuário, em decorrência do conjunto de obrigações componentes da
operação. Esse valor será, para essa finalidade, reajustado pro rata die, com base nos
índices de atualização dos depósitos de poupança, a contar do dia 1º do mês do
último reajustamento até a data de liquidação da dívida.Art. 6º O disposto nos arts. 2º; 3º e 5º somente se aplica
aos contratos que tenham cláusulas de cobertura de eventuais saldos devedores residuais
pelo Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS).(Revogado
pela Lei nº 10.150, de 2001)Art. 7º Os abatimentos de que tratam os arts. 3º e 5º serão suportados pelas
instituições financiadoras, em valores equivalentes a vinte por cento do saldo devedor
contábil, atualizado na forma definida nesta lei, podendo ser diferidos em vinte
semestres. As parcelas remanescentes dos abatimentos, de responsabilidade do FCVS,
poderão, a critério das instituições financiadoras, ser por estas suportadas.Art. 8º No caso de descontos em contratos celebrados com recursos de repasse do extinto
Banco Nacional de Habitação (BNH), será concedido, pela Caixa Econômica Federal (CEF),
desconto proporcional ao montante repassado.Art. 9º Tratando-se de descontos em contratos caucionados para garantia de
refinanciamento e de operações de outros fundos geridos pelo extinto BNH, os vinte por
cento do saldo devedor de responsabilidade das instituições financiadoras (art. 7º)
serão por estas repassados à CEF nas mesmas condições em que o FCVS vier a
ressarci-las (art. 11, III). As instituições financiadoras caucionarão em valor da CEF
os respectivos créditos perante o FCVS.Art. 10. Nas operações de que tratam os arts. 8º e 9º e nas realizadas com recursos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em que tenha havido operação direta da
CEF como instituição financiadora, ficará a cargo do FCVS a responsabilidade sobre o
desconto concedido.Art. 11. O FCVS quitará o saldo de sua responsabilidade junto às instituições
financiadoras e, nas hipóteses previstas nos arts. 8º, 9º e 10, junto à CEF, na
qualidade de sucessora do BNH, o qual será reajustado mensalmente com base no índice de
atualização dos depósitos de poupança e com juros calculados à taxa contratual,
observado o seguinte:I - os saldos decorrentes da aplicação do art. 5º, no prazo de até dez anos, sendo
três de carência, com pagamento mensal de juros, e sete de amortização em parcelas
mensais consecutivas, vencendo a primeira no 37º mês a contar da liquidação efetivada
pelo mutuário;II - os saldos decorrentes da aplicação do art. 3º, no prazo de até oito anos, em
parcelas mensais consecutivas, vencíveis a partir do trigésimo dia após a celebração
do contrato de transferência; eIII - a parcela de vinte por cento de que trata o art. 9º, no prazo de cinco anos, em
parcelas mensais consecutivas, vencendo-se a primeira no trigésimo dia após a
liquidação da dívida pelo mutuário ou após a transferência do financiamento.Art. 12. Os financiamentos concedidos na forma dos arts. 6º e 13 conservarão a
classificação original (novos ou usados).Art. 13. A instituição financiadora poderá, mediante liquidação do saldo devedor
existente e concessão de novo financiamento, ampliar o valor financiado, utilizando como
garantia a hipoteca do respectivo imóvel, observado o disposto nos arts. 7º e 11.Art. 14. Será considerada, para os efeitos dos arts. 3º e 5º, a data do contrato
original do financiamento, ainda que tenha ocorrido sub-rogação da dívida, desde que
regular.Art. 15. Para os contratos de financiamento com cronograma de desembolso parcelado, a data
a ser considerada para fins do disposto nos arts. 2º, 3º e 5º é a da liberação da
última parcela.Art. 16. Os valores expressos em número de VRF (art. 4º) correspondentes aos descontos
absorvidos pelas instituições financiadoras (arts. 3º e 5º) serão considerados como
aplicação habitacional pelo prazo de um ano, reduzindo-se em cinqüenta por cento após
a expiração desse prazo.Art. 17. O reajustamento das prestações dos mutuários enquadrados no Plano de
Equivalência Salarial por Categoria Profissional (PES/CP) levará em consideração
também o reajuste de salário concedido no próprio mês da celebração do contrato,
ainda que a título de antecipação salarial.Art. 18. O§ 1º do art. 3º da Lei nº 5.741, de 1º de dezembro de 1971, passa a
vigorar com a seguinte redação:"§ 1º A citação
far-se-á na pessoa do réu e de seu cônjuge ou de seus representantes legais."Art. 19. Oart. 31 do
Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1966, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 31. Vencida e não
paga a dívida hipotecária, no todo ou em parte, o credor que houver preferido
executá-la de acordo com este decreto-lei formalizará ao agente fiduciário a
solicitação de execução da dívida, instruindo-a com os seguintes documentos:I - o título da dívida
devidamente registrado;II - a indicação discriminada
do valor das prestações e encargos não pagos;III - o demonstrativo do saldo
devedor discriminando as parcelas relativas a principal, juros, multa e outros encargos
contratuais e legais; eIV - cópia dos avisos
reclamando pagamento da dívida, expedidos segundo instruções regulamentares relativas
ao SFH.§ 1º Recebida a solicitação
da execução da dívida, o agente fiduciário, nos dez dias subseqüentes, promoverá a
notificação do devedor, por intermédio de Cartório de Títulos e Documentos,
concedendo-lhe o prazo de vinte dias para a purgação da mora.§ 2º Quando o devedor se
encontrar em lugar incerto ou não sabido, o oficial certificará o fato, cabendo, então,
ao agente fiduciário promover a notificação por edital, publicado por três dias, pelo
menos, em um dos jornais de maior circulação local, ou noutro de comarca de fácil
acesso, se no local não houver imprensa diária."Art. 20.(Vetado).Art. 21. Somente serão objeto de execução na conformidade dos procedimentos doDecreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1966, ou da Lei nº 5.741, de 1º de dezembro de
1971, os financiamentos em que se verificar atraso de pagamento de três ou mais
prestações.Art. 22. Oart. 9º do
Decreto-Lei nº 2.164, de 19 de setembro de 1984, passa a vigorar com a seguinte
redação:"Art. 9º As prestações
mensais dos contratos de financiamento firmados no âmbito do SFH, vinculados ao Plano de
Equivalência Salarial por Categoria Profissional (PES/CP) serão reajustadas no mês
seguinte ao em que ocorrer a data-base da categoria profissional do mutuário
utilizando-se a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurada nas
respectivas datas-base.§ 1º Nas datas-base o
reajuste das prestações contemplará também o percentual relativo ao ganho real de
salário.§ 2º As prestações
relativas a contratos vinculados ao Plano de Equivalência Salarial Plena serão
reajustadas no mês seguinte ao dos reajustes salariais, inclusive os de caráter
automático, complementar e compensatórios, e as antecipações a qualquer título.§ 3º Fica assegurado ao
mutuário o direito de, a qualquer tempo, solicitar alteração da data-base, nos casos de
mudança de categoria profissional, sendo que a nova situação prevalecerá a partir do
reajuste anual seguinte.§ 4º O reajuste da
prestação em função da primeira data-base ou após a opção pelo PES/CP terá como
limite o índice de reajuste aplicado ao saldo devedor relativo ao período decorrido
desde a data do evento até o mês do reajuste a ser aplicado à prestação, deduzidas as
antecipações já repassadas às prestações.§ 5º A prestação mensal
não excederá a relação prestação/salário verificada na data da assinatura do
contrato, podendo ser solicitada a sua revisão a qualquer tempo.§ 6º Não se aplica o
disposto no § 5º às hipóteses de redução de renda por mudança de emprego ou por
alteração na composição da renda familiar em decorrência da exclusão de um ou mais
co-adquirentes, assegurado ao mutuário nesses casos o direito à renegociação da
dívida junto ao agente financeiro, visando a restabelecer o comprometimento inicial da
renda.§ 7º Sempre que em virtude da
aplicação do PES a prestação for reajustada em percentagem inferior ao da variação
integral do IPC acrescida do índice relativo ao ganho real de salário, a diferença
será incorporada em futuros reajustes de prestações até o limite de que trata o §
5º.§ 8º Os mutuários cujos
contratos, firmados até 28 de fevereiro de 1986, ainda não assegurem o direito de
reajustamento das prestações pelo PES/CP, poderão optar por este plano no mês seguinte
ao do reajuste contratual da prestação.§ 9º No caso de opção (§
8º), o mutuário não terá direito a cobertura pelo Fundo de Compensação de
Variações Salariais (FCVS) de eventual saldo devedor residual ao final do contrato, o
qual deverá ser renegociado com o agente financeiro."Art. 23. As importâncias eventualmente cobradas a mais dos mutuários deverão ser
ressarcidas devidamente corrigidas pelos índices de atualização dos depósitos de
poupança, em espécie ou através de redução nas prestações vincendas imediatamente
subseqüentes.Art. 24. O Banco Central do Brasil baixará as instruções necessárias à aplicação
desta lei.Art. 25. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 14 de março de 1990; 169º da Independência e 102º da República.JOSÉ SARNEYMailson Ferreira da NóbregaEste texto não
substitui o publicado no DOU de 14.3.1990* |